23 de Agosto de 2024 archive

Reacção da FENPROF às Medidas do MECI

Governo anuncia mais algumas medidas que, num ou noutro caso, poderão disfarçar o problema sem o resolver

 

 

FENPROF aguarda propostas e insiste na necessidade de valorizar a profissão docente

 

O governo anunciou, em 22 de agosto, duas medidas, alegadamente destinadas a atrair docentes para escolas onde continuam a faltar. Quer o anunciado “subsídio” a atribuir a docentes deslocados da área de residência, quer o concurso de vinculação extraordinário de docentes em vagas existentes em escolas/agrupamentos e em determinadas disciplinas são medidas que, pela sua natureza, terão de se sujeitar a processo de negociação coletiva como, aliás, foi referido pelo governo.

A FENPROF aguarda as propostas negociais que, certamente, receberá em breve, podendo, então, emitir um parecer. No entanto, em relação às duas matérias em questão, reitera posições que já manifestou no passado:

– Todos os docentes que se encontram deslocados da respetiva área de residência deverão receber um suplemento remuneratório que lhes permita fazer face a despesas acrescidas de deslocação e habitação, sob pena de se atenuar o problema em determinadas áreas e criá-lo noutras. Além disso, será necessário compreender por que razão se pretende impor uma distância superior a 70 quilómetros para atribuição do “subsídio” e se os mesmos são medidos em linha reta ou por estrada. É também necessário discutir o valor do suplemento, pois, de acordo com a lógica anunciada na conferência de imprensa do governo, um docente colocado a 100 quilómetros de casa terá um “subsídio” de 100 euros que valor que fica muito aquém do que gastaria em habitação ou deslocação diária se, eventualmente, fosse essa a opção;

– Quanto à vinculação de docentes, o que a FENPROF defende é que todos os postos de trabalho (horários) que correspondam a necessidades permanentes deverão ser ocupados por trabalhadores (docentes) dos quadros. O problema, contudo, reside no facto de faltarem professores para todos os horários a preencher, daí não ter havido candidatos aos mesmos. Ver-se-á qual o regime de concurso extraordinário que será aplicado, ficando, desde já, claro que, para a FENPROF, deverá obedecer ao critério da graduação profissional.

Uma última nota para assinalar que as medidas que têm sido anunciadas, tanto as do Plano +Aulas + Sucesso, como estas, não são a resposta de fundo que o problema da falta de professores exige. Poderão, em alguns casos, mitigá-lo, mas não mais do que isso, até porque, para além dos horários não preenchidos nas escolas, há que ter em conta as situações de doença que se conhecerão, apenas, em setembro, as aposentações (não é crível que os docentes adiem a aposentação por que tanto anseiam) e as novas necessidades que, entretanto, as escolas terão de resolver.

Valorizar a profissão docente, quer melhorando a carreira, quer as condições de trabalho, é a solução para a qual a FENPROF tem propostas e que quer negociar.

 

Lisboa, 22 de agosto de 2024

O Secretariado Nacional da FENPROF

 

 

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Reacção da FNE às Medidas do MECI

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Outra Boa Novidade da DGAE

Lembram-se de eu ter pedido á DGAE o contacto de um docente colocado no meu agrupamento no concurso interno para o enviar à ausência da Componente Letiva?

Chamei a esse artigo de “Missão Impossível” e a DGAE não me forneceu o seu contacto alegando o RGPD.

Ora bem, a DGAE agora já disponibiliza na área da escola da Movimentação de Docentes o contacto telefónico dos docentes e o seu e-mail.

Parabéns à DGAE pela mudança de procedimentos.

 

 

 

 

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Boa Novidade no Pedido de Horários

As escolas quando pedirem os horários já têm de indicar a mancha horária conforme consta na imagem de baixo e da seguinte forma: “Deve indicar a hora de início e fim das horas distribuídas no horário, dividindo entre manhã, tarde e noite

 

 

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Professores vão apresentar recurso no Ministério da Educação por causa do concurso de colocação

Sobre este assunto já tinha dado conta neste artigo de abril que os professores da Vinculação Dinâmica que não entrasse no Concurso Externo iriam ser posicionados na lista de ordenação na Contratação Inicial na mesma prioridade do concurso Externo.

 

Professores vão apresentar recurso no Ministério da Educação por causa do concurso de colocação

 

Centenas de professores sentem-se lesados e prejudicados pelas regras e vão apresentar um recurso em que pedem que os docentes sejam colocados apenas de acordo com a sua graduação profissional.

Centenas de professores vão apresentar recurso ao Ministério da Educação por causa do concurso de colocação de docentes. Dizem que estão a ser prejudicados pela lei que permite que sejam ultrapassados por professores com menos graduação e anos de serviço.

