… concerto do ano e muito provavelmente o melhor de Nick Cave em Portugal.
E quem discordar basta ver estes dois videos até ao fim para mudar de ideias. Assim, qualquer concerto que venha ainda a ocorrer este ano nunca chegará à intensidade que este provocou.
Neste momento chegamos ao ponto de mais de um colega já me ter dito que estava a pensar pedir uma licença sem vencimento por um ano para fugir à requalificação.
Como que um ano de adiamento pudesse servir para alguma coisa.
Com a presença de duas forças sindicais (FENPROF e FNE), na terça-feira, dia 28 de maio, reuniram-se na sede do AE4O-Agrupamento de Escolas nº4 de Odivelas, professores de escolas do concelho, preocupados com o futuro da Escola Pública e com a sua situação profissional.
Com a presença de cerca de oitenta pessoas, a reunião foi convocada por professores da Escola Secundária de Odivelas, com o intuito de se refletir e debater a atual situação da educação em Portugal, à luz das medidas governamentais recentemente vindas a lume. Os docentes manifestaram-se disponíveis para lutar pelos seus direitos e contra a degradação das condições de trabalho nas escolas públicas, através, se necessário, de greve às avaliações e aos exames.
As forças sindicais presentes mostraram-se igualmente preocupadas com o futuro da Escola Pública, enfatizando um aspeto comum: o aumento significativo do desemprego na classe docente, se a situação se mantiver. A FENPROF deu relevo ao facto de não existir excesso de docentes, tendo havido uma diminuição da oferta educativa e uma redução da carga letiva em várias disciplinas. A FNE sublinhou que um sindicato executa os que os seus associados decidem, frisando que um país não se pode dar ao luxo de desistir de uma política de educação.
Durante o debate que se travou, destacou-se a necessidade de manter viva a luta dos professores, nomeadamente, mobilizando cada docente para a manifestação nacional de 15 de junho e para a greve nacional do dia 17 do mesmo mês. A greve aos conselhos de turma de avaliação foi ainda preconizada, remetendo os sindicatos para os respetivos canais informativos, onde se poderão esclarecer dúvidas de carater mais específico.
Odivelas, 28.05.13
Professores do AE4O-Agrupamento de Escolas nº4 de Odivelas
Venho do tempo das RGA em que os alunos paravam os liceus para poderem reinvindicar. Participei em várias RGA, no Ano Quente de 75. Pertenço a uma geração reinvindicativa que, espero, não estará à beira da extinção. Ao tempo daquela ministra que agora não nomeio, reeditamos a RG em forma de P, na ESA, que ficou marcada, à época, por um rotundo sucesso em participação de professores descontentes com as políticas educativas levadas a cabo pelos socialistas e que, convém não esquecer, escancararam portas a estas… farinha do mesmo saco, vira o disco e toca o mesmo. A RGP que realizámos ontem na EB 2/3 de Amarante foi decidida em três tempos, ontem mesmo, após o almoço e se melhor a pensámos ainda melhor a passámos à prática. Marcada para depois das 18:20, hora de saída da esmagadora maioria dos professores exauridos da minha escola, pelo menos todas as santas quintas-feiras!, foi realizada e constituiu um espaço de partilha de opiniões para todos os presentes. Foi gratificante sabermos que não, não estamos sós. As decisões daí saídas foram muitas e variadas. A saber:
Boicotaremos todos os conselhos de turma com o mínimo de prejuízo para todos.
Será constituído um fundo de greve para minorar os prejuízos aos três magníficos que darão o corpo ao manifesto, na minha Escola a partir de 11.
Cada um de nós saiu com uma missão importantíssima que é a de informar o máximo de professores que conseguir sobre as formas de luta a encetar proximamente, tentando animar e encorajar os mais desanimados. Todos somos necessários.
Com tempo, estámos já a recolher as assinaturas dos bravíssimos que se deslocarão a Lisboa no próximo dia 15 de Junho, cumprindo mais uma jornada de luta. A manifestação, no meio do calendário de greves, terá de estar à altura da gravidade do ataque do MEC. E estará.
Reuniremos mais vezes. Marcaremos as RGP que forem necessárias.
A luta continua.
Os professores ajudaram a construir a Escola Pública e saberão defendê-la.