15 de Janeiro de 2022 archive

Com o número de casos em alta, as escolas adaptam-se a ter turmas “pisca-pisca”

Alunos, professores e funcionários a sair e a entrar em isolamento tornaram confusa a primeira semana do 2.º período. “Não posso dar matéria nova”, queixam-se docentes. “Positivos” detectados nos testes antigénio nas escolas aumentam em relação às anteriores operações de testagem nas escolas.

Com o número de casos em alta, as escolas adaptam-se a ter turmas “pisca-pisca”

 

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Mariana, a futura ministra da educação

A senhora é discreta e não se lhe conhece currículo na área. Ou ideias, para lá das do Partido. Temos um Brandão II a caminho.

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“Grande desencanto”. Santana Castilho

Santana Castilho critica o atual primeiro-ministro por apontar “a falta de formação e índices generalizados de baixa educação” como um problema estrutural do país, mas, quando vem a debate, “retira qualquer tipo de pronúncia sobre a Educação”. O professor universitário rejeita a proposta de cheque-ensino apresentada pelo CDS e pela Iniciativa Liberal.

“Grande desencanto”. Santana Castilho lamenta ausência da Educação no debate entre Costa e Rio

O professor e antigo subsecretário de Estado Santana Castilho vê com “grande desencanto” a ausência da Educação no debate entre António Costa e Rui Rio, desta quinta-feira.

“Tem sido um tema relevante apenas pela via da pandemia. Não foi só ontem que o tema esteve ausente. Os debates têm ignorado a Educação”, lamenta, à Renascença.

Santana Castilho critica o atual primeiro-ministro por apontar “a falta de formação e índices generalizados de baixa educação” como um problema estrutural do país, mas, quando vem a debate, “retira qualquer tipo de pronúncia sobre a Educação”.

“É curioso ver no programa do PS para as legislativas coisas como se não fosse o PS que estivesse no Governo nos últimos seis anos”, aponta.

“António Costa faz uma série de críticas que redundam em críticas ao seu próprio Governo e à sua própria iniciativa política”, realça, ainda, o professor universitário.

Cheque-ensino pode causar “terríveis diferenças” entre alunos

Santana Castilho realça. apesar das críticas gerais, que CDS e Iniciativa Liberal foram uma exceção à regra e trouxeram a Educação para os debates televisivos.

No entanto, lamenta que tenha sido “indo ao baú de temas já abandonados para recuperar a ideia do cheque-ensino”.

“Isto ia introduzir terríveis diferenças entre estratos populacionais, equipamento deficientemente distribuído e entre alunos”, considera, à Renascença.

O antigo subsecretário de Estado realça que os estabelecimentos privados de ensino correspondem a cerca de 20% da rede total do país, “mas estão distribuídos no litoral e nas grandes cidades”.

“O que aconteceria aos jovens do Interior com o cheque-ensino na mão, se debandassem as instituições? Isto não é exequível”, critica.

Santana Castilho exemplifica, ainda, que a Suécia já fez uma experiência semelhante, o que levou “um ensino altamente profícuo a cair profundamente e diferenças entre regiões agravaram-se”.

 

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Mais uma “paródia” nacional: não testar os alunos…

 

O Ministério da Educação anunciou no passado dia 11 de Janeiro que o Pessoal Docente e Não Docente das escolas (cerca de 220 000 sujeitos) seria testado ao vírus Covid-19 nas próximas semanas, mas que os alunos seriam excluídos dessa testagem, sem, contudo, esclarecer os fundamentos de tal decisão (Jornal Público)…

 Se não estivéssemos em Portugal, poder-se-ia considerar que se trataria de um engano, de um lapso ou de um mal entendido… “Só que não”…

  “Só que não” porque, efectivamente, estamos num país onde proliferam a “esperteza saloia” e os Governantes “chicos-espertos”…

 É, de facto, assombrosa e inacreditável a “esperteza saloia” do actual Ministério da Educação e não pode deixar de se assinalar a estratégia ardilosa, tão típica da “chico-espertice”:

 Perante a variante mais transmissível do vírus e perante o número recorde de casos confirmados nos últimos dias, o Ministério da Educação prescindiu de testar os alunos que, paradoxalmente, correspondem à maior percentagem de sujeitos que diariamente entra numa escola…

