Não estou para me chatear…

O marasmo, o “cinzentismo” ou a resignação parecem ter tomado, de novo, conta da maior parte das Escolas Públicas, depois de algum fulgor vivido em certos momentos nos últimos dois anos, sobretudo durante o tempo em que o STOP se apresentou como, aparentemente, credível e confiável, induzindo algum entusiasmo e mobilização nas reivindicações dos Professores…

Mas, como todos sabemos, essa euforia foi de curta duração, o protagonismo desse Sindicato acabou em desgraça, culminando numa tremenda desilusão…

Quanto às restantes estruturas sindicais, ditas da “velha guarda”, continuam como quase sempre estiveram: “não aquecem, nem arrefecem” e muito dificilmente conseguirão suscitar uma adesão maciça ou o alento dos seus supostos representados…

Ainda que a “democracia participativa” atribua, pelo menos em termos teóricos, a essas estruturas sindicais um papel relevante nas negociações com a Tutela é preciso muito mais do que isso para que as mesmas consigam cativar, motivar, “seduzir”, os seus pretensos representados…

O marasmo, o “cinzentismo” ou a resignação parecem ter tomado, de novo, conta da maior parte das Escolas Públicas, depois de alguma esperança inicial, depositada na actual governação… Passaram-se, entretanto, nove meses, sem que se vislumbrem mudanças significativas na área tutelada pelo Ministro Fernando Alexandre…

O clima aparentemente dominante em muitas escolas, talvez se possa resumir assim:

– Vai-se funcionando para sobreviver e no final de cada dia todos se dão por satisfeitos por terem conseguido suportar mais uma jornada;

– “Não estou para me chatear”, talvez seja o que vai no pensamento de muitos Professores que, primordialmente, lutam por conseguir aguentar-se e sobreviver até à respectiva aposentação…
“Não estou para me chatear” poderá ter várias interpretações:

– Trata-se de um mecanismo de defesa, legítimo de sobrevivência e, como tal, não pode deixar de ser valorizado;

– Trata-se de um mecanismo de defesa, legítimo de sobrevivência, ainda que também possa ser entendido como uma desistência assumida;

– Ou espelha a resignação e a bonomia que, de alguma forma, têm caracterizado parte significativa da Classe Docente há já muitos anos?

De uma maneira ou de outra, os Professores parecem efectivamente condenados à obediência, à resignação e à inércia: primeiro barafusta-se, mas depois, e invariavelmente, aceita-se… As “indignações” são quase sempre inconsequentes e “aveludadas”…

Já sabemos isso tudo, então, e novidades?

Bom, novidades parece que também não há:

– A primeira fase da recuperação do tempo de serviço de muitos Professores continua, passados quase seis meses desde a publicação do respectivo Decreto-Lei, perdida, algures, nas “calendas gregas”… Seis meses é muito tempo, demasiado tempo, para se concluir uma operação desta natureza que, à partida, deveria ser simples, não fosse o caos burocrático, reinante em grande parte da Administração Pública;

– O Projecto MAIA, que “já não é”, mas que, na realidade, “continua a ser” em muitas escolas, onde se vão mantendo as insanas tarefas burocráticas daí decorrentes e as prédicas vácuas, sem reconhecidos efeitos práticos positivos;

– Continua a impunidade face às agressões a Professores, sem que existam efectivas punições para os prevaricadores… O Estatuto do Aluno e Ética Escolar (Lei n.º 51/2012, de 5 de Setembro) que, por acaso, até prevê a instauração de contra-ordenações puníveis com coima, por eventuais incumprimentos reiterados, imputáveis a pais/encarregados de educação, parece que continua sem ser cabalmente aplicado, ainda que a respectiva publicação já tenha mais de doze anos… Portanto, o incumprimento de certos deveres e responsabilidades parentais bem poderá continuar, que o mais certo é que nunca venha a ser penalizado;

– A interferência abusiva dos pais/encarregados de educação, nomeadamente em questões de natureza pedagógica, também continua, expectavelmente na medida em que as próprias escolas o permitam… E não há como fugir desta inevitabilidade: as Direcções, os Conselhos Pedagógicos e os Professores, em particular os Directores de Turma, não poderão deixar de “balizar”, limitar, a interferência dos pais/encarregados de educação em questões onde não lhes é reconhecida a competência necessária para se intrometerem… A tão apregoada “autonomia das escolas” também servirá, certamente, para isso, assim exista a vontade de o concretizar… Aqui, como em muitas outras situações, os pais/encarregados de educação acabam por fazer o que lhes vai sendo permitido, nem que seja em termos tácitos ou por omissão;

