As ironias da vida fazem-me rir com vontade

Uma das coisas mais engraçadas que me sucede na vida é ver como ela é irónica e está alinhada para me fazer rir com vontade.

Um dos momentos que me faz gargalhar é o que me acontece muitas vezes com colegas que, em reuniões e conversas, declaram, em ralhete ou incomodados, que sou um chato com a minha mania do rigor da lei nas escolas, o CPA, a recusa de interpretações superficiais e achistas das normas ou a insistência nas reuniões convocadas nas 48 horas e com os papelinhos todos.

É engraçado ver como alguns, quando têm problemas no concurso, num horário, na MPD, na ADD, na progressão, com uma falta ou a plataforma do IGEFE se lembram que conhecem um tipo rezingão, que acerta nuns cocos sobre a lei e processos de administração escolar e lhe vêm pedir que acuda.

A vontade interior é dizer-lhes “lembras-te daquele dia em que não quiseste aceitar que a convocatória estava mal feita porque estavas com pressa para ir ver a bola?” ou “escarneceste do meu apelo ao CPA porque o diretor disse, sem base, que era para não me ligar?” ou “ignoraste um impedimento legal porque nem sequer quiseste ler bem a lei e achaste que uma luminaria do e-qualquer coisa é que tinha razão?”.

“Agora o fogo entrou-te em casa e o que era uma chatice de um gajo inoportuno já brilha a outra luz, não é?”

Só que aplicar a lei é coisa sistemática, não devaneio que convém.

O meu diabinho interior, rechonchudo e de rabo em seta, faz-me pensar estas perguntas mas não digo.

O problema para o diabinho é que ainda me lembro que fui cristão e acabo a ter misericórdia dos que só querem a lei quando ela é bóia sua e a recusam aos outros, quando lhes dá trabalho e não dá jeito aplicar ou estudar.

E a muitos naufragos desesperados desses, que pontapearam a minha consciência normativa, mas depois querem ajuda, tenho acudido com palpites e apoio.

Se castigar os que erram é obra de misericórdia, lembro-me que também o é ensinar os ignorantes.

E pode ser que aprendam e, noutra vez, em que estejam do outro lado, se lembrem que a lei lhes valeu, quando exercitarem a tendencia,.muito docente, de torcer os normativos até sangrarem.

Estes dias, invoquei e queixei-me de uma convocatória de reunião fora de prazo e suspeito que vai ser dificil darem-me a razão que retiro de forma clara da lei.

Vamos ver quanto tempo demora a que ouça alguém, dos que vão tentar contrariar a minha bizarria de querer deliberar só depois de ter todos os papeis necessários, a queixar-se de uma lei qualquer das que acham interessantes e importantes para si.

Luis Sottomaior Braga

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8 comentários

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    • Luís Braga on 1 de Setembro de 2024 at 12:43
    • Responder

    Sou o Luís Braga, não Sottomaior, mas só posso estar com o Luís Sottomaior Braga.
    A história que ele nos conta é já mto velha e conhecida, mm assim, continua a acontecer. Já me reformei e ainda bem pq o que mais me custava qd estava no activo, era a resignação, alienação e outras coisas terminadas em ão e não o acto de leccionar.

    • ûlme on 1 de Setembro de 2024 at 13:18
    • Responder

    luis sottomaior tu nao queres é dar aulas

    vai para Direito pá… deixa de fingir que és prof

    • Mendes on 1 de Setembro de 2024 at 15:58
    • Responder

    É certo que só lê quem quer, mas este Braga está chato.

    • Luluzinha! on 1 de Setembro de 2024 at 16:50
    • Responder

    Que texto tão absolutamente desnecessário, aborrecido, desinteressante e mal escrito!

      • Tap a lei on 2 de Setembro de 2024 at 12:00
      • Responder

      Espero que não tenhas ficado traumatizada! E, já agora, concordo com o autor!

    • João das Couves on 1 de Setembro de 2024 at 17:31
    • Responder

    O dr. Braga ameaça, insulta tudo e todos, quer ter acesso a todos os documentos, mesmo que a eles não tenha direito.
    Não estuda os dossiers, porque se acha que o seu nome é sinónimo de bicho papão e depois acontece-lhe o que lhe aconteceu em Barcelos onde fez figura de urso na reunião de arbitragem….

    • PF on 2 de Setembro de 2024 at 11:42
    • Responder

    A burocracia é chata e muitas das vezes desnecessária, mas penso que o autor não se está a referir a isso.
    Acontece muitas vezes nas escolas que se faz uso da Lei conforme convém a cada um.
    Por exemplo, se um professor quiser reclamar da sua avaliação tem 10 dias úteis para o fazer, se o fizer fora de prazo a reclamação é rejeitada.
    A comissão de avaliação docente, tem também um prazo para responder, mas se responder fora de prazo ou então nem sequer responder já não faz mal.
    Depois só resta ao professor recorrer ao Tribunal Administrativo e pagar do seu bolso as custas do processo judicial.

    • coasvaf on 2 de Setembro de 2024 at 12:16
    • Responder

    Subscrito. Com todas as letras.

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