7 de Setembro de 2016 archive

958 Horários em Concurso na Contratação de Escola

Às 23:30 de hoje existem em concurso 958 horários em contratação de escola.

Lembro que para verem os horários em concurso em cada um dos grupos de recrutamento precisam de adicionar as habilitações para esse grupo de recrutamento.

Se não conseguem visualizar este número de horários é porque não adicionaram a vossa habilitação.

Lembro também que estes horários em concurso, com excepção dos Técnicos Especializados e dos grupos de Música e Dança são todos inferiores a 8 horas lectivas.

Caso fiquem colocados numa destas ofertas são retirados da Reserva de Recrutamento e impossibilitados de serem colocados pela RR até final do ano lectivo, só podendo completar horários concorrendo novamente às ofertas de escola.

Por isso, se estão bem posicionados nas listas de não colocados aconselho alguma cautela neste concurso.
7 setembro 2016

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O que reivindicam os(as) docentes do Pré-Escolar…

 

O 1º ciclo assistiu nos últimos anos a um movimento reivindicativo como nunca houve!

Isso deveu-se ao facto de muitos professores poderem lecionar dois grupos de recrutamento e muitos acabaram por aceder ao 1º ciclo. Ou seja, conheciam a realidade doutros ciclos e comparando com o 1º ciclo perceberam como é difícil viver por cá. Sempre que podem, saem do 1º ciclo pois é extenuante!

Começaram a entender que quanto mais pequenas as crianças, mais cansam!

Agora imagine-se o pré-escolar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Os docentes em monodocência têm a maior carga horária diária e semanal em relação aos outros ciclos. Não têm redução da componente letiva pela idade e nem na idade da reforma. Estamos pior que há 30 anos atrás!

 

 Vamos analisar os pontos de reivindicação:

  • Horário diário- para o pré-escolar e 1.º ciclo uma hora são 60 min, para os restantes docentes são 50 min: o primeiro contrassenso: estas crianças são muito dependentes, cansam muito…10 minutos por hora, seria retirado ao nosso horário 50 minutos por dia!
  • Não temos o problema dos intervalos, embora alguns agrupamentos queiram impor o que fazem no 1º ciclo. Mas o DOAL nada refere em relação ao pré-escolar portanto não se faz. É o 1º ciclo que deve fazer como nós e não o contrario. Além disso todos os profissionais têm 1omn ao meio da manha e isso cria uma .injustiça gritante.
  • O calendário escolar do pré-escolar continua a ser o mais injusto dentro da escola. Trabalhamos mais um mês que os colegas do lado. E se os colegas dos outros ciclos não nos ajudarem nesta luta, em breve isso irá abrangê-los.
  • O atº79 e o regime de aposentação: os professores do pré-escolar e do 1º ciclo não têm redução da componente letiva pela idade. Nos outros ciclo, aos 50 começa essa redução mas em monodocência temos profissionais que aos 60 ainda têm a componente letiva de 25 horas semanais. Se queremos ver a injustiça, basta comparar a componente letiva de dois docentes com a mesma idade no pré- escolar ( e 1ºceb )e nos outros ciclos.

Mas isso sempre foi compensado na idade da reforma. Em monodocência reformávamo-nos mais cedo, 4 anos!

Neste momento nem redução nem benesses na reforma!!!!estamos pior que há 30 anos!

