Esta parece ser a pergunta que muitos fazem por esta altura, quando existem pelo menos 20 mil alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina.
Ao contrário de alguns que acham que a entrega da gestão dos recursos humanos às escolas para colmatar as necessidades das escolas é a melhor solução eu discordo profundamente desta autonomia para a contratação pelas escolas, porque: é um processo moroso que em vez de acelerar o processo de contratação torna-o mais lento e mais sujeito a erros na ordenação dos candidatos. A BCE provou isso quando um professor ficava colocado em 30 ou 40 escolas, atrasando a colocação de um docente para um determinado horário porque os melhor graduados ficavam colocados em inúmeras escolas.
Já há bastante tempo falei sobre a necessidade de alteração do diploma de concursos para tornar mais responsável as opções de cada candidato. Não faz sentido a penalização pela não aceitação de um horário, ou a denúncia de um contrato em período experimental, ou não, ser apenas pelo próprio ano letivo. Nesta altura do ano são colocados imensos professores em horário completo e até “anual” que não aceitam a colocação porque em setembro já podem aceitar novas colocações. Nas últimas duas reservas tive dois horário completos e anuais e um completo e temporário com professor colocado, mas que não aceitou a colocação.
Para aumentar a responsabilização pelas opções dos professores o Ministério da Educação devia permitir que os concursos fossem dinâmicos e que em qualquer momento do ano o professor pudesse alterar as suas opções de escolas e intervalos de horários em função do seu interesse na própria altura. Neste caso a penalização por uma não aceitação de colocação devia ser no próprio ano e pelo seguinte.
A solução a curto prazo para resolver o problema que surge sempre no final do ano podia ser a bonificação do tempo de serviço para efeitos de concurso para quem aceitasse uma colocação e um suplemento remuneratório.
Algo como: uma colocação no terceiro período podia valer 3 vezes o tempo de serviço (apenas para concurso) e uma bonificação de 20% no vencimento. Uma colocação no 2.º período podia valer a bonificação do dobro do tempo de serviço e uma bonificação de 10% no vencimento.
A solução a médio prazo (após a revisão do diploma de concursos) poderia passar pelo que indiquei em cima, duplicar a penalização por uma não aceitação, mas permitindo uma candidatura dinâmica ao longo de todo o ano letivo. A colocação em horário completo para qualquer horário igual ou superior a 18 horas também seria uma boa opção acrescida à primeira.
A solução a longo prazo seria valorizar as remunerações de todos os docentes, tornar mais atrativa a carreira docente de forma a atrair mais jovens para a via ensino. Não me venham dizer que o problema é que os alunos no fim da sua licenciatura não conhecem as opções que existem para seguirem a via ensino, porque isto só nas cabeças das Marias Emílias e dos seus conselheiros é que fazem sentido.
Discordo um pouco de serem dadas regalias financeiras para colocações em zonas mais desfavorecidas porque isso iria criar desigualdades entre professores colocados na mesma escola e à boa maneira portuguesa iria promover alguns aproveitamentos para um professor ser beneficiário desta medida. Facilmente imagino que um docente de lisboa mude a sua residência fiscal para Paris Bragança apenas para beneficiar de ajuda deste género.
27 comentários
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Não concordo nada com estas soluções. Que lata, os professores contratados sempre foram os mais sacrificados e injustiçados e a “solução” que apresentam é cada vez mais PENALIZAÇÕES?! RIDÍCULO! Se aumentassem os salários de todos, se permitissem que os horários temporários de professores continuassem até 31 de agosto, mesmo que os colegas que são substituídos regressassem em junho ou julho, se aumentassem as vagas para QZP de forma a terem sempre uma bolsa de docentes que assegurassem substituições, se garantissem alojamento condigno aos professores que ficassem colocados a mais de 100km da sua residência, se diminuíssem a carga burocrática das escolas, se integrassem os professores com descontos na CGA, se regularizassem os descontos da SS aos docentes colocados com menos de 16h, se não assobiassem para o lado quando docentes são agredidos por alunos e EE e o próprio Estado assegurasse as despesas judiciais dos seus próprios funcionários, quando estes são agredidos no cumprimento de funções… seria o suficiente para não existir falta de professores.
