… que dificilmente a Assembleia da República solucionará a recuperação do restante tempo de serviço docente.
Rejeitada a contabilização integral de todo o tempo de serviço congelado
As propostas do PCP, Bloco e PEV para a contabilização integral de todo o tempo de serviço das carreiras e corpos especiais para efeitos de progressão na carreira, assim como para a reposição, criação e valorização das carreiras na administração pública foram chumbadas pelo PS com a ajuda do CDS, do PSD e da Iniciativa Liberal. Umas vezes estes partidos abstiveram-se, noutras votaram ao lado dos socialistas.
O Chega, por seu lado, absteve-se na questão da contabilização integral do tempo de serviço das carreiras especiais – que inclui professores e educadores, militares, profissionais das forças e serviços de segurança, da justiça, da saúde, entre outros – na proposta do PCP, mas votou a favor da mesma proposta do PEV, mas votou ao lado dos comunistas na questão da valorização das carreiras.
De um total de 9 anos, 4 meses e 2 dias, estes funcionários públicos só foram ressarcidos em relação a 2 anos, 9 meses e 18 dias.
O Chega também viu chumbada a sua proposta para o descongelamento das carreiras de todas as forças de segurança e a sua proposta para que o resto do tempo congelado nas carreiras fosse pago à razão de 25% ao ano nos próximos quatro anos.
2 comentários
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Como diria o falecido Prof. Rosado Fernandes o que muda são as moscas.
Disse!
Eu estou à espera de uma resposta da Provedoria da Justiça a uma simples dúvida que tenho e me indigna ao mesmo tempo: que é a existência de “CARREIRAS” e o que está na sua génese conceptual.
Afinal o que são “carreiras” e qual a justificação para a existência das mesmas?
No diploma do ECD não há uma única fundamentação (nem no seu 1º artigo) para a sua criação.
Vivemos numa sociedade republicana e compreendo que o Estado entenda ser necessária a criação de uma listagem de profissões onde haja hierarquias – Talvez aqui eu concorde com a existência de “carreiras”
Mas na nossa profissão, não há hierarquias! – Há escalões e indíces de vencimento!
A esta hora poderão estar a pensar que sou uma espécie de funcionário que passa recibos verdes ao ME….
Mas não ….
Sou docente, como todos os meus colegas contratados.
Que por acaso passa a maior parte do seu tempo lectivo a dar formação numa oficina de metalomecânica coberta de fumo, cinzas e limalhas.
Tenho vinta anos de trabalho no ME, profissionalizei-me no grupo 530, desconto para a SS, ADSE e pago IRS como é suposto todos pagarem.
Só que por alguma razão não passo de um mero técnico especializado,
Aparentemente o ECD até consagra a minha figura profissional.
Só que não é bem assim….
Vencimento : Os vinte anos de serviço que tenho não contam para progredir
Na prática tenho 20 anos congelados!
Vagas a concurso: Não há; não existe grupo profissional de mecanotecnia.
Carreira? – AZAR! Não posso ingressar na “CARREIRA”!
Não pretendo com este texto criar um movimento pela extinção da carreira docente (da qual não faço parte e com a qual não me identifico), mas espero que ao lerem este texto percebam a revolta de quem dá aulas há 20 anos e tem o azar ano após ano, nunca cumprir com os requesitos necessários para ter o passe que permite andar nesse maldito autocarro.
Boa viagem, colegas!
E tudo de bom para 2020!