Estão a Ser Resolvidos os Problemas de Timor Com Muito Atraso

timor

 

“Há um compromisso por parte do governo de Timor-Leste de apressar as coisas, de resolver rapidamente os problemas que têm ocorrido e dar mais atenção a que os problemas se resolvam com maior rapidez se voltarem a acontecer”, disse à Lusa.

Crato falava depois de participar em Díli na 1.ª Reunião Extraordinária de Ministros da Educação da CPLP, tendo aproveitado a visita a Timor-Leste para encontros com o primeiro-ministro, Rui Maria Araújo, e com o seu homólogo, Fernando La Sama de Araújo.

Nesses encontros, analisou alguns dos problemas que têm afetado o programa de cooperação na área educativa, entre os quais o atraso no envio de professores de Portugal e o atraso no pagamento por Timor-Leste dos complementos salariais aos que já estão no país.

“Da nossa parte há um empenho muito grande nesta cooperação do ensino do português. Mais do que recursos muitas vezes é preciso é vontade política e organização das coisas”, afirmou.

“E esta é uma área em que a capacidade de organização e de coordenação entre os dois Estados pode ser decisiva para que os recursos sejam bem aproveitados”, considerou.

Questionado sobre o atraso no envio dos professores, Crato disse que se deveu a “um problema de coordenação que tem que ser resolvido” contando para a sua solução “com o empenho do senhor primeiro-ministro de Timor-Leste para o resolver”.

Aos professores portugueses já em Timor-Leste, que não recebem complementos salariais desde dezembro, disse que todos estão “empenhadíssimos em resolver a situação” e que ele próprio ouviu “o compromisso da parte do Governo timorense de que essa situação será resolvida a muitíssimo curto-prazo”.

Nuno Crato disse que, em Timor-Leste, encontrou “grande recetividade e um grande empenho em acelerar, estreitar e fortificar a relação com Portugal e com os professores portugueses”.

“Os professores portugueses em Timor-Leste são professores muito dedicados, que são acarinhados pelas populações locais, pelos seus jovens e que se sentem bem em Timor-Leste”, afirmou.

Sobre o debate das línguas de ensino e do ensino das línguas em Timor-Leste, Crato disse que encontrou um debate “talvez menos radicalizado do que julgava” com a consciência de todos “da grande importância da língua portuguesa”.

“É uma língua antiga, estruturada, com dicionários e gramáticas, com instrumentos de ensino de todas as ordens. Uma língua estabilizada e que todos os nossos países têm interesse em desenvolver como língua de ensino para os nossos jovens e de comunicação entre nós”, afirmou.

Apesar das diferenças entre Portugal, de grande homogeneidade linguística e países como Timor-Leste e Moçambique “onde há várias línguas nativas e em que a língua oficial ou oficiais não são ainda faladas por toda a população”, Crato disse que todos têm consciência “da importância decisiva do ensino do português”.

Sobre a reunião destacou os consensos que se geraram em torno as matérias mais importantes do desafio educativo, como a formação inicial de professores, a preparação de currículos bem estruturados e o ensino técnico profissional.

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6 comentários

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    • coeh on 17 de Abril de 2015 at 18:59
    • Responder

    Não resolveu nada, viajou muito e conseguiu degradar as condições de trabalho na escola pública. https://oduilio.wordpress.com/2015/04/17/nem-sempre-depois-da-tempestade-se-segue-a-bonanca/

    • Pedro Almeida on 20 de Abril de 2015 at 16:40
    • Responder

    Em 2012 os professores do PFICP deveriam ter chegado em Fevereiro/Março e a maioria chegou no fim de junho, alguns em julho e outros em agosto… Em 2013 chegaram em março e abril, etc… Para este ano deram a desculpa que foram as mudanças do governo Timorense que atrasaram o processo. E então nos 3 anos anteriores qual foi a causa?! Eu sei qual foi porque era um desses professores, foi a INCOMPETÊNCIA e a Má Fé!!! E tudo sem vergonha na cara, sem valores e com interesses e agendas escondidas. Foi o que sucedeu nesses anos transatos e é, certamente, o que continua a suceder, lastimavelmente!

