Professores em luta!
A FENPROF entregou no Ministério da Educação (5/05/2017) um pedido de reunião ao Ministro, a realizar com caráter de urgência, na qual pretende obter respostas concretas e inequívocas sobre um conjunto de aspetos relacionados com carreiras, aposentação, horários de trabalho, combate à precariedade e gestão das escolas (ver carta entregue no ME).
São questões há muito apresentadas ao ME, a última vez em 5 de abril, em reunião realizada com o próprio Ministro; foram igualmente apresentadas ao Primeiro-Ministro em 18 de abril.
Entende a FENPROF que esta reunião com o Ministro da Educação deverá ter lugar antes de 26 de maio e que, até 26 de maio, todas as questões colocadas no ofício hoje entregue no ME deverão ser devidamente esclarecidas.
Entretanto, até essa data, a FENPROF promeverá as seguintes ações:
– 17 de maio – Dia Nacional de Luta dos Professores, compreendendo:
- 11:30 horas – Concentração de Professores, junto ao ME, para entrega de milhares de postais exigindo a aprovação de um regime excecional de aposentação.
- 14:30 horas – presença nas galerias da Assembleia da República para acompanhar o debate sobre a Petição “Respeitar os docentes, melhorar as suas condições de trabalho e valorizar o seu estatuto de carreira”, entregue pela FENPROF, com mais de 20.000 assinaturas, e que aborda aspetos como as carreiras, a aposentação e os horários de trabalho.
- Nas escolas: data limite para a aprovação de Moções a enviar aos grupos parlamentares, exigindo a resolução dos problemas; início do debate sobre as lutas a desenvolver em junho, caso o ME não responda às questões suscitadas, estando em cima da mesa a possibilidade de realização de Manifestação Nacional em 17 de junho e/ou de Greve(s) a partir de 19 de junho.
– 22 de maio (14:30h) – Entrega de Pré-Aviso de Greve para 7 de junho e dias seguintes, coincidente com o período de avaliações, para os docentes das escolas públicas de ensino artístico especializado, em defesa da abertura de um processo de vinculação extraordinária, a decorrer ainda no presente ano letivo.
– 26 de maio – Prazo para o ME responder às questões colocadas pela FENPROF, com a realização de reunião em que participe o Ministro da Educação.
– 29 e 30 de maio – Reuniões das direções dos Sindicatos de Professores para analisar as respostas do ME e a opção dos professores para prosseguir a luta.
– 31 de maio – Reunião do Secretariado Nacional da FENPROF para decisão sobre as formas de luta a desenvolver no mês de junho.
Ao longo do mês de maio, os docentes contratados irão dirigir Requerimentos ao Ministério da Educação, no sentido de serem abertos novos processos de vinculação extraordinária, uma vez que não se encontram abrangidos pelo PREVPAP.
Caso o ME, no despacho de Organização do Ano Letivo 2017/2018, não reintegre os intervalos na componente letiva dos docentes do 1º Ciclo do Ensino Básico, a FENPROF entregará um Pré-Aviso de Greve, para o próximo ano letivo, de 30 minutos diários, de forma a que estes professores vejam regularizado o seu horário.
O Secretariado Nacional da FENPROF
5/05/2017
28 comentários
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Muito bem. Vamos ver se não é só encenação e se estas ações vão dar nalguma coisa. Já lá vai ano e meio de governo de esquerda e as condições de trabalho dos docentes mantêm-se na mesma: aposentação, turmas grandes, horas não letivas convertidas em letivas, etc, etc. Aquilo que criticaram continua igual agora que podem mudar. Ver para crer!
Aparecem agora, com o ano letivo no fim! Deixaram passar o tempo útil de alterações urgentes, provavelmente de forma intencional…
A primeira das quais teria de ser a alteração do modelo de gestão…é que estes “senhores diretores ” já se instalaram ou estão a instalar-se para mais 4 anos. As alterações a fazer a partir de agora podem nunca chegar a ter efeito…daqui a 2 anos haverá eleições legislativas e pode voltar uma qualquer hedionda criatura, tipo mlr. Como escrevi algures, a gestão democrática está para as escolas como o 25 de abril esteve para os direitos dos trabalhadores…
Neste momento do Ano lectivo é crucial centrar toda a atenção na seguinte questão da FENPROF:
“Nesse sentido, irá o ME, no âmbito do despacho de Organização do Ano Lectivo (OAL), clarificar os conteúdos das componentes lectiva e não lectiva dos horários dos docentes? Há, ainda, garantia de que as horas de redução da componente lectiva, por antiguidade, reverterão para a componente de trabalho individual?”
