Voltaremos Muito em Breve às Práticas dos Anos 80

Notícia do Público com dados do Blog.

Escolas estão a receber docentes sem habilitação profissional. “Tirar um curso de Engenharia não qualifica ninguém para ser professor”

 

Dos 3887 horários disponibilizados em oferta de escola, apenas 570 foram ocupados por professores presentes nas diferentes listas de ordenação, o que leva Arlindo Ferreira a concluir que 85% foram preenchidos por professores sem “habilitação” para o cargo. Mas há quem peça cautela com esta interpretação. Ainda assim, directores dizem temer recuo das escolas a práticas do século passado, por causa da escassez de professores.

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13 comentários

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    • JJM on 3 de Outubro de 2021 at 11:47
    • Responder

    Definitivamente os docentes são os responsáveis pela imagem que têm de si e permitem que os outros tenham de si: fraquinhos. Quando há falta de médicos, engenheiros ou juízes, por exemplo, jamais as instituições que os representam permitiriam que pessoas não qualificadas exercessem a actividade. Jamais um estudante de engenharia será responsável pela construção de uma ponte, e muito bem. Da mesma forma um estudante universitário não deverá ser responsável por 168 alunos. Todavia, os que são professores e respectivas instituições permitem-no em vez de o impedirem, como fariam as ordens de engenheiros, médicos, Conselho Superior da Magistratura, etc. se estudantes universitários quisessem exercer a actividade antes da formação completa e autorizada.

      • Aura on 3 de Outubro de 2021 at 13:19
      • Responder

      Estamos lá quase! Rumo ao mítico número 12.000 Baixas Médicas Permanentes Anualmente, como é da tradição as baixas-médicas vão chover em catadupa.
      Herdeiros e vezeiros neste expediente , temos 3 luzidios grupos “de recrutamento” , habituais campeões nestas andanças : o 100, o 110 e o atarefado 910. (curiosamente , o último com origem nos anteriores – sim, as educadoras e professores primários são o grosso das educações especiais)
      É a “carreira unica”, só lá falta colocarem os professores do Ensino Superior Universitário.

      Ainda há Milhares de professores inscritos nos Centros de Emprego e muitos a receberem subsidio de desemprego. Nem falo de todas aquelas que sairam das ESEs e que não encontram emprego.

      • Professor on 4 de Outubro de 2021 at 16:42
      • Responder

      Mas quem é que quer ter uma via de cigano até aos 50 ou 60 anos? São anos e anos contratados a percorrer o país, ilhas e até estrangeiro. Depois vincula-se em mega QZP´s com média de 200KM e fica-se lá mais umas dezenas de anos e depois na velhice é que talvez se consiga um QA/QE. Mas quem é que quer isto?? No entretanto, mudam a legislação (concursos, estatuto, progressão, aposentação, etc) constantemente e a dada altura uns ultrapassam outros, O Governo faz dos professores uns fantoches.

      Existem grupos para os quais ainda não há cursos via ensino, (ex: 430, 600, 530), pelo que os economistas/gestores, arquitetos, e engenheiros são os mais preparados para os lecionarem. A verdade é que um curso científico tem várias saídas profissionais enquanto um curso via ensino só tem uma saída que é o ensino. Os profisionalisados que não querem concorrer para longe andam entretidos com umas horas, a criticar os outros, vão para o privado ou mudam de profissão. Esta é que é a realidade. Se não há profissionalizados a mim não me choca que contratem portadores de habilitação própria ou que os profissionalizem. Mas é preciso analisar bem os currículos. Parece-me neste momento urgente abrir em QA/QE as vagas reais para estabilizar os docentes, diminuir a área geográfica dos QZP´s e alterar as prioridades do concurso interno, pois quadros são quadros e não quadros de primeira e quadros de segunda. QA/QE/QZP devem concorrer na mesma prioridade ao mesmo grupo de recrutamento para mudarem de quadro e não dar prioridade aos QA sobre os QZP´s.

    • Pintassilgo on 3 de Outubro de 2021 at 12:59
    • Responder

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    Meus meninos Tirem o Cavalinho da Chuva que se pode molhar……….

    Repito: – não há falta de professores, muito pelo contrário, o que existe é EXCESSO DE PROFESSORES.

    Já nem falo das Bábás (ex-Amas e agora educadoras das infancias)….também não falo dos ex-Regentes Escolares (Professores Primários e agora Sitôres do 1º Ciclo)….também não falo dos professores de Ginástica (agora professores das educações do fisico) que fazem uns Cursecos de 3 Aninhos á Bolonhesa (nos Piagetes e outras Tascas Privadas e ESEs….) ….. coisa muito trabalhosa….meus amigos disto HÁ aos PONTAPÉS….. até se atropelam para arranjar um lugarzinho no Estado……

    Já viram faltar nas Escolinhas Publicas (também conhecidas por Latrinas Públicas) BÁBÁS (ex-AMAS e agora educadoras das infancias)???????…..

    Já viram faltar nas Escolinhas Publicas (também conhecidas por Latrinas Públicas) Regentes Escolares (ex- PROFESSORES PRIMÁRIOS e agora sitôras e sitôres do 1º ciclo)??????…….

    O que seria possivel faltar seriam Professores do Ensino Secundário (Economistas, Biologos, Geologos, Geografos, Matemáticos, Informáticos….) mas nem isso falta……HÁ EXCESSO DE PROFESSORES (isto é, Há Muita Gente preparada e com CONHECIMENTOS Cientificos e COMPETENCIAS para LECIONAR……
    Não venham com a CONVERSA DA TRETA da Pedagogia, da didática e do EDUQUÊS…..tudo isso, é CONVERSA DA TRETA para ENGANAR MENINOS……

    Coloquem ECONOMISTAS a dar Economia
    Coloquem ENGENHEIROS a dar Matemática
    Coloquem ARQUITETOS a dar Geometria Descritiva
    Coloquem GEOGRAFOS a dar Geografia
    Coloquem BIOLOGOS a dar Biologia
    Coloquem JURISTAS a dar Direito
    Coloquem GEOLOGOS a dar Geologia
    (…)
    (…)

    Não coloquem é BÁBÁS, PROFESSORES PRIMÁRIOS, Professores do desporto escolar, Professores do 910 das Educações Especiais a dar NADA porque NADA SABEM a não ser Mudar Fraldas, Chutar á Bola e Salivar……

    A suposta falta de professores decorre das MAIS de 12.000 BAIXAS MÉDICAS PERMANENTES ANUALMENTE. Um Flagelo para os CONTRIBUINTES…..Uma VERGONHA!………

    A dita Carreira Unica é uma amalgama de gentalha com proveniencias diversas. Portugal é dos pouquissimos países da europa com este esterco. VERGONHA!……Viva a ABRILADA!…….

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      • Melro on 3 de Outubro de 2021 at 15:24
      • Responder

      Existem bastantes arquitetos a dar EV, engenheiros a dar Matemática e economistas a dar Economia. Dizem que a maioria são pessoas que não conseguiram arranjar emprego quando acabaram os cursos, por serem os alunos mais fracos dos respetivos cursos, e por esse motivo tiveram que rumar ao ensino, o caixote do lixo dessas e de outras licenciaturas. Lamento informar, mas nenhum arquiteto ou engenheiro que se preze quer ir dar aulas para as escolinhas.

        • Ricardo Soares on 3 de Outubro de 2021 at 17:12
        • Responder

        Sou engenheiro e tive uma classificação de Licenciatura que muito me honra. Formei-me com média de 15 valores e rumei ao ensino. Dou aulas vão muitas décadas e os meus alunos sempre tiveram um bom desempenho em exames nacionais.
        O ensino foi sempre uma atividade profissional que me atraiu e sinto-me preenchido com a profissão que escolhi.
        Vir aqui afirmar que um Engenheiro não deve ser professor de matemática é um absurdo.
        Muitos há que formados em “Ensino de…” e tendo lido os livros todos de pedagogias e didaticas são uma vergonha como professores.
        Claro que um Engenheiro tem outras opções profissionais que é algo que os meninos formados em “Ensino de…” não possuem. Temos pena!

          • MM on 3 de Outubro de 2021 at 22:32

          Concordo plenamente!
          Muitas vezes aos formados em “Ensino de …” falta o conhecimento do mundo real.
          Vivem fechados no seu mundinho, não conseguem perceber que o mundo é mais do que as paredes da escola e não conseguem, na maior parte das vezes, mostrar aos alunos o verdadeiro poder do conhecimento, nem mostrar-lhes a aplicabilidade e utilidade do que aprendem.

          Mudar de profissão é algo que todos têm direito, e muitos dos engenheiros, economistas, e outros, tornaram-se Professores, por vocação, pelo gosto de ensinar e de ver nos alunos o reconhecimento do que lhes foi passado.

          • KT on 5 de Outubro de 2021 at 17:43

          Resposta contundente (e verdadeira), Ricardo Soares.
          De facto, a classe docente é um verdadeiro ninho de víboras. É por causa de mentalidades tacanhas, mesquinhas e invejosas que acham que “tirar um curso de engenharia não qualifica ninguém para ser professor” (mesmo que depois se prove exatamente o oposto) é que a dita classe está como está.
          Pegando, também, no comentário do/a MM, eu perguntaria se tirar um curso de ensino (cheio de tretas pseudo-pedagógicas e pseudo-didáticas) qualifica quem quer que seja para o ensino? Não será, antes, a prática pedagógica diária o que, verdadeiramente, demonstra quem está qualificado para o ensino?
          Além disso o argumento de “serem os alunos mais fracos dos respetivos cursos, e por esse motivo tiveram que rumar ao ensino, o caixote do lixo dessas e de outras licenciaturas. ” também não me parece que pegue, caso contrário aquele célebre engenheiro que – segundo dizem – tirou o curso ao fim de semana e através de exames por fax, jamais teria ido trabalhar como engenheiro para a Câmara da Covilhã.
          Que tristeza…

      • 123oliveira4 on 4 de Outubro de 2021 at 0:48
      • Responder

      Mudas o nome mas as asneiras que dizes são sempre as mesmas.
      Devias levar com um gato morto nas trombas até o gato ganhar vida novamente.

    • Sardão pró Karamba on 3 de Outubro de 2021 at 15:11
    • Responder

    O entalado Pintassilgo, tem toda a razão!
    Só que tem de responder ao seguinte: quais são os outros países europeus que têm carreira única para dizer wue Portugal é dos pouquíssimos…?
    Que se saiba, Portugal é o único país do mundo em que uma Babá tem uma careira igual ao de um professor do secundário!
    O Pintassilgo que deixe de entalar Sardão por uns minutos e responda a isso: quais são os outros países com carreira única?

    • João on 3 de Outubro de 2021 at 21:56
    • Responder

    Há muito engenheiro no ensino por gosto já que3 na década de 90 só mesmo os burros é que tiravam um curso que só dava para dar aulas… os melhores alunos nunca iriam para um curso via ensino.

    • Pedro Castro on 3 de Outubro de 2021 at 23:37
    • Responder

    Alguns comentários a este post envergonham qualquer cidadão. Pior ainda, se são professores!

    • Ana on 4 de Outubro de 2021 at 12:45
    • Responder

    Investiguem essas baixas médicas!
    Na realidade, esses professores estão doentes ou simplesmente fartaram-se da hipermegaburocracia, dos hipermegaprojetos, das hipermegagrelhasgrelhinhas e de tantos hipermegacriadores de papelada que há em cada escola???

    A tendência é piorar se não houver simplificação de processos!!!!

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