26 de Janeiro de 2022 archive

QUEM SE PREOCUPA COM OS ALUNOS?

 

Faltam cerca de 5 meses para o exame nacional de Física e Química A. Alguém sabe se o exame vai ser obrigatório para concluir a disciplina? Ou se apenas vai ser necessário realizar o exame como prova de ingresso? O exame vai medir o que deve ser medido, ou seja, o trabalho desenvolvido por alunos e professores durante dois anos de aprendizagens (10.º e 11.ºs anos)? Não se sabe.

Os alunos que vão ser sujeitos a exame (ou não!) não sabem. Nada, nadinha! Quem se preocupa com os alunos? O Instituto de Avaliação Educacional (IAVE)? Não. O Ministério da Educação (ME)? Não. Aliás, o ME clama pela flexibilidade curricular e depois “é o que se vê”.

As Sociedades Científicas, Sociedade Portuguesa de Física(SPF) e Sociedade Portuguesa de Química (SPQ)? Não. Os revisores e consultores das provas de avaliação externa? Não. Concluindo, quem tem responsabilidades nesta matéria, avaliação externa dos alunos do ensino secundário, não está (nunca esteve) preocupado com os alunos. E nada de novo se passa. O mesmo tem acontecido relativamente a várias outras questões, metas curriculares/aprendizagens essenciais, calculadoras (gráficas, calculadoras científicas e
depois calculadoras gráficas em modo de exame) e por aí adiante. Quem fica prejudicado? Os alunos. Quem fica mesmo muito prejudicado? Os alunos mais desfavorecidos. Relativamente às Atividades Laboratoriais (AL), são trabalhadas 25 AL em dois anos (10.º e 11.ºs anos). Mesmo assim, conforme tem acontecido na maioria dos exames dos  últimos anos, os alunos devem saber aplicar as competências desenvolvidas na
interpretação de resultados experimentais, independentemente de terem realizado, ou não, a experiência cujos resultados lhes sejam apresentados. Faz sentido?

A partir de 2017, os exames têm tido um nível de complexidade cada vez maior. Observa-se uma certa tendência para a apresentação de itens com contextos históricos/sociais, que são muito interessantes e, por essa razão, muito elogiados pelos pares, sobretudo os que não lecionam o ensino secundário, portanto, não trabalham com os alunos deste nível. No entanto, a própria SPF reconhece nos pareceres que publica (da SPQ não se sabe nada!) que alguns desses itens são “mais adequados para provas de Olimpíadas” (2018) ou que “a maior parte dos alunos de 11.º ano não têm maturidade suficiente para, a partir das instruções dadas, chegarem ao gráfico de 𝑑=𝑓(𝑡) ou de 𝑑=𝑓(𝑉2) (2020) ou ainda “que corresponde a uma experiência cuja interpretação exige uma maturidade científica que não corresponde ao nível etário de alunos de 11.º ano, além de não ser trabalhada em sala de aula” (2021). Mesmo no exame de 2020, com adaptações devido à pandemia, alguns itens têm uma complexidade elevada mas, por serem opcionais, não tiveram repercussões
nas classificações.

Em geral, são apenas analisadas as médias dos exames dos alunos internos, o que acaba por dar uma visão distorcida da realidade. Como é possível verificar, através das distribuições das classificações (em anexo), a média destes alunos, que frequentaram a disciplina, até pode ser positiva mas as classificações mais frequentes são bem inferiores a 10 valores. Nos anos de 2020 e 2021 já não é possível fazer essa distinção entre alunos internos e externos, pois o exame não foi necessário para conclusão da disciplina.

Em 2020, os alunos que estiveram confinados de março a maio, mas que acabaram por regressar à escola para terem aulas presenciais até ao final de junho, contaram com um exame adaptado em que os itens mais complexos não eram obrigatórios. Em 2021, (pasme-se!), após 2 confinamentos, sendo que no primeiro, quando frequentavam o 10.º ano, nem voltaram a ter aulas presenciais, os alunos foram confrontados com exames com um número de itens obrigatórios muito superior e de complexidade elevada, com alguns
itens mal redigidos e até com erros científicos. Faz sentido? É justo? A média foi negativa, 9,8 valores, próxima de 10, mas, mais uma vez, as classificações mais frequentes foram muito inferiores, como foi possível antever, logo no dia do exame.

