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Programa do Bloco de Esquerda

Tal como já aqui foi colocado o programa do PS e do PSD para a área da educação fica aqui hoje o programa do Bloco de Esquerda.

O programa do Bloco de Esquerda tem inúmeros pontos nos quais os professores se revêem .

Só não me agrada o tratamento de género que é feito pelo bloco de esquerda ao estatuto do aluno quando lhe acrescenta a aluna de seguida. Porque quanto as propostas parecem-me boas e de fácil aceitação pelos professores e professoras. 😛

No que respeita à Educação o Bloco de Esquerda tem no seu programa os seguintes pontos:

15. Escola pública, pilar de igualdade

15.1. Uma escola inclusiva, moderna e democrática

A pandemia revelou um substrato de desigualdade no sistema educativo português. Com a suspensão do ensino presencial, associada  a longos períodos de confinamento, a falta de recursos e de preparação para o ensino remoto de emergência marcaram quase dois anos de perdas de aprendizagens, perturbações sócio emocionais e uma limitação do desenvolvimento das capacidades sociais.

À falta de computadores, de uma cobertura nacional de internet rápida e de orientações pedagógicas uniformes somaram-se as dificuldades de um corpo docente envelhecido e cansado e de contexto sócio-familiares desfavorecidos. Foram tempos eficazes para mostrar como as condições de origem, a literacia das famílias, a qualidade da habitação, e tantos outros fatores sócio-económicos determinam o sucesso escolar. A pandemia arrasou a tese neoliberal da meritocracia aplicada à educação.

O Estudo do CNE “Efeitos da pandemia COVID-19 na educação: Desigualdades e medidas de equidade” refere que há “unanimidade nos diversos estudos e documentos consultados, nacionais e internacionais” sobre o “agravamento das desigualdades que, por sua, vez, se tornaram mais visíveis e atingiram mais alunos e famílias”.

Incluindo a recuperação de aprendizagens mas ultrapassando-a, o combate às desigualdades é a principal tarefa da Escola Pública nos próximos anos. O maior risco na prossecução desse objetivo é o desinvestimento em políticas de educação. O recente “Relatório Panorâmico sobre Demografia e Educação” do Tribunal de Contas dá o risco como certo e mostra como a tendência tem sido de redução das despesas que passaram de 4,8% do PIB, em 2000, para 3,9%, em 2020, e estima-se que decresçam para 3,8% em 2030. A UNESCO e a OCDE recomendam que o valor seja de 6%. Em Portugal já chegou aos 4% no início do século XXI e, neste momento, está em valores semelhantes aos da década de oitenta do século XX.

Gráfico 19 / Despesas com Educação, Saúde e pensões de velhice em % do PIB

Fonte: Tribunal de Contas

O aumento exponencial do investimento em educação tem de ser acompanhado de mudanças profundas nas políticas públicas de educação. O sistema educativo em Portugal tornou-se numa manta de retalhos, avulsa e incoerente, marcado pela agenda neoliberal e pela escassez de recursos.

Concluída a reversão de algumas medidas da direita, o governo do PS resistiu às mudanças necessárias, tanto de política educativa como de investimento, como a vinculação extraordinária de mais de 7000 professores e professoras, a diminuição do número de alunos e alunas por turma ou a gratuitidade dos manuais escolares.

Ficaram por tomar, por recusa do PS, medidas tão importantes como a democratização do modelo de gestão, a reversão dos mega-agrupamentos e atribuição de autonomia às escolas, a revisão dos programas e do modelo de avaliação ou a revisão do regime de recrutamento e mobilidade dos docentes. O novo decreto de inclusão veio também evidenciar a necessidade reforçar as escolas com mais pessoal técnico, nomeadamente profissionais da psicologia, terapeutas, mediadores e mediadoras, animadores e animadoras culturais, tutores e tutoras, entre outras pessoas, para trabalharem em conjunto com todas as comunidades e com todos os alunos e alunas, tendo ou não diversidade funcional.

