Blogosfera – Olhe Que Não

ANDREIA ALMEIDA: A DIGNIDADE TEM NOME

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8 comentários

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  1. Obrigada, Andreia Almeida e a todos os que não fizeram a prova pondo em risco o seu futuro, mas que futuro teriam na escola pública em Portugal? Quando sucessivos governos a estão a destruir.
    Agradeçam à FNE por ter assinado o acordo que permitiu este FIM.
    Agradeçam a este governo quando forem votar nas eleições.
    Agradeçam às vossas Universidades e ESES por vos terem mentido, e roubado dinheiro certificando-vos diplomas que atestam a vossa classificação profissional, e se mantiveram caladinhos este tempo todo, assobiando para o lado com medo de perderem os poucos subsídios que lhes restam.
    Eu fui convocada para ser carrasca, não fui.

    • THIS MORTAL COIL on 23 de Julho de 2014 at 11:35
    • Responder

    Um vergonha este Governo pútrido.


  2. haverá o dia em que tendo que cortar o braço a um filho porque dizem que é o certo para o país ir para a frente diremos: podia ser pior olha se nos pediam para cortar o outro braço e as duas pernas..dá cá o machado…filho põe aqui o teu braço é para bem da nação.


  3. A consciência cívica e a solidariedade, particularmente entre a Classe Docente (cada vez mais sem ‘Classe’) anda pelas ruas da amargura.

    Se tais detentores de formação superior agem desta forma, como estará o País Real.

    Refiro-me obviamente aos muitos acomodados ao Sistema, para quem a vigilância de exames é meramente ‘mais um’ serviço a cumprir, atitude paradigmática do ‘bom funcionário público do antigamente’.
    E também aos outros, os candidatos, que, não obstante constatarem a falta de nexo de tal exame, a ele se submetem, arredando de si qualquer amor-próprio que ainda possam ter…

    Mas ainda há quem culpe o Governo…?

    • Paccnot on 23 de Julho de 2014 at 17:29
    • Responder

    Este ano irão mais professores para o desemprego…nada mais a dizer!

    Sou apenas uma professora que um dia sonhou ser professora! De resto façam o que quiserem com o meu número…

    • paccnot on 23 de Julho de 2014 at 17:30
    • Responder

    Eu tal como a Andreia não realizei a prova… Mas ao contrário dela entrei na sala e tentei chamar os colegas que estavam a vigiar a prova à razão! E os colegas que a estavam a realizar também!!!
    O que verifiquei é que no fundo ninguém concordava com a prova mas o medo era mais forte!!!

    O medo! Esse amigo do Sistema em que vivemos! Pois assim simplesmente dizemos sim a tudo mesmo quando não faz qualquer sentido!!!

    Talvez tenha ainda mais a perder do que a Andreia porque tenho 4 anos de serviço, já trabalhei em 11 escolas (tudo contratos através do ME) e já sou professora há 10 anos!!! Mas simplesmente não consegui dizer sim a algo que não faz sentido! Deixei a prova em branco e nem preenchi o cabeçalho. Não foi a atitude mais inteligente visto que devo constar no número dos reprovados.Sim, porque sou apenas mais um número para o Governo.

    Quando precisaram de mim contrataram-me e agora fazem-me passar por esta humilhação!

    A Prova (e não este tipo de prova) poderá fazer algum sentido no final do curso (com o conhecimento dos alunos que frequentam o curso) como forma de ingressar na carreira docente. Assim não faz sentido para ninguém.

    Penso que para o Governo isto não passa de um medir forças para ver até onde pode ir. E parece que pode ir longe porque os professores não são unidos e têm medo.

    Muitos pensam que esta é uma oportunidade de outros colegas serem eliminados e eles conseguirem colocação! Uma forma muito egoísta e mesquinha de pensar, para além de não se perceber em que mundo vivem! Este ano irão mais professores para o desemprego…nada mais a dizer!

    Sou apenas uma professora que um dia sonhou ser professora! De resto façam o que quiserem com o meu número…


    1. colega não desista.
      Claro que ao entrar e não escrever nada nem o nome, serviu o intuito do cRato que é dizer chumbaram X professores estão a ver eles não sabem, não são bons, mas enfim não desista nunca. Ouviu NÃO DESISTA
      Esta prova vai cair tal é o esterco que é

    • Andreia Almeida on 1 de Agosto de 2014 at 17:28
    • Responder

    Não encontro palavras para expressar a minha gratidão e a minha sensibilidade para com esta iniciativa de apoio. Por muito obstinados e seguros que sejamos, há sempre aqueles momentos nos quais os “ses” nos atormentam. Principalmente, quando temos muito a perder…
    Aos colegas que (como eu) arriscaram o seu futuro, lembrem-se de que o facto de nos mantermos leais aos nossos princípios e crenças permite-nos dormir com a consciência tranquila. Há que ter fé em nós e nas nossas capacidades de resiliência. Dessa maneira, conseguiremos dar a volta por cima.
    Espero que esta perspetiva transmita alguma espécie de conforto.
    Por sua vez, os colegas que realizaram a prova merecem, também, todo o meu respeito. É preciso certa dose de coragem para enfrentar perspetivas acusadoras. São opções e somos livres de as ter.
    Tento ser otimista, pensando que nada dura para sempre. Nem sequer as pessoas que ocupam os cargos mais influentes lá permanecem eternamente. Somos (aparentemente) seres racionais e, um dia, a consciência de que os motivos e os objetivos associados à realização da prova não são lógicos nem construtivos será alargada a outras pessoas.

    PS: Obrigada, colega, por me ter informado sobre esta discussão, neste mesmo blog.

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