Abril 2025 archive

As novas fardas da escola

A autoridade e as regras não devem ser confundidas com castigo ou repressão. Pelo contrário, as regras são como guias, são um ato de bondade e de construção.

As novas fardas da escola

Felizmente já lá vai o tempo do uso das batas no liceu, que se apresentavam sempre imaculadas, com o cinto bem apertado e na orientação certa, às custas de alguns raspanetes e reguadas.

Também já passou o tempo em que as raparigas não podiam usar calças e aquele em que já se podia usar de tudo, mas havia maior noção do que era mais indicado em cada contexto, nomeadamente na escola.

Tal como a autoridade do professor, o pejo e o bom-senso por vezes andam esquecidos. E, sem eles, professores e alunos perdem mais facilmente o norte. É preciso autoridade, coerência e regras claras, que parecem ser impostas tímida e democraticamente, sem grande convicção, talvez como contraponto às réstias da melodia repressora de tempos idos. Ou da nova repressão. Mas a autoridade e as regras não devem ser confundidas com castigo ou repressão. Pelo contrário, as regras são como guias, são um ato de bondade e de construção.

Hoje muitos pais parecem ter alguma dificuldade na importante e árdua tarefa de educar. Como se isso pudesse tornar os filhos mais infelizes ou menos livres.

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Procedimento inicial de pré-candidatura de contratos de associação de educação pré-escolar

Consulte o aviso de abertura de procedimento inicial de pré-candidatura de contratos de associação de educação pré-escolar, nas áreas geográficas carenciadas e identificadas no Anexo I, bem como a restante documentação relacionada.

AVISO DE ABERTURA DE PROCEDIMENTO INICIAL DE PRÉ-CANDIDATURA
MANUAL DE INSTRUÇÕES
NOTA INFORMATIVA

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Sindicato de professores defende agravamento das sanções contra alunos indisciplinados

O SPLIU considera também necessário promover ações de sensibilização, informação e esclarecimento junto dos pais e encarregados de educação, “que visem a mudança de atitudes e de comportamentos da maioria dos mesmos em relação aos professores”

Sindicato de professores defende agravamento das sanções contra alunos indisciplinados

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Crianças que já estão no pré-escolar sem direito a vaga gratuita

Em causa estão critérios de elegibilidade às cinco mil vagas gratuitas no próximo ano letivo. A prioridade é dada a famílias carenciadas.

Crianças que já estão no pré-escolar sem direito a vaga gratuita

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Quem quer ser diretor escolar? – Maurício Brito

 

Num tempo em que alguns apontam o dedo ao que chamo “as peripécias” dos que ocupam os corredores da gestão escolar, impõe-se uma pergunta que ressoa com particular gravidade: quem quer, hoje, ser diretor escolar?

Concordo com grande parte do diagnóstico traçado no artigo ( https://www.publico.pt/2025/04/18/opiniao/opiniao/pais-desistiu-professor-abriu-portas-tiranetes-2130196 ) recentemente publicado no Público, pelo meu colega Paulo Prudêncio. Num tom crítico e preocupado, ele defende que o nosso país (eu diria antes a generalidade dos nossos políticos) abandonou os professores, tanto do ponto de vista institucional como simbólico. Durante décadas, foi-lhes retirada autoridade, ao mesmo tempo que se lhes impunham cada vez mais tarefas burocráticas e responsabilidades que extravasam o ensino. Esta “desistência” abriu espaço a uma série de figuras que o autor apelida de “tiranetes”, que interferem de forma autoritária e despropositada no funcionamento das escolas, contribuindo (também) para a desvalorização do papel do professor.

O texto aponta ainda para algo que merece reflexão: a captura do sistema educativo pelos partidos políticos. Trata-se de uma crítica que tem vindo a ganhar maior eco (apesar de não ser nova), e que se materializa na presença crescente de lógicas e lealdades partidárias nas estruturas intermédias e de gestão do sistema escolar. A escola pública, enquanto espaço plural e democrático, deve estar protegida desses constrangimentos externos. A defesa da autonomia profissional dos docente e da independência das escolas face a agendas político-partidárias é essencial para a sua credibilidade.

Contudo, e embora reconheça a enorme pertinência desta análise, discordo que o problema resida apenas – ou sobretudo – no atual modelo de gestão. Ele deve ser mudado, é uma facto. A limitação de mandatos faz todo o sentido, e o regresso a um modelo colegial é indiscutivelmente desejável. Mas convém não esquecer que muitos dos chamados “tiranetes” de hoje já estavam à frente das escolas no modelo anterior. E isto tem uma explicação simples: não são os modelos que erram – erram as pessoas que ocupam os cargos. O risco de autoritarismo, de afastamento da missão pedagógica e de abuso de poder, já existia antes do atual modelo e não desaparecerá apenas com uma mudança estrutural.

