7 de Julho de 2022 archive

Idade dos professores vinculados no Concurso Externo 2022

A tabela abaixo apresenta a distribuição por idade e grupo de recrutamento dos professores que vincularam neste concurso externo.

A idade indicada refere-se a 1 de setembro de 2022.

Desta forma os grupos que apresentam maior média de idades são o 430, 610 e 320.

Os grupos mais “jovens” são o 620, 350 e 420.

A moda situa-se nos 44 anos e a média nos 45.

Clicar na imagem para ver com melhor qualidade. 

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O rejuvenescimento dos professores

Neste concurso externo, dos professores que vincularam, no início do ano letivo 22/23, 11 professores terão menos de 30 anos e 88 terão mais de 60 . Provavelmente 15 destes últimos nunca serão professores enquanto vinculados porque têm mais de 65 anos.

É assim que o ME pretende rejuvenescer a classe?

Em breve… análises mais detalhadas.

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Docentes dos Açores passam a receber sempre que se verifique caducidade de contrato

Foi aprovada, por unanimidade, no Parlamento Regional, uma alteração ao Estatuto de Pessoal Docente, para que os professores e educadores dos Açores tenham direito a compensação por caducidade de contrato, apresentada pelas bancadas parlamentares do PSD, CDS-PP e PPM.

Docentes dos Açores passam a receber sempre que se verifique caducidade de contrato

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Concurso externo de docentes do ensino artístico especializado da música e da dança 2022/2023 – Listas definitivas

Concurso externo de docentes do ensino artístico especializado da música e da dança 2022/2023 – Listas definitivas

 

Estão disponíveis para consulta as listas definitivas de ordenação, colocação, não colocação e exclusão do Concurso Externo do ensino artístico especializado da música e da dança para o ano escolar 2022/2023.

Listas definitivas

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Nota Informativa das Listas Definitivas

Juntamente com as listas de colocação, exclusão e ordenação das listas definitivas do concurso externo de 2022 foi publicada a Nota Informativa com os prazos para a aceitação e para o recurso hierárquico.

Ambos os prazos decorrem entre o dia 8 e 14 de julho de 2022.

Ainda não se conhecem datas para a manifestação de preferências à Contratação Inicial.

 

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3259 Colocados no Concurso Externo de 2022

Foram colocados 3.259 docentes em lugar de QZP no concurso externo de 2022.

2.716 foram colocados em 1.ª prioridade e 543 em 2.ª prioridade.


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Concurso Externo – Listas Definitivas

Estão disponíveis para consulta as listas definitivas de ordenação, colocação, não colocação, exclusão e desistência do Concurso Externo para o ano escolar 2022/2023.

Consulte a nota informativa.

Nota informativa – Listas definitivas

Listas Definitivas

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Com as Regras Aprovadas em Conselho de Ministros

… já poderão sair as listas de colocações do concurso externo anual?

Acho que a abertura da contratação inicial está dependente deste diploma, visto que  os docentes terão de novamente optar pela renovação de contratos, pois na altura da candidatura ninguém supunha que os contratos anuais em horário incompleto poderiam ser renovados para 2022/2023.

O ano passado as listas de colocações saíram no dia 8 de julho.

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Pontos Aprovados Hoje em Conselho de Ministros

 

Comunicado do Conselho de Ministros de 7 de julho de 2022

 

2. Foi aprovado o decreto-lei com medidas excecionais e temporárias para a satisfação de necessidades de recrutamento de docentes para o ano escolar 2022/2023.

Com esta alteração pretende-se contribuir para a estabilidade dos recursos humanos no que se refere aos docentes, bem como permitir a continuidade pedagógica dos processos de ensino/aprendizagem.Trata-se de mais uma medida que contribui para garantir à escola pública os professores necessários à prossecução da sua missão.

3. Foi aprovada a resolução que prorroga, para o ano letivo 2022/2023, as ações específicas do Plano 21|23 Escola+, plano integrado para a recuperação das aprendizagens.

