Opinião de Joaquim Jorge Sobre os Telemóveis na Escola

“Telemóveis na escola? Sou contra proibições e qualquer tipo censura”

 

Um artigo de opinião assinado por Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores.

“Quem deve decidir se um adolescente usa ou não telemóvel são os pais.

O Estado em momento algum se deve sobrepor aos pais. Os pais devem educar os seus filhos a terem maneiras, serem educados e como devem usar um telemóvel.

A partir daí, o Estado regula e impõe regras. Importante um adolescente ter telemóvel para poder comunicar com os pais, dar um recado, estar contatável.

Os telemóveis são úteis e importantes, para monitorização médica, segurança e marcação de algo.

Eu não admito, nem nunca admiti, que o Estado interferisse na minha vida e na minha forma de ser e pensar. Era o que faltava um diretor de uma escola dizer se filho meu pode ou não pode usar telemóvel!

O Estado deve preocupar-se com uso de telemóveis para fugas ao fisco,  corrupção e afins.

Está proibido fumar numa escola e bem. Não é por isso que há menos alunos a fumar. Eu nunca fumei e sei o mal que faz, contudo, há gente que fuma – é um problema delas. Detesto censura. Sou a favor que as pessoas se cultivem e estejam informadas e depois cada um decide.

Os pais têm o dever de educar os seus filhos. Essa missão não deve ser do Estado. Ponto final!

Educar a usar o telemóvel em determinados locais e com sensatez. Se a escola desse educação aos portugueses estavam muito mais educados. Certo? Mas não estão, infelizmente.

Eu não aceito que me digam o que devo fazer. Como pai, não me demito das minhas funções de educar um filho meu e de lhe fazer ver os prós e contras do uso do telemóvel.

Há escolas em que as casas de banho dos alunos não têm papel higiénico, as portas não fecham, as sanitas não têm tampa, não têm sabonete líquido para lavar as mãos.

Quero ver onde vão arranjar dinheiro para recipientes próprios para colocar os telemóveis de forma segura e não serem roubados ou terem cacifos individuais? A solução que sempre defendi, à entrada da sala, silenciar ou desligar o telemóvel e coloca-lo na mochila.

A escola deve regulamentar sem exageros. Estou cansado de viver num país cheio de normas que não são cumpridas. A forma como se usa um telemóvel numa escola  já  devia ter acontecido há muito tempo. Proibir não, impor regras sim.

Detesto uma sociedade policial, apoio uma sociedade informada e responsável.”

 

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16 comentários

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    • João Santos on 14 de Setembro de 2024 at 9:51
    • Responder

    Eu sou a favor da liberdade de expressão: qualquer idiota pode dizer e escrever o que bem entender.

      • Mário Rodrigues on 14 de Setembro de 2024 at 23:23
      • Responder

      🙂

    • Mainada on 14 de Setembro de 2024 at 9:55
    • Responder

    A liberdade de expressão de um anarco-qualquer-coisa.

    • Nini on 14 de Setembro de 2024 at 10:10
    • Responder

    Finalmente alguém que entende o papel da escola. A família educa, a escola ensina.
    Se no início do “deslumbramento” se tivessem tomado decisões adequadas ao uso do telemóvel, não estaríamos agora com estas querelas… Mas porque raio só tentamos imitar as decisões de países nórdicos? Serão eles mais inteligentes? Não somos capazes de adotar medidas ao nosso estilo de vida?
    Tolos os que pensam que vivendo uma era tecnológica, não faremos uso dela… Excelentes ferramentas de trabalho, mesmo na sala de aula, não devem ser proibidas, o seu mau uso sim.E, já agora, muitos docentes também deveriam ter regras…

    • Evidências Cientificas on 14 de Setembro de 2024 at 10:17
    • Responder

    Que volte à sala de aula!
    Que leia os dados de médicos, neurologistas, psiquiatras…
    .epilepsia,
    .redução da capacidade de concentração (de 30 minutos de outrora para os 10 m actuais),
    .ansiedade,
    .transtornos de sono,
    .psicoses
    .obesidade,
    .distúrbios de visão,
    .problemas de motricidade e equilíbrio…etc, etc, etc…
    E na escola e na sala de aula? O ciberbullyng é só a ponta do véu!