Além disso, importa dizer que não é clara nem conhecida a real dimensão dessa alegada “partidarização” da vida escolar. Não existem estudos consistentes e representativos que demonstrem, de forma inequívoca, que as escolas se transformaram em ambientes regidos por hierarquias partidárias ou por uma cultura de tirania institucionalizada. Conhecem-se, sim, diversos casos de abusos – e é inegável a sua existência – mas qual será a sua representatividade no universo escolar? Esta é uma questão que exige mais investigação e menos generalização. O risco de extrapolação pode comprometer a compreensão justa do sistema.

O que nos deve inquietar, no meu entender, é algo mais profundo: o “silêncio” que se instala sempre que se abre um concurso para diretor. O que verdadeiramente preocupa-me é o desinteresse, quase generalizado, dos professores em assumir essa função – apesar de ser compreensível que assim seja. Foram décadas seguidas de políticas que contribuíram para o desprestígio social e profissional, que provocaram um compreensível desânimo e cansaço na classe docente. Mais, ser diretor, atualmente, é estar sobrecarregado com tarefas que pouco têm a ver com a vertente pedagógica; é ocupar um cargo de enorme responsabilidade, sob o olhar desconfiado de muitos e com uma remuneração que roça o desrespeito. A função perdeu o brilho e, com ele, perdeu quem ainda a podia dignificar.

E é precisamente aí que reside o perigo. Quando os mais capazes desistem, outros avançam – e nem sempre movidos pelas melhores intenções. Não é apenas o modelo que abre portas aos tais “tiranetes”: é a nossa ausência, a nossa desistência. Sempre que um professor competente recua, cede espaço a quem procura poder, e não servir.

É, por isso, urgente resgatar o papel de quem lidera uma escola ou agrupamento. Não para o manter tal como está, mas para o transformar. Com menos tarefas administrativas e maior enfoque pedagógico. Com uma remuneração condigna. Com apoios. Com tempo. E com a devida valorização.

A escola pública merece mais. Muito mais. Merece lideranças pedagógicas, comprometidas e legitimadas pelos seus pares. Mas para que isso aconteça, não basta alterar o modelo de gestão: é essencial que os professores voltem a acreditar que vale a pena assumir esse papel. E, para isso, é preciso mudar as condições e o reconhecimento. Porque só quando os mais capazes quiserem liderar, é que a nossa escola poderá verdadeiramente avançar.

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Revelações

Detetive espanhol desvenda identidade de Banksy. Chama-se Robin Gunningham, mora em Bristol e tem 51 anos

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AJDF reúne com a DGS

AJDF reúne com a DGS

 

Associação Jurídica pelos Direitos Fundamentais (AJDFreuniu no dia 17 de abril, às 11 horas, na Direção-Geral da Saúde (DGScom o Coordenador do Programa Nacional de Saúde Ocupacional, Dr. José Rocha Nogueira, e a Dr.ª Eva Rasteiro.

 

AJDF tem defendido, de forma convicta, desde janeiro de 2024, o previsto na Lei n.º 102/2009, que define claramente que cabe ao Médico do Trabalho a emissão de pareceres vinculativos sendo da sua exclusiva competência a avaliação das condições de trabalho do professor.

A equipa da DGS reiterou a necessidade do Ministério da Educação, Ciência e Inovação implementar os serviços de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) estruturados, eficazes e de qualidade, no sentido de prevenir e proteger a saúde dos professores e de promover ambientes de trabalho seguros e saudáveis.
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A AJDF alertou para:

  • a necessidade da intervenção da DGS, nas escolas públicas, para que se perceba o VALOR da Medicina do Trabalho e, de forma abrangente, dos serviços de SST;
  • a receção de relatos de professores que denunciam situações de incumprimento pelas recomendações das Fichas de Aptidão para o Trabalho (FAT) e o desrespeito pelos pareceres clínicos dos Médicos do Trabalho. Muitos diretores de escolas/agrupamentos de escolas desconhecem que a Medicina do Trabalho é uma especialidade médica;
  • a conduta de incumprimento de alguns diretores escolares que, reiteradamente,  falham quer na marcação das consultas de Medicina do Trabalho quer na aplicação das recomendações das FAT, comprometendo a dignidade e a saúde dos professores;
  • a situação das más práticas de algumas empresas/clínicas de Medicina do Trabalho que resultaram em queixas e/ou denúncias a diferentes entidades. Foram referidos os constrangimentos que resultam de Fichas de Aptidão com pareceres clínicos débeis, redigidos sem objetividade e sem clareza;
  • a atuação que algumas direções escolares realizam em empresas de Medicina do Trabalho, no sentido de obter Fichas de Aptidão para o Trabalho com pareceres clínicos que atendem às indicações das direções escolares e não às reais situações clínicas dos professores;
  • a situação relativa à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), exibindo as provas documentais, que confirmam as atuações diferentes e contraditórias consoante as Unidades/Centros Locais e, inclusive, revelam tratamento discriminatório entre queixosos e visados;
  • as deliberações das Juntas Médicas que, de forma errónea, se tentam substituir à Medicina do Trabalho;
  • a persistência por parte de algumas direções em exigir relatórios médicos e, assim, em clara violação do RGPD,  aceder aos dados clínicos dos professores;
  • a divulgação dos conteúdos das Fichas de Aptidão para o Trabalho (FAT), em claro incumprimento da legislação e do RGPD.