Aprovado em julho de 2021, este Plano alicerça-se em políticas educativas com eficácia demonstrada ao nível do reforço da autonomia das escolas e das estratégias educativas diferenciadas dirigidas à promoção do sucesso escolar e, sobretudo, ao combate às desigualdades através da educação.

6. Foram aprovadas as resoluções relativas às seguintes autorizações de despesa:

  • aquisição de licenças digitais de manuais para o ano letivo de 2021/2022, para os alunos do ensino público abrangidos pela medida de gratuitidade dos manuais escolares;
  • aquisição de refeições destinadas às populações dos estabelecimentos prisionais e dos centros educativos;
  • apoios decorrentes da celebração de contratos-programa no âmbito do ensino profissional para o ciclo de formação de 2022-2025.

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Aguardo o Comunicado de Conselho de Ministros…

Alterações aos concursos para reduzir falta de professores no início do ano

 

Os professores com horários incompletos vão poder ver os contratos renovados no próximo ano letivo e as escolas nas regiões mais afetadas pela falta de docentes podem completar os horários a concurso nas disciplinas com maior carência.

As medidas, avançadas à Lusa pelo ministro da Educação, João Costa, estão previstas num dos diplomas que deverá ser aprovado hoje em reunião do Conselho de Ministros para mitigar as dificuldades na contratação e substituição de docentes.

Nas zonas do país particularmente afetadas, como Lisboa e Algarve, os horários a concurso para as disciplinas em que habitualmente faltam mais professores vão ser completados logo no arranque do ano letivo.

O objetivo, explicou o governante, é haver menos professores em falta no início das aulas, em setembro, “sobretudo em lugares onde um horário incompleto pode ser muito pouco apetecível em termos de concurso”.

À semelhança do que aconteceu a partir do final de abril, as escolas poderão completar esses horários com medidas de apoio aos alunos e aulas de compensação para aqueles que este ano tiveram menos aulas precisamente por não terem professor.

Por outro lado, as escolas vão poder também renovar com os professores que este ano foram contratados para horários incompletos, mantendo neste caso, que se estende a todo o país, a carga horária original.

Segundo João Costa, a medida vai “dar estabilidade às equipas que estão nas escolas e mitigar um pouco as dificuldades de substituição que, por vezes, acontecem no início do ano letivo quando estes horários têm de ir todos novamente a concurso”.

O mesmo diploma prevê ainda uma alteração ao nível dos mecanismos de contratação, alterando o número de reservas de recrutamento necessárias até que os estabelecimentos de ensino possam recorrer à contratação de escola.

Assim, no próximo ano letivo as escolas poderão recorrer àquela que é a última etapa para a colocação de docentes após uma reserva de recrutamento em que a vaga não seja preenchida.

“Esta alteração permitirá que a colocação por substituição dos professores ocorra mais rapidamente e, desejavelmente, isso permitirá que os tempos em que a turma está sem professor sejam mais reduzidos”, antecipou o ministro.

“O que estamos a fazer, e com outras medidas que também anunciaremos brevemente, é um compósito de medidas para mitigar as dificuldades de substituição dos professores”, acrescentou.

O Conselho de Ministros deverá aprovar igualmente um outro diploma referente aos profissionais das escolas, neste caso prorrogando os recursos humanos afetos ao plano de recuperação das aprendizagens, na sequência dos efeitos da pandemia da covid-19.

Em concreto, mantêm-se as medidas que alargam o crédito horário das escolas, reforçam as equipas multidisciplinares de apoio à educação inclusiva e alargam os apoios tutorias aos alunos.

De acordo com João Costa, corresponde a cerca de 3.300 professores e 900 técnicos especializados, estes afetos aos planos de desenvolvimento pessoal, social e comunitário, com que as escolas vão continuar a contar no próximo ano.