Gestão Democrática das Escolas

A escola tem que adotar modelos de gestão e funcionamento democráticos, revogando a legislação antidemocrática que subsiste no tempo de Maria de Lurdes Rodrigues e Nuno Crato. A revogação da legislação sobre gestão escolar e estatuto do aluno, entre outras, é uma prioridade do Bloco de Esquerda. Defendemos um modelo com maior participação de alunos, professores e funcionários, e onde não sejam esquecidos os encarregados de educação e toda a comunidade em que a escola se insere.

Mesmo perante as exigências da pandemia, os investimentos foram sendo feitos a conta gotas e dependentes de financiamentos europeus, como os 400 milhões de euros de fundos europeus para recursos digitais. Ainda assim, os computadores, tal como a contratação de assistentes operacionais, chegou tarde e insuficiente. Por outro lado, o anunciado reforço de docentes não chega para as necessidades de uma Escola Pública com escassez crónica de professores, sobretudo em algumas disciplinas.

Pede-se hoje à Escola quase tudo e não se pode exigir menos: que seja espaço de aprendizagem para a cidadania, para a liberdade, para os conhecimentos técnicos e científicos atuais, para a cultura, a arte e o desporto e que garanta condições de igualdade. Não há escola inclusiva sem uma política educativa que trabalhe esse objetivo.

Uma verdadeira educação inclusiva passa, entre outros aspetos, por uma educação antirracista, uma educação sexual sem preconceitos, uma educação laica, aberta à diversidade cultural e de capacidades, e que promova o sucesso e a participação de todas as crianças e jovens.

Isso será impossível sem a participação de docentes e não docentes na organização da escola, sem um processo de reforma curricular participado por toda a comunidade educativa, sem a valorização de todo pessoal que trabalha na Escola e o respeito pelos e pelas estudantes. Até as tentativas de implementar práticas pedagógicas inovadoras, como o programa de autonomia e flexibilidade curricular e a introdução de aprendizagens essenciais, esbarram na continuidade de programas extensos e obsoletos, metas curriculares inalcançáveis, um modelo de avaliação obcecado por exames e na desarticulação entre os novos modelos desejados e a ausência de alterações significativas na formação de professores.

É necessário ainda abrir o debate sobre a organização por ciclos. Portugal tem o primeiro ciclo mais curto da Europa, decorrente de lógicas anacrónicas e desatualizadas. No primeiro ciclo observamos uma das médias mais altas da Europa de horas passadas em contexto de sala de aula dos alunos. A este debate tem de ser associado o debate sobre a formação contínua específica de docentes deste ciclo de ensino.

A escola que prepara para o futuro não é compatível com modelos pedagógicos antiquados, expositivos, decorrentes do elevado número de alunos por turma e da necessidade de formar e treinar para exames anacrónicos. Há ainda um longo caminho pela frente até a escola pública conseguir eliminar o abandono escolar, baixar as taxas de retenção e assegurar a possibilidade de terminar a escolaridade obrigatória garantindo igualdade de oportunidades e frequência para que a sua conclusão seja uma realidade em toda a sociedade. Se os manuais escolares gratuitos foram um primeiro passo, é necessário, agora, reforçar a ação social escolar e dotar as escolas e todos os alunos e alunas com as melhores condições de aprendizagem possíveis. É imprescindível acabar com os exames em todos os ciclos de ensino e separar a conclusão do secundário do acesso à universidade.

Gráfico 20 / População por nível de escolaridade (2000-2020)

Fonte: INE

Por fim, não pode haver educação inclusiva que não responda à persistência do analfabetismo e das baixas taxas de escolarização em Portugal. Há ainda 500 mil pessoas analfabetas no país, sobretudo nos meios rurais e entre as mulheres. Do mesmo modo, no quadro da Educação Permanente e do direito à escolaridade, é fundamental assegurar que os adultos que abandonaram a escola precocemente tenham a possibilidade de completar os 12 anos de escolaridade.

