PERMITIR QUE A INJUSTIÇA SE FAÇA

 

Ainda há uns dias uma colega me dizia que considerava correto que, no Concurso Interno, acabassem as prioridades e apenas contasse a graduação profissional (ambos de acordo). Porém, fiquei indignado com o seu sentido de justiça seletivo e hipócrita quando, para a fase de Mobilidade Interna, a colega já se importava que se aplicasse o mesmo critério igualitário, considerando que nessa etapa já deveria haver distinção entre QA e QZP. Aberrante.

Todos aqueles que alegam que este género de intervenções só serve para dividir a classe, são parciais, porque beneficiaram com esta injustiça ou a mesma nunca lhes tocou.
Alegar que os professores QA estão bem, porque têm uma escola e eles não, é hipócrita, até porque, de uma ou de outra forma, agora pertencemos todos a mini QZP. Mais revoltante é haver quem acredite e verbalize que colegas efetivos há muitos anos em escolas a centenas de quilómetros de casa possam estar bem! Declarar que o fizeram, porque quiseram, é outro chavão repleto de hipocrisia. Na altura, muitos fizeram-no, porque, na fase de mobilidade interna, não existiam prioridades. Agora, muitos foram obrigados a fazê-lo.
No fundo, todos sabem que é injusto existirem prioridades que beneficiam uns e prejudicam outros, mas calam-se, porque lhes é benéfico. É como numa sala de aula, os professores dizerem aos alunos que têm melhores resultados escolares, que irão ter pior nota porque estão sentados nos lugares da frente. Que belo conceito de justiça para quem é professor!
É, isso sim, uma forma dos colegas se aproveitarem de uma enorme injustiça fazendo para que ela se perpetue. É um subterfúgio criado na lei para proporcionar que uns possam ficar com os lugares mais próximos da área de residência que, por direito, se destinariam aos colegas mais graduados. Um esquema de fraude mental e moral, que todos sabem ser iníquo, mas com o qual, os beneficiários foram coniventes.
Isto é muito grave e diz muito acerca daquilo em que se transformou esta profissão – um navio a afundar onde, baseado na máxima do «salve-se quem puder», passou a valer tudo.

Por isso é que, com as novas regras de concurso, houve tantos colegas aflitos a não quererem vincular a um agrupamento. Deixavam de poder tirar benefício de uma lei injusta. Intolerante às injustiças (coisa que me revolta), não consigo compreender como ainda há colegas que as aceitam (excluo todos aqueles que, mesmo sendo QZP, tiveram sempre a altivez ética de compreender se tratar de uma medida incorreta).
Nem que um dia os concursos venham a ser apenas por graduação profissional, nunca irá ser feita justiça a tantos milhares de colegas que, durante anos, tiveram de ir lecionar longe de casa, revoltados por assistirem a outros menos graduados a lecionarem perto do seu domicílio ficando com as vagas que deveriam ser suas por direito. Colegas que, não conhecendo outro caminho, sempre defenderam esta injustiça, usando-a como uma forma de ultrapassar outros, com o compadrio de certos sindicatos.
Considerar que professores menos graduados têm o direito de ficar mais próximos de casa, diz muito sobre os baixos valores que atingiram esta classe.

Quanto a todos a quem isto não lhes tocou e consideram que deveria estar calado, porque esta discussão só serve para dividir a classe, apenas lhes digo que, quem cala, consente. Foi com este género de mentalidade que muitos deixaram inocentes serem queimados na fogueira, enviados para campos de concentração e exterminados, espancados na casa do vizinho, enquanto nada faziam ou procuravam tirar proveito disso.
Viver bem com o mal dos outros ou dele tirar benefício inundou este grupo profissional. Se tanto se queixam das injustiças que o MECI nos tem feito, mas ignoram este atropelo, então, eticamente, há que reconhecer que esta classe está doente… especialmente, de valores.
Carlos Santos

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2024/07/permitir-que-a-injustica-se-faca/

47 comentários

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    • António Silva on 28 de Julho de 2024 at 8:57
    • Responder

    Eu sou QE. Mas na MI se quiser ficar na 1.* prioridade sempre posso mudar para QZP, que como diz o autor do artigo, agora é mini. Qual é o problema então? Mudem para QZP!! Compreendo que o QZP esteja na primeira prioridade pois não tem escola. Quem não concorda pode sempre mudar para qzp, agora querer o melhor dos mundos só para nós é egoísmo!!