Este é o momento certo para que o Ministério da Educação faça alguma coisa porque em 2 ANOS deste GOVERNO nada foi feito para além de ter acabado com a BCE.
Concordo. Já era um grande passo. E alguma mudança no regime de aposentação. Os professores estão cansados e faz falta sangue novo às escolas. 40 anos a dar aulas é mais do que suficiente nesta profissão.
Um grande passo!!!!!!!!!! 40 anos de serviço!!!!!!!!!! Os professores estão “no ponto”!!!!! Lembram-se do esparguete… da “popota” da dren …a maioria está ” al dente”… É fase do miserabilismo …
http://www.spn.pt/Media/Default/_Profiles/4876592e/e26936e7/40anos.JPG?v=636111063806084844
Ainda não repararam que neste momento os diretores gerem a distribuição da componente letiva e não letiva praticamente como querem…os critérios praticamente não existem e ninguém pede responsabilidade! O único critério é: tudo o que prejudicar e sobrecarregar os professores é legal.
A promiscuidade diretores/mec é total e os professores nada podem. Até delito de opinião já existe….
Atualmente, o Ministro da Segurança Social, Vieira da Silva prepara-se para alterar o regime das Reformas Antecipadas nos trabalhadores que descontam para a Segurança Social e portanto é chegado o momento dos Sindicatos colocarem em cima da mesa a questão de um Regime Especial de Aposentação dos docentes.
É bom sublinhar que este Governo fez aprovar um Regime Especial de Aposentação para os Militares, GNR, PSP, Policia Marítima, Policia Judiciária….os quais aos 60 ANOS DE IDADE podem Aposentar-se sem qualquer tipo de penalização. No caso dos Militares e da GNR, aos 55 ANOS DE IDADE passam à RESERVA (isto é, vão para casa) e aguardam pelos 60 ANOS DE IDADE, momento a partir do qual passam à REFORMA/APOSENTAÇÃO.
No sector privado tambem existem Regimes Especiais de Reforma de que são exemplo as “bordadeiras da madeira”, os “controladores de tráfego aéreo”….
E os Professores são carne para canhão?
Este Ministro em 2 ANOS NADA FEZ EM PROL DOS DOCENTES.
http://www.spn.pt/Media/Default/_Profiles/4876592e/e26936e7/40anos.JPG?v=636111063806084844
Muito bem, Rita! E os senhores deputados, aqueles que votaram contra o regime especial de aposentação dos docentes, alguém me sabe dizer ao fim de quantos anos de “árduo” trabalho na Assembleia se podem reformar? Penso que são poucos anos, mas não consigo encontrar a legislação e gostava de ter a certeza.
Se alguém souber responder, agradeço.
Bastava aos titulares, entre os quais também se encontram os juízes do Tribunal Constitucional (TC), trabalharem um certo número de anos (oito ou 12 ANOS) para automaticamente ganharem direito a esta subvenção.
Em 2005 o Regime das Subvenções Vitalícias foi alterado, salvaguardando os direitos adquiridos por todos aqueles que já possuíam os 8 a 12 ANOS de trabalho árduo…
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/subvencoes_vitalicias_se_acabaram_porque_e_que_ainda_existem_
Ok. Obrigada, Rita. São estes senhores que nos recusam agora a aposentação com 40 anos quando eles têm andado a viver à custa de reformas chorudas com tão poucos anos de serviço.
Tenham vergonha!
A Rita esqueceu-se de referir que os militares e a GNR ainda tem UMA BONIFICAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO, ou seja, inicialmente essa Bonificação correspondia a um acréscimo de 25% (por cada 4 anos o militar é como se tivesse feito 5 anos) e agora essa BONIFICAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO passou para 15%
Significa isto que estes GRUPOS PROFISSIONAIS são duplamente favorecidos.
Um Militar ou um guarda da GNR com a bonificação (atual) de 15% no Tempo de Serviço se lá permanecerem 35 ANOS significa 40,25 ANOS (35 anos + 15% de bonificação = 40,25 ANOS DE SERVIÇO.
Uma Maravilhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
O actual Ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues é um Bluf, porque para os Professores a diferença em relação a Nuno Crato é ZERO.