Somos a favor de exames nacionais, de uma avaliação externa com regras claras e conhecidas com tempo. Defendemos que os exames devem medir o trabalho desenvolvido por professores e alunos durante dois anos, ou seja, dois anos de aprendizagens, o que não é “coisa pouca”. Só assim é possível conseguir uma avaliação externa com validade (“medir o que deve ser medido”). Ou seja, uma avaliação externa que permite classificar alunos com justiça e, simultaneamente, regular o processo ensino/aprendizagem.

O que esperar para 2022? Não sabemos!

23 de janeiro de 2022
Professores de Física e Química

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2022/01/quem-se-preocupa-com-os-alunos/

Recenseamento 2022 – Reanálise

 

Encontra-se disponível até às 18 horas de dia 31 de janeiro de 2022 (hora de Portugal continental), a aplicação informática Recenseamento 2022 – Reanálise, que permite efetuar a análise das reclamações efetuadas pelos docentes e técnicos, alteração de dados anteriormente inseridos e/ou inserir novos docentes e técnicos.

SIGRHE

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2022/01/recenseamento-2022-reanalise/

“Não, não vou por aí!”

Por outras palavras, a Classe Docente sofreu o maior vilipêndio de que há memória em 2017 e, como se isso não bastasse, viu-se obrigada a executar um ininterrupto trabalho insano, principal consequência de tão prolixo “pensamento iluminado”.  No geral, as escolas funcionam num regime ditatorial, como se fossem infernais “rodas de hamster”, sem consciência, sem senso e sem pensamento crítico e, em 6 anos de Legislatura, nunca o Governo encetou qualquer diligência no sentido de revogar o actual modelo de gestão.

“Não, não vou por aí!”

Breve resumo dos últimos 16 anos de Governação em Portugal:

 – Após cerca de 6 anos de Governação por José Sócrates, o país afundou no descalabro financeiro que conduziu à bancarrota. Ao longo desses 6 anos, houve muita “festa”, paradigmaticamente ilustrada pelo Programa da Parque Escolar E.P.E.; houve dinheiro dos contribuintes injustificadamente gasto a rodos em variados sectores; houve muito dinheiro despendido em negócios e contratos altamente duvidosos e inequivocamente ruinosos; houve, enfim, um endividamento insustentável.

E foi tão grande a “festa” que só a Parque Escolar terá delapidado a astronómica quantia de 2,3 mil milhões de euros, para reabilitar pouco mais de 150 Escolas Secundárias, segundo dados divulgados pelo Tribunal de Contas em 2017.

 Na Educação, houve o Decreto-Lei nº 75/2008 de 22 de abril que instaurou a Ditadura nas escolas. Depois desse Decreto, as escolas regrediram “às trevas” e mergulharam na opressão e no obscurantismo, de onde nunca mais conseguiram sair.

 De resto, os principais responsáveis pelos desvarios cometidos nessa época, continuam a passear-se alegre, faustosa e impunemente por aí, sempre muito ufanos e cheios de si;

 – Seguiram-se 4 anos de Governação por Passos Coelho/Paulo Portas, pautados pela imposição de medidas da Troika, por força do pedido urgente de ajuda financeira externa, carimbado por José Sócrates e Teixeira dos Santos.

 Não satisfeitos com as inevitáveis medidas restrictivas e de contenção orçamental exigidas pela Troika, como condição para se efectivarem as várias tranches do respectivo empréstimo financeiro, Passos Coelho/Paulo Portas e Vítor Gaspar/Maria Luís Albuquerque, numa atitude “mais papista do que o Papa”, teimaram em ir além desses constrangimentos, deixando a maior parte do país a “pão e água”, obrigando muitos a emigrar, em particular jovens com formação académica superior.

 Na Educação, e pelas missivas de Nuno Crato, assistiu-se a uma obsessão por Exames, sem qualquer consequência positiva, em termos de melhoria do Sistema Educativo. E houve polémicos Contratos de Associação, estabelecidos entre o Ministério da Educação e Ciência e vários Estabelecimentos de Ensino Privado, danosos para o erário público;

 – Nos últimos 6 anos, o país foi governado pela coligação PS, BE e CDU, teoricamente de Esquerda, mas na prática muito pouco de Esquerda. As expectativas, inicialmente positivas, foram absolutamente goradas, sobretudo pela incompetência demonstrada por vários Ministros, aliada à obstinação, arrogância e prepotência políticas.