    1. Não se pode mudar de QA para o QZP a onde pertence esse agrupamento. Só para outro QZP..

      • Prioridades on 28 de Julho de 2024 at 9:12
      • Responder

      Nem precisa mudar para QZP. Se for QA e não tiver pelo menos 8 horas letivas, tb concorre na 1º prioridade.

      • Cruz on 28 de Julho de 2024 at 11:26
      • Responder

      Não tem vergonha do que diz! Leia o regulamento dos concursos , para que possa parar com a diarreia verbal.

    • Luiz Pacheco on 28 de Julho de 2024 at 8:58
    • Responder

    Subscrevo e estou na mesma situação. Acrescento o seguinte: houve gente que vinculou em QA longe de casa e fez o esforço 3 anos quando poderia “mamar” em QZP, para agora ser 1 prioridade no concurso geral: resultado f*deu-se.

    • Concursos on 28 de Julho de 2024 at 9:10
    • Responder

    Esta discussão tem um erro que contamina toda a discussão.

    Não é verdade que QZP e QA concorram em prioridades diferentes.
    QZP e QA com CL menor que 8 horas concorrem na 1ª prioridade.
    QA com CL igual ou superior a 8 horas concorrem na 2ª prioridade.
    O que distingue as duas prioridades não é o tipo de candidato, é terem ou não CL (que o ME considera suficiente)

    E esta diferença é fundamental para a verdadeira discussão que é qual a função dos diferentes concursos, neste caso, qual a função da MI.

    Para o ME a função principal da MI é colocar professores onde estes fazem falta. Com este objetivo faz todo p sentido colcaor primeiro quem não tem cl, ou a cl que o ME considera suficiente, porque está a pagar o ordenado a estes professores e estas professores precisam de ter serviço.

    Para os professores a função principal da MI é permitir a aproximação à residência. Com este objetivo faz sentido a graduação como único critério.

    • Fernanda on 28 de Julho de 2024 at 9:34
    • Responder

    Eu acho que falta analisar um aspeto nesta publicação… Eu nunca concorri para muito longe, eu nunca dormi fora de casa, enfim, eu nunca me candidatei a escolas para as quais eu sabia que não iria. Senti, a certa altura, que preferia deixar de ser professora e arranjar outra profissão (tenho, por essa razão , uma empresa há 22 anos) do que estar a deixar “os meus”.

    Consequências? Vi muitos, muitos colegas entrar em QZP E QA, fiz, durante alguns anos, “apresentações quinzenais” quando não estava colocada, continuei a ir todos os “1 de setembro” ao IEFP para obter o subsídio de desemprego, pus em causa as minhas opções, continuei contratada, cheguei a ser a 9.° contratada do meu grupo… e só vinculei em 2014, com 44 anos(!!!).

    Tenho agora 54 anos e continuo QZP. Concorri agora à MI.

    Se eu concordo com a graduação? Sim, claro. Mas todos devemos seguir as regras dos concursos e aceitar as suas consequências.

    O aspeto que eu acho que faltou analisar foi o das prioridades da MI: sempre foi dada primeira prioridade aos QZP. Se acho justo,? Não! Também aqui devia ser respeitada a graduação.

    Mas, este ano?!?! Este ano já concorremos todos em igualdade (QZP e QA), isto é, obececemox à graduação.

    Agora, na MI, na minha opinião, deve ser dada prioridade aos QZP e, claro, a todos os QA que não têm 8 horas letivas.

