Princípios para Alteração dos Concursos de Professores

Já quase todos perceberam que as contratações de escola não são compatíveis com as reservas de recrutamento e estes concursos em simultâneo geram problemas nas escolas por um lado com a facilidade de desistência das colocações e por outro com a dificuldade das escolas contratarem professores pelos candidatos melhor graduados já estarem colocados ou não se disponibilizarem para percorrer largos quilómetros para comparecerem numa entrevista.

Já na altura da discussão do Decreto Lei 132/2012 apresentei alguns princípios para a forma como deveriam ser estes concursos.

Volto a eles, com poucas modificações:

  • Concursos de dois em dois anos com uma lista graduada a ser usada para esses dois anos.
  • Reserva de recrutamento a funcionar ao longo de todo o ano letivo.
  • Colocações através de reserva de recrutamento para horários anuais e superiores a 8 horas.
  • Colocações por contratação de escola para horários temporários e inferiores a 8 horas com um processo simplificado onde bastaria o docente manifestar interesse por esse horário depois da abertura do concurso e que a graduação profissional fosse o único critério de seleção.
  • Possibilidade dos docentes colocados em contratação de escola no fim do contrato regressarem à reserva de recrutamento.
  • Renovação para o ano seguinte das colocações anuais (no caso da colocação ser no primeiro dos dois anos do ciclo), independentemente do tamanho do horário.
  • Obrigação dos candidatos à contratação de Escola terem os seus dados previamente validados por uma escola/agrupamento com o limite do tempo de serviço idêntico ao dos candidatos integrados na reserva de recrutamento.

 

 

 

 

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39 comentários

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    • maria on 13 de Outubro de 2013 at 13:07
    • Responder

    tudo deveria ir para rr e a lista graduada por concurso nacional deveria ser respeitada.
    isto vai agradando a alguns amigos ,mas dói muito a quem lhe foram comendo a carne e agora sente constantes pontapés nos ossos….
    o nosso País está em grande…

    • Afonso on 13 de Outubro de 2013 at 13:16
    • Responder

    e quanto aos técnicos especializados? alguma proposta?

    • Rui on 13 de Outubro de 2013 at 13:52
    • Responder

    Caros colegas, já criei uma petição. Encontra-se em: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2013N71013

  1. Pois…há mesmo que acabar com este tipo de colocações…boas sugestões, só não concordo com a renovação de contrato…o concurso deve ser sempre anual para ser mais justo e a lista de graduação ser mesmo respeitada. Já me aconteceu não ter renovação de contrato e outros colegas bem menos graduados continuarem nas suas escolas mais alguns anos…aqui entra o factor sorte.

      • Sílvia on 14 de Outubro de 2013 at 16:41
      • Responder

      A mim também me aconteceu o mesmo Manuela…mas pensando bem e pensando nos alunos primeiro, a continuidade pedagógica é uma mais valia para eles. Se renovaram contrato em princípio é porque foi desenvolvido um bom trabalho na escola. E sabemos como é dificil os alunos estarem no “ponto” certo para começarem a produzir.
      Agora pensando exclusivamente em nós não deveria haver renovação….mas isto era se não estivéssemos a lidar com pessoas.
      Enfim…faço o comentário em jeito de reflexão!

      1. Sílvia, a tal continuidade pedagógica não acontece quando estão em causa os melhores horários dos docentes da escola, quando disso se trata, e já o testemunhei por diversas vezes, as turmas são « abandonadas » para outros docentes, continuo sem saber como o justificam. Já saí várias vezes da contratação, não por falta de um trabalho exemplar ( com menções de Muito Bom e Excelente ) mas sim porque, pura e simplesmente, a escola deixou de ter vaga para mim. Voltando à continuidade pedagógica, mesmo existindo, não será de todo uma prioridade, noutros países da Europa e não só, esta nem existe, cada professor lecciona apenas um ano do currículo. E parece funcionar. E sim, penso nos meus alunos, sempre. Já imaginou se estes não se entendem com um professor, por diversas razões, e o devem suportar durante anos? Portanto, não há soluções simples, cada caso é um caso, mas sei, sim, que a existência de uma lista de graduação, a ser sempre cumprida, traz alguma justiça.