Estas propostas não são de quem tem um neurónio a menos, são de quem tem apenas UM neurónio.
Este é um blogue de um diretor, certo?
Espero que ninguém se “inspire” no conteúdo do post. Discordo, em absoluto, com as “soluções” apontadas pelo autor. Algumas são mesmo… lamentáveis.
Acabem também com os horários inferiores a 16h como acontece nos Açores, além das anteriores. Agora as soluções do Arlindo são lamentáveis.
Quem escreveu o post deve ter um neurónio a menos…
Portanto, um professor que aceite um horário no terceiro período teria uma bonificação de 3x o tempo de serviço?!
Sendo assim, eu e uns milhares que andamos a ficar colocados em horários em setembro, em escolas problemáticas, na zona de Lisboa, (as tais escolas para onde ninguém quer ir, as TEIP), se o critério passasse a ser esse, mais valia só aceitar uma colocação no 3º período.
Assim, é que era!
Bem…de facto, seria um descanso. Teria 3x mais o tempo de serviço em mês e meio do que num ano inteiro a aturar miúdos que ameaçam professores e colegas…dentro da própria escola.
E contava para efeitos de concurso.
Isso ia ser engraçado…
Volto a repetir: quem escreveu o post deve ter um neurónio a menos.
Os professores fazem cálculos e quando têm de fazer opções, são obrigados a ponderar uma série de fatores, mesmo que, por vezes, até errem, nas suas escolhas.
Portanto, essa sugestão é no mínimo ofensiva, para quem anda há anos a sacrificar-se e a sujeitar-se a uma série de situações.
E tudo para conseguir no final do ano uns “míseros” 365 dias…
Enfim…
Car@s colegas, em vez de criticarem (e por vezes recorrerem ao insulto barato, que nada resolve e só afasta as pessoas da discussão dos problemas) apresentem soluções e respetiva fundamentação, para que tod@s as possamos analisar e melhorar, que é o que, julgo que, o colega Arlindo fez.
Tu és aquele gajo que escrevia o blog a fingir que era o Sócrates ou o que lhe escrevia os livros, pá?
Ou és ainda um boy principiante destacado para trollar na Internet?
VLNC, rapaz!
Concurso anual só QE e destacamento para aproximação.
Gestão democrática.
Fim de projetos da treta e burocracia da treta.
Dar aulas, ensinar a sério.
Problema resolvido!
Apoiar quem está deslocado parece-me uma solução mais do que necessária e bastante justa, que com certeza fará muitos contratados alargarem o âmbito geográfico das suas candidaturas.
Não implementar porque haverá gente que explorará esta medida, não é uma desculpa razoável na minha opinião. Se acham que pode haver abusos, peçam os recibos do combustível, portagens ou alugueres. Terei uma boa conta a apresentar em cada mês.
E deslocados não são só contratados. Quem está em zona pedagógica como eu, fica BASTANTE deslocado também.
Como contratada já tive que pagar (pedir dinheiro à família para me suportar financeiramente como se fosse uma estudante desempregada) e volvidos vários anos uma GRANDE parte do meu vencimento continua a ser gasto em deslocações de carro e/ou aluguer de quartos.
Este aspeto é um fator muito relevante, para todos aqueles que continuam a ser contratados e para aqueles que como eu estão no emaranhado perpétuo entre escolher ser QE/QZP e consequentes implicações na MI e concurso interno (alteradas com uma frequência atordoante).
Não há professores suficientes nem candidatos a futuros professores por três motivos:
– a profissão é mal remunerada
– as condições de trabalho são más
– a carreira não é atrativa a curto, médio e longo prazo.
Simples. 🙂
Muito bem.
E não era tudo mais simples e fluído se acabassem com qzp ficassem apenas Quadros de Escola a concurso seguidos de concurso a destacamentos por aproximação antes do arranque do ano lectivo?
Já foi assim. Respeitava-se a graduação e era tudo transparente.
