É com uma certa nostalgia que, me lembro daquele ido dia em que os professores se uniram por uma causa comum. É até com alguma surpresa que verifico que, em poucos dias uma petição reuniu assinaturas suficientes para ser discutida na AR, em três dias superou as 12.000 assinaturas.
A união docente à volta de uma causa é um problema recorrente. A classe tende, unicamente, a reunir-se quando a causa é comum a todos. Foi isso que aconteceu em tempos, e parece que é isso que está a acontecer agora. Mas que união é esta? Que falta de solidariedade entre colegas de profissão existe quando a causa não é comum?
Os exemplos dessa falta de união são inúmeros e criam mau estar entre colegas. As pequenas guerrilhas, as grandes diferenças, a ignorância, as pequenas distinções, o egocentrismo, a depreciação, o autofilismo… Serão estas as razões para que a classe se mantenha desunida durante tão largos períodos?
É de facto lamentável verificar que uma classe que deveria servir de exemplo, que deveria dar o exemplo, só o faz quando a causa é transversal.
Mas alegremo-nos, mais uma vez se uniram.
Daqui a quantos anos, veremos tal feito outra vez?
1 comentário
Rui! Surpreendido? Eu não! Sou e serei uma eterna contratada e fiz muitas greves em prol dos colegas do quadro. Arrependida? Não! Triste? Sim! Quando “o contratado” necessita do apoio do colega do quadro, não tem. Atenção! Há exceções, felizmente…
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