– Também continuam sem alterações o modelo de Avaliação de Desempenho Docente, que se vai mantendo como sempre foi: iníquo, perverso e injusto; e o persistente modelo de Administração e Gestão Escolar, que permite a arbitrariedade e as atitudes ditatoriais, por parte dos Directores que queiram exercer as suas funções desse modo;
– Também continuam sem alterações as pretensas medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão (Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de Julho), apesar de já se ter constatado há muito que, em termos práticos, estaremos perante um logro… Medidas, essas, muitas vezes impossíveis de operacionalizar e de concretizar por falta de recursos humanos e materiais, mas que continuam a fomentar uma ilusão chamada “sucesso escolar”;
– Pelo que já se percebeu, a revisão do Estatuto da Carreira Docente irá continuar a ser “cozinhado em banho-maria”, antevendo-se muitas, e muitas, reuniões de negociação, até que se chegue a alguma alteração efectiva… A Tutela e as estruturas sindicais não parecem ter especial pressa nessa reestruturação;
– Por parte da Tutela também continuam as “experimentações” em formato digital, desta vez através das denominadas “Provas – Ensaio”, ainda que, e como é sobejamente conhecido, muitas escolas apresentem um deficiente apetrechamento tecnológico, muitas vezes incompatível com tais realizações… Espera-se, certamente, que os Professores, mais uma vez, consigam demonstrar os seus dotes de exímios praticantes da “arte do desenrascanço”…

Em resumo, não se resolve nenhum problema, mas há sempre disponibilidade para a criação de novos problemas… Em vez de se resolverem problemas, criam-se ainda mais problemas…

Que esperança e que optimismo poderão existir quando se trabalha enredado por problemas, sem fim e sem solução à vista?

Perante tantos reveses e tão poucas, ou nenhumas, soluções para os mesmos, só restará afirmar:

– “Não estou para me chatear”…

“Não estou para me chatear”, ao mesmo tempo que se contam os dias que faltam até à respectiva aposentação…

Em rigor, será muito difícil censurar esse tipo de pensamento, certamente fundado em sucessivas decepções de vária ordem, mesmo sabendo que o marasmo, o “cinzentismo” ou a resignação não serão combatidos por essa via…

Sobreviver é preciso, não pode deixar de ser o principal imperativo…

A Escola Pública parece estar enredada num círculo vicioso de “desistências” e isso é muito mau sinal…

E, mesmo assim, ainda há genuínos “resistentes”? Há, mas estão cada vez mais em “perigo de extinção”, quiçá, também eles, cansados de defender causas que nunca se concretizam…

Paula Dias

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34 comentários

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    • Lucas Sobral on 19 de Janeiro de 2025 at 12:28
    • Responder

    É verdade, Paula.
    Concordo consigo.
    Tal como diz, realmente o mecanismo de defesa e de sobrevivência é mesmo o “não estou para me chatear”. E terá de ser mesmo assim. Não há outra forma, ou pelo menos não o vejo.
    Repare, quando se está a menos de meio da carreira, mas se tem mais de meia idade (50 anos feitos há poucas semanas), e não se vislumbra um futuro minimamente aceitável por:
    – perda de valor de reforma por se ter estado congelado quase uma década, e ainda vai continuar pelo menos por mais 4 anos;
    – quem entra agora, mesmo com a nossa idade e esteve a trabalhar no privado (Educação ou outro sector qualquer), se arroga mais e melhor do que todos, e tem tudo das direções porque há falta de professores (não se iludam, porque quando já estiver tudo “mais ou menos” levam com a dose, como os outros levaram. É inevitável);
    – se ter abdicado de tudo para dar o melhor para os seus alunos e descobre-se que afinal não valeu de nada opu muito pouco (exceção feita aos muito poucos alunos que realmente quiseram saber de alguma coisa que lhes foi dito);
    – se terem feito horas e horas infindáveis na escola, a trabalhar para tudo e mais alguma coisa, e afinal é para “deitar tudo a baixo” e recomeçar do zero, sem nenhum respeito pelo trabalho feito anteriormente;

    para que se há-de estar a chatear?

    A resposta é simples. Para nada. Porque, realmente, não serve de nada a não ser para o desgaste físico, mental, inteletual e, fundamentalmente, para deitar toda a sua vida fora.

    Cada um deve é cuidar de si e da sua família. O resto não interessa nada.