Há que de 1 x por todas eliminar do léxico docente a palavra penalizações, já não se podem dar a esses luxos nem ao luxo ou hipótese da continuidade pedagógica por unidade orgânica!
Irra, há tiques ditatoriais e esquemas mentais difíceis de ocultar, mesmo quando a realidade é outra!
As vezes penso que está tudo maluco. Já estou a ver certos diretores a abrir uns horários para os amigos no terceiro período, ou seja “à boa maneira portuguesa iria promover alguns aproveitamentos para um professor ser beneficiário desta medida”.
diretores a fazer entrevistas para emprego sem graduação nacional é uma CUNHA ao mais alto nivel
qq dia o sobrinho do presidente de camara ate ja pode ser prof
ORA CÁ ESTÁ …
UM post , uma opinião e logo os professores reagem…
DUVIDO QUE ESTES QUE REAGEM A ALGUÉM QUE COLOCOU aqui uma soluçao , e nós podemos dar outras ,tenha a coragem , repito tenha a coragem de reagir perante os seus diretores dest forma.
DUVIDO E TENHO CERTEZA QUE SÓ O FAZEM AQUI POr ESTAREM MASCARADOS.
É uma opinao o para solucionar algo , vejo que nao a respeitam , por favor todos nós podemos tentar fazer o que postador fez.
MAS NÃO.
CRITICA , INSULTO E TAL
ORA aqui chegados e para que nao restem duvidas os professores nunca serao uma ORDEM , JAMAIS .
OS professores só olham para si , para o seu umbigo.
A DEMOSTRAÇAO FOI ESTE POST DO COLEGA.
Mais , os professores combatem-se uns aos outros , a com ADD entao é uma GUERRA so faltam os misseis.
DESAFIO TODOS AQUELES QUE AQUI INSULTARAM E DESPREZARAM O post a escrevRem aqui os seus horarios.
A ESCREVEREM AQUI O SEUS CARGOS
A ESCREVEREM AQUI A SUA AVALIAÇAO NO 4º OU 6 ESCALAO.
EU DOU EXEMPLO.
PROF 32 anos de serviço
reclamaçao para subir o escalao com cota.
ganhei por votos dos arbitros
3-0
estou Deveras incopatibilizado com A SADD E COM A DIRETORA PORQUE NAO ACEITOU DE BOM TOM EU RECLAMAR E RECORRER , imaginem o sucesso que devo ter para ela.
MAIS leciono 10 e 12 MATEMATICA nao tenho nenhum cargo
sou diretor de turma
é esse o cargo .
tenho 2 dias com 1.30 de aulas e os outros dias todos mistos de manha e de tarde.
pessima relaçao com quem me avaliou internamente a coordenadora, claro tinha que ser.
tive NAS aulas OBSERVADAS 10 .
avaliaçao da interna era de 8.4
mas ganhei em recurso como vos disse.
com 4 horas de reduçao sabem o que me deram?
TUTORIAS.
agora convido todos estimados colegas que aqui desancaram no postador a dizer se sao intimos da DIRETORA ou apensos dela……
concordo com a ideia do postador , teem medo da bonificaçao voces ?
teem medo de que?
nao entendo
ENTÃO A SOLUÇAO É DEIXAR A MIUDAGEM SEM AULAS ?
DEVE SER.
o que vos assusta no post ?
nao entendo .
melhor entendo.
COMO AQUI ALGUEM ESCREVEU , TAMBEM acho que anda tanta gente professores a polir esquinas nas escolas , xiiiiii tanta gente metida em biblotecas projetos e projetinhos.
E O ERASMUS?
PASSSEAR É FIXE.
ENTAo COLEGAS DIGAM O QUE FAZIAM COMO POSTADOR DISSE, E DIGAM QUANTAS TURMAs tem e cargos e avaliaçao nos 4 e 6 escalao e assim talvez vos entenda .
SENÃO ACHO QUE SOIS UNS CACIQUES DOS DIRETORES.
DISSE.
P.S QUALQUER DUVIDA ENVIAREI PARA O AUTOR BLOGUE O MEU HORARIO E AMINHA AVALIAÇAO PARA PROVA DO QUE AQUI ESCREVO.
