Apenas discordo dos números que são apresentados pelo ME dizendo que fica ao estado mais barato terminar com eles desta forma.
Não fica.
E mesmo que a capacidade já esteja instalada, nova terminologia aplicada por este Ministério da Educação, e que o preço por turma fique nos 54 mil euros, que duvido, ainda há o dever da segurança social, dinheiro que também sai das finanças públicas, ao pagamento dos subsídios de desemprego de 2 professores das escolas com contrato de associação (aplicando o mesmo princípio que a cada turma são contratados dois docentes), por um período mínimo de 24 meses, por extinção do posto de trabalho.
A senhora secretaria de estado pode ser muito boa jurista, mas de contabilidade parece perceber pouco.
Uma eliminação faseada destes contratos seria aconselhável para evitar que os custos fossem extremamente superiores aos que foram anunciados.
Por isso reafirmo que a eliminação dos contratos de associação nada tem a ver com contabilidade, mas sim com ideologia.
Estou à vontade para receber as criticas que quiserem, mas não me venham dizer que fica mais barato ao estado eliminar estas turmas assim de forma repentina.
PGR dá razão ao Ministério da Educação na polémica dos colégios
O parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República chegou esta sexta-feira e sustenta as posições do Governo quanto aos cortes na abertura de novas turmas de início de ciclo
21 comentários
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“Faseada”?
Um eufemismo para o Dia de São Nunca à Tarde como eles querem…
A Secretária de Estado é boa na matéria.
Isso nem se discute.
As continhas do privado é que estão certas: 80 carros de colecção, piscinas olímpicas, almoços e jantares de final de período nos melhores hotéis…
Sim, sim o Queiroz mamão é que sabe fazer contas…
Com os almoços e jantares ainda concordo… 🙂
Já não tanto com aquelas medalhas de mérito que entregam aos professores.
Abraço.
Bom fim de semana.
Acabam. Ponto.
Chega de chulice e conversa de treta para boi dormir…
Sr. Arlindo, são Ideologias corretas! Se não concorda com os contratos agora fica a parecer um pouco que sim..
(estes senhores dos colégios tem dinheiro para tudo, camisolas amarelas, posters, parece aquele dinheiro mal gasto em campanha eleitoral)
Quando começaram a surgir os mega agrupamentos com a Lurdes Rodrigues também surgiram milhares situações de alunos que tiveram mudar de escola, alguns ainda têm de fazer dezenas de kilómetros por dia, principalmente em escolas do interior norte, alguém se preocupa com isso? Estas figurinhas públicas que agora se insurgem contra o fim destes tachos ficaram bem caladinhas quando se formaram os mega agrupamentos!
Os megas foram com a Alçada, em 2010.
A Lei de Bases do Sistema Educativo refere-se a custos (por turma)? Cumprir a lei são ideologias?
Não percebi…faseada, como? Estão a diminuir as turmas onde há redundância de oferta no início de cada ciclo. As que se encontram a meio de ciclo, mantêm-se. Isto não é suficientemente faseado?
-Ó Abreu, dá cá o MEU!
Foi mesmo montagem…
Querem ensino privado. Pura e simplesmente. PAGUEM…………….
A competitividade dos colégios com contrato de associação tem muito que ver com a brutal exploração que é praticada. Portanto, defender o mais barato significa defender a desregulação da profissão docente. E… há uma questão de princípio. Eu prefiro que saia mais caro a escola inclusiva do que mais barata a escola segregacionista. E porque a questão é mesmo de uma vontade segregacionista por parte dos pais com filhos nas escolas com contrato de associação, aposto que não se importam de pagar para continuar lá com os filhos. O problema é que as margens de lucro dos colégios serão menores.
Errata: “mais cara”, “seriam”. Conto com o olhar crítico do leitor e… da leitora.
Arlindo,
É bom ler algo com bem senso. Eu também não concordo com o esquema montado, mas não me parece que medidas radicais resolvam a situação de maneira “decente”. Principalmente porque, em setembro, os pais vão perceber como escolas públicas que afirmaram ter condições para receber tantos alunos o irão fazer: pavilhões a cair, contentores à espera do início de obras, horários até às 18h30m, entre muitos outros aspetos negativos. Sou professora no publico, tenho uma filha em contrato de associação e sim concordo que o estado deixe de financiar sem rei nem roque, mas não concordo que se enfie alunos em escolas que estão sem condições para os que já lá estão. E sim, se for preciso, pagarei para manter a minha filha numa escola até às 16h45m, sem variações que dependem dos horários que convêm somente aos professores.
Nas zonas com escolas com contrato de associação, as escolas públicas funcionam em horário normal.
A sua filha não é mais do que os restantes que lá estão.
Arlindo, se não concorda, tendo em conta todos os seus posts sobre o assunto, parece.
E tem todo o direito à sua posição, mas assuma-a. É que desta forma faz-me lembrar um madeirense que conheci na África do Sul que dizia o seguinte: “Eu não sou racista, só não gosto de pretos”.
Nós não pensamos. Temos é a certeza que este blogue é suportado pela FNE e por efeito dominó, pro-PAF. Isto quer dizer que este blogue está sempre a favor de medidas da direita PSD+CDS e que por todos os modos tenta minimizar e criticar a esquerda.
Neste momento, tal como o presidente da república, passa por uma época negativa. Querem apoiar as medidas tomadas pela sua fação partidária mas ao mesmo tempo não sentem o apoio popular. Por isso, tal como o presidente da república, são apanhados e criticados por apoios subtis a estes contratos de associação!
Não é fácil ser pafiano durante estes últimos dias…
eheheeh na mouche!