19 de Fevereiro de 2020 archive

Não foi agressão, foi sem querer que acertei na professora…

Engraçado!!! O ME apressou-se a desculpar o aluno que “acidentalmente” atirou um objeto pesado contra uma professora num corredor da escola. É pena que não tenha tanta pressa a condenar os que intencionalmente agridem AO’s e professores.

Não estou a dizer que não seja verdade, pode ter sido acidentalmente, mas os corredores não são local para se andar a atirar objetos pelo ar, muito menos com professores e alunos a passar. O que todos gostávamos, era que o ME utilizasse o mesmo critério para todos e solidarizar-se, publicamente, com os profissionais que são agredidos.

 

A agência Lusa contactou o Ministério da Educação que, disse, de acordo com a informação da direção da escola, “o incidente ocorrido na segunda-feira não constituirá um episódio de agressão”.

Não terá existido intencionalidade”, lê-se na resposta remetida à Lusa pelo gabinete do ministro Tiago Brandão Rodrigues, acrescentando que “o aluno estaria a atirar a chave do cacifo a outro colega, tendo esta atingido a professora”.

“Ainda assim, a escola tem em curso um procedimento interno para que não haja dúvidas quanto ao sucedido”, termina a nota.

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Sessões de esclarecimento – Progressão na Carreira – Diretores de AE/ENA

(As “asneiras” devem ser tantas que se lembraram de dar uma formação. Pelo menos o que nos chega a isso aponta)

 

A Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) tem por missão garantir a concretização das políticas de gestão estratégica e de desenvolvimento dos recursos humanos da educação.
Assim, na observância das suas atribuições e no sentido de contribuir para o esclarecimento das questões mais frequentemente suscitadas pelas escolas, bem como, numa ótica de proximidade, colaborar com as escolas na uniformização e harmonização de procedimentos, vão ser realizadas Sessões de Esclarecimento sobre Progressão na Carreira (listas de acesso ao 5.º e ao 7.º escalões, recuperação de tempo de serviço e reposicionamento) entre 2 e 13 de março de 2020, em Évora (dia 2), Faro (dia 3), Amora (dia 4), Porto (5 e 6), Lisboa (10 e 11) e Coimbra (12 e 13).
Estas sessões destinam-se aos diretores dos Agrupamentos de Escolas/Escolas Não Agrupadas, (AE/ENA), bem como a outro elemento do órgão de gestão/serviços administrativos, num total de duas pessoas por AE/ENA.

 

Cartaz – Sessões de esclarecimento

 

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Alguém, aí, acredita numa educação de futuro sem os professores?

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Mais um caso de agressão a uma Docente

A saga continua, ninguém põe mão na violência dentro dos estabelecimentos escolares. Quando muito dizem que são residuais. Do ministro já nem se pode dizer que foi ver a “bola”, pois também nada diz quando por lá há casos.

A professora agora agredida tinha voltado ao trabalho há pouco mais de um mês, depois de ter sido submetida a uma cirurgia por problemas oncológicos. Após ter sido observada no Hospital Trofa Saúde, na Maia, onde esteve durante cerca de quatro horas, a docente ficou de baixa médica e não dará aulas nos próximos dias.

A agressão ocorreu por volta das 18h00 de segunda-feira. Sem que nada o fizesse prever, quando caminhava no corredor, a professora foi atingida por um objeto pesado nas costas. A pancada foi desferida por um estudante do 7º ano, que não é seu aluno. Com dores, a docente chamou um táxi e foi ao hospital. A queixa foi apresentada na GNR, esta terça-feira de manhã.

Professora agredida por aluno no Castêlo da Maia

Uma professora com cerca de 60 anos foi agredida por um aluno da Escola Secundária do Castêlo da Maia. Docente formalizou queixa junto da GNR mas não conseguiu identificar agressor.

A docente estaria a percorrer um dos corredores da escola, na segunda-feira, quando foi atingida com violência nas costas por um objeto. A professora, com cerca de 60 anos, ficou bastante combalida e necessitou de tratamento hospitalar numa unidade de saúde privada da Maia.

Após ser assistida, deslocou-se até ao posto da GNR da Maia, onde, pelas 16.45 horas desse mesmo dia, formalizou a respetiva queixa por agressão.

A professora não conseguiu identificar o aluno, mas afirmou que outros estudantes viram tudo e poderão identificar o agressor, que não será seu aluno. Segundo relataram à vítima, tratar-se-á de um aluno que frequenta o 7.º ano de escolaridade e que terá entre os 12 e os 15 anos.

Recorde-se que nesta mesma escola, em outubro último, uma aluna do 7.º ano, de 14 anos, agrediu a professora de Educação Física, no final da aula, por não ter gostado de ser convocada para ajudar a arrumar o material.