AJDF registou com agrado as informações veiculadas pela DGS no que concerne, nomeadamente:

  • ao trabalho já realizado em 2019/2020 com uma proposta de rede colaborativa para SST a implementar nos diferentes serviços do setor público;
  • ao reforço da necessidade de contratualização, pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, de serviços de Segurança e Saúde no Trabalho (SST);
  • à necessidade de promover formação para diretores escolares na área da SST;
  • à disponibilidade de divulgar a documentação produzida pela DGS relativa à campanha Saúde Ocupacional: as vantagens para as empresas – Trabalhadores mais saudáveis, empresas com mais sucesso!”;
  • ao compromisso assumido de criar sinergias com a AJDF, alertar para as cadeias de responsabilidade, promover e divulgar as boas práticas que devem ser assumidas na Medicina do Trabalho e nos serviços completos de SST.

A AJDF alertou, também, para a importância de desenvolver um Programa Nacional para a Saúde Mental com foco na prevenção, no tratamento, na reabilitação e na integração dos professores.

A delegação da AJDF, constituída por Paulo Ribeiro, Sofia Neves e André Fernandes, realçou a importância da reunião com a equipa da DGS, acreditando na pertinência da manutenção de um canal de diálogo.

AJDF reafirma a sua determinação e o seu compromisso em continuar a defender, como parte ativa da solução, as condições que assegurem aos professores o melhor estado de saúde físico, mental e social.

A Direção da AJDF

Paulo Ribeiro – Presidente
Sofia Neves – Vice-Presidente
André Fernandes – Secretário e Tesoureiro

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O Filinto Já Mudou de Escola

E muitos outros devem seguir a mesma estratégia.

 

Terminam mandatos de 200 diretores mas muitos candidataram-se a outras escolas

 

Filinto Lima está há 16 anos à frente do Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos, em Vila Nova de Gaia. “Como não posso continuar aqui concorri a uma escola vizinha”, conta.

Um em cada quatro diretores escolares termina este ano o seu último mandato, mas muitos candidataram-se para dirigir outras escolas, enquanto outros preferem regressar à sala de aula ou irão reformar-se, revelou a associação representativa do setor.

“Há 811 diretores no país e um quarto pode estar a sair agora”, disse o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, que também faz parte do grupo que atingiu o limite de mandatos permitidos por lei.

Filinto Lima está há 16 anos à frente do Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos, em Vila Nova de Gaia. Termina agora o seu quarto e último mandato, segundo o decreto-lei de 2008 que criou a figura de diretor.

Como não posso continuar aqui concorri a uma escola vizinha. Havia quatro candidatos e ganhei. E isto vai acontecer com muitos diretores“, contou o diretor que assim passa do Costa Matos para a D. Pedro I, também em Vila Nova de Gaia.

Neste momento, no ‘site’ da Direção-Geral da Administração Escolar, há “centenas de concursos a decorrer” um pouco por todo o país. O professor desconhece se haverá algum concurso sem candidatos, mas sabe de vários diretores que se vão candidatar para mudar de agrupamento.

Também há quem prefira regressar à sala de aula ou que se vá reformar. Filinto Lima acredita que estas opções não deverão trazer problemas, uma vez que há muitos professores que se candidatam agora pela primeira vez.

“Vamos ter uma remodelação nas lideranças nas escolas e o Ministério da Educação deve aproveitar esses diretores, senão perde-se muita experiência necessária para as escolas”, alertou Filinto Lima, saudando a promessa do ainda ministro Fernando Alexandre de modernização do estatuto do cargo de diretor, com melhores remunerações, mais responsabilidades e outro tipo de avaliação.

“Neste momento temos professores nas escolas que ganham mais do que o diretor. A proposta do ministro é que o diretor passe a ganhar pelo escalão mais alto da carreira de professor e mais 750 euros”, disse o presidente da ANAEP.

Os diretores são eleitos Conselho Geral, um órgão que é constituído por um máximo de 21 elementos, composto por professores e pessoal não docente, mas também representantes dos pais, dos alunos, do município e da comunidade local.