As propostas do Bloco:

  • Abertura de um processo de reforma curricular e revisão de programas, com a participação de professores e professoras, estudantes, academia e organizações da sociedade civil mais relevantes em cada área, envolvendo o ensino superior para assegurar a necessária reforma na formação de docentes;

  • Revisão da organização dos ciclos e do calendário escolar;

  • Revisão do estatuto do aluno e da aluna para valorizar participação e direitos;

  • Inclusão da desmaterialização dos manuais escolares no processo de transição digital;

  • Gratuitidade de equipamentos informáticos e de acesso a rede de internet;

  • Reforço da ação social escolar e materiais pedagógicos adaptados e diferenciados para alunos e alunas com necessidades educativas especiais;

  • Valorização do ensino profissional com garantia de ensino unificado até 9º ano;

  • Alargamento do ensino articulado e das respostas públicas de ensino artístico;

  • Reforço das respostas de educação inclusiva nas escolas, com contratação direta de terapeutas e técnicos e técnicas especializados e alargamento da rede de unidades de ensino estruturado e multideficiência;

  • Revisão do modelo de Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), Componentes de Apoio à Família (CAF) e Atividades de Animação de Apoio à Família (AAF) de modo a valorizar as atividades lúdicas, combatendo a sua excessiva curricularização e a precariedade dos vínculos dos profissionais;

  • Gestão pública das cantinas escolares com produção local e circuitos curtos de abastecimento;

  • Revisão da portaria de rácios, recuperação da especificidade funcional do pessoal não docente, revisão da tabela salarial das carreiras de assistente operacional e assistente técnico;

  • Reversão da municipalização e novo modelo de descentralização com base na autonomia das escolas;

  • Recuperação de um modelo de gestão democrático e fim dos mega-agrupamentos;

  • Criação, na escola pública, de cursos pós-laborais dirigidos aos adultos que pretendam melhorar a sua escolaridade;

  • Adoção de uma estratégia descentralizada de erradicação do analfabetismo, com especial foco na população mais distante da rede escolar pública.

15.2. Uma proposta para a sustentabilidade da escola pública

Todos os anos a falta de professores na escola pública faz-se sentir com mais força e mais cedo. Este é um problema com causas identificadas: a combinação do envelhecimento, da precariedade e da desvalorização da carreira docente. No ano letivo 2021/22, passado o primeiro mês de aulas já faltavam 691 professores nas escolas de todo o país e Alemão e Latim eram as únicas disciplinas em que não havia alunos sem docente.

A percentagem de docentes do 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário com menos de 30 anos? É de 1,2%. O alerta parte da OCDE, que afirma que a classe docente portuguesa é uma das mais velhas de todos os países integrantes desta organização internacional.
Quase metade do universo docente tem mais de 50 anos. Altos níveis de envelhecimento já significam um custo acrescido para o sistema educativo. A idade é o principal fator de afastamento de docentes das salas de aula por motivo de doença. Em Portugal, já são cerca de 12 mil.

Gráfico 21 / Distribuição dos docentes (%) por grupo etário e nível de ensino (2019/2020)

Fonte: Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, Perfil do Docente 2019/2020

A curto prazo, este problema será o maior desafio para a organização do nosso sistema educativo. Em 2020, reformaram-se cerca de dois mil docentes, o número mais elevado desde 2013. Até 2030, podem sair quase 60%. À desvalorização sistemática da carreira docente corresponde a diminuição do número de estudantes interessados nos cursos que formam para o ensino. De acordo com a OCDE, Portugal é dos países em que menos jovens dizem querer vir a ser professores e professoras.

A desvalorização da carreira docente dá-se de muitas formas, sobretudo na contagem do tempo de serviço e nos entraves às progressões na carreira. Na sequência das apreciações parlamentares apresentadas por vários partidos, a direita recuou e o bloco central impediu a recuperação da carreira dos professores e das professoras.

Uma das formas mais graves de desvalorizar a carreira docente é condenar os jovens professores acabados de chegar às escolas a uma vida de precariedade e baixos salários. Sem qualquer apoio para deslocações, muitos dos horários que agora ficam por preencher nas escolas obrigariam estes docentes a “pagar para trabalhar”

Portugal é alvo de um procedimento de infração por parte da Comissão Europeia por incumprimento da diretiva UE relativa à não discriminação na contratação a termo de professores nas escolas públicas. De acordo com a Comissão, a lei portuguesa prevê condições de emprego menos favoráveis para os professores contratados a termo que trabalham nas escolas públicas portuguesas do que para os professores permanentes, nomeadamente em termos de salário e antiguidade.