O problema está na chamada ‘Vinculação Dinâmica’. Nem todos os professores reúnem condições para concorrer à vinculação, os que as têm, mas acabam por não conseguir um lugar, entram depois no concurso externo em primeira prioridade, à frente de todos os outros.

“(…)Temos colegas que passaram à nossa frente com graduações muito mais baixas e com muito menos tempo de serviço e isto é visível em todos os grupos de recrutamento”, afirmou a professora Carla Soares.

 

Basta percorrer as listas de ordenação do Concurso Externo de Professores para perceber de que se queixam estes docentes: Por exemplo, uma professora com 16 de graduação entra à frente de uma colega com 49.

Estão centenas ou até milhares de professores nesta situação. Cada um tem a sua história e conhece outras, semelhantes de um amigo ou até, neste caso, de um familiar:

“Ela tem uma graduação muito boa, de quase 33, e tem pessoas de 15 ou 16 a passarem à frente dela. Ela com 25 anos de curso, a trabalhar, tem pessoas com três anos a passar à frente”, contou Luísa Azeredo, também professora.

“Temos muitos colegas que já tiveram que deixar as famílias, fazer muitas cedências, para ficarem bem colocados a nível de graduação e poderem subir nestas listas, para depois chegarem colegas que trabalham, por exemplo, há três anos e ficam à frente”, desabafou também Carla Soares.

“Baixei cerca de 125 lugares. Com esta queda o que pode acontecer é que, por exemplo, em vez de ficar colocado em outubro ou novembro posso ficar só colocado em, por exemplo, em fevereiro ou março. Isto cria danos não só em termos psicológicos (…) como também financeiros”, garantiu ainda Paulo Ribeiro.

 

A vinculação dinâmica foi criada no passado ano letivo numa tentativa de resolver o problema da falta de professores em algumas regiões mas, este ano, nem sequer era obrigatório concorrer a todo o país.

Centenas de professores sentem-se lesados e prejudicados pelas regras e vão apresentar um recurso em que pedem que os docentes sejam colocados apenas de acordo com a sua graduação profissional.

O prazo para as reclamações termina esta sexta feira. A SIC contactou o Ministério da educação, mas não obteve resposta em tempo útil.

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Queixas por agressões a professores duplicam

Mais uma falha do anterior desgoverno…

 

Queixas por agressões a professores duplicam

 

Governo anunciou reforço do quadro legal, isenção de custas e classificação como crime público, mas diploma ainda não foi aprovado.

 

O movimento Missão Escola Pública garante que as agressões a professores estão a aumentar e defende o regresso dos vigilantes aos estabelecimentos. Os dados da GNR apontam para uma subida. Este ano letivo, a Guarda recebeu 32 queixas e identificou 39 pessoas por agressões a professores, quase o dobro das 18 queixas e 18 pessoas identificadas no ano passado.

O maior número de queixas e de pessoas identificadas foi nos distritos de Setúbal, Braga e Faro, de acordo com os dados enviados ao JN pela GNR. A PSP não discrimina as agressões pelo tipo de vítimas, pelo que não enviou resposta ao JN.

“As agressões físicas e verbais estão a aumentar para com professores e também para com assistentes operacionais. Temos recebido um aumento significativo de relatos”, garante Cristina Mota, presidente do Missão Escola Pública. A docente assegura que “as escolas camuflam muitos casos” que tentam resolver internamente sem chamar as autoridades.

Regresso de vigilantes

Um mês depois de tomar posse, o Governo anunciou o agravamento do quadro legal contra agressões a funcionários públicos como professores, funcionários não docentes, guardas prisionais ou profissionais de saúde. As agressões passam, nomeadamente, a ser classificadas como crime público e as vítimas ficam isentas de custas judiciais. Medidas há muito reivindicadas pelo Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) que chegou a entregar uma petição, com mais de oito mil assinaturas no Parlamento a pedir as alterações.

O diploma, no entanto, ainda não foi aprovado. O gabinete do ministro da Educação, Ciência e Inovação assumiu ao JN que “estão a ser trabalhados entre vários ministérios os detalhes da proposta de lei, a qual será oportunamente aprovada em Conselho de Ministros e submetida à Assembleia da República”.

Júlia Azevedo, presidente do SIPE, alerta que essas são mudanças essenciais, pois “o medo de retaliações” e o custo de uma ação judicial inibem a maioria dos professores de fazer queixas. As que chegam às autoridades são “a ponta do icebergue”.

