Desde o início deste ano letivo, foram disponibilizados na plataforma SIGRHE, 3887 horários segundo a tabela abaixo. Apenas 570 desses horários foram preenchidos por professores presentes nas diferentes listas de ordenação.
Isso significa que, em entendimento restrito, apenas cerca de 15% das vagas foram ocupadas por docentes profissionalizados (presentes nas listas de ordenação).
Sabemos que alguns destes horários foram ocupados por professores profissionalizados colocados em horários incompletos, mas é óbvio que as ofertas de escola com mais horas impossibilitam essa acumulação.
Aliás, os 570 retirados nem seriam suficientes para ocupar os horários completos colocados na plataforma (que foram 700 até ao dia de hoje).
14 comentários
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Habilitação profissional / habilitação académica
1- Se, em sede de CE, um horário de História for atribuído a um “simples” Licenciado (pré-Bolonha) em História , ” não morre ninguém “, como diz a minha vizinha. Esse Licenciado estará – cientificamente – mais apetrechado do que um licenciado em “Ensino de…” . Na escola que o acolhe, lá estará o “coordenador” para o … coordenar durante o ano.
2- Se um Licenciado (pré-Bolonha) em Engenharia Civil for chamado a leccionar Matemática , idem idem , aspas aspas (ou seja, o mesmíssimo enunciado do ponto 1) .
Em tempos mais ou menos recuados era assim, eu que o diga. E ensinava-se e aprendia-se “a valer”.
OBS . – Se naquelas, ou noutras áreas, estiver um Licenciado universitário pós- Bolonha, também dará conta do recado.
Certo, Maria. Um dia que precises de ser operada ao coração, mandamos-te para lá um dentista… afinal é um cirurgião… Boa sorte! 😃
Grande Maria. É professora? Já ouviu falar em formação didática e pedagógica?
De qualquer modo, quem se importa se a operação é feita por um dentista ou por um mecânico de automóveis?
Isto está a acontecer na Educação, coisa que não interessa a ninguém.
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Na MUCHE
A “maria” sabe o que diz……
Eu até digo mais….vou mais além………
um Licenciado (pré-Bolonha) em qualquer área é Muito (mas Muito) Superior a qualquer Badameco com mestrado á Bolonhese formado por ESEs e Tascaas Privadas.
A chamada ” formação didática e pedagógica” é uma TRETA para embalar meninos…..o Eduquês é prejudicial/nocivo ao sistema de ensino.
Há para aí uns doutorados em conversa da treta (digo, em Eduquês) que ficam aflitos quando constatam que o que importa é ter Dominio Cientifico daquilo que se vai ensinar e tudo o mais são caracteristicas pessoais.
Para se ensinar a fazer cadeiras é necessário ter um dominio perfeito da arte….ou seja é preciso ser um carpinteiro competente e com competências para isso. Depois a questão de ensinar a fazer cadeiras tem a ver com caracteristicas pessoais de transmissão desse conhecimento.
A arte de ensinar os outros, isto é, o ato de transmitir aos outros aquilo que sabemos e dominamos profundamente é uma carateristicas pessoais. Os doutoramentos e mestrados em eduquês são uma Tanga para entreter meninos. Essa gente é NOCIVA ao bom funcionamento do sistema publico de educação.
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De todas as aulas que tive, as mais vergonhosas foram numa ESE. Fui lá fazer uma profissionalização em serviço. Ok, ficou feita. Mas nunca na minha vida tinha respondido a um teste com tantos erros ortográficos, sintáticos e a tanta pergunta completamente sem sentido. Tive vergonha de estar ali sentado.
Acho que eram 4 professores, não me lembro bem. Um que era realmente um bom professor, acho que era o diteror daquilo, uma professora deinteressante mas normal, outro professor que era uma nódoa com N maíusculo e outro que era uma nódoa inimaginável com N e I maíusculos e que eu não consigo conceber como alguém que dá aulas numa instituição de ensino superior.
Presumo que todos estariam a dar o melhor que tinham para dar 😀 mas não me venham dizer que alguém ficou melhor professor por frequentar aquele curso.
Quando há falta de médicos ou juízes, por exemplo, jamais as instituições que os representam permitiriam que pessoas não qualificadas exercessem a actividade. Nos finais dos anos 70 e anos 80, pelo menos, simples estudantes universitários tinham a possibilidade de exercer a docência, algo impensável noutras actividades. Definitavamente os docentes são os responsáveis pela imagem que têm de si e permitem que os outros tenham de si, fraquinhos.
Pois…porque esses eram DOCENTES. Boa! E eu sou jornalista! Definitivamente, os comentadores licenciados na Universidade do Sofá são os responsáveis pela educação que temos.
Não, não eram docentes, eram estudantes. Os professores e as instituições que os representam deixaram que estudantes exercessem a docência, o que não deveria acontecer. Jamais um estudante de engenharia será responsável pela construção de uma ponte, e muito bem. Da mesma forma um estudante universitário não deverá ser responsável por 168 alunos. Todavia, os que são professores e respectivas instituições permitem-no em vez de o impedirem, como fariam as ordens de engenheiros, médicos, Conselho Superior da Magistratura, etc. se estudantes universitários quisessem exercer a actividade antes da formação completa e autorizada.
Cada época é uma época, portanto todos nós vivemos realidades diferentes. Uma licenciatura de 5 anos não é igual a uma licenciatura de 3 ou 4 anos . Eu entrei em Engenharia com 19 a Matemática no 12.º ano num tempo em que não se tiravam 19s. Mais tarde, tive um colega a ensinar Matemática que tinhao curso de Matemática e que entrado com 7 (sete) na universidade, em Matemática. Sete!!! E era uma nódoa, sim.
Poucos anos depois de eu entrar na Universidade, um amigo meu que frequentava Informatica na Universidade Nova, em Almada, disse-me que os alunos de Engenharia Informática e os de Matemática faziam juntos os exames de Matemática. Aí, as melhores notas no exame de Matemática eram de alunos de Informática, com excepção de um (1) que era realmente de Matemática e que tinha melhores notas do que qualquer outro.
E, voltanto muito atrás, também tive professores desses que eram estudantes. E lembro-me de a minha prof de matemática, uma dessas, fazer um teste, no 10-º ano, sobre inequações, em que toda a gente errou tudo, porque ela não tinha ensinado que ao trocar os sinais mais/menos também se tinha de trocar o sinal maior/menor. Depois fizemos outro teste porque os resultados daquele eram vergonhosos.
Cada tempo é um tempo
A Maria Rosa não reparou na vírgula a seguir à expressão “pelo menos”, e não terá entendido que a mesma se referia às décadas.
Anos 80 … Again
Muitos cursos dotam a quem os conclui de habilitação própria para a docência, isso é feito pelo Ministério da Educação. E não entendo o porquê da crítica a uma pessoa que detém habilitação própria e que muitas vezes é detentor de formação pedagógica complementar, e sentido vontade e competência para leccionar tenha agora que andar a ser achincalhado.
Até porque há professores profissionalizados tão maus professores, e infelizmente não assim são tão poucos…
Subscrevo o que disse a Susana. Obrigada.