Os Professores não sentiram qualquer melhoria nas suas condições de trabalho. Os Horários de Trabalho são cada vez mais sobrecarregados. O desgaste é cada vez maior e o regime de aposentação continua na mesma.
A gestão das Escolas continua na mesma ….enfim, NADA DE SUBSTANCIAL MUDOU.
Este é o MINISTRO BLUF …..em Abrantes, tudo como dantes…
http://www.jornalacores9.net/wp-content/uploads/2016/01/image-18-635×340.jpg
AGARREM-ME……..
AGARREM-ME……
AGARREM-ME QUE EU VOU-ME A ELE…..
http://2.bp.blogspot.com/_grSyOiusGZQ/SA0bhOMmoVI/AAAAAAAAAlo/AVBfRaiuKNg/s1600/fenprof_mario_nogueira_zorate.jpg
João Dias da Silva da FNE também pede para o agarrarem
AGARREM-ME……..
AGARREM-ME……
AGARREM-ME QUE EU TAMBÉM ME VOU A ELE….
http://fne.pt/uploads/noticias/big_1469805034_6033_Image0.jpg
Faltam apenas uns dias para estar cá fora a Organização do Ano Lectivo (OAL) para o ano lectivo 2017/2018 e convém que os SINDICATOS se concentrem na clarificação dos conteúdos das componentes lectiva e não lectiva dos horários dos docentes.
Começo a desacreditar na esperança que dá pelo nome de GERINGONÇA porque até ao momento a vida dos professores não melhorou.
O OAL chama-se autonomia os lacaios, leia-se diretores, fazem o trabalho sujo e o Mec garante o “tacho”. OAL …santa ingenuidade!
Como se pode ver pelos vários comentários, os professores começam a estar fartos do bluf do ministro Tiago que até ao momento não melhorou em NADA as condições de trabalho dos professores.
Portanto, senhores dos sindicatos sejam inteligentes e promovam formas de luta e motivem os professores a aderir. Agora é o momento…e já vem tarde!
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO TEM DE DAR RESPOSTA ÀS EXPETATIVAS
O Secretariado Nacional da FNE, reunido extraordinariamente em Lisboa no dia 5 de maio de 2017, e na sequência da moção do Plenário de Sindicatos da FNE realizado em 18 de abril passado, delibera:
1. Manifestar ao Ministério da Educação a necessidade de, o mais brevemente possível, iniciar a negociação do Despacho de Organização do ano letivo de 2017/2018, aliás como previa a ata de conclusão do processo negocial relativo ao Despacho que regulamentou o presente ano letivo, não aceitando desta forma que o Ministério se furte à sua responsabilidade de promover essa negociação, uma vez que não é aceitável que para o novo ano nada mude de substancial em termos de condições de trabalho adequadas;
2. Definir como orientação para a referida negociação que o novo despacho deve determinar orientações concretas que possibilitem alterações substanciais na organização do trabalho dos docentes portugueses, num sentido que reconheça a especial complexidade das funções que lhes estão atribuídas e das condições favoráveis que lhes devem ser asseguradas para o seu desempenho, nomeadamente em termos de organização do tempo de trabalho, dimensão e conteúdo das componentes letiva e não letiva e de trabalho individual, exercício das funções de direção de turma, número de alunos/níveis/turmas atribuídos;
3. Estabelecer como essencial que o regime de descongelamento da carreira docente, a ocorrer necessariamente a partir de 1 de janeiro de 2018, embora num enquadramento genérico definido pelo Governo para a Administração Pública, se realize no âmbito do Ministério da Educação, e não se limite a um levantamento de situações, para além de que um tal procedimento garanta a sua efetiva concretização para todos, considerando todo o tempo de serviço congelado;
4. Determinar como imprescindível um regime especial de aposentação para os docentes, para além de medidas de compensação do desgaste específico que a profissão docente implica;
5. Considerar inadiável que sejam adotadas medidas que promovam a integração nos quadros dos docentes que, em regime de precariedade, têm vindo a garantir o funcionamento do sistema educativo, e que continuam a ser essenciais para a promoção de uma escola de qualidade e inclusiva;
6. Reconhecer a necessidade do estabelecimento de um processo negocial que vise a redefinição da designada Portaria de rácios que permita a rápida realização de concursos para atribuição às escolas de reforços em termos de Trabalhadores Não Docentes, de modo que a sua colocação esteja garantida a partir do início do próximo ano letivo;
7. Considerar essencial que sobre estas matérias sejam determinados os respetivos processos de audição e negociação tão urgentemente quanto possível, para o que se considera incontornável que seja definido um compromisso de agenda de negociação a curto prazo;
8. Promover reuniões sindicais com os Educadores e Professores, em todo o País, através dos seus Sindicatos membros, entre 8 e 22 de maio, garantindo a divulgação da informação respeitante a esta intervenção junto do ME e das respostas que dela decorrerem;
9. Tendo em conta os vários fortes motivos de insatisfação dos Educadores e Professores, os Sindicatos da FNE estão disponíveis para a promoção de iniciativas de contestação e luta, a realizar ainda no presente ano letivo, se não houver resposta do Governo ou se esta se revelar insuficiente.
