O tempo de serviço congelado dos professores dificilmente começará ser devolvido em setembro, tal como foi acordado com os sindicatos, porque o processo está atrasado, denuncia Cristina Mota.
Próximo ano letivo tem “tudo para começar mal”
O ano letivo 2024/25 tem tudo “para começar mal”. O aviso é do movimento Missão Escola Pública. À Renascença, a porta-voz Cristina Mota diz que, em setembro, vai haver ainda mais alunos sem professores.
Apesar de todos os anúncios feitos pelo Ministério das Educação, “na prática nada foi implementado”, alerta.
“Nós consideramos que o início do próximo ano letivo vai ser caótico e consideramos que iremos ter um maior número de alunos sem professor no início do ano. Lembramos que temos menos professores, porque um grande número se aposentou, e além disso temos cerca de mais 19 mil alunos na nossa escola pública”, afirma Cristina Mota.
A complicar ainda mais as contas, estão os atrasos na divulgação dos resultados dos concursos de professores, sublinha a Missão Escola Pública.
“Temos cerca de 100 mil professores a aguardar o concurso interno e o concurso externo e só após a divulgação das listas de colocação, é que terá lugar o concurso de mobilidade interna e também de contratação. Estes professores que agora estão a aguardar a divulgação das listas, também eles têm filhos, precisam de organizar a sua vida, mas não estão a conseguir, porque não sabem onde vão lecionar em setembro”, diz Cristina Mota.
Segundo a porta-voz do movimento Missão Escola Pública, o tempo de serviço congelado dos professores dificilmente começará ser devolvido em setembro, tal como foi acordado com os sindicatos, porque o processo está atrasado.
“Verificamos também que não foi conhecido o diploma que se refere à recuperação do tempo de serviço, ao contrário do que tem sido anunciado pelo gabinete do senhor ministro, o problema não está resolvido, o diploma não está conhecido e tendo em conta o período de férias dos serviços administrativos das escolas, em setembro vai ser praticamente impossível algum professor ver o tempo de serviço contabilizado, conforme está no acordo”, diz.
A porta-voz do movimento “Missão Escola Pública” lembra que ainda não há nada definido relativamente às ajudas de custo para professores deslocados, nem medidas para combater a falta de docentes.
14 comentários
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Está bonito, está!
Ninguém cala esta Cristina? Ele é cada disparate…..
Que é que ela sabe sobre negociações dos sindicatos? Nada.
Que é que ela sabe de leis? NADA ( não pode sair 1 diploma sem terminarem as negociações).
Vá ler umas coisinhas.
Já Tu MARIA AMÉLIA, sabes tudo.
Vai.
Viva o “sindicato independente” Missão Escola Pública! lol
Só oportunistas… estes auto-intitularam-se “Os Ilustres”…
Motas, Cortêzes, R. Silvas… só “altruístas” da profissão docente!
o que é certo é que no papel de lei nada nada…
e a FNE caladinha que nem um rato
FNE caladinha que nem uma rata.
Querias dizer, deixa o rato.
Qual a parte que os colegas ainda não entenderam: “NÃO HÁ DINHEIRO”!!!
O pouco que há tem outra prioridade: a guerra na Ucrânia. Temos de gastar 2% do PIB em equipamento militar!
Todos os anos caem que nem patos!!
Os pascácios da FNE (e outros Quislings que por aqui andam) deviam ter vergonha na cara. Fazem sempre acordos da treta, seja com a Milú, com o Cratino ou com esta coisa que se diz Ministro da Educação, mas só queria era lidar com as Universidades.
Isto dá-me umas vibes de governo do Santana e aquele fantástico início de ano lectivo.
Infelizmente e digo infelizmente tem tudo para começar mal.
Mas o problema não é de agora, tem décadas…
Concordo plenamente que as listas como disse o Colega Arlindo poderiam ter já saído, nesse ponto penso que todos acordam.
Depois também é verdade que se reformaram muitos, saíram mais, e entraram poucos…
infelizmente não vão ser reposicionados a 1 de setembro, nem o poderiam ser visto que a subida acontece no mês seguinte…. portanto não vejo qualquer “celeuma” nesta situação ….
Agora já nas ajudas de custo ou dedução das mesmas em 100% reembolsáveis do IRS isso sim provoca um mal estar, bem como as diferentes mobilidades ( MI, MPD, DCE, casa+ …..) que chegarão muito atrasadas ou em cima da hora ….
a subida acontece no mês seguinte se nao existir uma exceção à lei, coisa que está prevista neste caso da recuperação de serviço
Até lavar as cestas é vindima. Esperar para ver.
Saia mais um pacotão de medidas… e uns simuladores!
E… uma carta aos professores.
Pode começar tudo bem: professores colocados, alunos com aulas, tudo mais ou menos em ordem, etc etc. Mas se não devolverem, logo em setembro, o TS aos srs drs, então a informação que passará é que o ano começa mal.
Os dados pedidos teriam, que ser colocados e exportados para o IGeFE até 12.07, numa altura em que há vencimentos para fazer, SIOE para fazer, avaliação para apoiar ( porque nunca sabem nada de nada) e, principalmente, férias marcadas para recuperar sanidade mental. Isto, a maioria dos senhores não percebe porque a partir de 01.07, já está tudo de “férias” ( ou quase)
E esquecem-se, ainda, os senhores que, para receberem em setembro ( mês em que haverá milhentas movimentações de docentes, entre escolas com programas informáticos incompatíveis), a requisição de fundos terá de ser enviada até 09.09.2024. E para isso acontecer têm que estar cá fora, cabimentações após introdução de dados na aplicação da PROGRESSÃO NA CARREIRA até meados de agosto.
Por isso, um pouco mais de respeito ( que tanto exigem), compreensão e paciência era necessário. Porque essa pressão toda sobre o assunto, só vai complicar muito mais o processo.
https://guinote.wordpress.com/2024/07/02/logo-a-seguir/