Este slide deverá levar as escolas e muitas turmas a usarem esta prova-ensaio a meio do ano letivo para substituir um momento de avaliação interna.
Isto pode ser uma boa medida para os alunos se prepararem para a prova final ou para as provas ModA.
Jul 18 2024
Este slide deverá levar as escolas e muitas turmas a usarem esta prova-ensaio a meio do ano letivo para substituir um momento de avaliação interna.
Isto pode ser uma boa medida para os alunos se prepararem para a prova final ou para as provas ModA.
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Jul 18 2024
Foi apresentado o Plano Avaliar Melhor, Aprender Mais e que deixo neste destaque de imagens as apresentações a fundo verde com os quadros gerais das mudanças.
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Jul 18 2024
Provas de aferição nos 2.º, 5.º e 8.º anos vão ser substituídas por provas de “monitorização de aprendizagem” no 4.º e 6.º anos. Provas serão feitas em formato digital, incluindo as do 9.º ano.
A partir do próximo ano, os alunos do 4.º e 6.º anos vão realizar provas de “monitorização de aprendizagem” nestes anos de escolaridade às disciplinas de Português e de Matemática e a outra disciplina rotativa a cada três anos. Serão de realização obrigatória e feitas em formato digital. Cada aluno terá uma classificação, registada na sua ficha individual, embora não conte para a sua nota final. As provas de aferição, até aqui realizadas nos 2.º, 5.º e 8.º anos, deixarão de existir.
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Jul 18 2024
A partir das 11:30h no Ministério da Educação, Ciência e Inovação. A Conferência de Imprensa é transmitida nas contas oficiais do Governo do Facebook, LinkedIn, X e no YouTube, em:
https://www.youtube.com/watch?v=NoUAQdFpeEo
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Jul 18 2024
O problema que se vai desenhando nesta inevitável transição do papel para o ecran é o de saber se as crianças aprendem mais e melhor lendo e desenhando manualmente as letras e as palavras ou lendo no ecran e clicando no teclado. Importa saber que processos mentais asseguram aprendizagens mais eficazes. A mudança do papel para o ecran representa uma profunda mudança do mundo físico para o mundo virtual, com enorme impacto na economia e na saúde do planeta.
O séc. XX ficou muito ligado ao papel e aos livros, ao lápis e à caneta, aos afetos e emoções de leituras inocentes que se mantêm vivas na memória. É a candura de narrativas e poemas partilhados que nos construíram como somos. Somos em grande parte o que lemos e a nossa mente é o espelho vivo das páginas que folheámos.
O mundo mudou radicalmente. Temos as grandes vantagens e os benefícios das novas tecnologias e plataformas digitais, as televisões, a internet, as redes sociais, as comunicações sem limites de tempo e de espaço. O smartphone passa o dia no bolso e a noite debaixo do travesseiro.
Mas a tranquilidade e a confiança foram profundamente abaladas pelo desconhecido, com permanentes ameaças, falsidades e mentiras. A televisão está minada pela publicidade e as redes sociais trazem-nos amigos mas abrem portas a falsos amigos, sempre à espreita para nos fazer cair em armadilhas traiçoeiras. A revolução tecnológica é um benefício enorme mas envolve riscos e traições que requerem a maior vigilância. Atender telefones desconhecidos é uma aventura e abrir links em mensagens é cair na ratoeira. Tudo isto requer aprendizagem e experiência.
As televisões, as redes sociais e a internet, que poderiam ser portas abertas para o conhecimento, são antes de mais verdadeiras agências de publicidade, recolhem e transmitem montes de informação para alimentar o mercado. Os cookies, “os garantes da nossa privacidade”, são o veneno que nos expõe e nos trai. Requerem o nome, o email, o telefone, a morada, a localização e as passwords que nos expõem aos maiores riscos. Apuram os nossos gostos, hábitos, consumos, deslocações, pensamentos e ideias, tudo o que alimenta o mercado. O candidato ao próximo ato eleitoral aparece no retrato com os nossos gostos e os nossos anseios. Os cookies desenham a publicidade à nossa medida.
Henry Kissinger (A Ordem Mundial, D. Quixote, 2014, pp. 398 ss) chama a atenção para a mudança profunda do mundo onde vivemos e para os caminhos desconhecidos onde damos os primeiros passos. Relembra que a internet e as redes sociais alteraram as três facetas essenciais da formação da mente: informação, conhecimento e sabedoria. Pondo o foco na informação, relegam o conhecimento para debaixo do tapete e a sabedoria para as calendas de março.
O conhecimento não se adquire por esta via, adquire-se pela leitura de livros, quer na vertente mais académica que privilegia as várias áreas científicas, quer na vertente da literatura, da poesia, da cultura, da sensibilidade, dos valores, das artes em geral. Este é o cimento que sustenta a nossa personalidade.
Aprendemos melhor no papel ou online? São mesmo irrecusáveis os gestos de desenhar as letras manipulando o lápis e a esferográfica? É este exercício manual que formata a mente e o sistema neuronal? Não falta quem advogue esta causa, que não ouso contestar, sem impedimento de admitir que os gestos e percursos do online tenham também trunfos menos estudados. O suporte em material físico é mais dispendioso e menos prático. É mais cómodo ler online, com ecran grande, tamanho de letra ajustado e sem precisar de me debruçar. Os livros em papel, que muitos preferem, continuam no mercado e nem sempre estão disponíveis online. Mas o fundamental para ler e escrever bem, é ler muito e escrever muito. Este é o fator determinante. O como não será despiciendo, mas não parece determinante. Sem esquecer que as crianças e jovens de hoje não pertencem à geração do papel. O seu mundo é o da internet, do online, do digital e da IA. É aí que querem e devem estar.
José Afonso Baptista | diário as beiras | 18-07-2024
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