Lisboa, 5 de maio de 2017
https://www.fne.pt/pt/noticias/go/atualidade/minist-rio-da-educa-o-tem-de-dar-resposta–s-expetativas
Onde se lê 5 de maio de 2017 devia ler- se ( no mínimo) 5 janeiro de 2016!!!!!!!!!!!!!!!! O tempo de espera é maior que no SNS.
Está na hora de lutar por melhores condições de trabalho.
Os professores ainda não viram melhoria nenhuma desde que este Governo entrou em funções. Pelo contrário, as condições de trabalho são cada vez mais desgastantes. O estatuto do “professor” está cada vez mais degradado.
A única coisa que Tiago Brandão Rodrigues fez foi acabar com a BCE e (agora) abriu cerca de 3000 vagas para um concurso de vinculação extraordinário, ou seja, deixou cair umas migalhas para ver se engana a malta que, diga-se, parece estar meia adormecida…Para este adormecimento muito tem contribuído os sindicatos que tem um pacto com o Ministro da Geringonça que nada fez pelos professores. Uma vergonha….
A GERINGONÇA
O XXI Governo Constitucional de Portugal tomou posse em 26 de NOVEMBRO de 2015 e foi com base nos resultados das eleições legislativas de 4 de outubro de 2015. Tem por base três acordos de incidência parlamentar firmados bilateralmente entre o Partido Socialista (PS) e os outros três partidos de esquerda, Bloco de Esquerda (BE), Partido Comunista Português (PCP) e Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV)
O que mudou nas Escolas?
O que mudou no Horário dos Professores?
O que melhorou na vida profissional dos Docentes?
NADA….NADA….NADA….NADA…..NADA……NADA DE NADA
GREVE?…
Greve: 7 de junho (quarta-feira) e dias seguintes… para os docentes das escolas do ensino artístico especializado…
Greve: para o próximo ano letivo, de 30 minutos diários, … para os docentes do 1º Ciclo…
https://antoniozai.files.wordpress.com/2012/09/charge2009-equacao-greve.jpg?w=640
GREVE ÁS AVALIAÇÕES
GREVE AOS EXAMES
GREVE ÁS AULAS
TEMOS QUE SER OUVIDOS
TEMOS QUE SER RESPEITADOS
OS PROFESSORES MERECEM VER RECONHECIDO O SEU ESTATUTO PROFISSIONAL
Face à adversidade que se faz sentir na carreira docente é caso para perguntar:
Onde andam os 30.000 professores contratados?
Qual é a luta destes jovens docentes?
A resposta:
– …..andam entretidos e quando derem por ela vai ser tarde…..
Era mais útil se estivessem centrados numa medida: melhoria geral dos índices de vencimento para todos, como o fazem outras classes profissionais. Assim é uma amálgama e uma confusão.
“Caso o ME, no despacho de Organização do Ano Letivo 2017/2018, não reintegre os intervalos na componente letiva dos docentes do 1º Ciclo do Ensino Básico, a FENPROF entregará um Pré-Aviso de Greve, para o próximo ano letivo, de 30 minutos diários, de forma a que estes professores vejam regularizado o seu horário.” Brincamos às greves? O poder não deu já sinal de cumprir este requisito! Vamos pois esquecer tudo o resto que prejudica o nosso do ciclo em troca deste rebuçado?
A explicação veio de madrugada. O MEC (ME mas ainda não se habituaram) tem intenção de legislar a OAL de forma a impedir a saída às 15.30, menos meia hora na componente letiva aos alunos e professores, mas permanência na escola igual ao ano anterior (contabilizando o intervalo). Esta greve proposta é ilegal, segundo um perito em legislação escolar, mas como é só para criar uma cortina de fumo…