Gráfico 22 / Distribuição dos docentes (%) por vínculo contratual e nível de ensino (2019/2020)

Ensino público do Ministério da Educação

Fonte: Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, Perfil do Docente 2019/2020

Valorizar a carreira docente

Anos de promessas do PS sobre estudos e planos não deram em nada. É necessária uma negociação séria com os representantes dos docentes para encontrar novas medidas de valorização da carreira. Estas são cinco das mais urgentes:

  1. Programa de vinculação extraordinária de docentes precários e alteração da norma travão;
  2. Respeito pela graduação profissional e pelo direito à progressão na carreira, com eliminação das vagas de acesso aos 5º e 7º escalões;
  3. Alteração dos intervalos horários e mais direitos para os horários incompletos;
  4. Redução geográfica dos Quadros de Zona Pedagógica;
  5. Criação de um regime de compensação a docentes deslocados.

O envelhecimento da classe docente representa um risco para a sustentabilidade da Escola Pública e é um fator negativo para o desenvolvimento económico do país.  A única forma de o evitar é combinar uma aposta na formação inicial e no regresso de professores e professoras precários que abandonaram o sistema com o acesso à aposentação antecipada. Assim, o Bloco propõe um Programa Especial de Rejuvenescimento do Corpo Docente, que permitirá a substituição voluntária de docentes com mais longas carreiras contributivas por jovens no início da carreira, com benefícios para um sistema educativo mais inovador.

Tabela 11 / Distribuição dos docentes, por grupo etário, natureza do estabelecimento de ensino e nível de ensino (2016/2017)

Fonte: Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, Perfil do Docente 2019/2020 

Tabela 12 / Docentes em exercício de funções nos ensinos básico e secundário, por ciclo de estudos e grupo etário, no Continente (2000/01, 2019/20)

Fonte: Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, dados atualizados setembro 2021

As propostas do Bloco:

  • Regime temporário de antecipação da aposentação das professoras e professores com idade próxima da reforma (medida de adesão voluntária e que deve incluir a possibilidade de reconversão de tempo de serviço ainda não contabilizado em antecipação da reforma);

  • Incentivo à contratação e vinculação dos docentes contratados e contratadas. Desta forma é possível preparar a renovação geracional a uma década, evitando a saída abrupta de quase metade do corpo docente e acautelando a entrada atempada de novos professores e professoras.

15.3. Um programa de requalificação das escolas públicas

O parque escolar português coloca em causa a qualidade da educação. Cerca de um terço das escolas secundárias públicas (173 de um total de 526) foram renovadas, mas a falta de recursos financeiros deu origem ao atraso ou à suspensão do investimento previsto nas restantes. Muitas das escolas secundárias e a maioria das escolas básicas não tiveram as intervenções necessárias ao longo dos anos (um terço do total, segundo a Comissão Europeia). O congelamento de todas as obras durante o último governo só agravou a situação. Frio e calor, chuva dentro das salas de aulas, falta de condições ou ausência de refeitórios e pavilhões desportivos, coberturas de fibrocimento e degradação geral dos espaços, tudo isso perturba o normal funcionamento de uma escola. Estão em causa a higiene, a segurança, as condições de trabalho e o conforto de centenas de milhares de alunos e alunas, docentes e trabalhadores e trabalhadoras, assim como a qualidade da educação em Portugal.

As despesas de capital correspondem a menos de 2% do orçamento total da educação, o que deixa muito pouco para as obras necessárias. É necessário um plano de investimento a quatro anos, com calendário e prioridades definidas. Sem projetos de luxo, a cada escola deve ser dada autonomia para identificar as suas necessidades de requalificação e manutenção dos edifícios escolares.

A proposta do Bloco:

  • Adoção de um programa de requalificação dos edifícios escolares.