 Ou seja, o Ministério da Educação dispensou da testagem oficial cerca de 1.2 milhões de alunos do Ensino Básico e Secundário, sem qualquer justificação plausível…

 E quando não existem fundamentos ou explicações plausíveis para decisões nada naturais, mas antes muito duvidosas, o mais óbvio é conjecturar-se acerca dos motivos subreptícios patentes nessas resoluções, desde logo este:

 O Ministério da Educação excluiu os alunos da testagem porque recusa confrontar-se com o número real de contágios existente nessa população, depreendendo-se que, se não o fizesse, rapidamente se constactaria a inexistência de condições sanitárias para que as escolas permanecessem abertas ou, dito de outra forma, não haveria outra alternativa que não fosse a de decretar o fecho dos estabelecimentos de ensino…

 Pela não testagem oficial dos alunos, é muito mais fácil manipular dados e esconder da opinião pública a real situação que se vive em cada escola, conseguindo-se, assim, “abolir” artificialmente milhares de alunos contagiados, que não entram em qualquer computo estatístico do Ministério da Educação…

 O fundamental é manter as escolas abertas, mesmo que o respectivo funcionamento esteja “a milhas” de corresponder ao da normalidade desejada…

 No momento actual, que importa o número significativo de alunos ausentes das aulas, em cada escola, por motivo de terem tido algum teste positivo ou algum contacto de risco?

 O que importa é que se continue a fazer de conta que as aulas seguem a um ritmo perfeitamente normal, sem um número significativo de ausentes, sem interrupções, como se não existissem infectados em contexto escolar… O que importa é omitir o caos instalado…

 A escola presencial é aquela que conta“, terá afirmado o Ministro da Educação no passado dia 10 de Janeiro (Notícias Sapo, Joana Morais Fonseca)…

 “A escola presencial é aquela que conta”, se for efectivamente presencial, se não existirem interrupções sistemáticas, causadas pelas recorrentes e sucessivas entradas e saídas de alunos, de professores ou de funcionários, infectados ou em isolamento profilático…

 “A escola presencial é aquela que conta”, se for uma escola tranquila, com condições para proporcionar interacções sociais e aprendizagens efectivas, sem o medo permanente de contágio e de adoecer e sem incertezas constantes e insanáveis quanto ao amanhã…

 A actual “escola presencial” vive assente na premissa: o que hoje é, amanhã pode já não ser… A maior parte das crianças e dos jovens percebe muito bem essa inconstância e sente essa insegurança, gerando-se frequentemente ansiedade, angústia e desequilíbrio emocional…

Defender a boa saúde mental dos alunos não pode significar “empurrá-los” para o caos e para a insegurança… Manter as escolas abertas, a qualquer custo, e fazer de conta que isso basta para que os alunos tenham uma boa saúde mental não é sério nem honesto…

 A saúde mental dos alunos não se resume nem se cinge à escola presencial e, mesmo que assim fosse, as actuais condições de funcionamento dessa escola dificilmente contribuiriam para a boa saúde mental de alguém…

 Usar a (suposta) boa saúde mental dos alunos como pretexto para manter as escolas abertas nas actuais circunstâncias, não pode deixar de se considerar como um embuste sórdido, sobretudo quando também já se percebeu que o que verdadeiramente está em causa é o resultado eleitoral do próximo dia 30 de Janeiro…

 Evitar tomar qualquer medida que possa ser considerada como impopular e que possa influenciar negativamente o resultado eleitoral do Partido Político que sustenta o actual Governo, é a prioridade… O resto pode esperar…

 O Ministério da Educação faz de conta que se preocupa com a saúde mental dos alunos, descurando grosseiramente a respectiva saúde física e negligenciando a existência de interdependências entre ambas, e utiliza essa falácia como um subterfúgio para tentar alcançar um desígnio que é partidário…

 A saúde, física e mental, não pode ser instrumentalizada para atingir fins partidários…

 Este Ministério da Educação tem uma fórmula infalível para “resolver problemas”: fazer de conta que não existem problemas…

 Está tudo bem, as escolas estão abertas e todas muito bem preparadas, os alunos e o pessoal docente e não docente estão todos muito felizes e não adoecerão, nem física nem mentalmente… “Só que não”…

 Não testar os alunos, mais parece uma “paródia” nacional de muito mau gosto e com consequências previsivelmente desastrosas…

 

(Matilde)

 

 

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