Dezenas de professores aproveitaram este 5 de Outubro para um ruidoso protesto frente a Câmara Municipal de Lisboa.
Vestidos de branco, os docentes exigiram ao governo para reavaliar as alterações feitas à ultima da hora nos concursos de colocações.
Depois do protesto, os professores acabaram por ser recebidos pelo Presidente da República.
Professores manifestaram-se esta quinta-feira por concurso mais justo, junto ao local das celebrações do 5 de Outubro. Depois do protesto foram recebidos pela secretária de Estado da Educação, mas o encontro terminou sem resultados concretos.
Dezenas de professores manifestaram-se hoje junto às cerimónias comemorativas do 05 de Outubro em Lisboa, presididas pelo Presidente da República, gritando “justiça” e “colocação administrativa, já”, em protesto contra o concurso de professores.
Vestidos de branco, alguns empunhando cravos brancos, os manifestantes exibiam uma faixa em que se lia “colocação administrativa, já” e gritavam “justiça”, “respeito”, “concurso ilegal”, “somos mais de cem” e “Marcelo, amigo, queremos falar contigo”.
O protesto foi audível pouco depois de terminarem, na Praça do Município, em Lisboa, os discursos das cerimónias do 05 de Outubro, proferidos pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo presidente da Câmara da capital, Fernando Medina.
O primeiro-ministro, António Costa, desdramatizou a manifestação dos professores na Praça do Município, em Lisboa, considerando que “faz parte da vida democrática”.
“Temos de nos habituar a viver com isso, é normal”, disse aos jornalistas, quando questionado.
Costa recordou que “as regras foram cumpridas” quanto à colocação dos professores.
“Ninguém está colocado numa escola para a qual não tenha concorrido”, salientou, indicando que no próximo ano letivo os professores descontentes terão oportunidade de corrigir a situação.
No final, António Costa foi instado pelos jornalistas a comentar este protesto, tendo o primeiro-ministro apontado que se “as pessoas querem justiça”, “está lá a justiça”.
Porém, assinalou, “as regras foram cumpridas” quanto às colocações dos professores.
“Não podemos alterar as regras do jogo”, salientou.
PSD, BE, CDS e PCP disseram, regra geral, compreender as reivindicações dos docentes.