    • Ultracongelado on 28 de Julho de 2024 at 9:43
    • Responder

    E foi com a introdução desta prioridade e a possibilidade dos QZP concorrem na mobilidade interna para fora do quadro de provimento, que se agravou significativamente o problema da falta de professores em determinadas regiões do país. É nos QZP com maior falta de professores que abrem as vagas, a seguir, quem lá efetiva em QZP foge na mobilidade interna na primeira prioridade, injustamente à frente de colegas com maior graduação.
    Até concordo que no concurso às vagas do seu quadro de provimento os QZP devem concorrer na primeira prioridade, assim como os colegas QE que ficaram sem componentes letiva, agora porque carga de água devem beneficiar da primeira prioridade para concorrerem para fora da seu QZP?
    Enquanto as mentes sumamente iluminada do Ministério da Educação não vislumbrarem esta evidência, não deixará de haver falta rofessores em determinadas regiões, nem haverá justiça nos concursos.

      • coiso on 29 de Julho de 2024 at 8:20
      • Responder

      Tem toda a razão! Os QZPs deveriam poder concorrer nessa 1ª prioridade no seu QZP, para fora do seu QZP iriam para 2ª prioridade. Acabavam-se muitas injustiças.

        • Maria Guedes on 29 de Julho de 2024 at 11:11
        • Responder

        Concordo!

    • Sophie on 28 de Julho de 2024 at 11:51
    • Responder

    Infelizmente muitos docentes não conhecem a história dos concursos. Há muita gente nos quadros de escola que entrou para eles quando as regras eram substancialmente diferentes. E quando efetivar-se longe de casa tinha ainda a hipótese da mobilidade anual (destacamento). Ao contrário do que alguns dizem aqui os QZP não concorreram sempre em 1ª prioridade na mobilidade interna, concorriam em segunda na antiga mobilidade em que os QE concorriam ao “destacamento” e os QZP à “afetação” a uma escola do QZP a que pertenciam e mais nada!
    A pergunta que devia também colocar-se é porque existem DOIS tipos de quadros na classe docente. É igual no resto da função pública? Os QZP foram criados ainda no tempo do Cavaco Silva como ministro. Eram uma colocação temporária, quem lá estava continuava obrigado a concorrer ao quadro de escola e só entrava para QZP quem já tivesse 4 anos de serviço completos. Depois nos governos de António Guterres começou a mudança com a abertura de muitas vagas para QZP, mais que as QE. Mas quem já era QE não podia concorrer a elas! Entrou muita gente que depois na fase da afetação não tinha escola no seu QZP. Vem o governo de David Justino e começa a dar a prioridade aos QZP na mobilidade mas ainda assim só para a sua zona, não para o país todo. Isto foi há 20 anos. Nesse ano também se possibilitou a mobilidade por doença e choveram “atestados” já que foi a safa de alguns (QE e QZP) conseguirem ficar perto de casa. Começou aí o calvário para muitos QE que também durante uns anos continuaram a não poder concorrer para QZP e não conseguiram colocação na mobilidade. Houve um grupo de docentes desterrados que se formou e conseguiu levar o problema à AR com uma petição para que se respeitasse a graduação em todas as fases do concurso e durante um ou dois concursos foi a graduação que prevaleceu. Mas veio o Crato e aumentou-se o tamanho dos QZP para poderem acolher os docentes do concurso externo extraordinário e chegou-se ao contrasenso de abrirem vagas em QZP para os docentes desse concurso, que não existiam para docentes dos quadros! Deu-se a prioridade de novo aos QZP na mobilidade e chamou-se-lhes horário zero! O que sempre achei ridículo, já que são professores a quem ainda não foi atribuído horário e não professores que tinham horário e deixaram de o ter. Tiveram ainda a vantagem de poder concorrer para onde quisessem e para horários incompletos, coisa que um QE na mobilidade não pode fazer. Eu cheguei a estar em escolas onde eu como QE tinha o horário completo e até horas extraordinárias e o colega QZP ao meu lado podia passar o ano com um horário incompleto, com as horas letivas que sobravam ocupadas por aulas de substituição, por exemplo, sem qualquer penalização de tempo de serviço ou de salário. Porquê?
    Por isso o que sempre questiono foi a valorização que o QZP foi ganhando face ao QE. E isto aconteceu com a complacência dos sindicatos, que nunca assumiram a defesa do quadro de escola face ao quadro de zona. Eu sei que talvez quadro de zona seja mais fácil para fazer entrar pessoal nos quadros, mas para mim é uma colocação mais precária… e nas escolas não são colegas QZP que estão nos conselhos pedagógicos ou conselhos gerais! Portanto quem tem o melhor dos dois mundos são esses colegas e não os de QE!