    • Petess on 13 de Outubro de 2013 at 15:09
    • Responder

    Concursos anuais (e consequente fim das renovações)… de resto de acordo!

    • euEtu on 13 de Outubro de 2013 at 16:31
    • Responder

    Defender o fim das CE com o argumento da demora da colocação e das entrevistas manhosas, e no mesmo documento defender a renovação do docente por via administrativa é um bocadinho contra senso não lhe parece?

    Volto a repetir, quem cria esta demora na aceitação das colocações são os docentes. Se não querem ir trabalhar par determinado sítio não concorrem para lá. PONTO

    Se já tem horario em determinado sítio e andar a concorrer a tudo o que é CE para acumular horas, ficam no topo das listas e nunca aparecem às entrevistas, só há uma solução: ficarem impedidos de lecionar durante um ano.

    Se não aprendem a bem, terão de aprender a mal.

    • Inês 510 on 13 de Outubro de 2013 at 17:24
    • Responder

    Concursos anuais e sem renovações. Assim seria mais justo….

    • Helena on 13 de Outubro de 2013 at 17:55
    • Responder

    Não concordo com a lista graduada pois, quanto a mim , tornar-se -ia injusta para os qzp. Não podemos esquecer que as zonas são gigantescas e que o QA tem sempre a hipótese da aproximação à residência. No entanto, o cerne do problema passa pelas turmas enormes que consequentemente conduzem aos horários zero. Quanto ao resto concordo com tudo. É a minha opinião e vale o que vale.

      • Zé Manel on 13 de Outubro de 2013 at 18:11
      • Responder

      Não concorda com a lista graduada porque as prioridades lhe dão mais jeito. Viu-se bem neste concurso que a hipótese de aproximação à residência cai por terra com as prioridades a beneficiarem os QZP. Só querem a lista graduada quando lhes dá jeito.

        • MVPC on 13 de Outubro de 2013 at 22:07
        • Responder

        Beneficiar? Deves estar a ver a coisa mal. Os QZP´s tinham de concorrer a toda a sua zona e com distâncias superiores aos 200 KMS. Não vale a pena responderes porque não sou atingido (sou contratado e desempregado).

          • Zé Manel on 13 de Outubro de 2013 at 23:49

          Leia de novo, talvez perceba. Ou não.

        • Helena on 14 de Outubro de 2013 at 19:25
        • Responder

        LOL Está enganado, faço mais de 150 quilómetros por dia!Continuo a dizer que a solução não é essa, Mas estou cansada, não quero alimentar discussões.

          • Zé Manel on 14 de Outubro de 2013 at 20:46

          Seria bom que argumentassem, a Helena e o MVPC, em vez de dizerem “não vale a pena responderes” e “não quero alimentar discussões”, respetivamente. Ou não são capazes de argumentar?

          • Helena on 15 de Outubro de 2013 at 0:34

          Leia a resposta mais abaixo se quiser!

    • Rita Rato on 13 de Outubro de 2013 at 17:58
    • Responder

    NÃO às renovações. Concurso anual ou bienal com a lista de graduação válida pelos dois anos.
    Quantas vezes colegas mais graduados têm que andar a saltar de escola durante 4 anos só pelo simples fato das escolas onde ficam não terem horas no final do ano, sendo cada ano que passa mais difícil ficar perto ou com horário completo enquanto outros colegas menos graduados ficam na mesma escola?

  2. Arlindo, esta sua ótima proposta, excetuando as renovações injustas, serão lidas, ouvidas pela tutela?
    O seu sindicato já pugnou por isso? Nunca ouvi!
    E quanto à prova de conhecimentos? Os sindicatos andam de boca cosida? Os contratados que já estão colocados nem se lembram de tal? Triste país, que não se governa nem se deixa governar, como dizia um romano sabedor da alma lusa.

    • Raquel on 13 de Outubro de 2013 at 19:28
    • Responder

    Arlindo, na minha opinião, apenas retiramos as reconduções, acho-as injustas, na medida em que colegas menos graduados, por sorte, conseguem renovar e colegas mais graduados ficam a ver navios. De resto, parece-me mt boa a proposta.