 Em 2017, ficou bem demonstrado que o PS não tinha como prioridade as pessoas, nem a melhoria dos seus salários ou das suas condições socioeconómicas, como seria de esperar de um Partido que se auto-intitula de Esquerda.

Como exemplo disso, e de forma injusta, sem precedente ou paralelo na restante Função Pública, viu-se na Assembleia da República a votação expressiva do PS, no sentido de subtrair à Classe Docente mais de 9 anos de tempo de serviço, com implicações definitivas e prejuízos irrecuperáveis ao longo da respectiva Carreira, nomeadamente em termos de salário e das inerentes repercussões socioeconómicas.

 Também não se esperaria que, em vez do anterior, um Governo, dito de Esquerda, desse primazia à injecção de milhões de euros num Banco (no caso, o Novo Banco), criado para esconder ou, no mínimo, disfarçar, a falência e as muitas imparidades deixadas pelo Banco Espírito Santo e que se constituíram como o maior desfalque de sempre ao erário público português.

 Medidas efectivas de combate à corrupção e ao enriquecimento ilícito também não se viram durante os 6 anos dessa Governação de Esquerda.

 Em 6 anos de Geringonça, o Governo de António Costa comportou-se quase sempre de uma forma sobranceira, típica de quem se considera intocável e acima de qualquer crítica ou julgamento.

 O BE e a CDU andaram grande parte do tempo a desempenhar o papel de “agente duplo”: ora fazendo de conta que eram oposição, ora estando alinhados com os intuitos do Governo, maioritariamente suportado pelo PS.

 Ao consumar-se o “divórcio” entre os Partidos da coligação, pela não aprovação do Orçamento de Estado 2022, o PS sacou do discurso da vitimização, como se fosse um parceiro traído e enganado. Como na maior parte dos divórcios, atribuem-se, agora, culpas recíprocas, sem que nenhum dos parceiros assuma as respectivas falhas ou responsabilidades.

 Durante esses 6 anos de Governação, as políticas do Ministério da Educação foram sucessivamente dominadas pelo “pensamento iluminado” de várias “eminências pardas” que, em prol da fantasia e de ideias delirantes, ajudaram a transformar a Educação num misto de incoerência, desacerto e alucinação.

 Por outras palavras, a Classe Docente sofreu o maior vilipêndio de que há memória em 2017 e, como se isso não bastasse, viu-se obrigada a executar um ininterrupto trabalho insano, principal consequência de tão prolixo “pensamento iluminado”.  No geral, as escolas funcionam num regime ditatorial, como se fossem infernais “rodas de hamster”, sem consciência, sem senso e sem pensamento crítico e, em 6 anos de Legislatura, nunca o Governo encetou qualquer diligência no sentido de revogar o actual modelo de gestão.

 E não há como escamotear ou ignorar que em 2008 (instauração da Ditadura nas escolas) e em 2017 (subtracção de mais de 9 anos de tempo de serviço à Classe Docente) estavam em funções Governos apoiados pelo PS, supostamente de Esquerda. E aqui não há lugar para interpretações subjectivas, trata-se de uma constatação factual.

 Dezasseis anos de sucessivas governações falhadas causaram um evidente descontentamento generalizado e abriram espaço para o aparecimento do radicalismo de Extrema Direita, de que é exemplo o grupo de indivíduos, auto-denominado “Chega”.

 Esse grupo de indivíduos, movido por um conjunto de chavões populistas, parece disposto a soterrar e terraplanar algumas das principais conquistas da Democracia, instaurada em 25 de Abril de 1974, nomeadamente o Princípio da Igualdade, patente no Artigo 13º da Constituição da República Portuguesa:

 – “Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei”;

 – “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual”.

 Abrir mão desse Princípio, ou de alguma parte do mesmo, é abrir mão de tudo o resto, convirá ter consciência disso. Os atropelos à Igualdade não acontecem só aos outros. Pelos mais variados motivos e circunstâncias, qualquer um de nós pode, em algum momento, ver-se confrontado com o desrespeito por esse seu Direito.

 Lembrando as palavras de Bertolt Brecht: “Agora levaram-me a mim, mas já é tarde, como não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo“.

