Falta de Professores

A falta de Professores no terceiro ciclo e secundário é notória.

As Universidades, responsáveis pela formação de professores, não têm feito um investimento na abertura de Cursos de Mestrado em Ensino. 

Os  Cursos de Mestrado em Ensino constituem um elemento importante na  formação de professores, uma vez que visam a aquisição de habilitação profissional para a docência. Um licenciado que pretenda fazer o Mestrado em Ensino tem de frequentar o Mestrado na Universidade do Porto ou na Universidade  de Lisboa. Nem todas as Universidades Públicas têm Mestrado em Ensino.  As Universidades Públicas deveriam investir nos Mestrados em Ensino dos grupos de recrutamentos mais deficitários, que são, segundo estudo do Conselho Nacional de Educação, são Educação Tecnológica, Economia e Contabilidade, Filosofia, História e Geografia, as áreas em que deverá haver mais reformas no 3º ciclo e secundário. 

Fazendo uma pesquisa, a única Universidade que leciona o Mestrado em Ensino em Economia e Contabilidade, é a Universidade de Lisboa. 

Segundo o CNE, a maioria dos docentes das escolas poderá estar reformado até 2030:

Até 2024, deverá haver menos 17.830 professores, nos cinco anos seguintes serão menos 24.343 e finalmente, entre 2029 e 2030.

O Governo terá de deixar de reconhecer a falta de Professores, deve agir para mitigar o problema a médio e longo prazo.

Elisa Manero

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5 comentários

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  1. E o ME deveria começar rapidamente a pensar em criar estímulos para orientadores de estágio nas escolas e assim ainda utilizar o know how dos melhores que ainda estão nas escolas.
    Não esquecer que um mestre experiente é bem mais útil e sábio que um novato que tem também muito a partilhar e aprender.

    • Tenham juízo! on 16 de Junho de 2022 at 20:08
    • Responder

    ” As Universidades Públicas deveriam investir nos Mestrados em Ensino…”
    Esta é a piada do mês! Até parece que a falta de professores se deve à falta de investimento das universidades. Elas deixaram de ter vagas para os mestrados via ensino, porque estes cursos pura e simplesmente não candidatos em número suficiente para justificarem o investimento no respetivo corpo docente. Já agora lembro à Elisa Manero que o dinheiro resulta do facto de haver alunos inscritos e não do “esforço” das universidades.
    Por que os jovens não escolher cursos via ensino?
    1º – NÃO TÊM VAGA NO SISTEMA!! A idade de vinculação dos professores contratados anda pelos 45 anos. Dos 25 anos até aos 45 anos, sou eu que digo aos jovens para irem trabalhar noutra área, porque esta não merece o sacrifício!
    2º Os ordenados não valem a pena!! Por 1000 euros mensais há muitas opções de trabalho (até por conta própria) perto de casa sem terem de se sujeitar à “lotaria” anual.
    3º Pessoas como a Elisa Manero insistem em não ver o problema, e, por isso, a questão não se vai resolver a breve trecho. Vai-se resolver por si ou seja pelo colapso do sistema.

    • Falcão on 16 de Junho de 2022 at 22:20
    • Responder

    QUEREM QUE HAJA CANDIDATOS A PROFESSORES?
    Então comecem por respeitar os professores no ativo!
    Como?
    É simples, muito simples, basta fazer isto: entreguem meios e recursos às escolas: reforcem a internet (5G em força, banda larga a sério!!!); renovem computadores, tablets, portáteis, videoprojectores, ecrãs; disponibilizem acesso gratuito a todos os alunos e professores às plataformas digitais da Escola Virtual e da Aula Digital (independentemente das adoções de manuais); criem uma plataforma e software de gestão de alunos, sumários, faltas etc. que seja realmente funcional, rápida e intuitiva; dotem as escolas de recursos humanos tão necessários, professores de apoio por áreas disciplinares, psicólogos clínicos, mediadores sociais, etc.; limitem o número de turmas por professor e de alunos por turma; respeitem a redução do 79 sem carregarem a componente não letiva; valorizem com mais horas de redução a direção de turma; libertem a carga burocrática infernal que nos consome; reintroduzam a lei dos cônjuges para dar estabilidade às famílias de casais professores; resolvam as injustiças nos concursos de colocação de professores; voltem a abrir a CGA para quem já teve CGA (pois é imoral professores dos quadros estarem uns na CGA e outros na SS); ponham mão na ADSE (que já não serve para quase nada e para a qual descontamos bastante mais do que no passado e com muito menos cuidados de saúde); equiparem os cursos pré-Bolonha em via ensino a Mestrado, com a consequente bonificação de 2 anos na carreira (isto iria permitir uma reforma mais rápida para muitos professores e o rejuvenescimento da classe docente) e, por fim, acabem de vez com o regime de “carreira dupla” num único país (profs do Continente roubados face aos das regiões autónomas na recuperação do tempo de serviço congelado!!!)

    Isto certamente iria motivar os professores em funções e atrair mais jovens à profissão!

    Que tal experimentar? Podiam dividir isto pelos 4 anos da legislatura, e ir fazendo todos os anos uma parte, se daqui a 4 anos tudo isto existisse eu votaria PS pela 1ª vez na minha vida!
    Mas, claro, cheira-me que vou morrer sem nunca ter votado PS! Facto que não me entristece nada, devo confessar, até me orgulha! Ahh, convém dizer que o PSD e a direita são iguais ou piores, e que a esquerda radical, a esquerda caviar, toda a que existe, só usa os professores para ganhar votos, mas não os respeita verdadeiramente, pois se o fizesse não mantinha nos sindicatos aquelas autênticas NÓDOAS que são os sindicalistas que temos tido, que não saem nem com benzina!

    • Jorge on 17 de Junho de 2022 at 21:08
    • Responder

    Não se fala mas o problema também existe no 1º Ciclo.
    Basta ver o número de dias sem aulas por turma durante o mês de junho.
    As substituições não existem e a realização das provas aferidas sobrepõem-se a tudo.
    Em 36 anos de serviço nunca assisti a tal.

    • Alice on 18 de Junho de 2022 at 0:56
    • Responder

    Respeitar os professores? Apenas no dia em que todos decidirem que não vão trabalhar. Fazíamos algo semelhante aos personagens de Saramago, que um dia não foram votar.

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