    • Jorge silva on 14 de Setembro de 2024 at 10:24
    • Responder

    Eu também sou contra de os pais depositarem os filhos na escola, e depois mandarem mensagens a dizerem ao “menino” que se esqueceu de levar as Nike em vez da adidas para a “ginástica”.
    Há cada pseudo intelectual…

    • ÉFazerAsContas on 14 de Setembro de 2024 at 11:00
    • Responder

    Não tem ponta por onde se lhe pegue. Mais valia ter ficado calado.

    • Ana Duarte on 14 de Setembro de 2024 at 12:04
    • Responder

    Discurso incoerente. Só contradições. Não conhece a realidade das escolas. A meio diz que os jovens não cumprem regras, porque a escola está a falhar na educação… Então, é à família ou â escola que compete educar? Argumentou com o exemplo da proibição de fumar, mas foi um autêntico tiro no pé… Então, não é a família que educa?! E se eu quiser que o meu filho fume no recreio da escola, à porta da escola? Como o tabaco, o uso excessivo dos meios tecnológicos é uma questão de saúde pública… Até podia concordar – pois ainda não tenho opinião formada, embora me incline para a proibição, já que não se respeitam as regras do RI – mas os argumentos…
    O problema é muito complexo e se realmente se cumprissem os Regulamentos Internos e o Estatuto do aluno, nada disto era necessário… Numa coisa tem razão, somos um país com ótimas leis mas ninguém cumpre… a começar pelo trânsito, estacionamento, etc etc etc

    • Mic on 14 de Setembro de 2024 at 13:09
    • Responder

    Uma pessoa que sabe o que se passa concretamente no terreno…

    • LP on 14 de Setembro de 2024 at 13:11
    • Responder

    Disparate.
    Este é um problema de saúde pública.
    O uso inadvertido do telemóvel na escola causa alheamento e problemas psicológicos, já para não falar de muitos outros indiretos.
    Os telemóveis só devem entrar na escola quando o professor disser que é para acontecer e só para trabalho pedagógico.
    Qualquer comunicação com os encarregados de educação deve ser feita através dos canais da escola, como, aliás, sempre o foi formalmente.

    • João on 14 de Setembro de 2024 at 14:04
    • Responder

    Carrega chequim! Alguém que funda um clube dos pensadores sabe o que diz, tem muita cultura e passa horas e horas a meditar. Devemos ouvir o que ele diz, trata-se de um homem sábio.

      • Oi on 14 de Setembro de 2024 at 14:27
      • Responder

      Lá por pensar mt tempo quer dizer pouco. Ao que parece, grande parte do tempo é a pensar e falar m€rd@

    • Totó on 14 de Setembro de 2024 at 14:25
    • Responder

    É por idiotas como este e outros tantos que a vontade de deixar a profissão é cada vez maior…tudo opina e tudo fala. Continuem assim q isto está mm bom. Qq dia aulas…só mm por telemóvel ahahahah

    • N on 14 de Setembro de 2024 at 14:57
    • Responder

    Sabia o que se passava no Ribadouro há 20 anos atrás!

    • occupe on 14 de Setembro de 2024 at 19:49
    • Responder

    Como fizeram com o problema do açúcar (guloseimas e afins) nas escolas?
    Proibiram a venda e até as máquinas de snacks nas escolas passaram à história.
    Quando há razões de saúde pública, devidamente fundamentadas, qual é o problema de PROIBIR para resolver ou mitigar um problema?
    Mas é proibido proibir?
    Menos fundamentalismo, mais bom senso e racionalidade!

    • FrankieAT on 16 de Setembro de 2024 at 9:57
    • Responder

    Querem proibir os telemoveis nas escolas? Muito bem, façam-nos.

    Mas façam-no para todos: docentes, não docentes, pais, filhos e espíritos santos.

    Porque a comédia que é ver professores a “dar aulas” com olho na bola ou no facebook, já é aceitável?

    “Pimenta no rabo dos outros é refresco para mim”

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