Só falta o tal documento com as orientações… O tempo começa a ficar curto. As escolas necessitam de se organizar com calma, não é em cima do joelho. Se o documento não for divulgado durante esta semana depois não se queixem que a segurança e a confiança são postas em causa.
Isolar casos suspeitos e agir com rapidez
Da parte das autoridades de saúde, a estratégia para o regresso às aulas parece ser a mesma: isolar casos suspeitos ou confirmados e agir com rapidez. Foi o que disse Graça Freitas durante a conferência desta segunda-feira. “É importante que fique definido quem telefona a quem, quem fala com quem, qual o tipo de actuação que se vai ter porque, como tem sido dito, pretende-se que a intervenção seja direccionada e focada, e não expandida a toda a escola, para perturbar o mínimo possível o ano lectivo”, referiu Graça Freitas.
Graça Freitas reiterou ainda que não é necessário encerrar uma escola inteira se existir um caso de infecção suspeito. “Há aqui uma atitude muito pedagógica, sobretudo da parte das escolas juntos dos pais, para que entendam que as situações são diferentes e que há que manter alguma calma quando há um caso suspeito, não ter pânico, [nem] a tendência, a vontade de encerrar uma escola com milhares e centenas de crianças. Pode ter-se uma acção eficaz, isolando-se os que são preciso isolar, tratando-se os que são preciso tratar”, afirmou a directora-geral da Saúde.
Na semana passada, o Governo anunciou que a partir de 15 de Setembro o país passará a estar todo em situação de contingência (aquela que agora só se aplica na Área Metropolitana de Lisboa). O objectivo da medida é preparar o país para o regresso de alunos e professores às aulas e de muitos trabalhadores ao seu local de trabalho, depois de terem estado muitos meses em teletrabalho. “Para a quinzena que se inicia a 1 de Setembro mantêm-se exactamente as mesmas medidas que tínhamos até aqui porque os números estão estáveis, a resposta do Serviço Nacional de Saúde está controlada e a capacidade de testes tem vindo a aumentar”, declarou a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
Segundo foi ainda divulgado, as novidades sobre o regresso às aulas deverão ser conhecidas nos próximos dias. Para já, o Ministério da Educação ainda está em reuniões com os agrupamentos escolares para decidir qual o modelo do próximo ano lectivo. A ministra lembrou, no entanto, que o Governo já aprovou um conjunto de regras que vigorarão “numa situação de estabilidade, como aquela que hoje vivemos”. Estas regras incluem o distanciamento de 1,5 metros entre os alunos; o uso obrigatório de máscara; a oferta de gel desinfectante e a criação de circuitos de circulação que minimizem a interacção entre alunos e horários de refeições. Não obstante, continua a ministra, é preciso desenhar respostas para cada se lidar com o surgimento de casos em contexto escolar. “É mais sobre esta dimensão que ainda há trabalho a fazer com as autoridades de saúde”, adiantou.
1 comentário
Isto está tudo uma valentíssima confusão.
“as novidades sobre o regresso às aulas deverão ser conhecidas nos próximos dias.”
Inacreditável que só esta semana é que vão ser tomadas decisões estruturantes do funcionamento do ano letivo.
Como mãe e professora, estou inquieta com tamanho desnorte.
Inadmissível tendo existido tantos meses para preparar o arranque do ano letivo.
Estiveram à espera do que? Do milagre da N. Sra dos Aflitos?