    Estou a 16 / 17 anos da reforma, se é que irá haver alguma reforma. Ganho uma porcaria. Trabalhei, até ao início deste ano demais. Mas no início do ano disse ao meu diretor que já chegava. Ele aceitou sem qualquer tipo de problema e com um desprezo total pelo que eu tinha feito e pelo meu trabalho.

    Realmente não serve de nada o que fazemos. E para ninguém. Nem o ministério quer saber, porque desfaz tudo o que foi feito anteriormente e trata mal quem andou estes anos todos, em particular os anos do congelamento e das maiores dificuldades, a dar tudo o que tinha, comprometendo a sua vida pessoal, a sua família e a sua saúde.

    A partir de agora cuido de mim e não faço nem mais um segundo para a escola, se não for obrigado.

    E não vale a pena darem-me mais dinheiro, porque o dinheiro não paga nada que realmente interessa.

    • Canguru obnóxio on 19 de Janeiro de 2025 at 12:41
    • Responder

    https://youtu.be/bO8EqMsxOiU?si=gLRhdhD12gyN3EnL

    • Canguru obnóxio on 19 de Janeiro de 2025 at 12:44
    • Responder

    Acrescentem axescola ao poena..
    A Angústia
    Nada em ti me comove, Natureza, nem
    Faustos das madrugadas, nem campos fecundos,
    Nem pastorais do Sul, com o seu eco tão rubro,
    A solene dolência dos poentes, além.

    Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções,
    Da poesia, dos templos e das espirais
    Lançadas para o céu vazio plas catedrais.
    Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons.

    Não creio em Deus, abjuro e renego qualquer
    Pensamento, e nem posso ouvir sequer falar
    Dessa velha ironia a que chamam Amor.

    Já farta de existir, com medo de morrer,
    Como um brigue perdido entre as ondas do mar,
    A minha alma persegue um naufrágio maior.

    Paul Verlaine, in “Melancolia”

    • Paula Cardoso on 19 de Janeiro de 2025 at 12:59
    • Responder

    Faço minhas as suas palavras. Ninguém poderia exprimir tudo o que sinto enquanto docente como a colega o fez. Bravo!

    • Zéi tóxico on 19 de Janeiro de 2025 at 13:16
    • Responder

    Entonces não foram atacados/as pelo diretoro.

    Experimentem que logo reagem

    • F. on 19 de Janeiro de 2025 at 13:57
    • Responder

    Mais palavras para quê? Está tudo dito no texto da Paula.
    É isso mesmo que se passa.
    Big retrato de: Uma vil tristeza nas escolas portuguesas, o texto da Paula.
    Os gajos do governo estão a protelar as negociações do ECD até às pxs eleições. Estratégia política.
    Quero ver o que vão pôr cá fora QQ dia sobre o modelo de gestão… Tão importante que era muda
    ló para que o clima mudasse . Faria a diferença, logo!

      • Anónimo on 19 de Janeiro de 2025 at 14:24
      • Responder

      Duvido muito que o que querem fazer ao ECD seja melhor para os professores.
      E ainda duvido mais que pensem naqueles que deram tudo pela Educação e pela Escola Pública nos últimos 20 anos, em particular aqueles que andam pelos 50 anos de idade ou próximo, e tenham estado na Escola Pública desde a chegada de Maria de Lurdes Rodrigues. Esses são a eterna carne para canhão.
      Quem ganha é quem entra agora, tenha a idade que tiver. Mas não se esqueçam de uma coisa que eu já aprendi há muito tempo. A sorte não dura para sempre e, mais breve do que pensam, também vocês irão ser “engolidos” pela loucura e pela injustiça, como os outros foram.

      • Mainada on 19 de Janeiro de 2025 at 23:35
      • Responder

      Bem verdade. E entretanto, no Luxemburgo, país, como nós, da UE, o salário de um professor em início de carreira ronda os 8 mil euros e, em final de carreira, os 13 500. Quanto à idade da reforma, embora varie, é de 62 anos em diversos países da UE.

        • F. on 20 de Janeiro de 2025 at 16:32
        • Responder

        😲😲😲😲

      • Ex-Lenine on 20 de Janeiro de 2025 at 7:56
      • Responder

      Muitos têm saudades da esquerda fofinha que maltratou os professores! Exige-se que em 9 meses se resolva os problemas da escola, muitos deles criados desde o desgoverno Sócrates!?
      Memória curta!

        • Mainada on 20 de Janeiro de 2025 at 9:42
        • Responder

        Tás a falar para mim, ó otário? Ganha mas é juízo!