    • Maria dos Anjos on 20 de Abril de 2015 at 23:23
    • Responder

    Sim,Pedro Almeida…Tudo isso e muito mais…Para não falar na treta que foi/é esse projeto.
    Só quem não conhece a realidade da Língua Portuguesa em Timor-Leste é que pode ter essa ideia disparatada, sem pés nem cabeça,e à priori fracassada, de ensinar pedagogias aos professores timorenses…Os PROFESSORES TIMORENSES NÃO FALAM PORTUGUÊS…lol…Primeiro, ensinem-lhes PORTUGUÊS!
    Meus queridos doutorados da Universidade do Minho e Afins,se me tivessem perguntado,eu já vos teria informado de tudo isso,e evitar-se-ia gastar tantos «fundos»,numa ideia tão inglória e «desinteligente»…Pois…Isso agora não interessa nada,pois não?O grave da situação, é que para estes «sabichões», já antes não interessava,nem nunca interessou,e pior ainda,nunca interessará…
    Já o disse e continuo a afirmar:«Se continuarem a colocar no comando, do ensino da Língua Portuguesa em Timor -Leste,pessoas que, nem percebem,nem se interessam,nem tão pouco gostam, do povo timorense,e que apenas são movidas, por interesses financeiros,nem daqui a 100 anos, se fala PORTUGUÊS em Timor-Leste.».
    Subscrevo:«INCOMPETÊNCIA E MÁ-FÉ»…«sem vergonha na cara»…
    Colega Pedro Almeida,se lhe interessa juntar-se ao grupo que está a tomar uma atitude contra esta falta de vergonha,contacte-me,por favor(m.nandagoncalves@hotmail.com).
    Ah…Mas esses professores,pelo menos,estavam a receber o ordenado,como se estivessem a trabalhar em Timor-Leste.Perante a demonstração de preocupação dessa situação de um colega ao vice -Reitor da UM,Rui Castro,sabe o que ele respondeu?«Não se preocupe,sem pressas;estes atrasos são normais…».Naturalmente que este senhor também estava a receber o dele,e não eram 2.150 euros(líquidos)…Agora pensem!

    • Maria Santos on 14 de Agosto de 2015 at 11:27
    • Responder

    REINO DE UM GRUPO DE “FUFAS” INTERROMPIDO NA ESCOLA «RUI CINATY» DE DILI, EM TIMOR LESTE.
    Chegou ao fim o reinado de um grupo gay à frente da Escola «Rui Cinaty», como agora é conhecida a Escola Portuguesa de Dili.
    Com a nomeação do Inspetor Acácio Brito para Diretor da Escola vai regressar a Portugal um grupo de “fufas” que, pela mão do gay João Carvalho Roseiro, tinha tomado o controlo da Escola.
    Esperemos que o Inspetor Acácio Brito ponha ordem nesta «capoeira». Que a «normalidade» regresse à Escola. E que consiga constituir uma boa equipa dirigente. E que seja capaz de transmitir para Lisboa que também é preciso forçar a substituição da Coordenação Central dos CAFE, o Projeto das Escolas de Referência. A Coordenação Central dos CAFE é uma emanação de João Roseiro e Conceição Godinho. São precisas novas pessoas. Novas pessoas que entendam do pré-escolar e do ensino básico. Uma arqueóloga sem estágio de professora e uma professora de Matemática do ensino secundário estão aqui a mais e fora do seu devido lugar.

      • Maria Santos on 23 de Janeiro de 2017 at 6:31
      • Responder

      Mais parece puro veneno…
      Qual o CV de Conceição Godinho que a recomendava para Subdiretora e depois Diretora da Escola? A confiança do PBX Partido Berdadeiramente Xuxialista…e de João Roseiro? Opus G…? E de Ana Maria Neves Ferreira? Esta onde deu aulas? Que Escola é que tinha dirigido antes? Em que país? Militante da Fretilin? Miltante da Fretilin tinha a suficiente isenção? E que formação tinha?

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