Chegou a Hora de Confrontar os Números

Porque no dia 20 de Março disse que o ia fazer.

 

Continuo a achar demasiado elevado o número de docentes colocados pelo menos um ano nos últimos 5 em escolas TEIP e/ou com Autonomia em condições de vincular pela “norma travão”.

Não tecerei mais comentários sobre a validação por parte das escolas de acordo com as regras enunciadas neste email da DGAE, que deverão constar no manual de validação para as escolas, até que sejam publicadas as listas provisórias de ordenação.

Nessa altura confrontarei os dados que tenho com as listas que forem publicadas.

 
Não sei se por desnorte ou por falta de capacidade organizativa a DGAE abriu um concurso externo anual com 1453 vagas (incluindo para grupos onde de imediato disse logo ser impossível haver vagas abertas para dar cumprimento às regras da norma travão) e verifica-se, ainda que de forma provisória, que existem apenas 865 docentes a concorrer em 1ª prioridade.

O que quer dizer que a DGAE não abriu as vagas para cumprir as regras da norma travão, mas sim aquelas que lhe apeteceu, ou que os directores lhe pediram na aplicação.
Tudo isto demonstra apenas uma incapacidade quer do MEC, quer dos gestores das escolas em serem rigorosos e cumpridores. Vivemos num país de bananas em que cada vez é mais difícil ter alguém com competência a gerir o País e as escolas.
Tudo isto desilude-me bastante, embora já esteja habituado a que isto vá acontecendo com grande frequência.

Mas ao menos vejamos o lado positivo da coisa. Vão entrar no quadro perto de 600 docentes que não tendo os requisitos da norma travão ficarão com as vagas em excesso lançadas pelo MEC.
Esse é o aspecto positivo da incompetência.

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8 comentários

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    • João Coxo on 21 de Abril de 2015 at 10:44
    • Responder

    Como é possível no grupo 300 que candidatos subam 3000 posições de um ano para o outro? Candidatos que o ano passada estava na 3ª prioridade agora passam para 2ª prioridade. O que se passou que não percebi?

    • Miguel Castro on 21 de Abril de 2015 at 10:47
    • Responder

    E outra incompetência/bandalheira é esta:

    No grupo 500, existem pessoas na 1º prioridade com 6 anos de tempo de serviço que conseguiram passar à frente de todos os outros e que irão efetivar! Certamente pessoas que estiveram em escolas TEIP sempre a renovar (e nós todos sabemos como….). UMA VERGONHA! E não é só uma nem duas!! Estas pessoas conseguem efetivar tendo ZERO tempo de serviço antes da profissionalização. Ou seja, pessoas que acabaram o curso há meia dúzia de anos.
    Queria dar os Parabéns ao CRATINO por esta brilhante norma travão.

    • Marmelo on 21 de Abril de 2015 at 10:51
    • Responder

    Arlindo, o que acho que aconteceu é que muitas escolas validaram os docentes para a 1ª prioridade independentemente do grupo em que tinham os 5 anos. Por exemplo, consideraram um docente profissionalizado nos grupos 110 e 910 como tendo condições para a vinculação em 1ª prioridade nos dois grupos apesar de ter cumprido ou a totalidade dos últimos 5 anos apenas num desses grupos ou em ambos. Só assim se compreende que a discrepância, por exemplo no 110 (onde há um elevado número de docentes com formação), tenha sido tão grande. Só não percebo como é que o MEC não verificou essa diferença antes do concurso.

    Já agora pergunto o que vai acontecer… Vão vincular também os docentes de 2ª prioridade? Penso que é isso que tem de acontecer pois as vagas foram abertas em DR, certo?

    • Rafael on 21 de Abril de 2015 at 10:52
    • Responder

    Nos Agrupamentos TEI e com Autonomia só houve renovações nos anos letivos 2013/14 e 2014/15.

    aqui escrevi, que no ano 2011/12 a maioria deles só entrou no final de
    Setembro e princípio de Outubro e foi-lhes contabilizado 365 dias de
    serviço. É fácil verificar, pois neste mesmo ano não houve renovações,
    haviam claro os critérios manhosos e houve atrasos no concurso. O que é
    certo é que não se sabe o porquê de alguns Agrupamentos (TEIP por sinal)
    de retroagirem o tempo a 1 de Setembro.
    O tempo de serviço desses colegas está incorreto…e todos eles concorreram em 1ª prioridade.

    • Jorge on 21 de Abril de 2015 at 11:31
    • Responder

    Essas vagas em excesso de QZP, no mínimo, deveriam ir para os professores do concurso interno, onde muitos deles estão “desterrados” há imensos anos e vão ser “ultrapassados” por colegas com menos graduação já na próxima fase do concurso. Isto, para não falar da injustiça que é criar vagas de QZP para uns e para outros não, (externo/interno). Infelizmente, a mim, com a desculpa que os QZP’S eram para acabar, obrigaram-me a concorrer em 2009 para um QZP que não queria, (na altura o meu) e onde estou vinculado numa escola, sem grandes hipóteses de sair de cá.
    A minha justiça é só uma. Igualdade, como era antes. Lista única graduada, todas as vagas, todos a concurso e ponto final. E agora sei que me vão “saltar” em cima, a dizer que não sabe do que fala e isto e aquilo… Pois bem, muitos são contratados há muitos anos por opção, para estarem perto de casa. Conheço inúmeros casos. Grupo 620

      • APOIADO on 21 de Abril de 2015 at 17:43
      • Responder

      Muito bem dito. Chega de extraordinários, de normas-travão e de políticas injustas. Concurso único para todos concorrendo com a graduação profissional e com todos os QZP´s dos estra em 3ª prioridade do interno. ISTO NÃO PODE FICAR ASSIM!

    • Nº vergonhosos on 21 de Abril de 2015 at 17:38
    • Responder

    O aspeto positivo da incompetência anula-se quando não permite que a essas vagas possam também concorrer os docentes do quadro. Os docentes do quadro foram esquecidos e tramados por este MEC, que graças a Deus estará a chegar ao fim do seu desgoverno.

    • Jotaa on 21 de Abril de 2015 at 18:57
    • Responder

    Arlindo, esse aspeto positivo esvai-se quando uma parte dessas vagas vão para os professores oriundos do privado MAIS UMA VEZ. Isto verifica-se sobretudo nos grupos onde abriram poucas vagas… e quem sempre trabalhou no ensino público vai ser MAIS UMA VEZ ultrapassado.

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