      • Ultracongelado on 28 de Julho de 2024 at 12:02
      • Responder

      Infelizmente para todos, neste momento a condição de QZP não é nem mais nem menos precária do que a de um QE, uma vez que um QE a quem não é possível atribuir 8 horas está na mesma obrigado a concorrer a todas as escolas do QZP a que pertence a sua escola.

      • Toni on 28 de Julho de 2024 at 15:40
      • Responder

      Concordo plenamente com o seu texto.
      Totalmente verdadeiro , eu tenho horario completo e um QZp na MI aparece e tem 13h é isto , mais caricato é que nem Dts sao.
      Lex sed lex para ALGUNS.
      A graduação só conta às vezes …..
      Em nenhum local da FP ACONTECE ISTO

    1. Os sindicatos estiveram todos caladinhos, pois os associados (e os próprios dirigentes de sindicatos) eram maioritariamente QZP. Agora entraram muitos e muitos QZP em QA. Quer apostar que os Sindicatos daqui a um tempo já não se importam que regressem as Prioridades?

      • Maria Guedes on 29 de Julho de 2024 at 11:14
      • Responder

      Concordo!

    • Gardner on 28 de Julho de 2024 at 12:11
    • Responder

    Equidade, eus a palavra. A questão é que ou estão todos graduados com a mesma prioridade ou não. Assim seno, os QA também deveriam ter prioridade na colocação na primeira fase do concurso! Justiça seletiva.

    • Mainada on 28 de Julho de 2024 at 12:13
    • Responder

    Ora bem… Professores e escolas sempre dançaram ao ritmo da orquestra, nem mais, nem menos. Estas queixinhas já chateiam. Os professores que se mantiveram durante tanto tempo como 15 anos numa dada escola em QZP vão agora parar a outro lado qualquer, a uma escola que não os quer nem precisa particularmente deles, enquanto a sua anterior escola de tanto tempo vê a estabilidade dos seus quadros absolutamente afetada. É tudo muito giro, mas é pena que não se consiga ver os dois lados da moeda.

      • Mainada on 28 de Julho de 2024 at 12:36
      • Responder

      Permitam-me concluir, porque me esqueci de um aspeto importante. Retomemos o caso da tal escola “hipotética” dos 15 anos (que não são dois ou três) “hipotéticos”. Pode ainda ter sucedido que a DGAE tenha atribuído 0 vagas a grupos disciplinares para os quais tinham sido propostas n vagas. Em resultado dessa estranha descoordenação, os professores que há tantos anos lá lecionavam viram-se impossibilitados (tanto mais que nem sequer “hipoteticamente” ninguém concorreu para sair) de, através da graduação, poderem manter os seus lugares. Em vez disso, podem ter ficado na segunda escola, uma escola estranha, devido a uma decisão absolutamente nada pedagógica e totalmente administrativa. Tudo muito giro, mas é preciso examinar todo o tipo de aspetos, não permitindo que uns ganhem preponderância momentânea sobre outros. Isso, sim, seria justiça. De outro modo, é uma coisa (com defeitos).

        • A.silva on 28 de Julho de 2024 at 15:31
        • Responder

        Já chateia essa conversa. Pareces a alma gémea do que se queixa no chat que esteve 15 anos, enquanto QZP, a dar, isso sim muito importante: cursos EFA, e que agora, “coitadito” ficou, vejam lá, colocado em QA, na sua segunda escolha, por sinal ao pé de casa.

        Choras de barriga cheia.

        Há injustiças? Há! Mas… Que se queixe quem tiver mesmo razões para se queixar.

        PS: só espero (e aí estou a ser sincero) que não troques cursos EFA por umas turminhas de CEF ou PIEF!

