Uma realidade existente, ignorada por muitos, no 1º ciclo. As turmas com vários anos são uma realidade no nosso país e com tendência para aumentar. A preparação de aulas, o trabalho burocrático, a disponibilidade por parte do professor e a monodocência em si, requerem que o profissional seja reconhecido pelo mérito que lhe é devido.
“Com quatro anos ao mesmo tempo, os alunos têm de colaborar com o professor”, responde Marco Sousa, quando interpelado sobre esta prática de colaboração entre pares. Embora considere que esta situação de ter todo o 1.º ciclo na mesma aula não é a ideal — “só dois anos já era bom”, diz —, este docente também aponta algumas vantagens: “Os alunos aprendem a ser mais autónomos do que os que só estão numa turma do mesmo ano.” Mas, frisa, há uma condição prévia para que tudo possa correr bem. “O professor que ensina a quatro anos ao mesmo tempo tem de ter tudo muito mais planificado e preparado previamente do que os outros.”
Num estudo recente do Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre a organização das turmas, alertava-se que, “tendo em conta as tendências demográficas recentes e caso se mantenha a resistência ao encerramento de escolas com reduzido número de alunos, haverá uma tendência de aumento” das chamadas turma mistas, as que têm mais de um ano de escolaridade na mesma sala, o que não contribuirá para a melhoria das aprendizagens. No total, quase um terço das turmas do 1.º ciclo do país tem alunos de mais de um ano de escolaridade.
(clicar na imagem) in Público by Clara Viana (texto) e
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