30 de Agosto de 2015 archive

Os Números Podem Ter Várias Formas de Ser Lidos

E depende sempre da forma como são apresentados e tratados. Se as contas do abate desde 2011 dão perto de 11.000 professores que saíram do sistema, se for contabilizado desde 2012 já daria 6.662.

E se retirarmos o ano 2012, pois os 4.197 vínculos apenas aconteceram desde 2013 então o abate foi de 2.569 docentes.

Mas se ainda retiramos o ano 2013 e consideramos apenas a partir do ano 2014, então o saldo passa para um abate de apenas 173 docentes do quadro, pois em 2014 e 2015 apenas saíram por aposentação 2.238 docentes e 1342 por rescisão e entraram 1.954 em 2014 e 1.453 em 2015.

E agora vem a parte do crescimento (curiosamente em ano de eleições). Apenas aposentaram-se 1011 docentes até Setembro de 2015 e entraram no quadro 1453 docentes. Julgo que pela primeira vez há um saldo positivo nestes anos todos, sendo esse saldo de 442 docentes.

Resumidamente o quadro é este:

saldo

Resta saber se a tendência será para continuar o crescimento após as eleições ou se o abate vai voltar a números pós eleitorais.

Julgo que já perceberam como funcionam os esquemas em anos eleitorais, não perceberam?

 

Nuno Crato abateu onze mil professores ao quadro

Nos últimos quatro anos, o Estado integrou 4197 novos docentes mas perdeu 15 106. Governo fala em processo de estabilização, depois de escolas terem perdido 215 mil alunos.

Os quadros do Ministério da Educação e Ciência (MEC) ficaram com menos 10 909 professores em quatro anos. Desde 2011, ano em que o governo da coligação PSD–CDS entrou em funções, reformaram-se ou rescindiram com o Estado um total de 15 106 docentes, enquanto as entradas nos quadros se ficaram pelas 4197. O contingente de professores nas escolas é reforçado anualmente por contratações como a dos 3782 colocados na sexta-feira, e os cerca de 2100 horários que ainda vão a concurso a partir de quinta-feira.

A quebra do número de professores quer nos quadros quer contratados (que chegaram a ser mais de 17 mil em 2010-2011) não pode ser dissociada da redução do número de alunos: menos 215 mil desde 2010-2011. O que faz que a regra da contratação da função pública – de que por cada dois funcionários que saem entra um – não se aplica na educação. Neste momento, por cada três professores que saem do sistema, entra um.

Aliás, os concursos para admitir professores nos quadros têm intervalos de quatro anos, embora este ano tenha havido um extraordinário, quando o próximo deveria ser apenas em 2017. Desta forma, o MEC deu também cumprimento à norma europeia que proíbe a renovação abusiva de contratos e integrou nos quadros todos os professores que nos últimos cinco anos tinham dados aulas, com horários anuais e completos no mesmo grupo de recrutamento.

O ministério liderado por Nuno Crato tem sublinhado por diversas ocasiões os esforços para a “estabilização dos quadros” e para garantir apenas as entradas de docentes que o sistema precisa. Ainda na sexta-feira, com a publicação das listas de contratados, a tutela escreveu no comunicado que, no processo de contratação, “teve sempre presente e acautelou a necessidade de implementar medidas que refletem uma gestão cuidada dos seus recursos humanos no sentido de proporcionar um melhor aproveitamento dos docentes de carreira”.

A ideia da reorganização dos quadros dos professores – a educação é o maior empregador público com cerca de 200 mil funcionários – tem sido uma constante. “O MEC iniciou em 2011 um processo de reorganização dos recursos humanos e de estabilização dos quadros, o que possibilitou uma maior eficiência na gestão e rentabilização dos recursos existentes”, sublinhou o gabinete de Nuno Crato, quando do lançamento dos concursos para os quadros, em fevereiro.

