As escolas têm hoje 220 horários de professores por preencher, o que significa milhares de alunos sem todos os docentes atribuídos, segundo dados da plataforma da Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE).
Escolas procuram professores para preencher 220 horários
Um levantamento feito pelo diretor escolar Arlindo Ferreira mostra que as escolas têm hoje 243 horários a concurso, dos quais 220 são para professores, sendo os restantes lugares para pessoal não docente em falta.
Estes horários vazios traduzem-se em milhares de alunos sem todos os professores atribuídos, um problema que se regista desde o início do ano, mas agora com muito menos expressão.
A maioria dos pedidos continuam a chegar de escolas situadas nas zonas de Lisboa, Setúbal, Santarém, Beja e Algarve, contou Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, na Póvoa de Varzim.
Uma das razões para não conseguir encontrar quem queira ficar com esses lugares prende-se com o reduzido número de horas disponibilizado, o que significa um salário muito baixo.
“Há aqui horários semanais de apenas quatro ou cinco horas. Há, por exemplo, um pedido para a disciplina de Português para um horário de quatro horas em Faro”, disse o diretor e autor do blogue “DeAr Lindo”, especializado em questões de educação.
Segundo Arlindo Ferreira, um horário destes representa um salário de “cerca de 200 euros” e pode implicar ir à escola praticamente todos os dias para dar apenas uma hora de aulas.
A informação é corroborada pelo presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, embora refira que a situação esteve bem pior no início do ano.
De acordo com um balanço feito pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), cerca de 10 mil alunos chegaram às férias de Natal sem terem tido aulas a todas as disciplinas por falta de professores.
1 comentário
Os Sr. Diretores que contactem os Doutores e Dr. Maria de Lurdes, Valter Lemos ou Pedrosa. Eles certamente, que pela paixão que têm pela educação se oferecem para uns lugares. Destruíram a carreira e o respeito pelos professores e ninguém os condena.