  • Nos outros ciclos o diretor de turma tem um credito de horas, subtraídas à componente letiva ( e muito bem) para articulação com os outros professores da turma e atendimento aos pais. Na monodocência, já sobrecarregada, esse trabalho é desenvolvido fora das horas da componente letiva. Reunimo-nos para articular com os colegas do lado, e TE, coordenamos e supervisionamos a AAF e ainda o trabalho da auxiliar. E atendemos os encarregados de educação (quase todos os dias).
  • Grupos heterogéneos e numero de crianças por turma. Embora a legislação seja clara, há muitos agrupamentos a ultrapassar os números legislados. Apelo a todos os colegas que não deixem iniciar esse precedente. Voltaremos ao séc. XIX num ápice! Temos crianças de 4 níveis etários dentro da sala. Temos de planear e preparar trabalho e atender as diferentes abordagens pedagógicas para 4 idades…
  • Temos 25 crianças de 4 níveis diferentes e 10 “disciplinas”! Gerir isso já requer um esforço sobre-humano. Não podemos deixar que as condições se compliquem! Quando oiço colegas a dizer: pois mas vocês tem só uma turma e nos temos 7. Pois. Nós temos uma turma com 4 níveis e 10 disciplinas, vocês tem varias turmas mas uma só disciplina!
  • As horas da componente não letiva no pré-escolar não chega! Nós temos 5 horas de componente letiva mas demoramos outras 5 diárias a preparar as aulas do dia seguinte. Lembrem-se que são 4 idades e 10 disciplinas! Lembrem-se que estas crianças precisam de atividades diversificadas e estimulantes e o seu período de atenção é muito curto. Temos de ter muito “jogo na manga”. E não temos manuais de apoio nem de trabalho… temos de inventar tudo! se por um lado nos dá imensa liberdade, também nos dá muito trabalho de preparação. É o preço da liberdade! Imaginem que chegavam a vossa sala, com 25 crianças em movimento (pois que estes não podem ficar parados muito tempo) e não tinham nem livro de apoio nem de trabalho…
  • Os espaços do pré-escolar- deve ser revisto os m2 por criança, pois até um morto que não mexe, tem mais espaço no cemitério! As crianças amontoam-se em espaços exíguos e ate o espaço exterior tem sido roubado para fazer mais uma sala.
  • Prolongamentos de horário- a legislação de base nunca foi respeitada nem revogada. Mas foram saindo novas diretrizes que em muitos casos contrariam a legislação que existe: a formação e funções dos animadores, o espaço onde se desenvolvem as atividades de apoio à família. Este trabalho tem de ser coordenado pelos educadores e torna-se muito difícil porque falha na base. Seria importante um estudo sério sobre esta componente pois a continuar assim prejudica gravemente a sanidade mental de crianças e docentes. E os pais têm de se envolver neste trabalho, não se podem demitir e apenas criticar.
  • A representação deste ciclo nos órgãos de gestão- pela especificidade do pré-escolar e pelo desconhecimento do seu funcionamento por parte deste órgão, seria de extrema importância sermos representados por quem percebe deste ciclo. Não há um investimento sério.
  • Substituição nas faltas do docente- há agrupamentos que procedem à divisão dos alunos pelas outras salas. Se já estava um inferno, piorou! E nada na lei diz que obrigue a isso! Mais uma vez apelo aos colegas que não abram esse precedente.
  • Deslocações ao agrupamento- diz a lei que se formos convocados, há lugar a ajudas de custo. Não vacilem!
  • Visitas de estudo são componente letiva. Ou são pagas como horas extraordinárias ou compensadas…na componente letiva. Não vacilem!
  • E vamos acabar com tanta burocracia. Já nos basta o trabalho pedagógico e seus registos. Os educadores de infância não avaliam. Mas fazem registos de desenvolvimento que dá muito mais trabalho. Se até agora ninguém deu por isso, vão começar a entender! É que a tendência vai generalizar-se nos outros ciclos

Que fique bem claro que, ao fazer comparação com os outros ciclos…Nós não queremos que eles fiquem como nós…queremos é ficar como eles!

Mas se não nos unirmos, vai ser precisamente ao contrário!

Por Agripina Maltinha

 

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Contratados Colocados com Menos de 30 Anos

Nas listas de contratação Inicial foram apenas colocados 19 docentes com menos de 30 anos de acordo com a seguinte distribuição por grupo de recrutamento e QZP da escola de colocação.

Desses 19 docentes colocados apenas 8 foram colocados em horários completos e 6 deles no QZP 7.

