O Plano 21/23 Escola+, para recuperação das aprendizagens perdidas durante a pandemia de Covid-19, significou 41 785 horas suplementares de estudo nas diversas ações implementadas pelas escolas desde 2021. De acordo com o segundo relatório de monitorização do plano, 36 397 tempos suplementares foram garantidos por professores e 5388 por técnicos.
5 ideias singelas para a avaliação e mudança das CPCJ.:
1. Mudar a lei no capítulo que obriga ao consentimento dos pais para intervenção das CPCJ. Faz sentido pedir consentimento a quem suscita dúvidas sobre o cumprimento dos seus deveres? Porventura, o fisco pede consentimento ao contribuinte para auditar contas?
2. Criar critérios mais objetivos para escolha dos membros das Comissões (na educação, por exemplo, talvez as CPCJ não devam ser alternativa à mobilidade por doença, como ainda há dias aconteceu numa próxima de mim e sei que acontece em muitas).
3. Mudar o lugar das CPCJ no contexto da administração pública. Em vez de um organismo com lugar confuso e estatuto difuso (baseado no lirismo da “parceria” e outras ideias poéticas e pouco operativas) criar um instituto público nacional autónomo com recursos e meios (o serviço de proteção de crianças e jovens). A regionalizar quando essa reforma chegar. A base municipal, de parceria e comunidade são ideias giras mas não estão a funcionar.
4. Desmunicipalizar as comissões e integrar processos, com informática a sério e numa gestão baseada no acompanhamento em qualquer ponto do território, evitando as falhas de quando há mudanças entre concelhos.
5. Dar poder mais coativo às comissões, recuperando para o seu presidente o conceito de magistrado administrativo. Ou criando mecanismos mais eficazes de coordenação de ação com os tribunais (as comissões têm de ser contactáveis 24 horas e não só no horário de uma secretaria e a chegada das quaetoes ao tribunal tem ser à velocidade dos casos juidicias em que há arguido preso).
Escusado será dizer que estas opiniões dum parolo de Viana, mesmo com 25 anos de experiência, nunca passarão de um lamento numa rede social.
Os “parceiros” instalados das comissões, em que “bom clima de parceria” é mais importante que a dialética, que faz mudar, ainda dirão que isto tudo é reaccionário.
Depois da queda a pique em 2019/20, indicadores sobem pela primeira vez em oito anos. O 12.º ano é o único em que há uma diminuição dos “chumbos”, resultado das regras dos exames.
As taxas de retenção e abandono subiram em todos os níveis de ensino, à excepção do 12.º ano, em 2020/21. É a primeira vez em oito anos que estes valores sobem, mas a percentagem de alunos que não concluíram o ano está em linha com o que verificava antes da pandemia de covid-19 e consegue manter a tendência positiva que vinha de trás.
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(Por favor, não perturbar, que planear erros dá muito trabalho e exige concentração)
Como se de um filme surrealista se tratasse, repleto de cenas nonsense, os “bem iluminados”, patrocinados pelo Ministério da Educação, continuarão a atulhar as escolas com projectos e programas irrealistas e artificiais, concebidos à luz de enquadramentos teóricos impossíveis de concretizar nas condições existentes e com efeitos práticos muito questionáveis e duvidosos…
A auto-flagelação, os episódios folclóricos e a demagogia na Educação parecem agigantar-se…
A camarilha de bajuladores do regime, incapaz de contrariar qualquer ordem ou decisão emanada pelos doutos superiores, por mais absurda ou insensata que a mesma seja, parece acreditar piamente nas políticas educativas dos seus idolatrados…
Ou, então, genuinamente não acredita e o seu seguidismo limita-se a adular qualquer um que lhe possa ser útil, com o objectivo de poder obter vantagens, benefícios ou reconhecimentos…
Pelos efeitos que já se fazem sentir, prevê-se um Ano Lectivo de 2022/2023 verdadeiramente esquizofrénico, insano e delirante…
Os prodigiosos exercícios de imaginação e de criatividade, de quem não conhece a realidade, nem faz a menor ideia do que é o dia-a-dia numa escola, já estão bem presentes e parece que vieram para perdurar…
Teremos, certamente, as escolas a funcionar à imagem do País:
– País, onde o 1º Ministro, aparentemente desconhecedor das intenções e dos propósitos dos seus protegidos, demite um Ministro e, passadas poucas horas, revoga essa decisão, com uma enorme desfaçatez, apresentando argumentos pueris e esfarrapados para justificar a readmissão do Titular da Pasta das Infraestruturas e Habitação.
E tudo isso com uma maioria absoluta na Assembleia da República e sem os entraves inultrapassáveis de eventuais pressões políticas por parte da Oposição;
– País, onde o Ministro readmitido convoca uma Conferência de Imprensa, prestando-se ao papel de “l´enfant terrible”, muito arrependido dos actos que praticou, penitenciando-se publicamente pelos mesmos, de uma forma patética e risível;
– País, onde um ex-Primeiro Ministro, acusado de graves crimes económico-financeiros, sempre muito petulante e ufano, continua a passear-se impunemente por aí, aparecendo frequentemente na Comunicação Social a vitimizar-se, a destilar veneno contra todos aqueles que “não vão na sua cantiga” e a proferir ameaças contra tudo e contra todos, com o maior dos desplantes.
Ex-Primeiro Ministro, esse, que se afirma como inocente e vítima de uma conspiração, como se fosse um “mártir” do Ministério Público, mas que faz uso de todos os expedientes legais, na tentativa desesperada de adiar o mais possível a sua ida a Julgamento.
Os contribuintes, esses, continuarão, ainda, por muitos anos, a pagar todos os seus desvarios governativos e que conduziram à bancarrota do País, enquanto ele parece continuar a viver faustosamente, sem qualquer limitação económica;
– País, onde grande parte das directrizes emanadas pelo Ministério da Educação parecem pautar-se pelo desnorte e/ou pela incompetência, lamentavelmente, com consequências tangíveis e prejudiciais para muitos, desde os profissionais de Educação até aos Alunos;
– País, onde a Saúde, a Educação e a Justiça parecem estar prestes a ser implodidas pela própria Tutela;
– País, dominado pelos apparatchiks, disseminados por todo o lado, sempre muito submissos, acríticos e prontos para qualquer frete político…
Em resumo, País onde os “maus comportamentos” costumam ser premiados e recompensados e onde alguns agem com o sentimento de total impunidade, parecendo que tudo podem, como se fossem intocáveis ou estivessem acima de qualquer crítica, suspeita ou sanção…
Perante cidadãos submissos, silenciosos e muito tolerantes face ao Poder Político, o conceito de Ética tende a tornar-se muito flexível, difuso e relativo, dependente daquilo que possa dar mais jeito num determinado momento…
A Ética, enquanto código de conduta, não pode ser isso, por não poder sujeitar-se à manipulação, nem às interpretações subjectivas…
E tudo o anterior acabará também por ter reflexo em muitas escolas…
O próximo Ano Lectivo promete muitas operações de cosmética, muita ficção científica e adereços cinematográficos, com destaque previsível para abundantes e variados efeitos especiais…
Obviamente, acompanhados pelo dispêndio de muitas horas de trabalho insano e infrutífero…
Nas escolas não é possível esquecer os erros do passado, pois que se tropeça nas suas consequências todos os dias, mas, e por absurdo que possa parecer, já se começaram a planear os erros do futuro…
O presente ano lectivo ainda não está concluído, mas nas escolas já há um novo Processo Errático em Curso… E a naupatia agrava-se com a preparação do próximo ano…