Tu é que és o maior!!!
Boa tarde;
Por aqui se vê a classe que somos.Li algumas coisas que demostram porque ninguém nos dá credito .
Aguns têem medo das bonificações sugeridas.
Alguns Têem medo das cunhas .
Estimados , se relmente vossas excelências são professores do quadro têm medo de ?
Estimados penso que os professores não querem que os alunos fiquem sem aulas,os estimados não tem filhos?
deduzo que estão no colégio , então.
E assim sendo realmente é vos indiferente os alunos terem aulas ou não, ou por um laivo de sorte estão numa escola que POR ACASO ATÉ NAO TEM FALTA DE PROFESSORES. mas só por sorte.
Normalmente ate nem concordo com o escritor do post , mas desta vez tenho que concordar , aprendi que primeiro estão os alunos .
Se houver indisciplina grave , ou violência é simples ,MINISTÉRIO PUBLICO.
Não se deixem intimidar com isso.
Sejam mais solidários .
Para aqueles que querem soluções! Porque não mais horários completos e anuais na colocação inicial, em vez dos senhores diretores andarem a brincar às horinhas e adendas durante o ano. Que tal?
Sempre afirmei que não existe “falta de professores”. O que se verifica é má gestão de Recursos Humanos. Veja-se o caso dos “doentinhos” e da Mobilidade por Doênça ou para apoio a familiares (já colocados em armazens de velhos). São milhares pelo País que vão para escolas junto da residência e andam a polir esquinas.
Concurso anual, fim qzps, só concurso a QE com destacamento por aproximação.
Dessa forma enquanto se é novo vai-se para longe num país dos mais pequenos do mundo e depois fica-se na terrinha.
Subsídios não, subidas salariais sim, descentralização jamais! Todos sabem como é a cunhíce que querem instituir à custa disso.
Se há uma enormissima falta de professores qual é o problema destes serem selecionados pela camara Municipal???????????????????????
Com tanta falta de professores (a ser verdadde) não falta emprego para ninguem ….com cunhas ou sem cunhas……..
Se é uma profissão tão repulsiva…se ninguem quer ir para professor……….se os mais jovens nem querem ouvir falar em cursos destinados a educação………..qual o problema de serem as Camaras Municipais ou os Diretores a fazerem o Recrutamento??????
Ide dar tanga a outros lá com a “falta dos professores”………….até se esfarrapam para vincularem a uma escolinha…………..
Se pensar melhor, uma ditadura resolvia muita coisa…
Não percebe que é por haver cunhas que há falta de tarefeiros? Sim porque é de tarefeiros (para dar umas horitas usar e deitar fora) que há falta, não de professores.
Que grande confusão de posts que para aqui vai.
Acalmem-se lá que enquanto não houver falta de professores nos colégios privados, está tudo sob controle.
Isto do público resolve-se num instante, com a força bruta do costume, ie, vale tudo, portaria, despacho normativo, regulamentar, notas informativas e afins, e é marchar para a frente mansinhos como de costume.
Alguém pode informar-me se algum ministro, secretário distado ou afins, têm algum filho a estudar no ensino público?
Concordo com o conteúdo do post do António!
De facto, se o tempo das baixas médicas fosse descontado para efeitos de concurso teríamos milhares de professores “doentinhos” a ficarem bem para regressarem às escolas.
Se a Mobilidade por Doença tivesse cotas nos Agrupamentos, não teríamos agrupamentos com 12 (doze), não é engano, educadores de infância a tropeçar uns nos outros.
Quantos atestados médicos são metidos por professores donos de Centros de Estudo ou que lá trabalham sem fazer descontos? Não trabalham com os alunos das turmas com o mesmo afinco, claro!
A chico-espertice na profissão docente é que retira dignidade e consideração aos professores. E como em outras situações não se consegue separar “o trigo do joio”, logo “paga o justo pelo pecador”! Os sindicatos sabem bem desta enormidade, mas se falassem abertamente perdiam os associados, não é?