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“Fui vítima de agressão física, de um mata-leão, em plena sala de aula, por um aluno”

Violência contra professores, mas também a polícias, militares, bombeiros, médicos, juízes, entre outros funcionários públicos passa a ser crime público. Deixa de ser necessária queixa da vítima para se avançar com um processo judicial. A Lei que também aumenta as penas entra em vigor, esta sexta-feira. Quem representa os professores, congratula-se. Porque se a vergonha é muita, a falta de acolhimento, por parte das direções das escolas, garantem, é ainda maior

“Fui vítima de agressão física, de um mata-leão, em plena sala de aula, por um aluno”

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O país desistiu do professor e abriu as portas a pequenos tiranetes – Paulo Prudêncio

Pelo Público em 18 de Abril de 2025.
Apesar de na primeira impressão se poder considerar uma conclusão simplista para um problema complexo, o país desistiu do professor quando mudou o poder escolar do professor, regulado pelo poder público, para o poder escolar dos partidos políticos, regulado pelos próprios. De facto, a desistência do país no professor iniciou-se na primeira década do milénio e teve consequências na perda de atractividade da profissão e na abertura de portas a pequenos tiranetes nas escolas.

Duas questões prévias:

1. Os partidos políticos são essenciais à democracia. O seu poder exige uma regulação célere e eficaz nas administrações central, regional e local (também nos descentralizados municípios, onde se dilui parte do poder escolar). Na verdade, o poder partidário tornou-se paulatinamente hegemónico, reduziu o espaço dos intermediadores independentes e assentou a sua limitação temporal na dança das cadeiras quando muda a maioria que governa;

2. Há uma diferença fundamental entre o professor que ensina e que transitoriamente pode exercer outras funções, e o conjunto de pessoas providas nessa profissão. O plural inclui quem só ambiciona funções em que não se ensina. Uma vez aí, considera desprestigiante o regresso à sala de aula, contesta a hierarquia remunerátória assente no exercício de professor e, não raramente, pertence a um partido de governo.

Mas descrevam-se as causas essenciais da desistência no professor e da abertura de portas a pequenos tiranetes. Desde logo, o país entrou neste século com 6,7% do PIB para a educação (estará abaixo dos 4%). Desinvestiu-se precarizando os profissionais. Usou-se, erradamente, o argumento despesista para retirar poder ao professor, omitindo-se que a massa salarial dependeu sempre do número de profissionais (e do seu estatuto) decretado pelos governos em acordo com o atomizado poder sindical. Na realidade, registou-se uma evolução assinalável da gestão orçamental das escolas nos primeiros 30 anos de democracia.

Por outro lado, quando o poder escolar era exercido pelo professor que transitoriamente exerce outras funções, a regulação era feita pelos poderes públicos e pelo interior da organização. A vida escolar era um laboratório da democracia, da livre expressão e do direito ao contraditório. As suas imagens – arena política, burocracia, democracia e cultura, que excluíam por inadequação as gémeas anarquia e empresa – acrescentavam inovação e renovação, limitavam os excessos corporativos e até os gravíssimos casos de assédio moral. A proximidade era uma força reguladora, que se enfraquecia com a incompreensível não limitação de mandatos nas funções de gestão. Digamos que já havia sinais de caudilho e da escola de tiranetes.

Além disso, a integração no poder partidário de profissionais avessos à sala de aula criou um monstro burocrático adversário da liberdade de aprender e ensinar. O conhecido universo de inutilidades organizacionais e informacionais inundou o sistema escolar de emprego partidário, controlou a gestão das escolas e influenciou – e influencia – a manutenção do que existe.

Aliás, essa atmosfera corporativa sustentou um desequilíbrio negativo para as políticas públicas de educação: se se sabia que nunca se deve entregar essas políticas a pedagogos (seria caótico um sistema baseado em pedagogias pedocentristas ou magistercentristas), também se comprova que não devem ficar nas mãos de “professores empregados” nos partidos políticos.

Em síntese, a educação é arte do equilíbrio e a democracia a da regulação. Há soluções possíveis que oxigenam o exercício de professor: limite-se os mandatos na gestão das escolas para um período global inferior a uma década, eleja-se, pelo voto directo dos profissionais, um órgão de gestão colegial ou unipessoal (com a opção referendada, sem estatutos próprios e com a exigência de candidaturas pertencentes ao quadro da organização em causa) e recupere-se o poder dos conselhos pedagógicos. Testemunhe-se um legado democrático às novas gerações. A democracia fragilizou-se e é uma péssima lição ter as escolas expostas a pequenos tiranetes.

