Pormenores? Isto é muito vago. O que queres tu e os teus dizer?
Vais fazer alterações ao ECD para criar incentivos?
Vais criar um subsídio de apoio a professores deslocados em áreas do país onde a oferta de profissionais é escassa?
Vais criar residências partilhadas para professores onde seja fundamental a manutenção de oferta educativa e formativa? Ou será para os alunos e formandos?
Será que vais pôr o palácio de S. Bento à disposição dos docentes deslocados na área de Lisboa para que não tenham que dividir o WC?
Mas o que é que queres dizer com estas propostas vagas e sem a profundidade necessária para não serem interpretadas de uma só forma?
Lacerda Sales acabou de anunciar que o pessoal docente e não docente poderá ser vacinado nos próximos dias 6, 7, 8 e 9 de janeiro, da parte da tarde em regime de senha digital/casa aberta.
Nestes mesmos dias as crianças entre os 5 e os 11 anos serão vacinadas da parte da manhã e o pessoal docente e não docente da parte da tarde.
O objetivo é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para o outro pelas ondas teológicas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela malícia de certas pessoas que induzem os incautos ao erro. (Efésios 4:14)
Começa com um ponto sobre a educação bastante vago, acrescentando de seguida que o regime de recrutamento irá mudar e serão criados incentivos onde existam falta de professores.
Por aqui não vejo qualquer incentivo à valorização da carreira docente.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, afirmou esta segunda-feira que as aulas vão ser retomadas a 10 de janeiro, afastando a hipótese de serem adiadas devido ao aumento de casos de covid-19.
“Penso que essa medida [adiamento] não está garantidamente sobre a mesa. E, portanto, as aulas começam no dia 10 de janeiro para as crianças, porque essa é uma medida fundamental para a saúde física, mental, social e psicológica das nossas crianças”, afirmou o governante, em Coimbra.
Salientando que não há alterações de medidas previstas, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde referiu, no entanto, que posteriormente, de acordo com a evolução epidemiológica, o Conselho de Ministros avaliará a situação.
Leiam. E releiam. Pelos vossos filhos e pelas futuras gerações.
“Os professores portugueses são vítimas de uma organização de trabalho que os adoece. São, na Europa, os mais desgastados e os que mais preenchem burocracia inútil. Só os alunos lhes dão ânimo. São os melhores a adaptar as aulas às necessidades dos alunos. A pequena indisciplina coloca Portugal no primeiro lugar do tempo perdido para começar uma aula.”
O que acabou de ler são conclusões da OCDE, ou de organizações com estudos semelhantes, com menos de década e meia. Mas não há um documento dos serviços centrais do Ministério da Educação que conclua no mesmo sentido, nem sequer o mundo político se interessa pelo assunto. Há um manto de silêncio que ignorou o caminho que resultou na grave falta estrutural de professores e no tríptico de quem está em exercício: desgaste, mágoa e revolta contida.”
Os responsáveis escolares e os encarregados de educação temem que o Governo decida prolongar a pausa letiva para lá de dia nove.
“Seria uma enorme asneira prolongar as férias. Era não respeitar as crianças e os jovens. Três semanas em casa já é demasiado mau para o seu crescimento. E não sabemos como esses dias a mais seriam compensados”, afirmou ao CM Filinto Lima, da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.