Garantindo que só têm entrado nos quadros professores que correspondam às “necessidades definidas pelos estabelecimentos de ensino e as projeções demográficas”, a tutela não esconde também as medidas que levaram à libertação de funcionários. “Entre outras medidas, destacam-se a conclusão, no essencial, do processo de reordenamento da rede escolar, o alargamento dos Quadros de Zona Pedagógica, o desbloqueamento dos pedidos de aposentação e o programa de rescisões por mútuo acordo.” Só para a reforma – que o ministro garantia serem fundamentais para evitar que outros docentes de carreira ficassem sem turmas – saíram, desde 2011 e até setembro deste ano, 13 764 professores. Aderiram ao programa de rescisões mais 1342 docentes. O que dá um total de 15 106 que deixaram as escolas públicas.

Mesmo subtraindo as entradas dá uma redução significativa de funcionários vinculados. Apesar da diminuição da população escolar – que segundo o MEC “justifica uma atuação atenta e ágil dos governos” -, a Fenprof já veio a público defender que “vários fatores deveriam ter contribuído para que aumentasse a colocação de docentes”: “A aposentação de milhares de professores; a saída de quase 2000 docentes por rescisão; o alargamento da escolaridade obrigatória, cuja concretização se concluiu no ano que terminou; a criação de um novo grupo de recrutamento [120 – Inglês do 1.º Ciclo]”, refere.

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Resumo Do Fim-De-Semana

 

black weekend 2015

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As Permutas de 2013 e 2014 a Antecipar as de 2015

Neste artigo ficam os dois documentos relativos às permutas da Mobilidade Interna de 2013 e 2014 para antecipar o que pode acontecer em 2015.

Que situações iguais ocorreram?

  • Puderam permutar os docentes colocados na 1ª e na 2ª prioridade da Mobilidade Interna.
  • Os docentes QA/QE puderam permutar com os docentes QZP.
  • Os docentes contratados colocados na Contratação Inicial só podem permutar entre si, se colocados no mesmo grupo de recrutamento, em horário completo e anual.
  • A permuta só foi possível para os docentes dos quadros se a componente lectiva a que estão obrigados seja igual.

Que situações diferente ocorreram?

  • Em 2013 os docentes não colocados e que foram opositores apenas na 2ª prioridade à Mobilidade Interna puderam permutar.
  • Em 2014 os docentes não colocados e que foram opositores apenas na 2ª prioridade à Mobilidade Interna não puderam permutar.

 

E em 2015?

Os docentes não colocados e que concorreram na segunda prioridade vão poder permutar?

Como este ano é o primeiro concurso da Mobilidade Interna imediatamente a seguir ao concurso interno faz todo o sentido que se aplique a mesma regra de 2013 e que possam permutar entre si, ou com docentes QZP que obtiveram colocação.

E na aplicação das permutas existem diversas compatibilidades entre docentes QA/QZP que permutando entre si só traria benefícios para ambas as partes.

Aguarda-se que o bom senso prevaleça e que estes docentes também possam permutar.

Aproveito este artigo para fazer um pedido a todos os que inseriram um pedido de permuta. No caso de receberem um e-mail de alguém que tem interesse numa permuta e que vos questiona se querem permutar e se mantêm o interesse, façam o favor de dar uma resposta, seja positiva ou negativa. Há muitos docentes ansiosos por se aproximarem e o respeito por quem se encontra em ansiedade é algo bonito na característica de um professor.

Até hoje já há mais de 20 compatibilidades entre utilizadores Premium que podem originar uma permuta, mas não é possível saber quantos utilizadores não Premium também descobriram uma compatibilidade de permuta.

Se esta aplicação servir para pelo menos 100 professores e respectivas famílias melhorarem a sua colocação já sinto que valeu a pena a realização deste novo projecto.

 

2013

2013-1

2014

2014-1

 

 

E se os utilizadores grátis também conseguirem permutar podem sempre contribuir para que os novos projectos no blogue continuem a crescer.

 

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Não Colocados na MI, no QZP 02, no grupo 110…

Há coisas que eu não percebo!