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6810 Vagas na Educação Pré-Escolar para Contratos de Associação

Procedimento inicial de pré-candidatura de contratos de associação de educação pré-escolar

 

 

Foi autorizada a realização de procedimento administrativo destinado à celebração de contratos de associação de educação pré-escolar para a atribuição de apoio financeiro pelo Estado a estabelecimentos de ensino particular e cooperativo de nível não superior, nos termos dos artigos 8.º e seguintes do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior (EEPC), aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro, na sua redação atual, competindo à Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), nos termos do n.º 2 do artigo 1.º e dos n.os 3 e 4 do artigo 5.º da Portaria n.º 185- A/2025/1, de 14 de abril, desenvolver o procedimento em causa.

Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 10.º da Portaria n.º 185-A/2025/1, de 14 de abril, é aberto o procedimento inicial de pré-candidatura para a celebração de contratos de associação de educação pré-escolar para a atribuição de apoio financeiro pelo Estado a estabelecimentos de ensino particular e cooperativo de nível não superior, nos termos dos artigos 8.º e seguintes do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior (EEPC), aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro, na sua redação atual, nas áreas geográficas carenciadas e identificadas no Anexo I do presente aviso e nas demais condições nele discriminadas.

O procedimento de pré-candidatura é de natureza indicativa e será sucedido de procedimento administrativo concursal com vista à celebração dos contratos de associação de educação pré-escolar. A informação submetida no âmbito da pré-candidatura será relevada como critério de seleção.

 

 

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A Pró-Ordem REUNIU COM O GOVERNO SOBRE PROFESSORES NO ESTRANGEIRO

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Interessante Este Estudo

… mas imagino que este estudo foi calculado pelo salário de um professor no topo da carreira.

Quantos meses de trabalho precisa um professor para comprar casa na Europa?

 

A Euronews calculou quantos meses de salário um(a) professor(a) precisaria para comprar uma casa de 100 m² em toda a Europa, utilizando dados da OCDE e do Numbeo.

 

De acordo com um inquérito realizado em 2023 pela Associação Nacional de Diretores de Escolas e pelo Sindicato das Professoras (NASUWT), a habitação é um fator determinante para que os(as) professores(as) continuem a exercer a profissão no Reino Unido. De facto, mais de metade (57%) dos professores que desejam comprar uma casa não pensam que tal seja possível com o salário que recebem.

Até que ponto é realista para os professores europeus comprar uma casa?

Euronews comparou os salários dos professores e os preços das casas na Europa e calculou quantos meses de salário um(a) professor(a) precisaria para comprar uma casa ou um apartamento em 2023.

Esta estimativa baseia-se nos salários legais dos professores do ensino secundário e não tem em conta as taxas de juro das hipotecas. A metodologia completa é explicada no final do artigo.

Entre 24 países europeus, a Irlanda é o mais acessível para os professores que pretendem comprar casa. Um imóvel de 100 metros quadrados custa o equivalente a 106 vezes o salário legal de um professor do ensino secundário inferior.

Irlanda, Espanha e Países Baixos: os mais acessíveis

Para além da Irlanda, os professores de alguns outros países podem comprar uma casa com 10 anos de salário, ou seja, 120 meses ou menos. São eles a Espanha (112 meses), os Países Baixos (114 meses) e a Bélgica (Flemish Comm, 120 meses).

A Dinamarca segue de perto estes países mais económicos, com 126 meses.

O custo de uma casa de 100 m² equivale a menos de 15 anos de salário para os professores no Luxemburgo (145 meses), na Alemanha (157), em Portugal (162) e em Inglaterra (175).

15-20 anos de salário em nove países

Este valor varia entre 15 e 20 anos em nove dos 24 países incluídos na lista.

Em Itália, um professor precisaria de 191 meses de salário para comprar uma casa de 100 m², seguido da Noruega com 192 meses e da Áustria com 203 meses.

Em França, este número sobe para 230 meses.

Quantos meses de trabalho precisa um professor para comprar uma casa?

Hungria, Eslováquia e República Checa: os países mais difíceis para os professores comprarem casa

O país menos acessível para os professores comprarem casa é a Hungria, onde precisariam de mais de 35 anos de salário – o equivalente a 443 meses – para comprar uma casa de 100 m².

Este tempo também ultrapassa os 30 anos na Eslováquia (398 meses) e na República Checa (383 meses).

Tendências da acessibilidade dos professores à habitação na Europa

Ao analisar o número equivalente de salários mensais necessários para um professor comprar uma casa de 100 m², juntamente com os salários dos professores e os preços dos imóveis, surgem duas tendências na Europa:

  • Há uma clara divisão entre a Europa Ocidental e a Europa de Leste. Há também um contraste Norte-Sul. Os professores dos países do Norte e do Noroeste têm mais facilidade em adquirir uma casa.
  • A acessibilidade económica não tem apenas a ver com os preços das casas. Depende também dos salários dos professores. Nalguns países ocidentais ou nórdicos, o imobiliário é caro, mas os salários mais elevados dos professores ajudam a equilibrar o custo.

