A Próxima Reserva Também Será Na Sexta-Feira

Ser professor do quadro é, ao contrário do que acontecia até há década e meia, muito pior do que ser QZP ou contratado.
Passaram-se anos e anos a trabalhar loucamente e gratuitamente (não havia horas extra nem compensações, nem nada), para aguentar as escolas a funcionar. Deu-se tudo o que se tinha. E, agora, são ultrapassados.
Pessoas da mesma idade que algumas que agora entram, mas com mais habilitações, experiência e conhecimento de causa, são agora tratadas como “coisa menor” por quem chega.
Muitos dos que lá estavam não queriam e querem fazer nada. E, agora, os “mais novos2 aliam-se a esses para fingir trabalho. Para realizar “projetos” que mais não são do que feirtas de vaidades que só servem para a avaliação docente, mas que em nada acrescentam aos alunos. Apenas tretas para encher o olho aos governantes e a pais que andam distraídos.
A Escola transformou-se nisto. Uma distopia onde que manda quer festas e alguns dos que são mandados querem fazê-las a custo dos alunos. Nada é sério.
Os poucos que trabalham a sério e abnegadamente em prol dos alunos são tratados como nada. Dispensáveis ou simplesmente “congelados” eternamente com avaliações que são dadas apenas aos amigos e aos que fazem as festas dos diretores e diretoras.
Quem é sério fica em colégios a sério. Os que saem não são sérios. São os que querem ir para a Escola Pública “sacar” o deles e fazer festas.
Os que trabalham afincadamente e loucamente degradam-se e ficam a ver navios o resto da vida.