O conjunto de princípios e compromissos do Reform UK é clara e está afixada por toda a escola para todos verem:
– interrupção imediata de toda a imigração legal;
– retorno de todos os imigrantes ilegais a território francês por via marítima, ergo nos mesmos barcos usados para chegar a território britânico;
– introdução de um imposto migratório onde o empregador é obrigado a pagar uma taxa extra por cada trabalhador estrangeiro contratado;
– levar o Reino Unido a abandonar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos de modo a acabar com a imigração legal e reduzir substancialmente a imigração legal;
– introdução de um sistema migratório de trocas directas onde a entrada de um imigrante está dependente da emigração de um britânico;
– não permissão de entrada de alunos estrangeiros nas universidades britânicas;
– acabar com os apoios sociais para não britânicos;
– redução para metade do orçamento de ajuda externa.
E a lista continua entre o fim das listas de espera para cirurgias, redução de impostos para compra de habitação própria, benefícios fiscais para trabalhadores de saúde e nada disto importa pois os alunos, peremptórios, já arrancaram todos os cartazes do Reform UK das paredes desta escola.
E se esta foi uma eleição “a brincar” e no mesmo dia das verdadeiras legislativas, ninguém brinca com as vidas destas crianças, as suas origens e o quanto custou para aqui chegar, a uma cidade onde 41% dos alunos têm o inglês como segunda língua, uma subida de 8% no espaço de dez anos.
E de pouco vale aos professores explicar a sua atitude pouco democrática quando a democracia é ela própria promotora de descriminação e os alunos de dedos apontados a acusar o Reform UK de ser um partido racista.
E de nada vale explicar como na sua carta de princípios não está inscrita a promoção do racismo, sendo ao mesmo tempo verdade a presença de indivíduos claramente racistas nas suas fileiras e contra os quais o partido procura lutar até porque os cartazes já estão feitos em mil pedacinhos e ninguém se atreve a imprimir nem mais um cartaz sequer.
Restam os cartazes dos demais partidos entre Trabalhistas, Conservadores, Liberais Democratas e Verdes e a urna de voto à espera no refeitório convertido em assembleia de voto ao longo do dia 4 de Julho de 2024.
E se o resultado das legislativas britânicas foi conhecido nessa noite com a vitória dos Trabalhistas, na escola foi preciso esperar pelo dia seguinte para conhecer o vencedor mais a maioria absoluta dos Verdes nesta escola e a mensagem clara de uma juventude ciente do legado a si deixado e o futuro em tudo incerto.
E no entanto a esperança, e no entanto a consciência em nome de um partido defensor das energias renováveis, o fim dos combustíveis fósseis e da energia nuclear, a promoção dos transportes públicos e das ciclovias, a construção de mais habitação social, a semana de trabalho de 4 dias, mais impostos para os mais ricos, o aumento do salário mínimo, entre tantas outras medidas em tudo distantes do ódio e da expiação.
Os Verdes não venceram apenas nesta escola mas nas escolas em redor e o seu voto é o reflexo da escola, dos professores, da educação e a esperança, no fim a esperança.
12 comentários
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E o que é que eu tenho a ver com isso?
Ah, sim, as crianças – para eu chorar.
Já agora, as crianças roubadas aos pais pelos russos?
E as que foram mortas no Vietenam, na Libia, no Iraque, no Afeganistão e, hoje na Palestina. Temos 2 olhos para olharmos para os dois lados!
Alimentar guerras para matar mais cianças em nome de velhos bolsos?!
Nada disto está certo.
“Temos 2 olhos para olharmos para os dois lados!”
Outro camaleão que atira crianças!
Colocar como variável a Palestina sem referir o Hamas é desonesto! O culpado, neste caso, são os terroristas que se fazem barricar, covardemente, entre os civis que os apoiam e veneram.
Quem concorda que o mal deve prevalecer que vá para lá e não volte…
O governo de Israel é tão terrorista como o Hamas.
A formação do grupo terrorista do Hamas, no inicio, teve apoio de Israel de forma a enfraquecer a Fatah.
Link: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0vyv1pjly1o
Curiosamente cá em Portugal, enquanto estão na escolaridade obrigatória, poderia acontecer algo parecido. Os jovens “defendem” esses valores.
O que parece, de acordo com os estudos efetuados após as últimas legislativas, é que eles (os jovens) quando atingem os 18 anos e já podem votar, já votam em partidos ditos “racistas”.
O ar fora das escolas faz mal às cabecinhas dos meninos.
Quais partidos racistas? Em Portugal não conheço nenhum…
Onde está a petição para pôr fim a este modelo de gestão escolar?
Hoje numa escola portuguesa, ou espanhola, ou francesa, se perguntarmos aos alunos o que querem ser no futuro, nenhum dirá que quer ser médico, ou professor, ou economista, ou filósofo, ou bombeiro, ou policia. Querem ser empresários, futebolistas, solicitadores (*), youtubers, tiktokers, influencers…
*raros, mas fazem falta aos empresários insolventes na hora de mudar os bens para um membro da família do qual se divorciaram propositadamente.
E agora é melhor ir ali para um canto chorar de comoção por ter lido este texto literário tocante e embalador!
Com pés de lã se doura a pílula quando dá jeito: todos sabemos que no tempo em que estudávamos eramos progressistas e solidários (a maior parte), hoje quase só vemos extremistas, ignorantes vaidosos, miúdos racistas e ultracompetitivos do estilo dos vídeojogos (alimentem-nos com kahoots e quizz easis! ).
Negar realidades em nome de que caixa registadora?
Ai q’eu sou tão Verde!
Adoro dólares. São verdes, para quem não saiba.
Que mistela é esta? Cruzamento de verdismo com neoliberalismo = ver(borreia)beralismo, verdelismo, liberaverde (fígado estragado, diarreia)?
E que tal verem apelos à Jihad em Londres? E um pouco pela Europa, com radicais islâmicos e outros, muitos que nem são refugiados de guerra, radicalizados e cujo objetivo é o domínio da sua cultura sobre os que os acolheram e financiam…
Tal como a Opus Dei…