Por exemplo, nos Países Baixos, uma casa de 100 m² custa 495 411 euros, enquanto o salário médio mensal bruto é de 6 425 euros. Este facto faz dos Países Baixos o terceiro país mais acessível para os professores comprarem casa.

Em contrapartida, a Hungria tem a quinta habitação mais acessível, com um preço de 284 637 euros. No entanto, é o país menos acessível para os professores, uma vez que o salário médio mensal bruto é de apenas 967 euros.

“Não é realista, a não ser que os pais dêem um grande depósito”

“Para os jovens professores que estão a começar, especialmente no Sudeste e em Londres, a compra de casa própria é irrealista, a não ser que os pais dêem um grande depósito”, disse à Euronews Andrew Lifford, gestor de casos e assinaturas da EDAPT.

No Reino Unido, “o salário dos professores, depois de descontados os impostos e as contribuições para a reforma, será de 1.800 a 2.800 libras (2.155 a 3.350 euros) por mês. O que, no caso de arrendamento privado, significa que serão necessários muitos anos para que os professores consigam poupar para um depósito para comprar uma casa.”

Com base nos dados da OCDE, o salário mensal líquido dos professores em Inglaterra utilizado nos nossos cálculos é de 2 553 euros.

A escassez de professores aumenta à medida que os salários reais diminuem

O relatório do Monitor da Educação e da Formação 2023 da UE também revelou que pelo menos 24 países da UE estão a enfrentar escassez de professores, muitas vezes devido a salários baixos e cargas de trabalho pesadas.

Nos últimos anos, os salários dos professores não estão a acompanhar o custo de vida em muitos países europeus, quando ajustados à inflação. De acordo com a OCDE, os salários reais dos professores do ensino secundário inferior diminuíram em 10 dos 22 países entre 2015 e 2023.

O inquérito da NASUWT também revelou que quatro em cada dez professores (42%) afirmaram que os custos de habitação influenciaram o local onde se candidataram a um lugar de professor. Quase três quartos (72%) não acreditam que haja habitação suficiente a preços acessíveis para os professores no local onde vivem.

Metodologia de cálculo

Para tornar os salários dos professores comparáveis entre países, utilizámos os dados mais recentes da OCDE de 2023. Os salários mensais líquidos foram calculados utilizando sítios Web locais de “calculadora de salários líquidos” em cada país.

Para os preços dos imóveis, seguimos uma abordagem semelhante à do relatório da BestBrokers.com sobre rendimentos e acessibilidade da habitação, utilizando dados da Numbeo. Calculámos o preço médio por metro quadrado com base nos preços de venda de apartamentos dentro e fora dos centros das cidades.

As taxas de juro hipotecárias, o estado civil e outros factores pessoais não foram incluídos no cálculo. A estimativa reflecte simplesmente quantos meses do salário de um professor seriam necessários para comprar uma casa. Naturalmente, este número pode variar muito dentro de cada país, dependendo da localização e das circunstâncias individuais.

 

 

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Seleção de Candidatos em Contratação de Escola

Depois de mais de 15 dias com concursos em contratação abertos e já finalizados ainda não parece que é hoje que se pode selecionar um professor em Contratação de Escola.

A Reserva de Recrutamento 28 foi publicada hoje de manhã, mas até ao momento ainda não é possível selecionar um professor colocado.

Até pode ser que o relógio da DGAE esteja programado para que seja possível mais ao final da tarde, mas tendo em conta que há feríado amanhã, espero que não estejam a adiar a possibilidade de selecionar um candidato até à próxima segunda-feira.

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Reserva de Recrutamento 28 e Reserva de Recrutamento do Concurso Externo Extraordinário 15

Reserva de Recrutamento 28 e Reserva de Recrutamento do Concurso Externo Extraordinário 15 – 2024/2025

 

 

Estão disponíveis para consulta as listas definitivas de colocação, não colocação, retirados e Listas de colocação administrativa da 28.ª Reserva de Recrutamento 2024/2025 e as Listas definitivas de colocação, não colocação e colocações administrativas da 15.ª Reserva de Recrutamento do Concurso Externo Extraordinário 2024/2025

Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira dia 21 de abril, até às 23:59 horas de terça-feira dia 22 de abril de 2025 (hora de Portugal continental).

Consulte a nota informativa.

SIGRHE – Aceitação da colocação pelo candidato

Nota Informativa – Reserva de Recrutamento 28 e Reserva de Recrutamento do Concurso Externo Extraordinário 15 – 2024/2025

Listas – Reserva de Recrutamento 28 – 2024/2025

Listas – Reserva de Recrutamento do Concurso Externo Extraordinário 15 – 2024/2025

 

 

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20 docentes pediram exoneração de vinculo público nos últimos 12 meses

 

Nos últimos doze meses houve 20 docentes que optaram por pedir exoneração do vínculo público.