    • maria on 13 de Outubro de 2013 at 21:32
    • Responder

    nada renovaçoes,colocaçoes anuais,respeito pela lista graduada.
    com as palhaçadas dos ultimos anos muitos têm sido bafejados,basta de injustiças.~

  3. Arlindo, e já que estamos com a mão na massa, que tal remeter os professores com tempo de serviço nos colégios com contrato de autonomia para a 2ª prioridade? Eu sei que isso é uma afronta à FNE, mas a entrada destes professores na 1ª prioridade foi uma afronta a milhares de professores que sempre serviram a escola pública e se sujeitaram a um concurso público que o Arlindo defende.

    • Mari on 13 de Outubro de 2013 at 21:33
    • Responder

    Arlindo, quando falas no concurso em cada 2 anos é para todos (QA/QZP e contratados).
    Se assim for já não é mau, embora preferia voltar ao concurso anual.

    • Ana Guedes on 13 de Outubro de 2013 at 21:36
    • Responder

    Excetuando as renovações, concordo com tudo! Fim às reconduções!

    • maria F on 13 de Outubro de 2013 at 21:53
    • Responder

    Uma situação que vi acontecer este ano foi que a colocação de qa e qzp dentro do agrupamento não era a lista graduada mas sim a antiguidade no estabelecimento e ou agrupamento. Considero isso uma discriminação e até mesmo xenofobia. O diretores têm a possibilidade de gerir recursos mas a isto chamo abuso de poder. Alguns podem dizer que o que está em causa a continuidade educativa e aí até concordo, agora de estabelecimento isso cheira-me a favores e a abuso de poder.Não existirá nada contra isto?

  4. Uma das vantagens que as escolas usam para as reconduções é a continuidade pedagógica. Havendo concurso de 2 em 2 anos a renovação só podia ser feita uma vez. Sabendo que existem renovações injustas (devido à lotaria das colocações) havia uma garantia de quem fosse melhor graduado e não conseguisse colocação sempre podia voltar a ter colocação no ano seguinte, em vez de ficar à espera 3 anos.
    Mesmo eu que gosto de concursos acho que não há necessidade de todos os anos formar-se uma lista graduada nacional e que uma lista de dois em dois anos pode ser suficiente.

    1. Certo Arlindo, mas pela minha experiência na maior parte das escolas pelas quais passei não tem havido continuidade pedagógica mesmo com o mesmo grupo de docentes na escola, não sei como o conseguem justificar mas esta é que é a verdade, por conveniência dos horários dos professores, certamente.

    • Ana on 13 de Outubro de 2013 at 22:39
    • Responder

    Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Sim! Eu quero isso em vigor no próximo ano lectivo!!!!!

    • paula on 13 de Outubro de 2013 at 22:49
    • Responder

    Acho que o fim das reconduções é um grande disparate !! Então andamos a pedir estabilidade para os docentes e depois queremos acabar com um mecanismo que a isso permite??? Não podemos meter tudo no mesmo saco. Fala-se dos professores que entram em OE como se fossem os do fim da lista e muitas vezes são os mais graduados que optam por este mecanismo porque ficaram longe de casa no concurso nacional.
    Penso que a questão é, de facto, o mecanismo das ofertas de escola. Não concordo com o facto de não ´haver prioridades, por exemplo… Também acho que alguns critérios de seleção são duvidosos e devem ser revistos. Acho que o tempo de serviço, a graduação e a prioridade deviam ser os critérios a usar e deixar as entrevistas. Assim, todos teriam a hipótese de ficar colocados porque este tipo de concurso respeitaria a lista nacional.

    • bruno on 13 de Outubro de 2013 at 23:59
    • Responder

    Não à renovação.
    Se a tutela quer estabilidade dos professores contratados, é simples: integrem mais professores nos quadros. Essa é a estabilidade que os sistematicamente contratados (e renovados) querem.

      • Ana on 14 de Outubro de 2013 at 11:39
      • Responder

      Inteiramente de acordo!

    • Liliana on 14 de Outubro de 2013 at 0:19
    • Responder

    A prioridade?? Lembraram-se de mudar as regras da prioridade… concorri sempre em 1ª prioridade e este ano como n tenho os 365 dias (tenho quase 300) passei para 2ª,e os colégios é q concorrem em 1ª… é mt injusto!