 Todos os Partidos do actual espectro político nacional se afirmam como defensores dos Fundamentos e dos Princípios da Democracia, esperando-se assim que, após as eleições do dia 30 de Janeiro, e sejam quais forem os resultados apurados, nenhum deles caia na tentação e no ludíbrio de se aliar a um grupo de indivíduos que, pelos indícios existentes, não honrará nem respeitará tais convicções políticas. Se alguém o fizer, perderá a credibilidade e idoneidade.

 Resumindo o que penso sobre qualquer radicalismo político: “Não, não vou por aí!”; “Não sei para onde vou, sei que não vou por aí” (José Régio, Cântico Negro).

 (O silêncio dos que se abstêm, optando por não votar, enfraquece a Democracia e retira legitimidade a reclamações posteriores…).

 

(Matilde)

 

 

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2022/01/nao-nao-vou-por-ai/

The Benefits of Having a College Degree

 

Muitas pessoas começam a planejar suas vidas em uma idade jovem. Na maioria das vezes, seu plano inclui obter um diploma universitário. Enquanto alguns preferem trabalhar no momento em que se formam no ensino médio, há aqueles que preferem seguir seu ensino superior e obter um diploma em consonância com sua carreira escolhida.

Embora custe muito dinheiro, ter um diploma universitário tem inúmeras vantagens. Aqui estão alguns deles:

Mais chances de conseguir um emprego

Vamos encarar. Os empregadores querem que seus empregados sejam bem educados. Ter um diploma serve como sua passagem para conseguir empregos bem remunerados, especialmente se você se formou com cores voadoras. Além do seu diploma, os empregadores também estão interessados em suas experiências quando você ainda estava na escola. Por exemplo, você escreveu para a publicação da escola? De que clubes você fazia parte? Onde você fez seu estágio? Eles querem saber mais sobre você e como você pode contribuir para a empresa deles.

Maior potencial de ganho

Uma das vantagens mais óbvias de ter um diploma é o fato de que você pode ganhar mais do que aqueles que não se formaram na faculdade. Por exemplo, se você está se candidatando a um cargo de nível básico, você pode negociar por um salário inicial mais alto em comparação com alguém que é um graduado do ensino médio. Outro exemplo é que se você está na indústria de acompanhantes, você pode se juntar ao pool de escoltas de elite aberdeen com o seu diploma. Muitos clientes estão procurando acompanhantes profissionais que se formaram na faculdade e estão dispostos a pagar mais do que a taxa média.

Mais oportunidades de carreira

Você tem planos de trabalhar para empresas multimilionárias? Você quer trabalhar ou estudar no exterior? Você está interessado em conseguir uma promoção o mais rápido possível? Ter um diploma pode ajudar. Muitas empresas contratam pessoas com diplomas porque veem seu valor. Na verdade, há aqueles que recebem imediatamente ofertas de emprego de empresas

de prestígio após a graduação, especialmente se eles estão cientes de sua formação e experiências educacionais. Aqueles com diploma também podem ter a chance de ganhar bolsas de estudo no exterior para continuar seus estudos ou trabalho. Enquanto isso, você também pode melhorar suas chances de ser promovido fazendo um pós-bacharelado ou fazendo outro curso para melhorar o que você já aprendeu.

Usis de benefícios de emprego

Além de ser mais bem pago, ter um diploma qualifica você para empregos que proporcionam mais benefícios. Você pode aproveitar os cuidados de saúde e investimento em aposentadoria, subsídio de viagem, empréstimos, descontos comunitários e muito mais. Infelizmente, esses benefícios raramente são oferecidos para empregos de nível médio. Essas vantagens são muito importantes, especialmente se você quiser ter uma família própria no futuro.

Seja mais confiante

Nem todo mundo tem um diploma universitário é por isso que ter um pode fazer você se sentir orgulhoso de si mesmo. Todo aquele trabalho duro, noites de estudo e pesquisa valeram a pena. Você se sentirá mais confiante sabendo que realizou algo para você e seus entes queridos. Você se tornou mais experiente, habilidoso e preparado para enfrentar o futuro. Quer saber mais sobre as vantagens de ter uma boa educação? Visite aqui.

 

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2022/01/the-benefits-of-having-a-college-degree/

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: