Parece que a “plataforma de sindicatos” ressuscitou. Uma luta, de um dia apenas, efémera e sem sentido, por isso mesmo.
Outras classes profissionais estão em luta pelos direitos que julgam justos e mostram estar dispostos a ir bem mais longe que, apenas, marcar posição, estão a cerrar fileiras.
Os professores já perderam demais para estarem a marcar posição numa luta, à partida, perdida. O que este e outros governos têm gozado com os professores não merece apenas um dia de luta, merece muito mais e não necessita de ser, necessariamente, uma greve.
Não sou muito apologista de ir para a rua, mas neste momento necessitamos de lutar na rua e dentro das escolas. Uma greve às avaliações intercalares vinha a calhar (deixem de encher pneus com greves ao sobretrabalho), marquem a greve e deixem-nos vir com as portarias. Organizem concentrações e motivem os colegas a participar. Já que alguns sindicalistas têm muito tempo livre, vão para a frente da AR e montem acampamento em vez de ir para o abrigo do rés-do-chão do ministério queixarem-se das casas de banho fechadas e façam lá uma greve de fome como o tal cozinheiro. Sejam inovadores… seja os tais radicais de outros tempos.
A luta sindical e as ações de luta têm que evoluir ou ,no mínimo, ser recicladas em outros produtos finais. A não ser que queiram voltar ao pós 25 de abril e tomar à força as escadarias da AR como fizeram os operários da construção civil.
Posto isto, se a luta não muda tenho que concordar com o Guinote, “não há luz ao fundo do túnel… desenganai-vos”
4 comentários
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Hoje, no Babel & Caim:
DA ESTUPIDEZ
https://babelcaim.blogspot.com/2021/10/da-estupidez.html
Os sindicatos, propriedade do PCP, quais carneiros mudos e obedientes durante anos a fio de geringonça, já começaram a pré-campanha contra o próximo governo de Rui Rio. As suas movimentações são o melhor sinal de que o António Costa tem mesmo os dias contados…
A Rui Rio só lhe falta convencer a fatia do eleitorado LGBT do PSD, algo que se resolve com um discurso pink moderado, com uma presença espontânea num dos programas do Goucha, Cláudio Ramos e afins. Não estou imaginá-lo a dizer que gosta de levar no cú em direto para a televisão num domingo à tarde, como seu adversário interno, mesmo que gostasse.
Uma greve para só marcar calendário político.
Se querem fazer uma greva a sério, então marquem para as reuniões das Avaliações Intercalares.