Diretrizes para as escolas mantêm-se, apesar das críticas
As diretrizes para a reorganização das escolas no regresso às aulas foram consideradas ambíguas pelos diretores de escolas e pelos professores, deixando à mercê de cada instituição um conjunto de regras que só se aplica caso seja possível.
Segundo o documento assinado por Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, para orientar as escolas neste período, na sala de aula os alunos devem, idealmente, manter uma distância de segurança de dois metros. Assim, numa sala de aula com 45 m2 ou 50 m2 passam a caber entre 12 a 14 alunos, respetivamente. Seria preciso desdobrar as turmas, atualmente com 28 e 30 estudantes. No entanto, apesar de ser essa a recomendação do Ministério da Educação (ME), as turmas mantiveram-se, na maioria dos casos e segundo Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, com a mesma dimensão da dos anos anteriores, por falta de professores. A Fenprof diz que está longe de se conseguir a promessa do ME de ter mais 2500 professores nas escolas no próximo ano letivo para fazer face aos projetos de recuperação de matérias que ficaram por consolidar devido à pandemia, porque, embora tenham sido chamados ao serviço, “só 1511 vão substituir os que se reformaram este ano”.
Outro dos aspetos que preocupam os professores e os pais dos alunos é a indefinição sobre o que fazer com quem que se encontre nos chamados grupos de risco. “Há escolas com alunos em risco que solicitaram a autorização para terem resposta, nomeadamente, de ensino à distância, que não está a ser autorizado pelo ME”, denuncia Mário Nogueira. Por seu turno, entre os professores, grupo profissional envelhecido em que metade tem mais de 50 anos, há cerca de 10% com doenças que os colocam em grupos de risco.
LÁ FORA: ASSENTOS FIXOS, “GRUPOS BOLHA” E MÁSCARAS
Em alguns países da Europa as aulas já começaram. A lição a retirar, segundo o ME, em resposta do Expresso, é que “muitos dos ajustes que nos últimos dias têm vindo a ser observados em alguns países europeus tendem a aproximar esses países das regras que Portugal decidiu adotar e que foram definidas desde o início da preparação do próximo ano letivo”. Em Berlim e em Brandeburgo, negligenciou-se o distanciamento social, embora seja obrigatório o uso de máscaras nas escolas, ainda que nem sempre nas aulas. Pelo menos 41 das 825 escolas de Berlim reportaram casos. Após o fecho de algumas devido a casos de covid-19, foi acionado um plano de “grupos bolha”, que não se misturam, e um misto de aulas presenciais e à distância.
Em França, no Reino Unido e em Espanha, assim como em Portugal, as máscaras são de utilização obrigatória, mas essa obrigatoriedade difere consoante as idades. Cá, só os alunos a partir do 2º ciclo terão de a colocar; no país vizinho, que começará as aulas na mesma altura que Portugal, é obrigatória para todos os níveis de ensino, assim como são determinados assentos fixos nos autocarros e na cantina da escola, sendo sempre respeitada a distância de um metro e meio. Quando um caso de desenvolvimento da doença for detetado, o estudante será imediatamente isolado e todo o “grupo bolha” será colocado em quarentena. A escola inteira só será fechada se o surto se espalhar. Para isso, o Estado espanhol conta contratar 11 mil professores adicionais. A medida é acompanhada por Itália, que vai contratar 40 mil professores temporários.
Expresso
10 comentários
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Portuguese people are very mutch
cagarolas, medricas, conanas, caguinchas, cagunfa, cagufa
O 1.º Ciclo continua a ser tratado com grande desprezo e indiferença. Sem carinho e respeito pela sua especialidade, está votado ao abandono pela tutela. É o saco de pancada para todos os fretos entre ME e Confap.
Vá!
Acima se tudo,
importa o espírito beatopatriótico.
O resto é conversa pafiosa.
Hoje estou
com os azeites.
Bendita internet!
E a festa do Avante pá?
E a moeda de troca pá?
É preciso não fazer muita onda…
Os dirigentes da confap devem ter os filhos em escolinhas públicas ou privadas de elite.
Por isso é que continuam a assobiar. Porque a porcaria não lhes vai entrar pela casa adentro.
A maioria das escolas vão funcionar em condições deploráveis.
É inacreditável que os velhos do restelo só se preocupem com o seu umbigo. Continuam a envenenar a opinião pública contra os profs, qnd o que está em causa é adotar as medidas para evitar que os profs, alunos, suas famílias e restante sociedade, se deparem muito provavelmente, e de acordo com TODOS, repito, TODOS os dados científicos disponíveis até ao momento, com uma crise sanitária acentuada.
Haveria muitas mais medidas que permitiriam acautelar, prevenir e minimizar esta crise.
Vergonhoso.
País tão pequeno, figurativamente e literalmente.
Filhos dos dirigentes da Confap?
Só se forem os netos.
Cara colega,
ainda não viu que tudo o que é associação há muito que está sob o controle do PCP e do PS?
Somos uma sociedade nas mãos da oligarquia geringonça.
Ricardo Salgado percebia isso como ninguém.
Teve o azar de se lhe atravessar o outro…
Hmmmmm…
Não, não me apercebi de nada, geralmente sou uma prof conformada e acomodada com as suas condições de trabalho.
A última vez que me manifestei revoltada como estou no presente, foi na altura do Sócrates, Lulu e Sampaio com a ADD.
Se é isto que os portugas querem, então, boa sorte.
Mas que bestialidade, isto não é vantajoso para ninguém, imo.
País tão pequeno e tão ruim…
Para os quiduxos que adoram comparar-nos com a Alemanhã, olhem uma aula a decorrer numa escola alemã esta semana.
https://www.deutschlandfunk.de/eu-kommission-kein-deutlicher-corona-zuwachs-durch.1939.de.html?drn:news_id=1167071
Quem era “alucinado” a dizer que as escolas alemãs não praticavam a distancia social?