O essencial, insistem as duas docentes, é o reforço da autoridade do professor. “Sem consequências, os agressores, alunos ou familiares, sentem-se impunes”, afirma Júlia Azevedo. “Recebemos relatos de colegas a contar que, no dia a seguir à agressão, os alunos vão em visitas de estudo”, garante Cristina Mota.

O Missão Escola Pública defende o regresso dos vigilantes às escolas como figura dissuasora e o reforço da parceria com a Escola Segura. “Deve haver mais patrulhamento e a polícia deve entrar dentro das escolas”, considera Cristina Mota.

FNE alerta para indisciplina na sala de aula

O inquérito feito pela Federação Nacional de Educação (FNE) aos professores, no final do ano letivo, alerta para uma subida da indisciplina em sala de aula de 10,8% no ano passado, para 16,5% este ano letivo. Quase 40% dos docentes responderam na consulta considerar que os casos de indisciplina estão a aumentar e 15% referiram que está “muito superior”.

Pedro Barreiros garante que à FNE chegam “quase diariamente” reporte de casos por professores, educadores e funcionários não docentes. São situações transversais a todo o país, que acontecem dentro e fora das salas de aula e até nas imediações das escolas.

Para o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, a indisciplina também está a aumentar. “Não sei se ainda são sequelas da pandemia, a própria sociedade parece mais intolerante, mas os alunos estão mais impacientes, irritam-se com muita facilidade”, refere. Filinto Lima concorda com o reforço da segurança nas escolas, pelo regresso dos vigilantes

6821 ocorrências
Registadas pela PSP, no âmbito do programa Escola Segura, no ano letivo 2022/2023 de acordo com o último Relatório Anual de Segurança Interna (RASI). 5380 dessas ocorrências eram de natureza criminal (mais 16,1% em relação ao ano anterior).

2065 ofensas
Entre as ocorrências nas escolas, a PSP registou 2065 ofensas à integridade física, 1313 injúrias e ameaças, 943 furtos, 300 queixas de vandalismo, 157 ofensas sexuais, 178 pessoas identificadas por posse e consumo de droga e 84 por posse e uso de armas. Houve oito ameaças de bomba.

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Nota Informativa da MPD

A aceitação da MPD decorre até às 18:00 do dia 26 de agosto, segunda-feira.

Caso o docente pretenda ficar na escola de colocação em Mobilidade Interna deve não aceitar a colocação em MPD.

Caso tenha ficado colocado na MI e na MPD e pretenda ficar na escola de MPD deve aceitar a colocação, ficando a colocação da MI anulada.

 

 

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A Mobilidade por Doença foi um tiro no pé do Ministro

A nível de concursos, este ministro não começou bem: em pouco tempo têm sido detetados vários erros, ao ponto dos serviços contactarem os professores para resolverem os problemas no algoritmo do sistema.

Este ano, a alteração da calendarização da MpD, que foi executada depois da MI, não sendo um erro de algoritmo é ainda mais grave, porque, de forma consciente ou por ignorância, prejudicará muita gente.

Vejamos um exemplo concreto (entre outros que tenho conhecimento):

– A professora A, de Vila Verde, ficou na Mobilidade Interna (MI), em Amares;
– A professora B, de Amares, na MI, ficou colocada em Guimarães;
– A professora A, na MpD, na semana seguinte, consegue (e bem) mobilizar-se para Vila Verde e liberta a vaga de Amares;
– A professora B, de Amares, ficará em Guimarães e verá professores menos graduados (e se calhar de Guimarães) a ocupar a vaga na primeira Reserva de recrutamento.

Qual a vantagem que o Sr. Ministro vê com esta alteração da calendarização?

Vejamos outra situação concreta:

– O professor C, de Sintra, ficou na MI em Agualva (numa das escolas com maior falta de professores);
– A professora D, de Agualva (opositora a todas as escolas da região), ficou na MI em Oeiras;
– O professor C fica colocado na MpD na escola mais próxima de casa e libertará a vaga de Agualva.
– a professora D não ocupou a vaga da escola mais próxima de casa (e que ela preferia) e, provavelmente, na próxima reserva, o horário libertado não será ocupado por falta de professores interessados.

Conclusão:
vários professores QZP por colocar, que terão de se apresentar na escola do ano passado (alguns do algarve ou das ilhas), quando teriam lugar na MI se as vagas não tivessem sido “ficticiamente” ocupadas;
– vários professores ultrapassados por outros menos graduados na próxima reserva de recrutamento;
– em várias escolas, muitos alunos sem aulas porque aqueles que estariam interessados nesses horários já têm outra colocação.

Estas situações têm sido recorrentes ao longo das reservas, mas não havia nenhuma razão para acrescentar mais este grau de injustiça neste “procedimento” da Mobilidade por Doença, pois não Sr. Ministro?

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