          • Mainada on 28 de Julho de 2024 at 17:07

          Chateia porquê? Para começar, não estou há 15 anos a dar cursos EFA, isso é que era. Eu já dei basicamente de tudo (confesso que CEF não, mas apanhei muitíssima gente que, infelizmente, vinha dos CEF e com cabeça de CEF se mantinha). De resto, não sei mesmo porque é que chateia. Tenho um percurso. Conquistei-o. Não me caiu do céu aos trambolhões. Que é que me interessa estar ao pé de casa, como se s distância fosse tudo o que nos interessa de tudo o que pode interessar? Disse alguma mentira? Não. O que chateia é a brigada da censura, uma especialidade docente à qual julgava que tinha escapado. Mas não deve ser possível, só com a reforma e adeus para sempre que a comunidade escolar/educativa só deixa saudades a loucos sem vida. Não preciso que compreendas, só que te metas na tua vida. Desvalorizar os problemas alheios é a pior forma de fazer queixinhas veladamente.

    • Maria Guedes on 28 de Julho de 2024 at 12:57
    • Responder

    A Maria de Lurdes Rodrigues atingiu os seus objetivos! Dividir para reinar : remendar, remendar e remendar …

    Declaração: Sou de Esquerda e não me revejo no trabalho que a Esquerda fez ao longo dos anos no ME: destruiu a carreira ??????docente.

    Vi colegas com 22 anos deixarem a carreira????? (com boas médias e profissionalizados)porque não arranjavam escolas, só contratos precários, mas precários mesmo: (sic)havia excesso de docentes, hoje devem ter de 47 anos (1998/99) e a emigrar.
    Reflitam!

    • Pedro Ferreira on 28 de Julho de 2024 at 14:58
    • Responder

    A classe está moribunda….há problemas bem mais graves dos que anunciou …..11 sindicatos ( penso serem este número), como é que é possivel!!! Por falar em justiça, gostaria de um artigo /estudo sobre os docentes da CGAe SS….

      • maíta on 28 de Julho de 2024 at 19:22
      • Responder

      Então tu não vês que há 11 sindicatos e se há tantos é para mamar sem estar a dar aulas?
      Há sindicatos que têm 20 sócios e têm 5 mamões professores a tempo inteiro sem dar aulas!!
      O crime continua.

    • Padre on 28 de Julho de 2024 at 15:31
    • Responder

    Porquê a proridade 1 aos QZP ?
    PORQUÊ?
    Afinal todos sabemos que milhares de docentes de QZP nunca por nunca pretenderam ficar QA.porque são 1 prioridade , os QA estao colocados muito mais longe do que os QZP ….
    E TUDO QUE ESCREVEREM SAO TRETAS.
    UM QA EM VIL REAL PERDE A PRIORIDADE NA MI PARA UM QZP , LOGO FICAM ETERNAMENTE QZPS e pertinho pertinho de casa.
    DEIXEM SE DE MENTIRAS.

    • Mat_500 on 28 de Julho de 2024 at 15:34
    • Responder

    Boa tarde! Tal como na CI também na MI deveria ser pela graduação. Pois o QE tb libertaria a sua vaga para o QZP.

      • Ultracongelado on 28 de Julho de 2024 at 16:13
      • Responder

      Seria a forma mais justa. Uma só lista, a mesma graduação em todas as fases do concurso. Uma lista que para os professores do quadro começa no número um e termina no três mil, por exemplo. Assim, mais perto ou mais longe, cada “macaquinho” estaria colocado no seu respetivo “ramo” e seria a forma de fazermos todos as pazes com os concursos.

  1. Dois anos com uma colocação a 215km de casa…familia numerosa…2 rendas …Sou QA…A MI permitiria uma aproximação à residência … a graduação é o critério mais do que justo…é impensável ver miúdos com pouco tempo de serviço que são Qzps passarem à frente de quem tem mais graduação, mais experiência e só por serem QA concorrem numa prioridade abaixo. Será que já não temos direito a mudar para perto dos nossos e melhorar a nossa estabilidade emocional.

