Investigador, que é chefe da PSP, aponta para “ocultação” de informação nos relatórios oficiais.
Estudo revela que há mais 48% de casos de violência escolar do que se pensava
Estudo revela que há mais 48% de casos de violência escolar do que se pensava
O número de ocorrências em ambiente escolar comunicado às forças de segurança é 48% superior aos casos que, nos últimos 12 anos, têm sido reportados pelos relatórios anuais de segurança interna (RASI). Foi a constatação a que chegou o investigador do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, e chefe da PSP, Miguel Rodrigues, ao analisar os dados sobre violência escolar que lhe foram enviados, a seu pedido, pelo Ministério da Administração Interna (MAI) no âmbito de um pós-doutoramento em Educação, já concluído. E que estão na base do seu livro Violência nas Escolas, recentemente publicado pela editora Pactor.

2 comentários
Um fenómeno muito preocupante e sem a mínima dúvida, responsável dos resultados dos alunos terem baixado….
“Infelizmente, é tudo muito ocultado. É uma forma de evitar que se debatam estas questões, que se fale muito sobre elas. O que poderia também evidenciar o forte desinvestimento que se tem registado nas políticas de prevenção”.
Esta ocultação, ou falta de transparência, denomina-se de falta de democracia. Esconder para ficarmos bem na fotografia, é assim que os políticos pensam e agem. Isto já para não falar dos numerosos episódios (bem mais do que a percentagem apresentada, infelizmente) que são logo abafados à nascença, sempre com o prejuízo dos professores e da sua autoridade. Autoridade importante para que os outros aprendam. Fazendo aqui um paralelo com os queridos diretores, também este fenómeno se deve à sua passividade.