O SIPE solicitou a prorrogação dos prazos da mobilidade por doença, devido à dificuldade de cumprimento dos mesmos por parte dos docentes, pelos seguintes motivos:
Há docentes com componente letiva nas escolas, nomeadamente os Educadores e Professores do 1. Ciclo, até dia 30 de junho;
Há docentes em serviço de exames e serviço de vigilância aos exames.
Médicos que se encontram em férias;
Acresce a estes motivos o feriado de S. João no dia 24 de junho, sexta-feira, sendo retirado desta forma do prazo estabelecido, três dias de acesso à possibilidade dos docentes se deslocarem ao médico, ou seja, 24, 25 e 26 de junho.
A FNE, de acordo com as alterações que têm sido requeridas junto dos seus Sindicatos, informa que fez chegar hoje um ofício ao Ministério da Educação a solicitar o alargamento do prazo definido para o preenchimento e a extração do Relatório Médico relativo à Mobilidade por doença, previsto através de Aplicação eletrónica e disponível entre o dia 22 de junho e as 18:00 horas de 28 de junho de 2022 (hora de Portugal continental).
A FNE avançou também com pedido de reunião com a Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) para apresentar alguns dos problemas logísticos apresentados pela plataforma criada para o efeito.
Uma enorme parte de municípios no norte festejam o S. João (sexta-feira) e outra parte o S. Pedro (quarta-feira).
O que leva muitos médicos a agendarem as suas férias para esta altura.
Devendo o pedido de MPD ser submetido até ao dia 30, vamos assistir a ter muitos médicos em férias. Tal como aconteceu pela zona de Lisboa no fim de semana do S. António e no dia de Portugal e dos Santos.
A Escola internacional de São Tomé e Príncipe (EISTP) é uma escola privada que acolhe crianças
de mais de 14 nacionalidades. Fundada em 2011, a EISTP é gerida pela Associação APRENDE,
associação sem fins lucrativos formada por pais e encarregados de educação. Atualmente a
escola conta com 90 alunos e ministra aulas do 1.º ao 4.º ano do Ensino Básico conforme o
Currículo Português. A escola está integrada na rede de escolas portuguesas no estrangeiro.
Procuramos candidatos com:
– Licenciatura em Ensino Básico – 1.º Ciclo
– Experiência de pelo menos 3 anos como docente
– Conhecimento de informática na ótica do utilizador
– Qualidades altamente apreciadas: liderança, criatividade, autonomia, pontualidade
Oferecemos:
– Oferecemos remuneração compatível com a função
– Uma viagem ida e volta por cada período contratual ao país de origem
– Apoio logístico à instalação em São Tomé
– Contrato a termo certo de 2 anos letivos com possibilidade de renovação
Interessados, por favor, enviar CV com fotografia recente para o endereço de email:
geral.eistp@gmail.com, referindo no assunto a referência: EISTP docentes 2019-2020.
