E posta em abstrato, mas muito explicadinho, que os manipuladores com agenda própria e senso de justica desviado andam por aí.
E não tenho medo de represálias mas não gosto que façam de estúpido.
Estou no meu terraço (não tenho quintal) e estava a pensar nisto. O caso foi-me colocado no concreto na situação diabólica da ADD.
E como um destes dias ainda vou ser avaliador gostava de perceber a sensibilidade da opinião pública docente sobre a ética da coisa.
Em termos simples: é mais justo e ético os avaliadores de ADD realmente avaliarem com atenção ao real e aos factos ou inflacionarem as notas em massa, sem pensar que outros podem não o fazer, e daí resultar preferência na quota, que é limitada, para os que têm sorte de um avaliador laxista?
Se houver um item a avaliar, formulado assim:
“Apresentação de propostas que contribuam para a melhoria do desempenho da escola”
é justo avaliar nele alguém com 9,8, se não apresentou proposta nenhuma nem há registo nenhum disso? Quem não fez nada nesse ou noutro item a avaliar é justo que tenha 9,8? Porque não dar logo 10?
Só porque o avaliador decidiu dar uma porreiraça nota alta, sem pensar nas consequências para outros, que concorrem para a mesma quota, e para quem isso resulta em exclusão, por terem sido avaliados por outro avaliador, justo mas não porreirinho, pelo concreto do que fizeram e não por um valor mandado ao ar?
E que com avaliação semelhante foram avaliados por aquilo que realmente conta no item e não com base num critério “apetece-me e os outros que se lixem que o” meu” vai para a quota.”
E será justo que a quota injusta fique ainda mais para que essa pessoa, que nada fez nesse item e noutros, passe à frente de outros, cujo avaliador até foi justo, mas não semeou 9 a eito e deu eventualmente 8 ou 8,5 a quem só apresentou uma proposta ou 2?
Entra-se e sai-se da quota pela nossa nota em valor absoluto e pela sua posição relativa na ordem das notas todas…..
O que acham mais justo? É fácil opinar de lado quando não se está mergulhado na injustiça de decidir.
Se fossem avaliadores o que acham ético fazer-se?
Mas como todos os professores estão nela e a ADD acontece todos os anos….
PS: e o caso não me envolve, que eu não posso ter mais que bom… Escolhi que seja assim. Terei aulas observadas, mas como estou subdiretor, não me habilito a comer a quota de ninguém (já sei que vou para a lista de espera do 5º escalão com o dito bom).
Os núcleos da Escola Segura da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) registaram 431 agressões em ambiente escolar ao longo do primeiro período deste ano letivo. Feitas as contas, entre 1 de setembro e 15 de dezembro de 2021 houve, em média, quatro ocorrências por dia nas escolas. O número de agressões no primeiro período é superior aos casos registados no período homólogo de 2020 (houve 390 registos) e menor face a 2019 (531 casos). Amanhã, assinala-se o Dia Internacional da Não Violência e da Paz nas Escolas.
A maioria das ocorrências passaram pelas mãos de agentes da PSP. Entre setembro e meados de dezembro, a PSP registou “361 ocorrências com ofensas corporais” nas escolas. Em 2020, nos primeiros três meses de aulas, tinham sido registados 312 casos e, em 2019, 531 situações. Já a GNR registou “70 agressões em ambiente escolar” no primeiro período, menos oito do que em igual período de 2020.
Metade das crianças e jovens que frequentam a escola em Portugal já foi alvo de bullying. Os números são assustadores e demonstram um flagelo que já não é de hoje e que não tem párado de aumentar. O Investigação CM dá voz às vítimas da violência escolar numa iniciativa que tem como objetivo de trazer para a esfera pública este fenómeno preocupante.