15.4. Uma rede pública de creches

A Carta Social de 2019, salienta “uma insatisfatória cobertura média das respostas e equipamentos sociais para a 1ª infância, o que no caso das creches não abrange metade das necessidades (48,4%). Esta é uma das razões para ser tão caro inscrever uma criança na creche, às vezes mais do que numa universidade privada. Mesmo quando se trata de creches com acordos com a Segurança Social, o valor das mensalidades pode representar metade do salário médio. Este quadro limita o acesso das famílias à resposta e ignora que a criança é um sujeito de direitos desde que nasce. O custo das creches relaciona-se com duas opções erradas: não incluir as creches no sistema educativo, mas no campo da ação social, pelo que a oferta está nas mãos do setor privado e no setor social (IPSS) financiado através de acordos de cooperação com a Segurança Social; e percepcionar as creches como assistência às famílias e não no quadro dos direitos da infância, o que contribui para desresponsabilizar o Estado. A Recomendação nº 3/2011 do CNE sobre “A educação dos 0 aos 3 anos” considera que a concretização do direito das crianças à creche é “um fator de igualdade de oportunidades, de inclusão e coesão social”. O mesmo documento sustenta que a frequência da creche deve “ser universal, de modo a que as famílias disponham de serviços de alta qualidade a quem entregar os seus filhos, serviços esses que devem estar geograficamente próximos da respetiva residência ou local de trabalho” (2ª recomendação). E, no mesmo sentido, defende que “o Ministério da Educação deve assumir progressivamente uma responsabilização pela tutela da educação da faixa etária dos 0-3” (3ª recomendação).

As propostas do Bloco:

  • Inclusão das creches no sistema educativo;

  • Criação de uma rede nacional de creches públicas com cobertura universal a integrar no Serviço Nacional de Cuidados;

  • Contabilização do tempo de serviço dos Educadores de Infância afetos às creches para todos os efeitos do Estatuto da Carreira Docente.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2022/01/programa-do-bloco-de-esquerda/

23 comentários

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    • Esperança on 8 de Janeiro de 2022 at 18:58
    • Responder

    Já tinha lido o projeto do BE e… não tenho dúvidas que é o único em que os professores se revêem! Completo, simples, sem condições, exequível, motivador, inclusivo e credível. Da última vez que o nosso 1° ameaçou com demissão, o BE manteve-se incólume e sereno. Em relação ao estatuto da aluna? Se calhar, quem assume que a nossa sociedade é machista, deveria ATUAR! Ou não?

      • Utopia on 8 de Janeiro de 2022 at 20:12
      • Responder

      Como é possível acreditares num programa destes?
      És mesmo utópic@!

    • Última cartada ou talvez não on 8 de Janeiro de 2022 at 19:04
    • Responder

    Sem dúvida que é o programa que melhor defende os interesses , mais razoáveis e justificáveis, da classe docente. Outra coisa não seria de esperar do BE em vésperas de eleições. 😉
    No entanto, na minha opinião e na defesa dos interesses dos docentes , o melhor seria a vitória do PS sem maioria absoluta e com peso reforçado do BE.
    Este eventual cenário, não será o que deseja o PR , o PS , e os partidos da direita , mas a esquerda terá que se entender ou o 1º ministro AC cumprirá a promessa de demissão?

    • Jotas on 8 de Janeiro de 2022 at 19:46
    • Responder

    Embora não concorde com muitas ideias do BE, reconheço que é o partido que apresenta no seu programa, na área da Educação, as medidas mais ajustadas. Seria importante para moderar os ímpetos do PS num hipotético governo minoritário, ou de coligação, na área da Educação pois o programa do PS nesta área é vago e nós sabemos o que isso quer dizer…


  1. “A escola tem que adotar modelos de gestão e funcionamento democráticos, revogando a legislação antidemocrática que subsiste no tempo de Maria de Lurdes Rodrigues e Nuno Crato. ” 👏👏👏👏👏

      • É melhor não ler… on 9 de Janeiro de 2022 at 13:21
      • Responder

      Isto está no programa do BE desde 2015.
      Programa do BE, 2015: 19: “Para o Bloco, as comunidades escolares devem regressar à gestão democrática, rejeitando a institucionalização da figura do diretor omnipotente”.
      Há sete anos a suportar o governo e ….ZERO. Não há como acreditar neles.
      Até pode ganhar o chega, há mais democracia no programa deles no que nas escolas…
      Factos:
      https://capasjornais.pt/Capa-Jornal-Publico-dia-12-Agosto-2018-9909.html

    • Elma on 8 de Janeiro de 2022 at 20:31
    • Responder

    Nos distritos onde o BE elege deputados os profs deviam votar nele.