Apenas os candidatos pré-selecionados serão contactados para entrevista via Skype
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2022/06/recruta-docentes-1-o-ciclo-ensino-basico-escola-internacional-de-sao-tome-e-principe/
1- Não é difícil, pois a maioria dos professores fica em casa a hibernar durante as férias para pôr o sono em dia;
2- Aumentarem o distanciamento social de 2 para 100 metros;
3- Ficarem em casa o máximo de tempo possível (é altura para pôr em dia as séries da Netflix que não pudeste ver ao longo do ano);
4- Se tiverem mesmo de sair de casa durante a luz do dia, usem garruço, óculos escuros e gola alta (acreditem, sufocar em pleno verão não é o pior que vos pode acontecer);
5- Se a saída for de carro, usem vidros escuros; colem película autocolante escurecida (se tiverem folha de alumínio de cozinha, também serve – um quadradinho de abertura no para-brisas chega bem). Se mesmo assim estiverem em risco de serem identificados, tornem a dar uma volta ao quarteirão que, mesmo ao preço que está o combustível, é preferível para bem da vossa saúde mental;
6- Se forem reconhecidos ao volante na autoestrada, saiam na saída mais próxima;
7- Se tiverem o hábito de irem comer fora em locais de fast-food onde facilmente se encontram os vossos alunos com os pais, não neguem esse prazer de comer o que querem, só não façam onde querem; façam-no noutro distrito (evitem o algarve, pois ao fim de alguns dias, acreditem, ficam com a mania da perseguição); ou, então, comam em casa; no caso do frigorífico e a despensa ficarem vazias – lembram-se daquela dieta que há anos andavam a pensar em experimentar? Pois, então chegou o momento de a fazer;
8- Irem às compras às 3 da manhã;
9- Se forem comprar vestuário e os avistarem, entrem num provador de roupa e só saiam de lá duas horas depois; se for de roupa de mulher, só saiam quando forem expulsos na hora do fecho. Se for uma sapataria, estão tramados;
10- Se estiverem num centro comercial e o vosso olhar se cruzar com o deles, dirijam-se para a casa de banho mais próxima e deixem passar, pelo menos, uma hora (acreditem, o sacrifício vale bem a pena);
11- Se forem à «bola» e forem vistos na bancada do vosso clube, dispam-se e corram nus pelo relvado até à bancada adversária para evitarem animosidades clubísticas. Caso não tenham coragem de se despirem, corram na mesma, pois o risco de levarem um arraial de porrada da claque adversária, compensa;
12- Arranjem um cão. Dêem-lhe a cheirar material escolar dos vossos alunos. Quando forem passear, se ele cheirar à distância algo familiar, fica maluco. Não há melhor alarme;
13- Se, mesmo assim, tiverem o azar de serem reconhecidos, digam que vos devem estar a confundir com o vosso irmão(ã) géme@. Se eles não «descolarem» refiram que vão fazer o teste ao Covid. Se nem assim, então desejo-vos boa sorte.
14- Se forem à piscina municipal, levem um escafandro ou fato de mergulho;
15- Se estivem num rio e forem avistados, deixem-se levar pela corrente… todos os rios desaguam no mar;
16- Se estiverem na praia debaixo de sol abrasador, e escutarem “professor…”, não olhem para trás, corram e atirem-se ao mar; se forem atrás de vocês para a água, não entrem em pânico, a costa de Marrocos é já ali; se tiverem o azar de estar numa praia banhada pelo Atlântico, é melhor aceitarem o vosso destino;
17- Se pais e alunos falarem convosco e vocês não os reconhecerem, então está na altura de meterem os papéis para a reforma.
Os chumbos servem para estigmatizar, punir e marcar. Não há, como noutras, qualquer democracia nesta premissa. E não: muitas das vezes, os problemas não caem na escola. Uma significativa parte dos problemas volta à escola (porque o que vai, volta).
A resposta, a meu ver, é simples: nunca. A escola poderia ter, acima de tudo, uma matriz social, humana e civilizadora. A escola foi transformada num aparelho pesado, com outros interesses (como se fossem fábricas de cidadãos de diferentes categorias de importância). Uma medi(a)dora de capacidade de sacrifício e acatamento?
Uma criança ou um jovem não são obrigados a gostar desta escola. Aliás, é saudável que não gostem. Se a educação é compulsória, então é a escola que precisa de cativar as crianças e os jovens. A motivação nunca vem com as mochilas.
Como é que se transforma informação profundamente truncada em conhecimento integral? “Rigor e exigência” – este sistema, assente no acatamento acrítico, fatiado em disciplinas a que se dão, há demasiado tempo, roupagens de 1.ª, de 2.ª e de 3.ª. Não poderia ser fomentada, desde cedo, dentro da realidade do respeito pelo trabalho, a liberdade de escolha adaptada às circunstâncias? Encorajado o poder da iniciativa? Da vontade própria? Da descoberta? Da curiosidade? Da criatividade?
