Exmo. Senhor Ministro da Educação,
Venho por este meio apresentar-me como um dos muitos “Técnicos da Educação” que, diariamente, se dedicam à formação e ao desenvolvimento educacional dos nossos jovens. Sou, alguém da área social, e, como muitos dos meus colegas, sinto-me invisível dentro de um sistema que deveria valorizar a nossa contribuição.
O trabalho que desempenhamos vai muito além do que se vê à superfície; somos parte fundamental na criação de um ambiente propício ao aprendizado e ao desenvolvimento integral dos estudantes. No entanto, ao longo dos anos, tenho observado que a profissão que escolhi se tornou marcada pela falta de reconhecimento e valorização. Anseio por uma carreira que me permita crescer e ser valorizado, tanto pessoal quanto profissionalmente.
A realidade atual não me permite ascender de forma mais rápida, devido a entraves que nos são impostos e que não refletem nossas capacidades e esforços. Como tal nunca subi o meu vencimento, portanto mantenho o meu índice remuneratório desde que iniciei as minhas funções há anos e anos a fio, falamos de 2 décadas. A situação dos nódulos de serviço não contados nos anos de 2017/2018 é apenas um exemplo da desvalorização que temos enfrentado. Acredito que devemos ter garantias de um reconhecimento justo pelo tempo de serviço, bem como a progressão na carreira.
Ademais, a burocracia excessiva que permeia o nosso trabalho tem sido um fator limitante, tirando-nos o tempo que poderíamos dedicar ao que realmente importa: o bem-estar dos nossos alunos e o nosso próprio autocuidado. Para que possamos desempenhar nossas funções com excelência, é essencial que consigamos cuidar da nossa saúde física e mental. Medidas que permitam uma carga horária reduzida, como trabalhar apenas quatro dias por semana, seriam um passo importante para promover uma vida equilibrada.
Por fim, peço que considere a possibilidade de implementar políticas que assegurem a mobilidade e a consolidação da mobilidade entre os profissionais da educação. Essas medidas não apenas beneficiariam a nós, técnicos, mas também resultariam em um ambiente educacional mais saudável e dinâmico, onde todos possam florescer. Para depois deste paço, estarmos preparados então para novo concurso de vinculação dos Técnicos Superiores da Educação, repito só depois de assegurar a consolidação dos técnicos nas escolas.
Acredito que, ao ouvir as nossas vozes e observar as nossas realidades, o seu governo poderá fazer as mudanças necessárias para criar um sistema educacional mais justo e inclusivo. Estou à disposição para um diálogo construtivo, pois quem deseja ser ouvido ainda acredita que é possível mudar a realidade em que vivemos.
Agradeço a sua atenção e aguardo uma resposta.
Atenciosamente,
Um “Insistente Social”
10 comentários
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A que propósito vem parar, aqui, este texto? Tudo serve para aparecer aqui. Enfim…
Se os professores partissem montras e usassem a desobediência civil seriam, de certeza absoluta, mais ouvidos. Como são e sempre foram cheios de respeitinho e salamaleques, estão onde se colocaram. Ninguém se importa realmente de negociar com os professores porque é fácil. Os professores, desde que me lembro, são de uma moleza enjoativa. Exceto, claro está, quando se trata de prejudicar outros professores. Globalmente, a escola é uma piada.
Pois é, Jojó, após tantos anos, com EFA, sem fazer nada, este ano terá, mesmo, de trabalhar! Temos quase todos, não é mesmo?
Não sei quem é esse Jojó e não entendo exatamente o propósito desta intervenção, mas uma coisa sei: quem muito diz que trabalha é quem mais faz que faz. Pois.
Com tanta carta aberta ao ministro,o homem vai precisar de óculos
Estes técnicos superiores da educação para pouco ou nada servem, a não ser querer mamar na teta do estado. Muitos andam nas escolas é a atrapalhar.
A escola precisa é de professores!
Assistentes sociais, psicólogos e nutricionistas devem estar fora da escola e ser consultados fora dela. A escola é escola! Não é manicómio, nem restaurante, nem sopa dos pobres!
É que só andam mesmo a atrapalhar. Há alguns que entraram com cunha municipal e que andam a roubar aulas só para mostrar serviço da treta ao homem da cunha!
Qualquer dia até calistas, manicures e farmaceuticos há!
Parei em “aprendizado”.
E fizeste muito bem. Tenebroso. Será que o texto foi escrito com o Chat GPT?
“(…)nunca subi o meu vencimento (… ) a situação dos nódulos de serviço (…) para depois deste paço estarmos preparados…”??? será o Terreiro do Paço ou o Paço do Lumiar ? Este “assistente social” está mesmo a precisar de estar na Escola, mas é inscrito nas aulas de Português !