Maus resultados nos testes nacionais relançaram a discussão. Em torno da quebra de desempenhos, mas também sobre uma possível desvalorização por parte dos alunos em relação a provas que não contam para nota e que se realizam a meio do ciclo de ensino. PSD defende alterações, mas não o regresso dos exames nacionais
Quando apenas 30% dos alunos do 2º ano conseguiram ter um desempenho “dentro do esperado” nas questões relativas a números e operações matemáticas e não mais do que 6% dos estudantes do 5.º ano resolveram com sucesso questões relativas à geografia da Península Ibérica, o problema está nos estudantes, nas provas, ou em ambos?
Os resultados das provas de aferição realizadas no ano passado foram divulgados este mês pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) e revelaram um “desempenho inferior na maioria dos domínios avaliados, em comparação com os resultados obtidos em 2022 ou do ano comparável”, admite o serviço responsável pela organização dos testes nacionais.
Aproveito para questionar os leitores do Blog se concordam com a existência de provas de aferição no Ensino Básico.
E para aqueles que respondem que as mesmas devem existir, em que anos devem ser aferidos os resultados do alunos?
7 comentários
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Pode haver provas de aferição, desde que tenham algum impacto na avaliação dos alunos. Não tendo, começam por ser os próprios professores a desvalorizar as provas.
As provas de aferição devem ser feitas em final de ciclo e com impacto direto na avaliação dos alunos.
Exemplo: no caso do 2.º Ciclo, em ano de prova de aferição de Português, a prova deve ser feita no final do sexto ano. Os alunos seriam avaliados a partir de uma média obtida no 5.º e 6.º anos, juntamente com a prova, a valer 15% da nota final.
Não faz sentido haver provas de aferição no 1.º Ciclo.
Quanto ao digital, é perfeitamente possível os alunos realizarem exercícios de compreensão do oral, bem como um exercício de Leitura, mas a Educação Literária, a Gramática e a Escrita tem de ser em papel. No exercício de Escrita, os alunos fariam um rascunho e teriam vinte minutos para transcrever o texto num Docs, por exemplo. Diretamente no computador, não!
Cumprimentos a todos!
Provas de aferição? Os professores, ao longo dos anos, não conseguem aferir sem as provas?
Se é para ter peso na avaliação serão provas finais!
A escolha pelo digital é contrária a prática cotidiana na sala de aula! Não faz sentido, exceto em TIC.
Não faz sentido em TIC porque o sistema não funciona.
Foram muitos os que não acabaram a prova porque os computadores ou a ligação à Internet falhou.
Não concordo com as provas de aferição, mas sim com a existência de exames finais de ciclo. O facto dos alunos saberem que as provas de aferição não implicam nada na sua avaliação faz com que eles a façam sem qualquer empenho. Quanto ao formato digital, atendendo, a que a internet das escolas é demasiado lenta, considero, totalmente, inapropriado o seu formato, com exceção da prova de TIC.
As provas de aferição existem para aferir o trabalho dos professores. Com tantos instrumentos ao serviço dos professores, para que são precisas provas de aferição? A não ser que :
_ Sirvam para testar que os professores saem mal formados das universidades .
_ Para gerar um clima estúpido de competitividade e de mal estar nas escolas.
No entretanto, os E.E.ou alguns deles, que da “poda” nada percebem, batem palmas.Ah, e a carneirada segue direita e de cabeça baixa.
BACK TO BASICS! Exames a sério. Ensino licealizado, ensino técnico e ensino especial em escolas separadas, para que cada uma tenha o seu ethos e os alunos tenham mais amor próprio, que fica seriamente afectado no percurso escolar “comum”, que tenta igualar, a martelo, o que não é igual. Todos diferentes, todos iguais. Dignidade para todos.Eu também nunca passarei de um humilde professor e não me ponho em bicos de pés para me imaginar neurocirurgião, lutar de MMA, cirurgião dentista, electricista, piloto de caças, “chef” de cozinha e mil e uma coisas que não tenho talento nem inteligência para ser.