Maus resultados nos testes nacionais relançaram a discussão. Em torno da quebra de desempenhos, mas também sobre uma possível desvalorização por parte dos alunos em relação a provas que não contam para nota e que se realizam a meio do ciclo de ensino. PSD defende alterações, mas não o regresso dos exames nacionais
Quando apenas 30% dos alunos do 2º ano conseguiram ter um desempenho “dentro do esperado” nas questões relativas a números e operações matemáticas e não mais do que 6% dos estudantes do 5.º ano resolveram com sucesso questões relativas à geografia da Península Ibérica, o problema está nos estudantes, nas provas, ou em ambos?
Os resultados das provas de aferição realizadas no ano passado foram divulgados este mês pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) e revelaram um “desempenho inferior na maioria dos domínios avaliados, em comparação com os resultados obtidos em 2022 ou do ano comparável”, admite o serviço responsável pela organização dos testes nacionais.
Aproveito para questionar os leitores do Blog se concordam com a existência de provas de aferição no Ensino Básico.
E para aqueles que respondem que as mesmas devem existir, em que anos devem ser aferidos os resultados do alunos?
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Falou muito de economia, energia, pensões, do PSD, dos pensionistas, da maldade que o PS fez no caso das ex-scuts, comboios de alta velocidade… Não falou dos Professores, dos Policias, dos Enfermeiros, mas tentou assustar os funcionários públicos com o “bicho”
Também não explicou qual será o modelo económico do país para todas as medidas, avulsas, que anunciou.
Ao entardecer, a noite que os esperava atrás da colina, ainda deixa entrar na sala de professores os últimos raios que vão partindo em fuga pelo soalho gasto em direção à janela.
O silêncio é interrompido por palavras inconfessáveisque, em lugar de saírem da boca, abandonam o coração rompendo aquela quietude nervosa.
Quando nos reformarmos, deixaremos aqui muitos amigos – lembrou Manuel.
Quando formos, já só restará pouca vida para viver – lamentou Ana.
Jamais irei esquecer tantos momentos bons. Iremos para a reforma e seremos lembrados – esperançou Maria.
Iremos para a aposentação e, logo, nos esquecerão – desfez José.
Quando formos jubilados faremos muita falta – afiançou Dolores.
Não, ao nos reformarmos, só então nos daremos conta de que, afinal, durante todos estes anos, aos olhos daquelas pessoas, não fomos mais do que um simples número – chorou Alice, desalentada.
Nesse dia, seremos a alegria de tantos que há tanto esperam pela vaga que iremos deixar aberta – lembrou Maria.
Será a vez deles que, infelizmente, terão uma vida ainda mais difícil do que a nossa – recordou Teresa.
De entre tanta gente envelhecida, alguém que aparenta ter dado menos voltas ao sol, dirige-lhes um olhar furtivo e é logo interpelado por Isabel, cujo rosto lavrado pela vida e o cabelo orgulhosamente riscado de branco não esconde os seus 66 anos, 44 dedicados a ensinar. – É uma questão de tempo. – Sorriu. – Muito em breve sereis vós quem estará no nosso lugar. É tão inevitável como o dia ceder o lugar à noite. Nas escolas, já quase ninguém é novo e todos partilhamos falsas esperanças, vontades cansadas, sonhos mortos e ilusões desfeitas.
Quando me despedir da escola – retomou Teresa –, esvaziarei o meu cacifo e, na minha caixa, levarei comigo arrependimentos, alegrias, fadiga, lembranças, deceção, saudade e toda um fardel de emoções com as quais não irei saber lidar. Irei ter tempo de sobra para lamber as feridas, para acreditar ter sido importante na vida de alguém que passou pela minha sala de aula, mas, sobretudo, para recuperar muito do tempo que me foi roubado para poder pensar em mim.
(transcorreu um silêncio impenetrável)
Quando atravessar aquele portão pela última vez, não quero ser lembrado, nem homenageado; só quero ter a certeza de que, tudo o que fiz, foi o melhor que pude e de que, tudo o que dei, terá valido a pena – pensaram todos, mas nenhum teve a coragem de o dizer.
PSP lança na segunda-feira operação nacional que visa sensibilizar para a prevenção da delinquência juvenil. Armas brancas foram as mais apreendidas.
Os polícias do programa Escola Segura registaram, no último ano letivo, 35 ocorrências relacionadas com posse e uso de armas por jovens, sendo que as armas brancas foram as mais apreendidas pela força de segurança. A Polícia de Segurança Pública (PSP) inicia na próxima segunda-feira e até ao dia 2 de fevereiro uma operação nacional contra a violência junto dos estabelecimentos de ensino público, privado e cooperativo, dirigida aos alunos do 3.º ciclo do Ensino Básico e do Secundário.