    Nos distritos onde só se elege deputados de PS e PSD, deveríamos votar PS.

    Só assim não se atirava votos para o lixo e não colocavamos aqueles que querem escola privada e com profs a sair para o concelho vizinho mesmo sendo QE.

      • No Name on 8 de Janeiro de 2022 at 21:36
      • Responder

      Exatamente, penso da mesma forma. É importante o PS ganhar mas depender da esquerda e em particular do bloco!

      • 123oliveira4 on 9 de Janeiro de 2022 at 1:18
      • Responder

      Deveríamos votar PS???
      Ainda não aprendeste a lição Elma e No Name?
      Queres mais do mesmo?
      Já se esqueceram do que a Milú nos fez?
      Depois queixem-se do excesso de projetinhos nas escolas, dos cortes do tempo de serviço, da falta de recursos (internet por exemplo) entre muitos outros.
      O Crato fez muita porcaria mas em comparação com todos os ministros da educação do PS que por aqui andaram é um menino.
      Tenho votado PS mas daqui em diante NUNCA MAIS.

        • Anjinhos on 9 de Janeiro de 2022 at 9:16
        • Responder

        Colega, queres a versão de Pedro Passos Coelho na Educação?
        Abre a pestana ou consulta e aprende com os teus colegas mais idosos nos intervalos das tuas aulas.

        • Noname on 9 de Janeiro de 2022 at 11:06
        • Responder

        Aprendi a lição que o PS não é bom, mas PSD é bem pior… Infelizmente é o que temos.
        Fiz a PAC – Governo PSD/CDS
        BCE – Governo PSD/CDS
        Fiquei sem colocação – Governo PSD/CDS
        Na familia 3 pessoas no desemprego (2 prof. e 1 engenheiro) – Governo PSD/CDS
        Congelamento das Carreiras que já vinha, mas não lhe tocaram…
        Aumento salarial – 000000000000000000
        Muito mais havia
        2016 – PS + Esquerda:
        Fim da PAC
        BCE desapareceu
        Tive trabalho eu e os restantes falimiares
        Entrei na norma travão
        Descongelamento das carreiras
        Este ano 0,9% é pouco? Claro que é, mas desde 2009…. ´
        Então devo querer o PSD no poder? Com todo o respeito pelas opiniões de cada um.
        Sei onde não voto, isso sei.

      • Zeco on 9 de Janeiro de 2022 at 13:10
      • Responder

      Elma,
      PS???!!!! O partido da maria de lurdes rodrigues, do lemos, do kapofilinto e do costa?
      Ainda, das ditaduras nas escolas, da perseguição aos professores, da ADD, dos professores titulares e suplentes???!!!
      Ainda não percebeu porque faltam professores?
      Phosga-se! TENHA VERGONHA!
      Antes o chega!

    • António on 8 de Janeiro de 2022 at 21:35
    • Responder

    Isto é Marxismo puro e duro!……

    Chega!………..

    Foram 6 (seis) Longos Anos de Marxismo-Leninismo na dita Escola Pública.

    A escola publica precisa de uma limpeza de alto a baixo e com utilização de Lixivia.

    • EUZINHO on 9 de Janeiro de 2022 at 11:05
    • Responder

    Programa absolutamente medíocre com os chavões da escola anacrónica e outros clichés habituais… A proposta do Bloco é o de criar um imenso jardim de infância, desde o 1º Ciclo até à Universidade onde o conhecimento e o esforço é ”mandado às malvas… ” Mas escusam de se dar a tanto trabalho para isso já cá está o senhor Secretário João Costa a tentar implementar um modelo de tal excelência… É como disse Catarina Martins que gosta muito de cirurgiões que gostam de dar gargalhadas, enquanto outros os preferem mais sisudos e competentes…
    Um programa destes seria um maná para os privadas e a demolição definitiva da Escola Pública… Mas parece que há gente que gosta de onirismos centralistas!