Os quadros com as faixas etárias 30-35 e 35-40 serão colocados nos próximos dias.

todos menos 30
completo menos de 30

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Opinião – Santana Castilho

Miragens no deserto


O termo está gasto, mas era mesmo preciso um pacto para a Educação.

 

 

A análise dos contributos que o sistema de ensino projecta na sociedade portuguesa é complexa e varia com as perspectivas, técnicas ou políticas, dos observadores. Mas há dados que são incontornáveis. Tendo a OCDE por fonte (Education at a Glance), Portugal tinha, em 2014, 57% da sua população com o 3º ciclo do ensino básico ou menos, enquanto a média da OCDE se cifrava apenas em 21%. Apesar disso, foi no sistema de ensino que a política de austeridade do anterior Governo provocou maior destruição, sem que o actual tenha revertido a situação (no OE para 2016 estão inscritos, para o ensinos básico e secundário, ainda menos 149,9 milhões de euros, relativamente ao que foi gasto em 2015).

Por outro lado, as Estatísticas do Emprego (INE) mostram que, entre 2007 e 2015, foram extintos 1 milhão e 378 mil postos de trabalho para os detentores de habilitação igual ou inferior ao 3º ciclo do ensino básico, face à redução global de 621.000 empregos. Significa isto que os mesmos postos de trabalho, que antes eram ocupados pelos menos qualificados, foram preenchidos por trabalhadores com maior habilitação. Ganhando estes mais? Não, ganhando menos, já que a remuneração média em Portugal diminuiu 24,5 euros de 2011 para 2014 (Boletim Estatístico do GEP do Ministério da Economia). Conclusão: os patrões aproveitaram a crise para substituir menos qualificados por mais qualificados, pagando menos.

Vêm estas considerações a propósito das reflexões que os começos dos anos lectivos sempre suscitam. Este, que agora arranca, primeiro da total responsabilidade do actual Governo, inicia-se sob duas bandeiras ideológicas: a das novas Novas Oportunidades, que alimentará ilusões de incautos, à semelhança da anterior iniciativa, e terminará queimando, com a mesma duvidosa utilidade, quase 900 milhões de euros (não é erro meu, é previsão do Governo, ínsita no Programa Nacional de Reformas) e a que dá pelo nome de Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, cujos mentores podem conhecer todos os livros do baú das teorias pedagógicas, mas nada sabem das razões determinantes do insucesso escolar.

Quanto ao mais, quê? Negadas liminarmente, há bem pouco, medidas de renovação de um corpo docente envelhecido.

Sem perspectiva de fim o congelamento da carreira docente, que foi decretado em 2005, como transitório e para durar apenas até 31/12/2006, já lá vão 11 anos (relaxada Lei 43/2005).

30.000 professores no desemprego. 508 docentes do pré-escolar sem turma e crianças dessa faixa etária sem educadores suficientes, nos grandes centros urbanos. 7.306 professores, com 10, 15 ou 20 anos de serviço, contratados a prazo a meio da antevéspera do início do ano lectivo, depois de férias na ansiedade do desemprego, com cinco dias para fazerem malas, arranjarem albergue, transferirem filhos ou dizerem-lhes adeus e aos maridos e às mulheres, tudo com aviltante desprezo pelo que a Constituição fixa sobre a família (art.º 67.º), sem que, sequer, lhes paguem a partir do primeiro dia de Setembro. Foi melhor que antes? Foi. Mas continuou indigno e podia ter sido diferente.

Municipalização da Educação, a que a maioria se opõe, a avançar de mansinho; diminuição do número de alunos por turma guardada na caixa das promessas; silêncio sobre o modelo de gestão das escolas, sobre a sobrecarga dos curricula, sobre a burocracia asfixiante, sobre as diferenças de tratamento entre os professores do 1.º ciclo e os outros e sobre a reorganização do desporto escolar; esponja passada sobre o atropelo às necessidades educativas especiais.