Durante o ano de 2023 outros 9 já o tinham requerido, em 2024 foram 17 e em 2025, até ao dia de hoje, 5 optaram por pedir a exoneração. 31 docentes, no total, requereram a exoneração de vinculo público desde 1 de janeiro de 2023.

Desde 1 de janeiro de 2018 as contas chegam às quatro dezenas de docentes.

Não sei porquê, mas ninguém contabiliza estes números nas suas contas. É um número residual, mas que pode fazer a diferença numa ou noutra escola.

 

 

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Entrevista a Fernando Alexandre

Há mais 6 mil professores nas escolas. Ministro da Educação quer diretores avaliados

 

 

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, é o entrevistado desta semana do programa Hora da Verdade, da Renascença e jornal Público.

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“Entre os novos e os que voltaram, temos mais 6000 professores nas escolas este ano”

Ministro da Educação compromete-se com duplicação do “número de psicólogos com vínculo às escolas” e mais mil milhões de euros para obras em escolas, através do Banco de Investimento Europeu.

“Entre os novos e os que voltaram temos mais 6 mil professores nas escolas este ano”, afirma o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que está disponível para continuar no cargo após as legislativas de 18 de maio.

“Pode parecer que estou agarrado ao lugar, mas gostava mesmo de continuar este trabalho“, afirma o governante, em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e jornal Público.

Fernando Alexandre fala de várias ideias que gostaria de concretizar. Por exemplo: um modelo “híbrido” de explicações para alunos do secundário que não as podem pagar, recorrendo aos professores que estão no ensino público.

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Quinta-Feira (Santa)

Despacho n.º 4662-A/2025, de 15 de abril

 

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Calendário do Concurso 2025/2026

Hoje termina a validação do aperfeiçoamento da candidatura ao Concurso Interno/Externo.

Oficialmente quem tinha a candidatura invalidada ou parcialmente invalidada e fez o aperfeiçoamento da candidatura só consegue saber o resultado da validação do aperfeiçoamento quando forem publicadas as listas provisórias que aponto para a primeira quinzena de maio.

Contudo, podem sempre confirmar com a direção da escola se foram validados os campos corrigidos.

No meu caso em 66 candidaturas, 12 estavam invalidadas mas todas elas foram validadas agora na validação do aperfeiçoamento, porque foram corrigidos os erros das candidaturas.

 

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Divulgação – EVENTO PARA PROFESSORES E EDUCADORES – CRESCER FINANCEIRAMENTE

EVENTO PARA PROFESSORES E EDUCADORES – CRESCER FINANCEIRAMENTE

Desde 2019, as Mentes Empreendedoras (ONG) já capacitaram mais de dez mil jovens do ensino secundário em questões de Literacia Financeira. As Mentes Empreendedoras estiveram presentes em várias escolas e com a ajuda de professores multiplicadores foi possível levar os conhecimentos e ferramentas financeiras a mais jovens de Norte a Sul do país.

Nas Mentes Empreendedoras criamos cidadãos com impacto na comunidade, e por isso reconhecemos a importância de criar estes encontros, envolvendo os professores.

É já no dia 22 de abril, no Instituto PIAGET (Vila Nova de Gaia), das 14h às 18h30, que convidamos Professores e Educadores para uma tarde de discussão, partilha e reflexão sobre os temas da Literacia Financeira no evento CRESCER FINANCEIRAMENTE, que será acreditado como ação de curta duração.

Contamos consigo?

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Concurso Interno/Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2025/2026 – 2.ª Validação

Aplicação eletrónica disponível entre o dia 15 e as 18:00 horas de 16 de abril de 2025 (hora de Portugal continental) para efetuar a Validação do Aperfeiçoamento da Candidatura ao Concurso Interno, Concurso Externo/Contratação Inicial/Reserva de Recrutamento, destinado a Educadores de Infância e a Professores dos Ensinos Básico e Secundário 2025/2026.

Nota Informativa 07 – Validação do Aperfeiçoamento das candidaturas ao Concurso Interno/Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2025/2026
SIGRHE – Validação do Aperfeiçoamento

 

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Concurso Interno/Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2025/2026 – 2.ª Validação

Concurso Interno/Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2025/2026 – 2.ª Validação

 

 

Aplicação eletrónica disponível entre o dia 15 e as 18:00 horas de 16 de abril de 2025 (hora de Portugal continental) para efetuar a Validação do Aperfeiçoamento da Candidatura ao Concurso Interno, Concurso Externo/Contratação Inicial/Reserva de Recrutamento, destinado a Educadores de Infância e a Professores dos Ensinos Básico e Secundário 2025/2026.

