Aulas recomeçam a 10 de janeiro, sem adiamentos previstos
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, afirmou esta segunda-feira que as aulas vão ser retomadas a 10 de janeiro, afastando a hipótese de serem adiadas devido ao aumento de casos de covid-19.
“Penso que essa medida [adiamento] não está garantidamente sobre a mesa. E, portanto, as aulas começam no dia 10 de janeiro para as crianças, porque essa é uma medida fundamental para a saúde física, mental, social e psicológica das nossas crianças”, afirmou o governante, em Coimbra.
Salientando que não há alterações de medidas previstas, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde referiu, no entanto, que posteriormente, de acordo com a evolução epidemiológica, o Conselho de Ministros avaliará a situação.
12 comentários
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A população adulta está praticamente toda vacinada e já quase três milhões levaram a dose de reforço, os alunos do 3.º ciclo, a partir dos 12 anos, também foram na grande maioria vacinados. Sabemos também que a variante dominante, Ómicron, apesar de bem mais contagiosa provoca menos doença grave, evitando assim a pressão hospitalar. Mesmo que se saiba que o número de vacinados na faixa etária dos menores de 12 tenha sido um fracasso, e que esse cenário não sofra muitas alterações até ao início do próximo período, sabe-se que esse facto não tem tido relevância no quadro actual de internamentos nessas idades. Relembro que a razão principal para qualquer lockdown que se tenha feito foi sempre a pressão hospitalar. Logo, se esta está controlada, como aparenta estar, não encontro justificação plausível para que as escolas encerrem.
Juntando a isso o mais recente facto que nos indica que a variante Ómicron poderá ser o princípio do fim da pandemia, como aliás refere o virologista Pedro Simas; ou quem admita a estratégia de infecção natural, como o epidemiologista Carmo Gomes, então podemos ter os ingredientes necessários para que o regresso às escolas se possa fazer a 10 de Janeiro em total segurança, bastando para isso manter os hábitos de higiene adquiridos nos últimos dois anos.
Hoje de manhã, ouvi o Secretário de Estado Ajunto e da Saúde, que esteve em direto, pelo menos em dois canais (SIC Notícias e CNN Portugal), afirmar que “as aulas começam no dia 10 de janeiro para as crianças”, mas até cheguei a pensar que neste blog não seria boa ideia referi-lo porque, de acordo com comentários lidos aqui nos últimos dias, parece que quem fala em ensino presencial está “senil”, etc.
Hoje à noite, o Secretário de Estado Ajunto e da Saúde estará em direto na CNN Portugal.
Marques Mendes, que por diversas vezes já deu como garantidas algumas medidas antes de elas serem anunciadas pelo governo, já tinha dito que “as escolas devem abrir” e que “tudo aponta” para que as medidas se mantenham. Referiu também o seguinte: “Em matéria de quarentenas e isolamentos temos uma perfeita loucura. Temos de agir de acordo com as circunstâncias.”
Hoje de manhã, foram ouvidos em direto (salvo erro na SIC Notícias) Filinto Lima, Jorge Ascensão, Paulo Guinote e Tiago Correia (especialista na área da saúde). Os dois primeiros começaram por defender o ensino presencial. Paulo Guinote disse que “não há respostas únicas”. Tiago Correia chamou à atenção para a reflexão sobre o impacto da Ómicron na idade pediátrica, sendo importante comparar não diferentes faixas etárias, mas sim a Covid-19 e “o conjunto das doenças pediátricas”. Quase no final da conversa, Filinto Lima falou da ideia do ensino presencial até ao 6.º ano e do ensino à distância do 7.º até ao 12.º ano.
O regime presencial foi adotado na Madeira e, de acordo com notícias e entrevistas difundidas hoje, os alunos foram testados.
Aposto que hoje à noite Lacerda Sales vai fazer o mesmo que Graça Freitas: dizer que não se deve inferir das suas afirmações aquilo que nós ouvimos e que a decisão vai ser tomada em Conselho de Ministros!
Não entendeu o que leu nos comentários. O ensino presencial é o ideal e é defendido por todos, mas em condições de saúde e não num cenário de milhares e milhares de contágios.
Parece-me muito mais prudente reiniciar á distância durante algumas semanas e depois de tudo isto acalmar voltarmos ao presencial.
O simples regresso às aulas leva a um aumento de casos, imaginem neste cenário de extremo contágio. Parece que a saúde não interessa o que interessa é a pressão nos hospitais. A ver vamos o que decidem na próxima quarta
Concordo com o Filinto Lima.O ensino presencial até ao 6º ano e à distância para o secundário
Aulas presenciais ou online?
Acho muito bem que comecem. Aliás, já deveriam ter começado dia 3, como seria suposto.
As previsões dos especialistas apontam para 100 000 casos diários até final do mês. O contágio será uma constante com reflexo nos hospitais.
Lá caminharemos de novo para a roleta russa, sem reforço vacinal, sem sindicatos ou individualidades mediáticas que dêem voz às preocupações do professores com as suas condições de trabalho e sua segurança.
Professores portugueses e seus representantes brandos e mansos, como sempre.
Nos outros países, os professores foram prioritários para receber o reforço vacinal, conjuntamente com as forças de segurança e pessoal da área da saúde, tendo ocorrido a administração do reforço há pelo menos 2 meses atrás.
Aqui é salientada a importância do ensino presencial para o bem estar global das crianças e jovens (corretamente), em toda a comunicação social, para o qual é necessário a presença física de professores.
Mas considerar prioritária a segurança dos professores. não, não há necessidade, somos mansos e brandos, podemos ser prioritários para ir para escolas infestadas de casos, mas prioritários para a vacinação de reforço, não há necessidade.
Uma classe de amansados, como os professores portugueses, tem a prioridade correspondente, e um governo que adequa as suas práticas às características desta classe profissional de mansos e mansas.
E pronto…
Cada cabeça, cada sentença!
Assim vamos, alegremente, a caminho…
E país tão liberal, tão liberal e defensor da liberdade individual, que nem os testes são obrigatórios nas escolas, não vá algum funcionário, professor ou aluno colapsar ou ficar traumatizado por lhe estarem a ir ao interior nasal.
Abram o seguinte documento da DGS, de 3/1/2022 e pensem bem se palavras vagas valem mais que a vida de milhares de pessoas que irão morrer por COVID-19 e sem serem, por falta de atendimento. Mesmo sem reiniciarem o ensino presencial já se espera 100 mil casos DIÁRIOS na próxima semana. Faz sentido promover a infecção generalizada se a vacina, como já se sabe pela realidade, não produz qualquer efeito? Faz sentido promover a infecção generalizada da população, a partir das escolas, se já está provado que a imunidade de grupo não é possível para este tipo de vírus?
Mas está tudo louco e nós vamos cantando e bailando? Sabem o efeito a médio prazo destas vacinas de RNAm?
Já perguntaram a alguém com formação na área? Somos, supostamente, uma classe profissional composta por pessoas que pensam, não estará na hora?
https://covid19.min-saude.pt/relatorio-de-situacao/672_DGS_boletim_20220103