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A víbora – José A. Baptista

 

Não vou nomeá-la, os filhos e netos estão aí, mas vou defini-la: uma víbora é uma professora ou um professor que adora chumbar os alunos. Calhou-me em sorte no quarto ano do liceu, eu era uma criança, e doeu-me. Acho que foi o meu sofrimento de então que me despertou, que mais me transportou do estado de criança para o jovem consciente dos perigos que é preciso enfrentar com inteligência.
Como um mal nunca vem só, calhou-me novamente no 6ºano, atual 10º, e logo a duas disciplinas, Filosofia e Organização Política e Administrativa da Nação. Não pensei muito, o inimigo, se não tens condições para o vencer, o melhor é contornar. Fui à secretaria do liceu e pedi a anulação da matrícula nestas duas disciplinas, um suicídio, diziam-me os mais próximos, mas aí eu já conhecia bem as regras do jogo e tinha a confiança em mim próprio de que faria melhor sozinho do que com as regras e humilhações da víbora.
A OPAN resumia-se a decorar um pequeno manual, coisa de uma semana de empinanço, nem tanto, e assim foi, nos três dias anteriores ao exame li e reli de trás para a frente e da frente para trás, dormi com o livro debaixo da almofada, confiante na osmose, fiz o exame e tive 18. Dispensado da oral, um problema resolvido.
O autor do manual de OPAN era António Martins Afonso, professor, escritor e advogado, também autor da Breve História de Portugal, durante muitos anos Inspetor Geral da Educação, natural de Juncal do Campo, concelho de Castelo Branco, e isto é o mais importante, precisamente a minha aldeia. Morava na minha rua, escassos 100 metros acima, e era aqui que passava as suas férias.
A Filosofia as coisas foram mais complicadas, mas o outro professor nesta disciplina, que lecionava as classes de Ciências, eu conhecia-o bem, ele era o treinador e eu jogador da equipa de futebol do liceu, autorizou-me a frequentar as suas aulas quando quisesse e foi ele que me orientou sobre os livros a ler e a estudar. Tive 13 na escrita, quem classificou as provas foi a víbora e 13 foi a nota mais alta que deu.
A pauta geral de todas as disciplinas foi afixada, ansiedade à sua volta, a víbora passou, viu-me e, antevendo o desastre, perguntou: “então Afonso, como correram as coisas”. Pensava que me humilhava e eu respondi: pode ver aqui, as notas já saíram. Viu, ficou aturdida quando viu que eu tinha 18 não apenas a OPAN, mas também a Grego e a Francês, 15 a Latim e quem ficou humilhada foi ela porque nenhum dos seus alunos fez melhor do que eu. E rematou: “Não se esqueça que até ao lavar dos cestos é vindima”. E eu pensei, estou tramado, é ela que me vai fazer a prova oral a Filosofia. Falei com o reitor para me dar outro examinador, foi simpático, mas isso não podia fazer. Entendi.
Voltei para o Juncal, era aí que me isolava para preparar os exames, e os astros estiveram ao meu lado. Quem estava ali, passando as suas férias, numa boa relação de vizinhança? O Inspetor Geral, Martins Afonso, e eu vi a luz salvadora do desastre iminente, se ele aceitasse assistir à minha prova oral. O meu pai falou com ele: “não, nem pensar, não posso interceder em questões particulares”. Desgosto, medo de um ano perdido por uma disciplina, com uma média superior a 16. No dia da prova, logo pela manhã, quem bate à porta? O Inspetor, pensou melhor, eu vou convosco, preparem-se, vão no meu carro. E assim foi.
O Inspetor entrou comigo na sala, o júri, de pé, “fez a continência”, insistiu para que se sentasse na mesa, recusou, foi sentar-se numa carteira lá atrás. O júri ligou as pontas, dois Afonsos, não havia dúvidas, estava ali por minha causa. E não se enganou. Logo que acabei a minha prova levantou-se, “portaste-te bem rapaz”, e saímos, com as vénias da praxe, e eu a pensar, desta já me livrei. Passados uns dias, cruzei-me com a víbora no centro da cidade e não resisti a um impropério de má educação: “Assim é que elas se enxofram”.
Curiosamente, quando voltei ao liceu na qualidade de professor, quem me saiu na rifa como aluno? O filho da víbora e aí, sim, veio a minha vingança definitiva: era uma criança adorável, saía ao pai, capitão do exército, que bem conheci, era um ótimo aluno, mantivemos uma excelente relação de proximidade e cumplicidade, teve boas notas, a víbora respirou de alívio, aproximou-se de mim, e mantivemos uma grande cordialidade nos dois anos que ali fui professor. Motivo para repetir: “Assim é que elas se enxofram”.
Relembrando este episódio, agora não como aluno, mas como profissional da educação e antigo dirigente do ME, parece-me que ele tem todos os condimentos do improvável e inaceitável em instituições de educação. O que me leva a pensar que o Inspetor, homem respeitável e maduro, pode ter tido outras razões que o impulsionaram para este cenário de inspeção. Quem sabe?