 

Nota Informativa 07 – Validação do Aperfeiçoamento das candidaturas ao Concurso Interno/Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2025/2026

SIGRHE – Validação do Aperfeiçoamento

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Lembrete – Aperfeiçoamento da Candidatura

Daqui a pouco menos de uma hora termina a fase do aperfeiçoamento da candidatura por parte do candidato.

Caso a candidatura esteja válida não precisam de fazer mais nada e mesmo que entrem no aperfeiçoamento, desde que não a submetam (coloquem a palavra passe) a candidatura fica no seu estado inicial.

Caso necessitem de aperfeiçoar algum campo devem entrar na candidatura e alterar os campos inválidos.

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A Tirania do “Bota Abaixo” – Alberto Veronesi

Vivemos em plena era digital e isso tem trazido novos desafios à sociedade. Hoje, dedicarei estas linhas aos especialistas do “bota abaixo”. Aqueles que estão ávidos por criticar tudo e todos, sem qualquer constrangimento, atrás de ecrãs, incapazes de fazer um exercício simples de se colocarem no lugar do outro.

A Tirania do “Bota Abaixo” 

A sociedade contemporânea tem-se transformado num país de especialistas repentinos. Em cada umas das casas, há sempre um treinador de futebol, geralmente melhor que o do próprio clube, um economista de bancada, um gestor de topo que passou ao lado de uma grande carreira e, claro está, um especialista em educação. Todos eles com opiniões formadas sobre qualquer assunto, certezas absolutas e soluções miraculosas para os problemas que dizem conhecer!

A questão nem está na critica em si, pois é fundamental o debate de ideias, o problema reside sobretudo na critica quando esta é totalmente desprovida de argumento, contexto e recusa-se a perceber as limitações de quem criticam. A crítica que  não tem em conta a complexidade das tarefas, que as tenta simplificar para poder atacar com maior facilidade.

Este fenómeno é altamente evidente no sector da educação, onde assume contornos de uma complexidade extrema. De há uns tempos que vai emergindo entre uma determinada ala dos professores um movimento “anti-diretores” que propaga, sem grande filtro e tendo por base experiências pessoais, muitas até isoladas que distorcem a perceção, teorias que roçam a conspiração.

Parece que para esses colegas os líderes escolares tornaram-se alvos demasiados fáceis. Se querem implementar algum tipo de mudança, são apelidados de autoritários, se, por outro lado, mantêm as tradições, são rotulados de conservadores. Se são exigentes com a disciplina e rigorosos nos procedimentos são vistos como opressores, se promovem uma determinada flexibilidade, são considerados permissivos. Esta ala não deixa espaço para o benefício da dúvida, para a compreensão das limitações ou mesmo para o reconhecimento das intenções saudáveis.

Este sentimento advém do cansaço da classe. Foram anos de promessas não cumpridas, reformas mal implementadas, discursos vazios que acabaram por criar um clima de enorme desconfiança generalizada. Mas, é importante referir que esta desconfiança tem tendência para se transformar em incapacidade de distinguir os esforços genuínos de mudança.

Por esse motivo, colocar todos as mais de oito centenas de diretores no mesmo saco, não só não é justo, como também é contraproducente. Esse modus impede-nos de conseguir identificar e apoiar aqueles que realmente, não obstante o modelo de gestão, procuram fazer a diferença, que arriscam e tentam inovar, apesar das dificuldades. Ao colocarmos todos no mesmo molho, estamos a, paradoxalmente, contribuir para perpetuar o sistema que criticamos.

Nada do que aqui escrevi serve para que que se abandone a critica, mas sim para que se critique com base na empatia e compreensão contextual. Os problemas raramente têm soluções simples e quem se propõe estar na linha da frente, neste caso os diretores, enfrentam constrangimentos que nem sempre são visíveis de fora.

Nesse sentido, é importante substituir os “achismos” e as perceções pessoais por análises mais fundamentadas. Preferir uma observação paciente e informada em detrimento de julgamentos precoces.

Não é assim tão raro deparamo-nos com a situação de termos de recuar com a opinião sobre um determinado assunto, depois de termos pacientemente tentado perceber o porquê das coisas.

Uma democracia madura deve reconhecer que a crítica tem um lugar construtivo essencial, mas também deve reconhecer que essa crítica deve vir sustentada numa disponibilidade para compreender a complexidade dos desafios que se critica. Precisamos de vozes críticas, mas precisamos de vozes informadas e construtivas.

Só com uma postura de crítica construtiva é que poderemos ultrapassar a cultura vigente na sociedade portuguesa do “bota abaixo” e assim conseguirmos construir um diálogo social que, em vez de apenas tentar derrubar, seja capaz de construir alternativas viáveis.

Criticar é fácil, ser capaz de compreender, propor e construir é todo um outro mundo.

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