Vivemos ignorando a vida para lá das questões da gestão corrente e do foguetório propagandístico e esquecendo as experiências anteriores, por mais recentes que sejam. Os governos, férteis em demagogia e ignorância para definir o que julgam premente, concentram todas as energias na demolição do que encontram e partem sem o mínimo esforço para discutir e encontrar soluções para os problemas de fundo da Educação. Vivemos assim há duas décadas, sem pensar o futuro, de máquina de calcular em riste, mas máquina que só faz contas para aplicar a uma parte da sociedade e a um determinado tipo de problemas. O sistema de ensino, anémico, cansado e descrente, é uma equação reduzida a estas premissas.

O termo está gasto, mas era mesmo preciso um pacto para a Educação. Não direi um pacto que a convertesse na primeira prioridade (passe a redundância) porque a Saúde e a Justiça, carentes de modelo idêntico, têm precedência em sede de urgência política. Mas a Educação vem à frente se quisermos, seriamente, preparar o futuro a 20 anos de prazo e abrir caminho à mudança cultural partidária que esse desiderato nacional exige. Só um pacto dessa natureza, duradouro, sólido e verdadeiramente nacional nos poderia afastar das constantes capitulações ante populismos fáceis e apetecíveis resultados imediatos, efémeros como miragens no deserto.

Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt)

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Colocações e Trocas nos Açores

Saiu hoje nova lista de colocações nos Açores e a possibilidade de realização de trocas entre docentes colocados.

clicar nas respectivas imagens para aceder as duas páginas.

 

açores 2 trocas

 

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Fonte da Juventude

… é chegar a uma escola, já ultrapassada a metade da esperança média de vida, e ser o mais novo do departamento.

Por muito que todos queiram dar o seu melhor é difícil encontrar nesta fonte a esperança de querer mudar tudo e melhorar a aprendizagem dos alunos.

E falta esperança para isso.

 

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Estudo – Candidatos com 60 ou Mais Anos de Idade

É notícia do Diário de Notícias de hoje o levantamento feito com os candidatos à contratação com 60 ou mais anos de idade e que tem o seguinte título:

 

Professores em idade de reforma tentam um lugar nas escolas

 

A notícia tem como base um levantamento feito por mim e pelo Davide Martins com o número de candidatos e colocados na Contratação Inicial que se apresenta de seguida.

Existem nas listas de ordenação à contratação inicial 159 docentes com 60 ou mais anos de idade distribuídos por prioridade e idade conforme o quadro em baixo.

Dos 159 candidatos, 43 obtiveram colocação e apenas um docente em análise foi colocado concorrendo em 3ª prioridade, todos os restantes obtiveram colocação em 2ª prioridade. Este docente colocado em 3ª prioridade conseguiu colocação no grupo 290 – EMRC.

 

mais 60 anos_Página_2

 

A dúvida que existia sobre estes candidatos com mais de 60 anos é saber se tinham uma grande “carreira” como docentes contratados e nunca entraram no quadro ou se vinham de escolas particulares com essa mesma carreira feita no ensino particular.

Como sabem, não é possível analisar pelas listas de ordenação se os candidatos em 2ª prioridade fizeram todo o tempo de serviço no ensino público ou se vieram de escolas com contrato de associação com essa carreira feita nesse sector.

Para tentar perceber esta dúvida calculamos a média de tempo de serviço desses candidatos dividindo esse tempo de serviço em duas variáveis, tempo de serviço antes da profissionalização e após a profissionalização.

A conclusão que se chega é que estes docentes na sua maioria não têm uma carreira completa nem no sector público, nem no sector privado e cooperativo.

A média de tempo de serviço dos 159 docentes com mais de 60 anos em concurso situa-se nos 4.827 dias de serviço total que representa pouco mais de 13 anos de serviço.
mais 60 anos_Página_1

 

A notícia do DN pode ser lida aqui.

Para melhor análise destes resultados por grupo de recrutamento abrir este documento.

 

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3.405 Docentes Retirados da Mobilidade Interna

Foram retirados da lista da Mobilidade Interna 3.405 docentes de acordo com a seguinte distribuição por motivo e tipo de candidato.

 

retirados

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