Gostei de grande parte das declarações de Mário Nogueira, embora engasgado em algumas palavras.
Dispensava-se falar de pormenores como o e-Bio e continuar a incentivar à entrega de reclamações sobre uma alteração de vínculo que não existe efectivamente.
Ao contrário do que suponha não ficou agendada nenhuma greve, ficando-se o dia de hoje com um pedido de reunião com o Ministro da Educação e Ciência e onde foi também anunciada uma semana de luto nas escolas entre os dias 18 e 22 de Fevereiro.
Como se percebeu, a manifestação de hoje assumiu-se marcantemente como uma manifestação política, tendo Jerónimo de Sousa participação activa nela junto com Carvalho da Silva e Arménio Carlos como um dos cabeças de cartaz, o apelo à manifestação de dia 16 fazia assim naturalmente parte do programa de hoje.
A parte mais marcante foi a ausência de uma geração de professores que sente que deixou de ter futuro nesta área. Foram raros os professores com menos de 40 anos que se viram nos ecrãs da televisão, o que no fundo acaba por retractar a realidade das nossas escolas. Para ser franco o único que vi acabou por ser o César Israel Paulo que esteve muito bem nos argumentos que apresentou. Aliás, o argumento das sucessivas contratações e do elevado número de anos a contrato terá sido a mensagem que melhor passou para a opinião pública. Passou bem melhor esse argumento do que propriamente o vencimento dos professores que a jornalista da SIC notícias constantemente perguntava a todos.
Para aquecimento esteve bem esta manifestação e o pedido deixado por Mário Nogueira às restantes organizações sindicais para futuras organizações conjuntas pode levar a que realmente se realize uma coisa grande e que não sirva apenas os interesses partidários.
E isso faz falta daqui para a frente.
Mas escolham um dia onde não haja acidentes na A1, ok?