07-07-2022 | diário as beiras

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A injustiça teima em reinar na monodocência

Os professores monodocentes trabalham semanalmente mais 6h 40m que os colegas do 2.º e 3.º ciclos e do secundário, o que significa no final da carreira contributiva mais de 18 anos de serviço.

A injustiça teima em reinar na monodocência

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A educação como a utopia em ação

 

Uma utopia: um “Erasmus nacional” que potencie o estreitamento de laços e o estabelecimento de parcerias entre escolas, com a mobilidade de professores e de alunos portugueses em território nacional.

A educação como a utopia em ação

Assisto na escola à ditadura da fragmentação do tempo cronológico: aos primeiros cinquenta minutos do primeiro bloco letivo seguem-se-lhe outros tantos, cirurgicamente compartimentados por entre pavilhões de aulas segundo o ritmo de uma velocidade enfurecida e envelhecida. Almeja-se uma educação holística, integral, com um ensino cronometrado e disciplinar. Não será a “ocupação plena dos tempos letivos na escola” uma necessidade de apropriação e de controlo do tempo? Não deveriam os alunos propor sistematicamente projetos para dinamizar? Haverá tempo fora deste tempo cronológico? Como recuperar o tempo processual da construção, criação e intervenção, segundo o “elogio da lentidão” (Milan Kundera) ou da fruição?

O professor encontra-se refém de instrumentos, tarefas e reuniões demasiado burocráticas. E, à medida que os níveis de escolaridade vão aumentando, vai decrescendo a sua autonomia, porque as metas que convergem na lógica dos resultados dos exames nacionais vão-se aproximando e vão-no afunilando. É possível autonomizar o aluno, quer dizer, promover uma educação que desenvolva o pensamento crítico e criativo e, simultaneamente, heteronomizar a ação do professor?

Neste contexto, reflito no perfil do professor como aquele que possui uma atitude filosófica, ou seja, que tem a capacidade de despertar o espanto, a surpresa e a curiosidade nos alunos; que sabe escutar a suas vozes, que adora partilhar conhecimentos mas que tem a abertura para se deixar surpreender e a humildade para ser um eterno aprendiz, a inventividade para trilhar novos e outros caminhos com os seus conteúdos, mesmo quando a sua voz é minoritária e a sua práxis aparenta ser inútil, assume-se como um resistente. Um “indisciplinado criativo” que de forma endogenamente colaborativa desafia e é desafiado pelos seus alunos e pares, contribuindo para a criação e divulgação de conhecimentos, experiências e afetos, dentro e fora da sua escola, dentro e fora da sua comunidade. Um “indisciplinado criativo” que, paradoxalmente, se torna num modelo de ação ético-moral, paciente e resiliente, porque a educação-ação é uma tarefa incessante e apaixonante de contrariedades, de conquistas e de criação de utopias.

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