      • Manuel, o impoluto on 22 de Janeiro de 2025 at 17:25
      • Responder

      A inspecção foi à escola. Para avaliar o quê? Ninguém percebe. Umas aulas observadas, ao calhas (dizem…), para “observar o quê”? As “relações”… Pasme-se! Não interessa se são letras ou ciências, nem se o observador percebe patavina do que se ensina. Nada. Só interessam “as relações prof-aluno”.

      Vão-se catar, mas é.

      Montenegro, és uma decepção. Com p e sem p.

    • Mic on 19 de Janeiro de 2025 at 15:09
    • Responder

    A burocracia estéril continua intocável…pois os inspetores assim o exigem…
    Maldita a hora em que aqui vim parar…

    • Rosa Maria da Conceição Costa Rodrigues on 19 de Janeiro de 2025 at 15:40
    • Responder

    Muito bom!
    Um bom retrato da escola pública onde trabalhei 43 anos. Felizmente já pedi a minha aposentação!
    Boa sorte para os que vão continuar!

    • Jorge on 19 de Janeiro de 2025 at 16:18
    • Responder

    Não sou sindicalizado e, creio, jamais o serei.
    Sou muito crítico da forma e conteúdo como as forças sindicais se apresentam, frequentemente, no espaço de diálogo entre os seus representados e o poder político.
    Mas reconheço o importante papel que exerceram, e exercem, no quadro de uma democracia e de um Estado de Direito.

    Quanto às lutas…
    A reposição integral do tempo de serviço congelado, que está em curso, só foi possível porque houve muita contestação, greves, exposição mediática…com origem no S.TO.P.. Um sindicato com pouca credibilidade nos dias que correm mas que, valha a verdade, foi a força motriz de uma contestação para a qual o sindicalismo “tradicional” estava ausente e amorfo.

    Como é possível que alguém venha dizer que a luta, a contestação, o protesto, a denúncia não surte efeito ?
    Como é possível, perante os resultados recentes que deram origem ao DL 48-B/2024, afirmar que não vale a pena lutar e contestar pelos seus direitos?

    Há ainda muitos problemas por resolver?
    Sim, a ultrapassagem, os congelamentos dissimulados em lista de vagas, as quotas, o sistema ADD…
    Há imensos problemas por resolver de uma forma justa de adequada.
    Estão os colegas que aqui se expressam a dizer que mais vale estar calado e aceitar tudo o que nos fazem?

    Por exemplo, de acordo com a minha interpretação dos diplomas legais (que ninguém me contestou até à data de hoje), todos os professores que se encontravam no 7º, 8º e 9º escalão, assim como todos aqueles que transitaram para o 7º escalão entre os dias 1 de setembro de 2023 e o dia 31 de agosto de 2024, deveriam ter recebido 1 ano no escalão onde se encontravam. Sendo este ano deduzido agora, faseadamente, nas 4 tranches da RITS.

    É a diferença, no meu caso concreto, entre mudar para o 8º escalão em 1 de julho de 2025 ou no passado dia 24 de outubro de 2024. É a diferença de 8 salários, cerca de 1000 euros líquidos.
    Acham que devo resignar-me com alguns dizem neste espaço?
    Sabendo também que algumas escolas deram esses 365 dias e outras entendem que o DL 74/2023 foi revogado, mesmo sabendo que a revogação só poderia ter efeitos a partir de 1 de setembro de 2024 com a entrada em vigor do DL 48-B/2024.

    O ADN, ou DNA, de um professor implica a desistência, o conformismo, a resignação?
    Não quero acreditar pois se esse é o sentimento dominante, receio que esta classe profissional tem os seus dias contados e a chamada proletarização acabará por chegar para felicidade de uma parte significativa do poder político. Aqueles que sempre olharam para nós como uns “funcionariozecos”! Sem auto-estima, sem capacidade crítica, sem critérios deontológicos…meros assistentes operacionais apenas distinguindo-se destes últimos pela posse de um “canudo” universitário.

      • Verdades on 19 de Janeiro de 2025 at 18:37
      • Responder

      Eu pessoalmente não me resigno nem conformo.
      Entrei em 2005 e fui logo congelado.
      Fui ultrapassado 3 vezes (3 momentos diferentes), incluindo pelo Despacho 119/2018 de Alexandra Leitão.
      Trabalho e sempre trabalhei muito mais do que aquilo que deveria, ao ponto de por em causa a minha saúde e o meu tempo pessoal … e mesmo assim não chega.
      Sou agora novamente ultrapassado por quem entra agora na carreira.
      E suspeito que a revisão do ECD ainda vá prejudicar-me ainda mais.
      Irei ter uma reforma de miséria, se é que vai haver alguma, quando lá chegar.
      NÃO ME RESIGNAREI NUNCA!