    • Hummmm on 14 de Outubro de 2013 at 0:42
    • Responder

    Sem renovações! São um pau de dois bicos, baseiam-se no fator “Sorte” e , por isso, promovem muitas injustiças! Renovações, não!!!

    Outra proposta a colocar na mesa é o fim da absurda obrigatoriedade dos professores contratados terem de concorrer a dois QZP`s, ainda para mais com a agravante destes, por si, já terem sofrido tamanho aumento!

    De resto, lista graduada para todo e qualquer concurso, sim! Plenamente de acordo!

    • Angélica on 14 de Outubro de 2013 at 3:15
    • Responder

    Entendo que ninguém está preocupado com a continuação pedagógica, caso fosse uma inquietação a maioria dos professores com 10 anos ou mais anos de serviço ou até mesmo com consecutivas renovações de contrato, estariam vinculados nas escolas. Concordo com os concursos anuais e sem renovações. Também concordo em remeter os professores com tempo de serviço do privado para a 2ª prioridade. A entrada destes professores na 1ª prioridade foi injusta, em especial para os docentes não profissionalizados que tiveram de obter 5 anos de serviço para realizarem a profissionalização em serviço, enquanto os que estavam na particular foram proposto diretamente pelas particulares, muitos dos casos somente com um ano de serviço. Atualmente estão a concorrer com uma média muito superior aqueles que se sujeitaram a andar de terra em terra, como por exemplo para as Ilhas (Madeira e Açores), para não perderem a prioridade e serviram a escola pública. Na realidade temos de pensar o que fazemos aqui?

    • Angélica on 14 de Outubro de 2013 at 3:19
    • Responder

    Também sou contra o contrato de autonomia. Tanto investimento, estudos etc…Quando agora chego à conclusão que até os Mini-Concursos eram mais justos!

    • SoSeiQueNadaSei on 14 de Outubro de 2013 at 11:14
    • Responder

    Concursos anuais, sem renovações e colocações pela RR diárias.

    • Maria Inês Clímaco on 14 de Outubro de 2013 at 11:29
    • Responder

    Concursos anuais e sem renovações. A graduação profissional a valer!

    • Raquel on 14 de Outubro de 2013 at 13:28
    • Responder

    Só mais um pormenor…na minha opinião dever-se-ía impedir os colegas colocados de concorrer a outras OE e andarem a saltar de escola em escola, atrasando a vida das escolas e alunos e a vida dos outros colegas…Das duas uma, ou a aplicação não permitia que o fizessem, ou permite e quem não se apresentar ou andar com trocas e baldrocas tem penalização no próximo concurso. Claro que concorrer a OE para completar horário deve continuar a acontecer, na minha opinião. Tenho visto colegas a trocar de escola (horários iguais) que estão afastadas uma da outra de meia dúzia de Km…é uma vergonha!!

    • Ana Filipa on 14 de Outubro de 2013 at 17:18
    • Responder

    É pena que não haja nada semelhante para os técnicos especializados. Eu até tenho algumas propostas de como melhorar a contratação,uma vez que ela é vergonhosa. Não há nada nem ninguém que nos defenda, A contratação é caótica, injusta e a beirar o ridículo. Cada escola faz o que quer e não há sanções.

    • Helena on 14 de Outubro de 2013 at 22:55
    • Responder

    Zé Manel, sei argumentar e defender a minha posição, sim. Já disse que o QZP é obrigado a concorrer a uma zona gigantesca, ao contrário do QA que não tendo horário na escola de destacamento ou regressa a sua escola de origem, ou pede destacamento por aproximação à residência e no pior dos cenários ( HO) é colocado num raio de distância de 60 quilómetros. Estarei equivocada? Assim, parece-me que apesar de tudo a situação é mais confortável que a do QZP. Mas o umbiguismo tão característico desta nobre profissão conduz a comentários como os seus. Ah e ia esquecendo-me de outro pormenor , o QZP também é o “tapa buracos”, ou seja, não tendo colocação anual vai saltanto de escola em escola , um mês aqui, outro acolá e tudo num raio de 200 quilómetros… Quer trocar comigo? LOL

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