A próxima análise pretende fazer uma previsão dos professores disponíveis para cada QZP, por grupo de recrutamento.
São cerca de 17 000 professores disponíveis neste momento, mas perto de 70% destes estão concentrados em 5 grupos (100, 110, 260, 620 e 910). Restam 30% para os outros 30 grupos e quanto mais a sul, menor é a percentagem.
A análise relaciona o último colocado em cada QZP com o número de professores disponíveis na lista de não colocados. Se num determinado QZP, o último colocado é o número de ordem 1000, isso significa (salvo algumas exceções) que todos os que estão melhor colocados não concorreram para esse horário.
O facto de termos agora 63 QZPs aumenta o grau de dificuldade da tarefa, mas mesmo assim é bem clara a ausência de professores a sul, onde abunda a mancha vermelha.
Se clicarem na imagem poderão ver o PDF e analisar por QZP e Grupo de recrutamento onde a carência de professores é maior.
8 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
Que tal valorizar a sério a carreira docente, a começar com os vencimentos de cada escalão? Quanto gasta um docente para poder exercer? Seria interessante esta quantificação…
Hugo, por acaso os sindicatos deveriam começar por ai , sim…
pode ser que acordem das ferias
Não me parece que os ordenados dos professores sejam um grande problema para as pessoas não escolherem a profissão, o problema são as condições nas escolas e por isso os jovens não escolhem os cursos de professores. É uma profissão muito stressante e desgastante. As turmas não deviam ter mais de 20 alunos, especialmente em escolas difíceis, onde deveriam ser 15.
Também não percebo porque se gasta tanto dinheiro em formações da treta dadas por quem nunca deu aulas. Mais valia investir essa despesa em professores, para diminuir as turmas, etc.
Outro problema é nunca ter havido um ministro que tivesse sido professor, alguém como o Arlindo, que saiba como é a realidade.
É evidente que tem que se dar uma boa ajuda para quem vai trabalhar em Lisboa quando se sabe que um quarto custa 500 euros e um T1 1000. Nem os médicos escolhem Lisboa por esse motivo.
Deixar arrastar estes problemas e mais 5 ou 6 anos não vai haver professores, isto vai ficar muito pior.
Miguel quem começa a profissao olhando para o que gasta em arrendamento ou em manutenção carro+gasolina desiste logo.
Agora imagine receber ajudas de custo que compensassem estes gastos… o que acha que acontecia?
O que indica os grupos identificados a amarelo e laranja?
São os grupos mais carenciados.
Dou-lhe o exemplo do grupo 540.
No Algarve (QZP 59, 60, 61, 62 e 63) não foram preenchidas todas as vagas colocadas a concurso, nos concursos interno e externo.
Na Mobilidade Interna e na Contratação Inicial não entrou ninguém.
As escolas colocaram, logo que houve autorização, cerca de uma dezenas de horários (completos) para contratação de escola.
Já só há 4 candidatos a contratação na lista de não colocados (que não estão interessados no Algarve).
Daí, tal como para o grupo 550, a cor laranja.
o que significam as percentagens. por exemplo grupo 550, QZP.09 com 36,3%.
Todos os docentes do 910 têm uma formação de base que não é educação especial que, provavelmente também foram opositores a outro grupo de recrutamento.
Aliás a lei sobre a formação e graduação profissional desse grupo já deveria ter sido revista