Onde estão as práticas da autodescoberta e da inteligência emocional, sem a qual não sobram grande coisa? Somos receptores de informação, mas para o quê? Qual o intuito? O que é que esta informação fará por nós, e nós por ela? O que é que acrescenta? Qual a utilidade? Podemos debater acerca da sua pertinência? Não podemos escolher, dentro de uma área, o que explanar? Conhecermo-nos primeiro, antes de conhecer o(s) outro(s). Sem ideias pré-concebidas, sem veredictos à priori: sem pressupostos, sem tábuas rasas ou dados adquiridos.
Na década de ‘20 do século passado, já Abel Salazar, médico e professor (e pintor, e por aí), homem notável em qualquer tempo, era original na forma como conduzia as aulas, defendendo um ensino aberto, apoiado na observação, na investigação e na discussão científica, promovendo o autodidactismo dos alunos. Há cem anos!
Que paternalismo é esse, o de se achar que outros, que se saíram bem num sistema eminentemente desinteressante, mesquinho, amorfo, marrão, repetitivo, fomentador de desigualdades e de invejas é que sabem sempre o que é melhor para quem está ainda na escola? Com que direito se transformou uma conquista democrática, como permitir que todos possam ter acesso àquilo que deveria ser uma oportunidade, numa máquina debulhadora?
E os que querem outras coisas? E os que precisam de outras coisas? E os projectos verdadeiramente diferenciadores, que valem menos do que um teste ou um exame, mas que, ao contrário desses, motivam e não criam situações de stress, mal estar e competição?
Leio e ouço comentários, de dentro da máquina, e vejo muito receio de obsolescência. Confunde-se, desde logo, o incentivo ao pensamento com o “ensinar a como pensar”. Depois, a legitimação, pela exclusividade, no acesso às oportunidades: crer que os bons alunos (sejam lá o que forem) merecem mais oportunidades do que os alunos assim-assim ou os alunos fracos é acreditar que a ordem natural das coisas depende de um coador social aprimorado pelo sistema educativo. Isto levanta uma enorme questão: passamos anos a fio a ouvir que a educação é um ascensor social, quando, na verdade, não passará de uma peneira.
É que com o sistema como está, é preciso alimentar a “inevitabilidade” dos empregos mal remunerados, a falácia das “qualificações” (porque qualquer emprego ou trabalho é qualificado) e a legitimação das diferenças sociais: a pobreza também é um negócio.
Não pode haver elefantes no meio da sala, nem vacas sagradas: tudo pode ser discutido. Algo que é visto como eminentemente bom poderá não o ser. Muitas vezes não o é. Algo que promove meia dúzia e deixa cair a larga maioria é uma doença. Porque se recuarmos uns anos, perceberemos que foram repetidores de informação acríticos e “altamente qualificados” que perpetraram eventos como o Holocausto e outras guerras e tragédias. São repetidores de informação altamente qualificados que afundam o mundo, moral e eticamente, dia após dia.
Um sistema educativo sem estudos das emoções, empatia, ética, moral, equidade e solidariedade não serve. Um sistema educativo que privilegia a sanha classificativa, os rótulos (uma espécie de cadastro), colocando como acessório o que escrevi no início deste parágrafo, é um reprodutor cultural de desigualdades.
Os chumbos servem para estigmatizar, punir e marcar. Não há, como noutras, qualquer democracia nesta premissa. E não: muitas das vezes, os problemas não caem na escola. Uma significativa parte dos problemas volta à escola (porque o que vai, volta).
A escola tem um papel importante na forma como reproduz a sociedade. Se queremos que ambas progridam, pois que sirva para nos descobrirmos, para evoluirmos enquanto cidadãos do futuro, com ética, autónomos, curiosos, criativos, críticos e conscientes: lúcidos. E com respeito pelo(s) outro(s).
Aplicação eletrónica disponível entre o dia 22 de junho e as 18:00 horas de 28 de junho de 2022 (hora de Portugal continental) para efetuar o preenchimento e a extração do Relatório Médico.