        • Bogas on 20 de Janeiro de 2025 at 20:24
        • Responder

        se toda a gente te ultrapassa, ou és incompetente ou semáforo

    • José Júlio on 19 de Janeiro de 2025 at 19:02
    • Responder

    Na “mouche”

  1. Ao fim e ao cabo, para mim, tudo se prende com ideologias cujo pensamento não evoluiu e por isso encalhou até ao afundamento total. e por outro lado, pela traição a` social democracia preconizada pelos fundadores da CEE/ UE.
    Assim sendo, existe a falta de esperança, a luta pela sobrevivência e a existência pela ganância,pela exploração e pelo andamento na “babuge”.
    Que futuro nos espera? Logo se verá…

      • Não voto na Trampa on 19 de Janeiro de 2025 at 19:36
      • Responder

      A ver pelo que se passa internacionalmente, o futuro será negro, bastante ultra-liberal onde vale tudo para os mesmos de sempre terem o que querem.

    • Paulo Gomes on 19 de Janeiro de 2025 at 21:42
    • Responder

    Odeio cada vez mais esta profissão. Desculpem o desabafo, mas as condições são tão más que vejo os professores, nos quais me incluo, como um grupo de escravos num navio de tráfico negreiro rumo ao desconhecido. Dizem qu8e a Democracia é o melhor regime possível, mas se lermos com atenção o filósofo Sócrates, o que ele criticava no regime democrático ateniense é aquilo que já compreendi no nosso, a Democracia nada mais é do que “a Tirania dos Mediocres”… os sindicatos de professores nada mais são do que isso mesmo.,

      • 🤬 on 19 de Janeiro de 2025 at 23:24
      • Responder

      Democracia nas escolas???? Os diretores são um autêntico cancro e os seus lacaios e bufos são as metástases.
      O ambiente é mais fétido do que no tempo de Salazar.

      1. É o Socialismo e o 25 de Abril.

          • Tuktuk on 20 de Janeiro de 2025 at 20:25

          cala-te boi

      • Pedro Silva on 20 de Janeiro de 2025 at 20:41
      • Responder

      Tem bom remédio. Não se acomode. Mude de profissão o mais rapidamente possível e seja feliz. A vida é só uma .

    • Fátima Maria Vaz on 20 de Janeiro de 2025 at 10:36
    • Responder

    Bravo! Tal e qual! Não estou para me chatear. E tudo o resto.
    Bravo!

    • SP on 20 de Janeiro de 2025 at 14:39
    • Responder

    Pois eu estou para me chatear. Não posso pactuar com a aldrabagem do futuro da humanidade!
    Pim!

      • Conversas on 20 de Janeiro de 2025 at 21:10
      • Responder

      E vai-se chatear com …?
      O que vai fazer?
      Conversa há muita!

  2. A instituição escolar, tal como está, tem que acabar. Somos apenas uns monitores de tempos livres (torturadores de crianças, mais precisamente). Os políticos têm os filhos nos colégios particulares, onde não háfilsofias paulfreirianas do ISCTE, e isso já diz tudo. A Escola serve apenas para os pais poderem estar a trabalhar e terem onde deixar os filhos. Estamos a destruir gerações com marginalidade e tédio.

      • Bogas on 20 de Janeiro de 2025 at 20:28
      • Responder

      cala-te boi

    • FrankieAT on 20 de Janeiro de 2025 at 15:23
    • Responder

    Não estou para me chatear exceto ao receber o guito no fim do mês. Nessa altura, já são professores profissionais, empenhados, blá blá blá

      • Anónimo on 20 de Janeiro de 2025 at 21:11
      • Responder

      Está a confundir coisas muito diferentes.
      Depende do que para si é “chatear”.
      Se quer andar a fazer favorzinhos a diretores que gostam de aparecer bem na fotografia, mas não fazem nada de jeito, chetei-se à vontade.
      Eu não dou para esse peditório.

    • Pedro Silva on 20 de Janeiro de 2025 at 20:43
    • Responder

    Eu há muito que deixei de me chatear. Era o que mais faltava. Ficar velho e com cabelos brancos por causa dos filhos dos outros.

    • Jcca on 21 de Janeiro de 2025 at 9:17
    • Responder

    Excelente, um retrato muito fiel do atual clima e estado anímico das escolas. Mas, como réstia de esperança, diga-se que ainda há quem se chateie com a situação e continue a lutar, de uma forma ou de outra, assim o sentido de dignidade e responsabilidade o exija. Há sempre alguém que resiste. Para esses… Força!

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