Os dois decidiram organizar uma Reunião Geral de Alunos porque, de acordo com Afonso e Filipa, “era preciso dar voz aos alunos para debater os problemas da escola”. Afonso refere que na preparação, “a direção não permitiu que esta reunião fosse realizada, mesmo tendo sido apresentadas as assinaturas de estudantes previstas para que tal acontecesse”. Viriato Rodrigues conta uma versão diferente. “Queriam realizar a reunião no refeitório numa hora em que ia impedir o normal funcionamento das instalações e propusemos outro local e horário, mas ainda assim, realizaram-na”.
A hora proposta pela direção seria a de saída pelas 17 horas, mas os estudantes não quiseram e realizaram a reunião no dia 25 de fevereiro perto das 10 horas no bar da escola. Foram debatidos os problemas que a escola tem e propostas soluções, como a construção de um novo pavilhão que não existe, a contratação de assistentes operacionais e professores, a renovação das coberturas das instalações, a falta de transportes públicos e também a forma como são realizados os exames nacionais. Foi ainda convocada uma concentração à porta da escola, que decorreu dia 27 de março.
As propostas foram transmitidas à direção e, de acordo com Viriato Rodrigues, “foi proposto aos alunos reunir com a Câmara Municipal de Sesimbra para encontrar soluções para os problemas levantados, mas não quiseram”. Afonso Calixto considera que “a exigência é para o Governo em aumentar as verbas ao município no âmbito da transferência de competências na Educação. A câmara não tem capacidade para resolver o que queríamos”, concluiu.