    • Arlindo on 28 de Julho de 2024 at 17:19
    • Responder

    Só é QA quem quer, ninguém concorreu por eles, as regras são claras e estão bem como estão. Concorram apenas a QA se efetivamente querem lá ficar. Senão aguardem como QZP. Eu fui durante 22 anos contratado, sou QZP desde 2018, podia ter ficado em QA este ano, mas não na escola que me interessa, por isso sou QZP. Nunca estão bem com o que têm, se concorreram a QA foi porque queriam aquela escola. Muitos concorreram para dezenas, senão centenas de escola e agora estão tipo Madalenas arrependidas, cuidem-se. É exatamente como quem escreveu este artigo, se não gosta da sua escola, não concorria, Simples.

      • Mainada on 28 de Julho de 2024 at 17:27
      • Responder

      Só é QA quem quer? Em que planeta andou durante os concursos deste ano? Todos os QZP foram obrigados a concorrer a todos os QA da sua zona pedagógica. Como é que “aguardem como QZP”? Se concorreram a QA foi “porque queriam aquela escola”? O quê? Não, se ficaram QA foi porque foram completamente obrigados a isso.

      • coiso on 29 de Julho de 2024 at 8:37
      • Responder

      Errado. No último Concurso Interno quem era QZP foi obrigado a concorrer para todos os QE da sua zona pedagógica.

    • Ultracongelado on 28 de Julho de 2024 at 18:03
    • Responder

    Com as atuais regras, mais ano menos ano e todos que atualmente estão em QZP estarão em QA / QE, uma vez que concorrem obrigatoriamente a todas as escolas do seu QZP. Aí, se calhar, quem vai fazer queixinhas és tu. Até lá continua a dormir.

  2. Devido às grandes confusões que houve, tendo sido colocados docentes em QA/QE em escolas onde não há horários para lhes atribuir, seria justíssimo que todos os docentes (QA/QE e QZP) concorressem na 1º prioridade e o que prevalecia seria a graduação. Note-se que todos os professores QZP foram obrigados a concorrer a todas as escolas do QZP que que lhes foi ” impingido”!
    Esta solução será, sem dúvida, a mais JUSTA!!!!

    • País de Bem? on 28 de Julho de 2024 at 22:08
    • Responder

    Com base no que disse a Sophie: no proncípio era o verbo. Ou seja, não existiam QZPs e todos concorriam aos QE do país todo, não é um país assim tão grande! Não havia zonas carenciadas de professores. Pela graduação tudo se ia aproximando e compondo. A partir do momento em que, há decadas justinas, se criaram os QZP com o único intuito de precarizar a profissão e transformar os professores em peões para trocar a qualquer hora, os QEs passaram a deixar de poder pedir destacamento e graças a isso andei mais de 15 anos a ir para o meu QE, a fazer 150 km por dia, a gastar pneus, gasolina e a contribuir para o aquecimento global. Dei cabo da cervical, não assisti a família como deve ser e quem me compensa por isso? Os ministros responsáveis? Porque me mudaram as rdgras a meio do jogo?

  3. Caro Arlindo… não deve ter estado a morar neste planeta… ou fala do que não sabe ou, de má fé, tenta induzir em erro os outros. Informe-se antes de opinar.

  4. É lógico e justo que quem tenha horário zero concorra na MI na primeira prioridade. Concorrer na MI pela lista de graduação tem um nome chama-se Concurso Interno.
    Apesar do que advogam os QA/QE que querem igualdade na MI na verdade não querem, querem concorrer na primeira prioridade mas não querem concorrer ao QZP inteiro, só querem concorrer äs escolas perto de casa. Os QZP são obrigados a ir a concurso de MI e são obrigados a concorrer ao QZP inteiro, os QA não.
    Ninguém ė obrigado a permanecer em QA, se acham vantajoso ser QZP podem sempre concorrer para mudar de QA para QZP, não o fazem porque não querem ser obrigados a concorrer ao QZP inteiro.

      • Mainada on 28 de Julho de 2024 at 23:41
      • Responder

      Não é universalmente assim. Como novo QA a estragar-me os projetos de fim de carreira, reconheço, ainda assim, que é justo concorrer na 2 prioridade. E muito contra mim falo, mas tem que ser.

