22 de Fevereiro de 2020 archive

Todos somos iguais, todos somos bons, todos merecemos… Só que não!

Este texto é da autoria de Ricardo Rosado

 

Saudades dos tempos em que havia burros, gordos caixa de óculos, pretos, pulas, chineses, geeks, etc. Os burros chumbavam, não se tornavam doutores como hoje em dia. Mas a fasquia era definida no marrão da turma, não por baixo como agora. Somos todos iguais diz-se.
Antes não éramos, mas o gordo tinha notas brutais e ninguém sabia como, o caixa de óculos tinha um sentido de humor inigualável, o preto jogava à bola como ninguém e dava-lhe à brava em inglês, o chinês tinha vindo de outra escola e tinha histórias que não lembravam a ninguém. Cada um tinha um defeito, mas tinha ou lutava por ter tantas outras qualidades. Hoje não. Somos todos iguais. Tudo é bullying, racismo, desrespeito, xenofobia, opressão, violência. Antigamente quando não se distinguia o racismo da alcunha, levava-se um chapadão na tromba e aprendia-se. E não era bullying. Era aprendizagem. Da dura, daquela que dói mas não se esquece mais. E às vezes em casa com os pais também se aprendia.
Ser igual a todos era tudo que não se queria. O sem sal passava despercebido e sentia-se sozinho. Ter uma alcunha diferente era fixe. A diferença era vista com bons olhos.
E aprendia-se uma coisa importante: rirmos de nós próprios. E não chorarmos porque alguém nos chamou isto ou aquilo. Assumia-se a gordura, o esquelético, a caixa de óculos e tudo o mais que viesse.
Mas quando não se estava bem, quando não se gostava da alcunha, fazia-se uma coisa importante: mudava-se, lutava-se. Não se culpava os outros nem a sociedade.
E falhava-se. Muitas vezes. Mas cada vez que se falhava ficava-se mais forte. E sabíamos que era assim. Que havia uns que conseguiam, outros ficavam para trás, que havia quem vencia e quem falhava.
Agora não.
Todos somos iguais, todos somos bons, todos merecemos, todos temos as mesmas oportunidades, todos somos vítimas, todos somos oprimidos, todos somos cordeiros.

Só que não.

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Aluno agressor de professora na Ponta do Sol foi expulso

O Estatuto do aluno tem de ser aplicado e as sanções que nele vêm enumeradas são para aplicar consoante a gravidade dos casos. Este aluno é um exemplo disso. Já basta de andar a tapar o Sol com a peneira.

Aluno agressor de professora na Ponta do Sol foi expulso

Está expulso o aluno que, no dia 16 de janeiro, agrediu a professora de matemática durante a aula, na escola da Ponta do Sol.

O jovem de 18 anos que frequentava um curso CEF neste estabelecimento de ensino esteve suspenso durante dez dias após agredir a docente na face e na cabeça em plena sala de aula, conforme noticiou na altura a RTP-Madeira.

Ainda assim, tendo em conta a gravidade da situação, a direção da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol, para além de apresentar queixa junto da Polícia de Segurança Pública, levou o caso à Direção Regional da Educação.

Conforme apurou o JM junto da tutela, a mesma optou por aplicar a medida disciplinar de expulsão ao estudante da escola, uma vez que o aluno já era reincidente, tendo já protagonizado um outro caso de agressão a um colega, e que as tentativas do sistema em integrá-lo na comunidade educativa se revelaram infrutíferas.

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Divulgação – Gestão de Emoções para Professores e Educadores

Num olhar sobre as notícias atuais na imprensa nacional lemos títulos como: “Mais de 60% dos professores sofrem de exaustão emocional” ou “Professores desabafam: Andamos nervosos e cansados”. Associado a este cenário de exaustão emocional assistimos ao aumento crescente de doenças cardiovasculares, fadiga, insónia, tensão nervosa, hipertensão, ansiedade, depressão…

Este contexto exige uma reflexão profunda por parte de todos os intervenientes na Educação e uma aposta urgente na saúde mental e no bem-estar dos professores.

A saúde mental é entendida, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), como um estado de bem-estar em que cada indivíduo dá conta do seu próprio potencial intelectual e emocional para lidar com as tensões normais da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera, e ser capaz de dar um contributo para a sua comunidade. A dimensão positiva da saúde mental é, pois, enfatizada na definição de saúde da OMS, contida na sua constituição: “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença ou enfermidade”.

Sabendo que os desafios na vida do professor e educador tenderão a aumentar, e, uma vez que não podem mudar a realidade adversa que os envolve, será fundamental que cada um procure investir em si próprio, aumentando as competências pessoais para lidar com os desafios que diariamente lhe são apresentados.

Desde 2003 a estudar aprofundadamente temas relacionados com emoções, inteligência emocional, educação emocional e gestão de emoções, a autora Ana Isabel Correia destaca três competências essenciais para melhorar a saúde mental e bem-estar dos professores e educadores: Consciência (Emocional, Cognitiva e Comportamental), Gestão de Emoções e Liderança Pessoal.

Estas competências não são inatas. São adquiridas e desenvolvidas ao longo da vida, implicando um processo de desenvolvimento que deve ser feito de forma contínua, permanente e sistemática.

O livro “Gestão de Emoções para Professores e Educadores” é um livro teórico-prático que conta com 45 exercícios, capazes de ajudar o leitor a regular emoções que o levam ao mal-estar, potenciar emoções que o levam ao bem-estar e ter um maior controlo sobre a sua vida.

É essencial lembrar que quanto melhor cuidarmos de nós, melhor nos sentiremos nas áreas pessoal, social e profissional.

      Ana Isabel Correia

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