Vou aqui relatar um exemplo que me saltou à vista.

No Concurso Interno, entraram no 02, 58 docentes, QZP, para juntar aos já existentes no 1º ciclo. Até aí tudo bem. A “surpresa” veio agora com as listas da Mobilidade Interna, 48 docentes QZP não colocados no 02. Eu não sei quem faz as contas às vagas, mas de certeza que usa uma formula “estranha”. Esta situação também pode advir de fatores não contabilizáveis à altura, a MPD é uma delas. Será que isso não foi tido em conta? E o que acontecerá, agora, a estes QZP’S? Serão colocados nas “cíclicas”? Vão andar a tapar buracos? Alguns, com mais de 20 anos de serviço, veem-se agora numa situação de precaridade laboral, como tantos outros por esse país fora… QZP’S do 02, do 03, do 04, do 05 e muitos QA deste grupo de ensino. Nos outros grupos, a situação é semelhante e igualmente lamentável…

Quando é que o MEC vai deixar de brincar aos “concursinhos” e deixar de complicar uma coisa tão simples?

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Chama-se a Isto Agilizar as Colocações

Kafka responderia.

 

Mais de dois milhões de candidaturas a um lugar nas escolas

 

 

Colocações através da Bolsa de Contratação de Escola devem arrancar nos primeiros dias de Setembro.

É superior a dois milhões o número de candidaturas submetidas no âmbito da Bolsa de Contratação de Escola (BCE), através da qual são colocados professores nos 304 agrupamentos ou escolas não agrupadas com contratos de autonomia ou integradas nos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária. O númerod e candidaturas é superior ao de candidatos.

Mais concretamente, segundo dados avançados nesta sexta-feira pelo Ministério da Educação e Ciência, foram submetidas 2.346.659 candidaturas na BCE para um total de 7573 concursos abertos pelas escolas.

Segundo o MEC, a maior parte dos 2132 lugares que ficaram por preencher esta sexta-feira passarão também para a BCE. As candidaturas a esta bolsa de contratações tinham encerrado no final de Julho.

O númerod e candidaturas não é igual ao número de candidatos porque os docentes podem candidatar-se, se tiverem habilitações para tal, às vagas de diferentes grupos de docência e também a diferentes escolas ou até a todas.  No ano passado, o primeiro da aplicação da BCE, houve por exemplo um docente colocado em 95 escolas. Os professores têm um prazo de 24 horas para aceitar ou declinar a colocação. Enquanto não o fazem, a vaga fica bloqueada aos outros candidatos que se seguem na lista.

Este ano, a responsabilidade de contactar e colocar os candidatos será das direcções das escolas, conforme já aconteceu na fase final deste concurso em 2014. Inicialmente este contacto inicial era feito pela Direcção-Geral da Administração Escolar, o que, em conjunto com um erro na fórmula de ordenação dos docentes, contribuiu também para atrasar as colocações.

Antes da criação do BCE, cada escola abria as vagas e seleccionava directamente os docentes em falta. Com a BCE as direcções continuaram a poder definir critérios de selecção, mas passou a existir uma lista de ordenação que tem em conta a graduação profissional dos professores (que depende da nota do curso, anos de serviço e resultados da avaliação e desempenho) e o procedimento foi  centralizado através de uma plataforma informática criada pelo MEC.

 

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Não Colocados na Mobilidade Interna

Foram 4707 as candidaturas que não obtiveram colocação na Mobilidade Interna. Na primeira prioridade 1248 e na segunda prioridade 3459.

Há mais docentes sem componente lectiva este ano do que no ano passado, mas comparativamente com anos anteriores isso já não acontece (ver em baixo).

Não colocados MI

 

 

As 1248 candidaturas representam 1194 docentes visto que alguns destes docentes sem componente lectiva ou QZP concorreram a mais de um grupo de recrutamento.

 

1194

 

 

Para comparar com anos anteriores ver este artigo.

O quadro seguinte foi retirado de lá.

 

MI COMPARAÇÃO

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