  2. O programa é positivo para os professores, o problema é que NÃO CUMPREM.
    Ver programa de 2015 e 2019, gestão democrática, ADD, tempo de serviço… está lá tudo. SETE ANOS depois ZERO.🤬
    Assim votar neles revela-se igual a votar noutro qualquer…

    • joão on 9 de Janeiro de 2022 at 12:15
    • Responder

    O bloco apoiou o PS durantes os últimos anos. O que se tem visto na educação é o aumento exponencial da quantidade de trabalho e de burocracia… . Ao mesmo tempo transformaram a avaliação dos alunos numa palhaçada , apareceram as metas e os planos e passa tudo…
    Ou seja o ensino tranformou-se num circo cheio de burocracia e de planos e de cidadania e de trabalho, como se nota nas propostas atuais.
    As propostas do Bloco são para enganar todos – DESPESISTAS, IRREALISTAS, INUTEIS e uma carga de trabalho de escravo para os professores.

    • Helder on 9 de Janeiro de 2022 at 13:36
    • Responder

    Pois… Vcs devem viver num país diferente do meu.
    Só há 2 partidos de governo , PS e PSD. Desculpem mas é a realidade o resto são fabulações.

    Agora pensem …querem o mal do PSD ou o mal PS?
    Eu prefiro viver como prof com o mal do PS.

      • Jotas on 9 de Janeiro de 2022 at 14:15
      • Responder

      Concordo.

      • Luís Filipe on 9 de Janeiro de 2022 at 14:46
      • Responder

      👆…se não fosse o respeito ao autor do blog, fazia-lhe este gesto com o dedo do meio…

    • Alberto Miranda on 9 de Janeiro de 2022 at 17:36
    • Responder

    Fico perplexo, quando há professores que se esqueceram do mal que fez à classe docente a senhora Maria Lurdes Rodrigues (PS) ou o senhor Nuno Crato (PSD). Já nem vou mencionar o não ministro Tiago que está a deixar as escolas num caos e cada vez mais sem professores.
    Muitos cidadãos estão a confundir uma coligação com um acordo parlamentar. São coisas totalmente diferentes. O acordo feito por aqueles quatro partidos eram referentes a determinados pontos que foram sendo executados em troca da aprovação de um orçamento do PS. Nunca aqueles orçamentos seriam do BE ou PCP. E penso que é escusado de mencionar exemplos de medidas em que esses partidos sempre foram contra. Uma coligação já é totalmente diferente, qualquer medida/aprovação tem o selo dos partidos coligados.
    Não votem naqueles que destruíram a Escola Pública!

    • Ricardo on 9 de Janeiro de 2022 at 18:16
    • Responder

    O PS, pela mão da criminosa mlr, foi o ASSASSINO da profissão e da classe docente. O PSD foi/é conivente.
    Votar no PS como mal menor é apenas ESTÚPIDO. O PS é o mal maior.

    • P.daSilva on 11 de Janeiro de 2022 at 9:46
    • Responder

    Onde andou o BE nos últimos 6 anos? A política educativa da geringonça promoveu o caos e o facilitismo na aprendizagem, a impunidade disciplinar e a burocratização docente, desvalorizando objetivamente a Escola Pública.

      • Alberto Miranda on 12 de Janeiro de 2022 at 15:29
      • Responder

      Muita gente não percebeu nada do que se passou entre 2015-2019 e 2019-2021. Sobre esta última, não havia acordo nenhum, apenas algumas negociações para que o OE fosse aprovado. A maioria das votações no Parlamento feitas nestas legislaturas foram aprovadas por PS e PSD em conjunto, com votos contra de outros partidos incluindo BE e PCP. A maioria de esquerda que houve, serviu apenas para alguns entendimentos específicos, nunca foi uma ideia conjunta para mudar o país estruturalmente. Quem andou atento, basta relembrar todas as críticas sobre os vários assuntos feitos tanto por BE como PCP ao longo dos últimos anos.

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