Entre insultos e encontrões, um elemento da Direção da escola tentou acalmar a rapariga e também acabou por ser alvo das agressões. A GNR e o INEM foram chamados à escola, tendo a professora sido transportada ao hospital para avaliar ferimentos ligeiros.

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Não têm pão? Comam brioche! – Santana Castilho

 

Não têm pão? Comam brioche! – Santana Castilho

Há momentos na Assembleia da República em que a política fede a hipocrisia infinita.

1. Mesmo que as palavras sejam graves e as proclamações venham ensaiadas com solenidade, há momentos na Assembleia da República em que a política fede a hipocrisia infinita.

Uma petição e dois projectos justos, do BE e do PCP, foram ignorados por partidos hipócritas, num Parlamento dominado por um PS que odeia gratuitamente os professores. Falo de mais de cinco mil docentes, eternamente precários, com horários incompletos, que vão continuar a contabilizar em cada mês menos de 30 dias para a Segurança Social, apesar de os próprios tribunais já terem reconhecido, em duas sentenças transitadas em julgado, que a situação é ilegal. Esclareço brevemente os menos avisados: o horário de um professor não são apenas as horas lectivas; os professores contratados têm de assegurar o mesmo tempo de componente não lectiva que os restantes, pelo que nenhum horário pode ser tomado como part-time (como o tribunal, repito, já reconheceu); acresce que um docente com um horário de 16 horas lectivas num agrupamento vê contabilizados 30 dias, enquanto outro, que acumule o mesmo número de horas divididas por dois agrupamentos, não vê. O PSD, que defendeu em plenário a iniquidade da situação, absteve-se na votação. O CDS e o IL ficaram calados e fizeram o mesmo. O PS pôde, assim, destilar o ódio habitual e cobrir com um manto de ignomínia a sua falta de ética mínima. Com raiva a crescer nos dentes, admito que nos apoiantes que fizeram multiplicar por cinco as intenções de voto no Chega passem agora a figurar alguns professores, tocados por um sentimento antipolíticos. É o risco que se corre quando, a quem pede pão, se manda comer brioche.

Pelo mesmo diapasão afinou o coro insólito contra o IVA da electricidade. O PCP avançou com uma proposta que sabia que a direita não aceitaria e o PSD fez depender a sua de contrapartidas que sabia que PCP e BE rejeitariam. Numa palavra, todos redigiram propostas prenhes do desejo inconfessado de que fossem reprovadas. Porque sabendo-se que só o PS era contrário ao que todos defendiam, ninguém foi suficientemente livre para se libertar das convenções que impedem de votar ao lado dos “inimigos” intestinos, ou porque depois de o Governo fazer o costumado número baixo de ameaçar com uma crise política, ninguém a quis abrir.

2. Os políticos são muito mais lestos a desenhar planos para manipular os resultados de políticas erradas que em orientá-los para as modificar. E porque se ocupam mais das consequências visíveis que das causas, estratégias e planos são constantemente incoerentes. Por exemplo, a política fiscal escrutina ao cêntimo os rendimentos do trabalho. Mas permite que os rendimentos do capital viagem para offshores, livres de impostos, ou apenas os paguem, a taxas reduzidas, em praças diferentes daquelas onde são obtidos. As políticas seguidas têm sido pródigas na criação de incentivos para que as empresas se fixem por cá. Mas esmagam quem trabalha e favorecem a manutenção dos salários baixos, para que a decantada competitividade não seja prejudicada. É assim que o nosso PIB tem crescido, oferecendo vantagens ao capital e sacrifícios ao trabalho.

Uma outra forma de interpretar a realidade incensada por António Costa e prosélitos é lê-la sem lentes do PS ou de guru de auto-ajuda. Muito do que a ela subjaz tem reversos que a mais que duvidosa paz social não esconde. Assim, o aumento do emprego deve-se, em grande medida, ao aumento dos contratos precários (pouco mais de 800 mil à chegada da troika, quase 900 mil hoje). O celebrado aumento do consumo interno radica no endividamento das famílias (segundo dados do Banco de Portugal, de Outubro passado, situava-se no máximo dos últimos três anos: 140 mil milhões de euros). Enquanto isto, aumentou o valor absoluto da dívida pública, os investidores abutres ocuparam os centros de Lisboa e Porto, expulsando para a periferia quem lá vivia, os reformados e os profissionais altamente especializados estrangeiros não pagam impostos, enquanto os nacionais suportam a maior carga fiscal de sempre, os serviços públicos degradam-se e, a bem do ambiente, retiramos carros da Baixa lisboeta, mas importamos milhares de toneladas de lixo que os outros não querem.

Acredita que este estado de coisas augura algo de bom? Eu não!

In Público

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