      1. O caro Mainada. deve ter seguramente mais anos do que eu na carreira, e eu já conto com 30.
        Pela minha experiência, destes anos todos, nunca vi um QA a querer mudar para QZP, nunca.
        É claro que ao longo dos anos, as regras dos concursos mudam, mas se não me falha a memória, ainda há bem pouco tempo, era permitido aos QA mudarem para o QZP que bem entendessem.
        Não o fizeram, porque os QZPs eram grandes e não queriam ser obrigados a concorrer a um QZP inteiro.
        No caso da MI, no meu caso pessoal também me dava jeito concorrer na primeira prioridade para algumas escolas perto de minha casa, visto que somente este ano fiquei a ser QA.

    1. Não dá para trocar para o QZP onde se situa o QA……..

    • Paralelo 11 on 29 de Julho de 2024 at 11:33
    • Responder

    Paralelo11.

  5. Concordo plenamente com tudo o que refere.
    Deveria ser graduação profissional em todas as fases do concurso!!

    • Umbigueiros on 29 de Julho de 2024 at 23:10
    • Responder

    A solução é tão fácil. No próximo concurso concorrem para trocar para um QZP ao lado do vosso. Se conseguirem já concorrem na primeira prioridade. O problema é que muitos querem ser QA mas querem a escola ao lado de casa e não cabem lá todos. Mas que grande azar…

      • Mainada on 30 de Julho de 2024 at 9:44
      • Responder

      Só fel. Espero sinceramente que os comentários mais imbecis que por aqui surgem não sejam de professores.

    • Carol on 30 de Julho de 2024 at 15:18
    • Responder

    Caros colegas. Sou docente há 34 anos. Os primeiros 11, como contratada (sem direito a subsidio de desemprego entre colocações nem tão pouco com indices remuneratórios como agora existem), uma passagem de um ano pela ilha da Madeira, cumprido integralmente (para onde levei os dois filhos pequeninos e o marido) e sete anos como QZP. No decorrer deste sétimo ano, o governo promulgou a lei da recondução. Com receio, e porque os sindicatos alarmaram tanto, dizendo ser” agora ou nunca”, concorri a todo o meu QZP, ao qual, era OBRIGADA a concorrer, e no final, coloquei ainda algumas preferências de outros QZP. Azar dos azares, entrei na última preferência onde já estou há 15 anos e onde tenho estado a prestar serviço efetivo. A minha indignação é não poder concorrer na MI em 1a prioridade, pois apesar de ter horario completo, acho que , já que o concurso geral foi por graduação, agora podia aplicar-se o mesmo princípio, pois a minha vaga seria libertada para outro docente e eu poderia aproximar-me para mais perto. Assim, terei que continuar a fazer cerca de 200km / dia.

      • O Euromilhões on 30 de Julho de 2024 at 18:47
      • Responder

      Ponha o ministério da educação e o ministro que lhe fez isso em tribunal.
      Os mais velhos continuam presos em quadros de escola longe da residência.
      Os colegas contratados e QZPs neste concurso ficaram ao lado da escola que pretendiam. Saiu lhes o Euromilhões.

    1. Acho isso tudo muito estranho. Algo não bate certo. Se entraram muitos contratados para QE como é possível situações como a sua? Terá concorrido bem? Concorreu para ser QZP num QZP que fosse melhor para si?

        • Carol on 31 de Julho de 2024 at 13:34
        • Responder

        Sim, concorri bem. Como sou QA/QE, só posso concorrer para outro QA/QE do QZP onde obtive colocação quando entrei em QA. Isso não me interessa porque iria afastar-me ainda mais da minha área de residência.

    • Carol on 30 de Julho de 2024 at 19:48
    • Responder

    Daí a urgência da MI ser também por graduação profissional e não por ter ou não horário completo, pois no caso de docentes que, como eu, se encontram em QA há 15 anos por não quererem correr o risco de ser reconduzidos para outras funções, o que na verdade nunca veio a verificar-se, as nossas vagas seriam libertadas para docentes com menos graduação profissional e que, com muita mágoa, vejo ficarem bem pertinho de casa. Feitas as contas no final do mês, valia mais ser contratada.

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