Já todos sabemos que a imagem dos professores se encontra sob ataque constante e cerrado por parte da classe política e mais uns, faz anos.
Numa altura em que poderão iniciar novas negociações surgem sempre estudos e notícias e discursos com o objetivo denegrir a imagem da classe (e não é só com os professores que isto acontece, é uma tática antiga e conhecida). Mas não se trata apenas disso, os professores, também, têm de escolher uma nova imagem que os represente, a existente está gasta e parece não querer evoluir. A luta necessita novas estratégias e novas formas.
Isto só vai acabar no Parlamento e, embora se possa vir a ganhar, pode não ser só o governo a perder. Esperemos que ninguém entre em desespero e acorde o que nunca defendeu.
Portugueses estão contra ambiente de contestação social – e em desfavor dos professores
Os portugueses continuam contra a luta dos professores pela progressão nas carreiras e não são sensíveis aos argumentos e presença mediática de Mário Nogueira. Nem estão em geral favoráveis às greves.
Governo aparece a perder gás na sondagem desta semana publicada no Expresso, mas tendo em conta as respostas a quatro perguntas (ver gráficos em baixo), não será por causa do desgaste causado pela contestação social que António Costa deve temer a opinião pública. Primeira conclusão: os portugueses continuam contra a luta dos professores pela progressão nas carreiras e não são sensíveis aos argumentos e presença mediática de Mário Nogueira.
No estudo da Eurosondagem em Setembro, 69% dos inquiridos estavam contra as reivindicações dos professores quanto à contagem de tempo nas carreiras. O inquérito desta semana revela que essa posição até se acentuou: por junto, 68,5%
das respostas dizem que o Governo nem devia dar mais nada aos docentes (25%) ou que Costa não deve alterar a oferta de dois anos, nove meses e 18 dias (43,5%). Apenas 16,9% concordam com os sindicatos (em setembro eram 19,4%) que defendem a reposição integral do tempo de carreira perdido nos anos de crise.